sexta-feira, 11 de abril de 2014

Fugindo da Bahia

Portal GSTI


Posted: 10 Apr 2014 10:53 AM PDT
Moro em São Paulo e conheço dezenas de baianos que, assim como eu, tiveram de sair da terra natal contra a vontade. Todos amam a Bahia, mas viver na capital é uma experiência frustrante, pois além de ser a 13ª cidade mais violenta da Terra, o trânsito e todos os serviços básicos (saúde, educação, limpeza e lazer) são vergonhosos. Este êxodo explica (em parte) a baixa qualidade dos produtos e serviços realizados em nosso Estado.
Entretanto, as péssimas condições de vida de Salvador não são os únicos motivos de grandes cérebros fugirem da cidade. O principal é o baixo nível salarial oferecido pelo mercado local. Além disso, de uma maneira geral, os trabalhadores de Salvador consideram que seus patrões não honram suas palavras, não são éticos e são invejosos.
Em Salvador, pouquíssimos cargos oferecem salários de mais de 10 mil reais, um valor muito abaixo de outros países com economias bem mais limitadas que a brasileira (OBS: o tema de hoje não é sobre salário mínimo - que é uma verdadeira ofensa -  e sim sobre salários dos que tem 3o grau completo). Eu me formei em Administração na UFBA em 2001 e garanto que 90% dos meus colegas mais "CDF" estão longe de Salvador há anos também.
Nossa carga tributária é absurda, mas as margens de lucro também são, as empresas podem se esforçar mais. Com raras exceções como herdeiros acomodados e “profissionais” encostados no Governo (de servidores públicos a ladrões de licitações), praticamente todos que buscam uma vida melhor para suas famílias pensam em sair da Bahia porque não existe oferta de salários decentes. Outra opção é correr o risco de empreender, o que pode ser excelente, mas muito difícil para quem não tem capital inicial.
No setor de eventos, uma especialidade baiana, poucos conseguem juntar dinheiro - mesmo não pagando os impostos devidos. As maiores oportunidades estão no setor de infraestrutura, mas nossas grandes empresas atuam mais fora da Bahia do que em casa. Alguns poucos advogados, médicos, dentistas e arquitetos se dão bem também, mas não representam um número expressivo considerando que somos milhões de soteropolitanos.
Empresário baiano, nossos jovens são extremamente criativos e querem ficar perto de suas famílias e amigos de infância. Paguem salários decentes, motive seus talentos e não esqueça de distribuir participações nos lucros. Deixe a avareza de lado, o maior beneficiado será você.
Bons negócios a todos!

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