quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ashtar Sheran: Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele...







Sofrer
por amor nunca é ridículo. Afinal, não existe razão melhor para o sofrimento.
Ridículo é tornar-se uma fortaleza insensível que não quer amar, porque abre
mão de chorar por alguém. E quem tem por quem chorar, tem por quem viver.




Lucas Lujan




Ashtar Sheran: Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele...: Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele falta Quem já andou de amores por aí sabe bem do que se trata. Entende como funciona....





Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele falta

Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele falta



Quem já
andou de amores por aí sabe bem do que se trata. Entende como funciona.
Sentir amor é a maior sorte que a vida nos dá. Do sentimento amoroso
brota um mundo inteiro de possibilidades novas, vontades honestas,
intenções felizes, projetos abençoados. Do amor vem todo o resto.


O
amor nos empurra para a frente, nos leva adiante. Faz nascer em nós
razões irresistíveis e toda sorte de desejos, ímpetos e motivos para
romper amarras mesquinhas, vencer torcidas contrárias, superar encalhes
derrotistas, evoluir, melhorar. E merecer mais amor.


Aos
sortudos escolhidos na roda dos acasos, o amor chega trazendo fortuna.
Melhora a pele, desopila o fígado, clareia a vista. Amor jamais segura,
não atravanca e nem atrasa. Amar faz bem e ponto.


Sentir
amor faz de nós bombas atômicas ambulantes, reagindo em cadeia aqui e
ali com outros seres amorosos, varrendo a terra de ternuras. Quem sente
amor o espalha pela vida, transborda o mundo de festa. É o que nos salva
da sanha dos patifes, invejosos, cretinos, estúpidos e patetas tão
dedicados a distribuir descaso e apatia e desamor.


Amar
o ser amado, um ofício, uma ideia, um sonho, não importa o quê. Amar
faz bem e só. Sempre! Quando faz “mal”, como acontece a quem ama e não
se sente correspondido, já não é amor. O que machuca quando o amor não é
recíproco é a frustração, a carência e esses sentimentos decorrentes da
indiferença do outro. Não o amor.


Isso
também acontece com o amor não declarado, não vivido: o que castiga é a
ansiedade, a aflição, a espera do que nunca vem. Não o amor. Misturar
sentimentos negativos na mesma panela resulta em uma mixórdia pegajosa
de emoções estranhas. E tem gente que dá a isso o nome de “amor”. Odiosa
injustiça.


Não
é possível amar quem nos faça mal. Mas é certo que vez ou outra a
intenção afetuosa de querer estar com alguém e lhe fazer bem se mistura e
se contamina de outros sentimentos menos nobres: a necessidade de
posse, a insegurança, o egoísmo. Não ser correspondido por aquele que,
em nossa impressão egoísta, deveria nos devolver o mesmo que oferecemos é
fogo. Machuca e deságua em mágoa, arrependimento, raiva. Menos amor.


O
amor também há de não ter receitas e nem medidas. Não há “quanto mais,
melhor”. Um amor tímido, de declarações sutis, silêncios e distâncias
também pode ser amor. E se aquele que receber esse amor achálo “pouco”,
pode simplesmente tentar cultivá-lo, fazê-lo maior, cheio de frutos. Ou
partir para outra. Para que complicar?


Ninguém
sofre de amor, não. A gente sofre é da falta dele. Amar nos dá sorte.
Enche os olhos de sonhos e os dias de esperança. Quem ama não faz jogos.
Ama simplesmente. Jogos são para apostadores. Amor é para os amantes.


Eu
tenho sentido amor, sabe? Muito. É tanto que nem cabe aqui dentro.
Dividi-lo assim, com você, é bem o meu jeito de amansar esse aperto
franco que dá no peito. É que me assalta a alegria de me saber pessoa
que nasceu para seguir um caminho largo ao lado de outra pessoa. E de
ali na frente enxergar a nós, aos nossos e às nossas esperanças todas se
ajeitando na vida, querenças de gente sofrida que vez ou outra desanima
mas jamais desiste.



trabalho. Muito. Não vem de graça, não cai do céu, não aceita ordem e
nem obedece a planos. Mas quando vem é sorte. Bem-vinda, amor. Pode
entrar. Senta. Come do meu pão, bebe do meu vinho. Fica que a casa é sua
e a sorte é nossa. A sorte é toda nossa.




Por André J.Gomes




Ilustração: Elena Romanova


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