domingo, 1 de junho de 2014

Rede Glogo tem medo

O Globo tem medo da democracia

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (26), a presidenta Dilma Rousseff assinou decreto que torna obrigatória a realização de consultas públicas para ouvir a sociedade sobre temas decisivos para os rumos do país. A medida, que faz parte da intitulada “Política Nacional de Participação Social (PNPS)”, é um passo importante para ampliar os mecanismos de democracia participativa no Brasil. De imediato, a oposição direitista rechaçou a iniciativa. Coube, porém, ao jornal O Globo – o mesmo que apoiou o golpe militar e a sanguinária ditadura – a crítica mais raivosa à medida democratizante. Em editorial publicado neste sábado, o diário afirma, na maior caradura, que o “decreto agride a democracia representativa”.

O decreto prevê várias formas de participação política da sociedade: conselhos, conferências, audiências, ouvidorias, fóruns, mesas de diálogo, comissões especiais, ambientes virtuais e consultas públicas. Ele fixa que todos os “órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta” realizem consultas visando “consolidar a participação social como método de governo” e aprimorar “a relação do governo com a sociedade”. Pelo decreto, caberá à Secretaria-Geral da Presidência da República orientar a implantação da PNPS. Ele garante que todo cidadão poderá participar desses formatos de diálogos, “além de movimentos sociais, institucionalizados e não institucionalizados”.

Temendo a participação popular, o líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho, já anunciou que irá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto. Para o representante da direita oligárquica, o projeto do governo “é um eufemismo para o aparelhamento ideológico por meio de movimentos sociais, filiados ao PT e sindicalistas ligados ao governo... É uma invasão à esfera de competência do parlamento brasileiro e uma afronta à ordem constitucional do País”. No mesmo rumo, o deputado Ronaldo Caiado, o famoso ruralista do DEM, esbravejou que "o PT age no sentido de criar um sistema paralelo de poder como Hugo Chávez fez na Venezuela".

Dos demos não se poderia esperar outra reação. Originários da Arena, o partido da ditadura, eles sempre rejeitaram qualquer mecanismo de participação popular. Como expressão da velha oligarquia, que explora trabalho escravo e contrata jagunços, o DEM nem precisa disfarçar sua postura autoritária, meio fascistóide. Já no caso do jornal O Globo, o editorial hidrófobo serve novamente para tirar a sua máscara. Ao satanizar o decreto número 8.243, que cria a PNPS, o diário da famiglia Marinho tenta se travestir de defensor da democracia representativa – logo ele que apoiou o golpe de 1964, a cassação de deputados e o fechamento do Congresso Nacional durante a ditadura militar.

“A democracia representativa, com a escolha dos representantes da sociedade pelo voto direto, bem como a independência entre os Poderes, é alvo prioritário do autoritarismo. A desmontagem do regime representativo costuma começar pela criação de mecanismos de ‘democracia direta’, para reduzir o peso do Congresso na condução do país”, afirma no maior cinismo. Para ele, o objetivo do decreto “é subtrair espaço do Legislativo por meio de comissões, conselhos, ouvidorias, mesas de diálogo, conferências nacionais, várias novas instâncias a serem criadas junto à administração direta e até estatais, sempre em nome da participação social” e equivale a “um golpe de Estado na base da canetada”.

“O sentido autoritário do decreto denuncia a sua origem. Ele sai dos mesmos laboratórios petistas que engendraram a ‘assembleia constituinte exclusiva’ a fim de fazer a reforma política - atalho para se mudar a Constituição ao bel-prazer de minorias militantes -, surge das mesmas cabeças que tentaram controlar o conteúdo da produção audiovisual do país via Ancinav, bem como patrulhar os jornalistas profissionais por meio de um conselho paraestatal. Tem a mesma origem dos idealizadores da ‘regulação da mídia’... O assunto precisa ser discutido com urgência no Congresso e levado ao Supremo pelo Ministério Público e/ou instituições da sociedade”, alerta o jornalão.

Só pela reação e desesperada de O Globo já dá para afirmar que o decreto que cria o PNPS representa um avanço para a democracia brasileira e merece urgente apoio das forças progressistas.

*****

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Que venha a nova democracia social para o Brasil e para os Brasileiros

O Brasil é um país com várias camadas arqueológicas. Tem o país dos novos mercados, das novas tecnologias, de uma sociedade civil pujante, de novos movimentos nascendo ao largo das velhas instituições, de novos direitos sociais sendo reconhecidos pela sociedade e pelo Supremo Tribunal Federal, novas políticas sociais amparando de minorias raciais a pessoas com deficiência.

Ao mesmo tempo, é o país anacrônico, com manchas de trabalho escravo mas, principalmente, com um ranço insuperável, fruto da herança coronelística da Velha República, da visão de compadrio do "homem cordial", que não aceita nenhuma forma de mediação dos poderes que não passe pelo seu poder de arbítrio.

Só isso para explicar as críticas anacrônicas da parte da mídia aos decretos da Presidente da República instituindo a Política Nacional de Participação Social, formalizando diversos conselhos para ampliar a participação social nas políticas públicas.

O Estadão soltou um editorial em que acusa Dilma de pretender mudar a Constituição. "A participação social numa democracia representativa se dá através dos seus representantes no Congresso, legitimamente eleitos".

É o mesmo jornal que deblatera diariamente contra os arreglos políticos, contra o loteamento de diretorias de estatais para políticos, contras os pactos nefastos do presidencialismo de coalizão, contra os vícios de democracia, que vende o lema de que todo político é ladrão. De repente, o Congresso ganha legitimidade para tudo, até para opinar em políticas que são prerrogativas do Executivo e até para co-participar de governo.

Por acaso cabe ao Congresso definir formas de implementação do Plano Nacional de Educação,  as estratégias para o Bolsa Família,  as políticas para micro empresas, as políticas de defesa do consumidor? É evidente que não. Quem define isso é o Executivo, governo eleito diretamente pelo voto popular. E se o governo abre espaço para a participação popular em políticas que afetam diretamente as pessoas, não está aparelhando nada: está abrindo mão do poder absoluto e ouvindo de forma institucionalizada a voz dos clientes dos serviços públicos representantes diretos da sociedade civil.

Confundir esse movimento de abertura para a sociedade com aparelhamento do Estado é má fé.

A natureza desses conselhos consultivos é a mesma que deveria vigorar nas relações com o setor econômico. A ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) tem várias câmaras setoriais, com a presença de empresários dos diversos setores incumbidos de fornecer subsídios para as políticas setoriais. Acaso foram taxadas de aparelhamento?

As críticas a se fazer é à baixa implementação das conclusões geradas por esses conselhos, não à sua criação.

O problema do jornal é que, com a criação de conselhos de toda ordem - para a área social, econômica, educacional - o governo passará a ouvir as demandas da sociedade diretamente, e sem a intermediação de uma mídia que há muito tempo perdeu a capacidade de mediar as necessidades da sociedade.

É importante recordar que as pessoas que saíram as ruas em junho do ano passado reagiram contra o anacronismo de todas as instituições, não apenas do Executivo, Legislativo e Judiciário, mas também da mídia.


Que venha a nova democracia social!

corrupção midiática

IstoÉ e a corrupção midiática

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:


A IstoÉ presta um serviço sujo aos interesses políticos do PSDB e tenta manchar, com uma matéria ridícula em todos os sentidos, a reputação da revista Fórum, e de seu editor, Renato Rovai, e do blogueiro Eduardo Guimarães.

É uma matéria covarde porque se insere na estratégia maquiavélica de tentar asfixiar financeiramente uma blogosfera que nunca viveu de verbas públicas (ao contrário da grande mídia), e sempre conviveu com enormes dificuldades financeiras.

E é ridícula porque tenta fazer seus leitores de trouxas. Ora, o “crime” da Fórum, segundo a IstoÉ, teria sido receber, honestamente, comercialmente, transparentemente, R$ 5 mil para veicular anúncio da prefeitura de Guarulhos.

Por causa de 5 mil reais! É muita cara de pau!

A matéria, contudo, tem um lado bom, que é revelar o pavor da mídia tradicional de perder espaço para veículos alternativos que, hoje, estão ficando muito fortes na internet. Em alguns casos, mais fortes até mesmo que ela, a mídia tradicional. O blog de Paulo Coelho na Globo costuma ter zero comentários. E olha que as chamadas do blog aparecem na primeira página do site! Paulo Coelho, um dos escritores que mais vende livros no mundo! De vez em quando eu entro no blog do Merval, só para ver quantas moscas andam zumbindo por lá. Geralmente, tem uns 2 ou 3 comentários, na maior parte das vezes fazendo troça do jornalista, com argumentos da nossa blogosfera! O blog da Miriam Leitão, a mesma coisa; tem meia dúzia de comentários, em geral associando seu pessimismo doentio ao interesse político da Globo.

A decadência da velha mídia é irreversível.

Por que o desespero? Porque a própria internet, ao forçar a transparência das contas públicas, revela a promiscuidade entre os órgãos do Estado responsáveis pela publicidade institucional e as velhas mídias.

Se você digitar o CNPJ da IstoÉ (43.525.419/0001-70) no Google, vai descobrir inúmeros contratos de publicidade da revista com órgãos do Estado, de todas as instâncias. Muitos são de Furnas, por exemplo. Há também diversos contratos com o governo de São Paulo, do PSDB.

O que me chamou a atenção é que, em pleno 2013, a tabela de publicidade de Furnas vai na contramão de qualquer lógica de audiência e destina apenas 0,44% do total para internet. Já revistas impressas, que atualmente tem uma circulação infinitamente menor que a internet, abocanham 7% das verbas publicitárias da estatal.



Um dos contratos de publicidade de Furnas para 2013

Essa lógica sem pé nem cabeça, de gastar muito mais com uma mídia com muito menos repercussão, se repete em todos os aparelhos de Estado.

Estima-se que o Estado brasileiro, nas suas diversas instâncias, gaste mais de R$ 5 bilhões em publicidade institucional.

Os velhos esquemas entre poder público, agências de publicidade e a velha mídia estão ficando em evidência, e a sociedade não tardará a entender que eles refletem uma mentalidade atrasada e possíveis esquemas de corrupção.

O mundo da propaganda tem um esquema de propina para agências de publicidade, legalizado e a céu aberto, que são os bônus de volume. A mídia recebe dinheiro público para veicular publicidade institucional e repassa gordas comissões às agências. Por isso elas não investem na internet, porque isso as obrigaria a distribuir a verba para um número muito grande de pequenos e médios agentes de mídia, os quais não teriam interesse, nem capital de giro, para lhes retribuir da mesma maneira.

Temendo um futuro que já morde seus pés, a mídia tradicional se desespera. Sua única esperança é uma vitória do PSDB, porque esse é um aliado orgânico dos barões da velha imprensa. Ainda não sei se a velha imprensa é uma grande assessoria do PSDB, ou se o PSDB é apenas um braço partidário da mídia.

O ataque à Fórum então cumpre dois objetivos:

1) sufocar e desqualificar os únicos meios pelos quais a sociedade pode criticar os tucanos, que são as revistas de orientação progressista, como a Fórum, e os blogs;

2) manter intactos os velhos esquemas da publicidade oficial. É preciso intimidar qualquer tentativa de romper a lógica mafiosa que hoje impera, segundo a qual governos ou estatais não podem anunciar na internet. Anunciar na IstoÉ pode, é bom, é legal. Anunciar no site da Fórum, no blog do Eduardo Guimarães, é crime. Esperemos que os governos não se deixem manipular por essas chantagens e decidam, cada vez mais, investir na internet ao invés de jogar dinheiro público fora anunciando em revistas que ninguém mais lê.

Outro ponto ridículo e incoerente da matéria da IstoÉ é que ela acusa a existência de um “bunker da calúnia”, mas ela mesma, na própria matéria, faz o papel que atribui à prefeitura de Guarulhos. Ela, a revista IstoÉ, revela-se um bunker de calúnias. A serviço do PSDB.

E não é por R$ 5 mil. É por milhões de reais. As revistas brasileiras ganham milhões do poder público, em anúncios, em compras em massa de assinaturas (sempre sem licitação), em “apostilas” de educação. A mídia brasileira recebe todo tipo imaginável de “mensalões” do poder público.

Um relatório do Instituto de Acompanhamento de Publicidade ( IAP), que compila o valor gasto por dezenas de estatais federais e estaduais, informa que a empresa que controla a IstoÉ recebeu, apenas em 2011, R$ 15 milhões.

Relacionei abaixo os veículos que traziam o mesmo CPF da Editora Três, proprietária da Istoé, e quanto receberam das instituições públicas (a maioria federais) listadas pelo IAP, em 2011:



Somando os valores acima, chega-se a um total de R$ 15 milhões.

Isso em apenas em um ano, se multiplicarmos esses R$ 15 milhões por todos os anos em que a revista tem recebido verbas públicas federais, e se acrescentarmos os recursos que ela recebe de governos estaduais, prefeituras, enfim, de todo o aparelho de Estado, quanto daria? Centenas de milhões de reais?

E isso num momento em que as pessoas têm lido cada vez menos revistas impressas e muito mais internet…

Eu tentei ainda pesquisar a publicidade institucional do governo de Minas Gerais, mas não consegui passar do filtro anti-spam. Tente você entrar lá, se tiver um tempo.

É esta empresa que pretende criminalizar a Fórum, que tem audiência muito superior à IstoÉ, por ter recebido míseros R$ 5 mil da prefeitura Guarulhos?

Abaixo, a resposta de Rovai às calúnias da IstoÉ.

*****

IstoÉ: calúnia tem acento
Por Renato Rovai, na
Revista Forum

A revista IstoÉ desta semana traz uma suposta reportagem associando a revista Fórum a um bunker petista financiado pela prefeitura de Guarulhos para caluniar e difamar o senador Aécio Neves. A matéria pode ser lida aqui. Começa com um erro crasso de português no título. O jornalismo da revista escreveu “calunia”. Assim mesmo, sem acento. Talvez num ato falho, já que a matéria assinada por Josie Jeronimo e Raul Montenegro é de ponta a ponta caluniosa e difamatória. Uma peça feita sob medida e com dois objetivos claros.

O primeiro, intimidar os anunciantes da Fórum porque a enxerga como uma ameaça. IstoÉ não é hoje nem uma sombra do que foi no passado. Trata-se de uma revista em decadência que, segundo o Alexa, um dos sites que mensura audiência na internet, está simplesmente 12 mil posições atrás da Fórum no ranking global. Ou seja, já faz tempo que IstoÉ não tem prestígio, mas agora também não tem leitores. E por isso mesmo não deveria ter anúncios, mas eles ainda pululam em suas páginas, como o do Banco do Brasil, que joga dinheiro fora ao ter um banner patrocinando, por exemplo, a matéria que atacou a Fórum. Ou seja, com essa matéria, a IstoÉ se associa a O Globo que ligou para todos os nossos anunciantes fazendo perguntas intimidatórias
há pouco mais de um mês. O segundo objetivo é criar uma peça jornalística que leve o Ministério Público a investigar as relações da Fórum com a prefeitura de Guarulhos.

Em relação ao primeiro objetivo, como editor e responsável pela publicação, não poderei ajudar o time do Alzugaray. Eles vão ter de se virar sozinhos. Continuaremos fazendo jornalismo relevante e respeitado e por este motivo nossa audiência tende a continuar crescendo. E isso provavelmente nos levará a cada dia a ter mais leitores do que IstoÉ, que certo dia já foi a segunda maior revista do Brasil. Aliás, a única informação correta da matéria da IstoÉ é a de que a Fórum tem aproximadamente 300 mil page views ao dia. É isso mesmo, são de 5 a 6 milhões de page views e mais de 2 milhões de leitores por mês. Algo que Isto É vai ter que comer muita arroz e feijão para ter.

Em relação ao segundo objetivo da família Alzugaray, serei generoso. Na segunda-feira, o departamento jurídico da Fórum vai ser acionado para ir ao Ministério Público, localizar se de fato há algum promotor nos investigando e, se houver, vamos entregar a ele o contrato de inserção publicitária com a Prefeitura de Guarulhos. O promotor não terá o trabalho de nos intimar. Mas vamos fazer mais. Fórum desafia publicamente IstoÉ a mostrar todos os contratos que a revista tem e teve nos últimos 11 anos com o governo de Minas Gerais (tempos de gestão tucana) e nós apresentaremos todos os contratos que Fórum teve nos últimos 14 anos (tempo de gestão petista) na prefeitura de Guarulhos. Simples assim.

IstoÉ não procurou ninguém da Fórum
Na matéria assinada por Josie Jeronimo e Raul Montenegro há o seguinte trecho: “ISTOÉ entrou em contato com o blogueiro (Eduardo Guimarães), com a revista “Fórum” e com a prefeitura questionando o montante pago em publicidade, mas não recebeu resposta até o fechamento desta edição”. Não posso responder pela Prefeitura nem por Eduardo Guimarães, mas Fórum não foi procurada pelos repórteres. Seria interessante que em nome da credibilidade que imagino eles devem querer resguardar, que apresentem provas de que me ligaram, enviaram e-mail ou que tentaram me acessar, por exemplo, pelo Facebook.

A revista também diz que Fórum “replicou a opinião de um blogueiro que insinua envolvimento do senador do PSDB com entorpecentes”. O artigo que IstoÉ faz menção é este de Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo (DCM). Não há nele nenhuma insinuação ao uso de drogas por Aécio Neves. Quem insinuou isso foi boa parte do Mineirão no jogo Brasil e Argentina, em 2008. E talvez também por isso a jornalista Letícia Duarte, do Zero Hora, tenha tratado do tema numa entrevista coletiva. O artigo de Kiko só faz uma reflexão sobre a oportunidade de se tratar deste tipo de assunto. E diz que perguntas como essa já foram feitas a Obama que as teria respondido de forma civilizada.

Não tem essa de quanto é…
Aécio já resolveu todos os problemas que tinha com a mídia tradicional e sabe que nada mais que lhe atinja será publicado nos jornalões. Mas ele também sabe que não terá espaço para fazer acordo de qualquer espécie com publicações como a revista Fórum. E por isso vai tentar nos calar inflando reportagens caluniosas e difamatórias como a da Isto É e ao mesmo tempo judicializando tudo que estiver ao seu alcance. Aviso ao senador, vai ter trabalho.

Fórum nasceu em 2001, antes de Lula se eleger presidente da República. E viveu duríssimos momentos em sua existência. Mas nem por isso deixou de fazer o jornalismo que acredita e julga necessário. E não será a prática coronelista de quem gosta de uma imprensa sabuja e aos seus pés, como é quase que totalidade da mídia mineira, que vai nos intimidar. Fórum e nem o seu editor tem medo de Aécio Neves. Ao mesmo tempo ele não será atacado (como nunca foi) de forma leviana em nosso veículo. Será criticado pelas suas posições políticas. E pelas ideias e práticas políticas que consideramos um atraso para o país. Entre estas práticas, e esta reportagem da IstoÉ já deixa claro, é a da intimidação a veículos de imprensa que não lhe batem continência. Senador, não nos conhecemos pessoalmente, mas provavelmente na cobertura desta eleição venhamos a nos trombar. Serei respeitoso como sou com todos aqueles que entrevisto. Mas é bom que o senhor saiba que a Fórum não faz jornalismo na base das negociatas. Até por isso ninguém trata a nossa revista no mercado pelo sugestivo apelido de Quanto é. Com a Fórum, senador, o buraco é mais em cima.

HypeScience

Quando um avião comercial fica sem combustível, no meio do caminho

Link to HypeScience

Posted: 31 May 2014 10:00 AM PDT

O controle de combustível estava com defeito e o piloto foi obrigado a fazer um pouso forçado. Você consegue imaginar o que aconteceu? Continua...
Posted: 31 May 2014 08:00 AM PDT

A nova pesquisa pode ajudar a resolver um dos maiores problemas da física moderna: conciliar a teoria da relatividade e a física quântica Continua...
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sexta-feira, 30 de maio de 2014

democracia e capitalismo não convivem

Piketty está certo, democracia e capitalismo não convivem

Está causando furor entre os leitores de assuntos econômicos, economistas e principalmente pânico entre os muito ricos um livro de 700 páginas escrito em 2013 e publicado em muitos países em 2014. Transformou-se num verdadeiro best-seller. Trata-se de uma obra de investigação, cobrindo 250 anos, de um dos mais jovens (43 anos) e brilhantes economistas franceses, Thomas Piketty. O livro se intitula O capital no século XXI (Seuil, Paris 2013). Aborda fundamentalmente a relação de desigualdade social produzida por heranças, rendas e principalmente pelo processo de acumulação capitalista, tendo como material de análise particularmente a Europa e os EUA.

A tese de base que sustenta é: a desigualdade não é acidental, mas o traço característico do capitalismo. Se a desigualdade persisitir e aumentar, a ordem democrática estará fortemente ameaçada. Desde 1960, o comparecimento dos eleitores nos EUA diminuiu de 64% (1960) para pouco mais de 50% (1996), embora tenha aumentado ultimamente. Tal fato deixa perceber que é uma democracia mais formal que real.
Esta tese sempre sustentada pelos melhores analistas sociais e repetida muitas vezes pelo autor destas linhas, se confirma: democracia e capitalismo não convivem. E se ela se instaura dentro da ordem capitalista, assume formas distorcidas e até traços de farça. Onde ela entra, estabelece imediatamente relações de desigualdade que, no dialeto da ética, significa relações de exploração e de injustiça. A democracia tem por pressuposto básico a igualdade de direitos dos cidadãos e o combate aos privilégios. Quando a desigualdade é ferida, abre-se espaço para o conflito de classes, a criação de elites privilegiadas, a subordinação de grupos, a corrupção, fenômenos visíveis em nossas democracias de baixíssima intensidade.
Piketty vê nos EUA e na Grã-Bretanha, onde o capitalismo é triunfante, os países mais desiguais, o que é atestado também por um dos maiores especialistas em desiguldade Richard Wilkinson. Nos EUA, executivos ganham 331 vezes mais que um trabalhador médio. Eric Hobsbown, numa de suas últimas intervenções antes de sua morte, diz claramente que a economia política ocidental do neoliberalismo “subordinou propositalmenet o bem-estar e a justiça social à tirania do PIB, o maior crescimento econômico possível, deliberadamente inequalitário”.
Em termos globais, citemos o corajoso documento da Oxfam intermón, enviado aos opulentos empresários e banqueiros reunidos em Davos nos janeiro deste ano como conclusão de seu “Relatório Governar para as Elites, Sequestro democrático e Desigualdade econômica”: 85 ricos têm dinheiro igual a 3,57 bihões de pobres do mundo.
O discurso ideológico aventado por esses plutocratas é que tal riqueza é fruto de ativos, de heranças e da meritocracia; as fortunas são conquistas merecidas, como recompensa pelos bons serviços prestados. Ofendem-se quando são apontados como o 1% de ricos contra os 99% dos demais cidadãos, pois se imaginam os grandes geradores de emprego.
Os prêmios Nobel, J. Stiglitz e P. Krugman têm mostrado que o dinheiro que receberam do Governo para salvarem seus bancos e empresas mal foram empregados na geração de empregos. Entraram logo na ciranda financeira mundial que rende sempre muito mais sem precisar trabalhar. E ainda há 21 trilhões de dólares nos paraísos fiscais de 91 mil pessoas.
Como é possível estabelecer relações mínimas de equidade, de participação, de cooperação e de real democracia quando se revelam estas excrecências humanas que se fazem surdas aos gritos que sobem da Terra e cegas sobre as chagas de milhões de co-semelhantes?
Voltemos à situação da desigualdade no Brasil. Orienta-nos o nosso melhor especialista na área, Márcio Pochmann (veja também Atlas da exclusão social – os ricos no Brasil, Cortez, 2004): 20 mil famílias vivem da aplicação de suas riquezas no circuito da financeirização, portanto, ganham através da especulação. Continua Poschmann: os 10% mais ricos da população impõem, historicamente, a ditadura da concentração, pois chegam a responder por quase 75% de toda riqueza nacional. Enquanto os 90% mais pobres ficam com apenas 25%”(Le Monde Diplomatique, outubro 2007).
Segundo dados de organismos econômicos da ONU de 2005, o Brasil era o oitavo país mais desigual do mundo. Mas graças às políticas sociais dos últimos dois governos, diga-se honrosamente, o índice de Geni (que mede as desigualdades) passou de 0,58 para 0,52. Em outras palavras, a desigualdade que continua enorme, caiu 17%.
Piketty não vê caminho mais curto para diminuir as desigualdades do que a severa intervenção do Estado e da taxação progressiva da riqueza, até 80%, o que apavora os super-ricos. Sábias são as palavras de Eric Hobsbown: “O objetivo da economia não é o ganho, mas sim o bem-estar de toda a população; o crescimento econômico não é um fim em si mesmo, mas um meio para dar vida a sociedades boas, humanas e justas”.
E como um gran finale a frase de Robert F. Kennedy: ”o PIB inclui tudo; exceto o que faz a vida valer a pena.”
Leonardo Boff é teólogo e professor emérito de ética da UERJ.
Fonte: Mercado Ético

Instituto Eco&Ação: Piketty está certo, democracia e capitalismo não c...

Instituto Eco&Ação: Piketty está certo, democracia e capitalismo não c...: Está causando furor entre os leitores de assuntos econômicos, economistas e principalmente pânico entre os muito ricos um livro de 700 pá...

LOS ESTILOS DE APRENDIZAJE DE LA “GENERACIÓN Z”

Recordando Matemática. : Dicas sobre as Provas e Questões do ENEM

Recordando Matemática. : Dicas sobre as Provas e Questões do ENEM:                                                                            Redação - Enem 2013 Veja abaixo, o tema da proposta de red...

Trabalhadores resgatados da escravidão realizam encontro no Maranhão

PEC do Trabalho Escravo é aprovada

Repórter Brasil
No boletim dessa semana, destacamos a aprovação no Congresso Nacional da PEC do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação de propriedades onde for flagrado trabalho escravo. O jornalista Leonardo Sakamoto, que é coordenador da Repórter Brasil, acompanhou a votação direto do Senado e preparou uma análise completa não só desse passo importante para aprimorar o combate à escravidão no país, mas também de seus desdobramentos. Sem conseguir resistir mais à aprovação sem ônus eleitoral em ano em que o país vai às urnas, os opositores à medida passaram a tentar descaracterizar o que é esse crime, alterando sua definição no Código Penal. É tempo de comemorar, mas também de manter a atenção para evitar que o que é um avanço acabe resultando em um grave retrocesso.



PEC do Trabalho Escravo é aprovada no Congresso

Proposta de emenda constitucional 57A/1999 prevê o confisco de propriedades em que esse crime for encontrado e sua destinação à reforma agrária ou a programas de habitação urbanos

Fiscalização flagra escravidão na extração de piaçava no Amazonas

Treze trabalhadores eram submetidos a servidão por dívida, jornadas excessivas e condições degradantes de alojamento em Barcelos (AM)

Zara admite que houve escravidão na produção de suas roupas em 2011

Em depoimento à CPI do Trabalho Escravo da Assembleia Legislativa de SP, executivo confirma que não havia monitoramento sobre fornecedores na época do flagrante

Trabalhadores resgatados da escravidão realizam encontro no Maranhão

Libertados protagonizam reunião para debate de estratégias contra escravidão. Depoimentos indicam que falta de acesso a direitos básicos é uma constante

Campanha cobra responsabilidade de empresas contra trabalho escravo na construção

Envolvidas em grandes libertações nos últimos anos, seis empresas são pressionadas por abaixo-assinado a rever práticas trabalhistas; assine

Artigo

Leonardo Boff

Nossos pressupostos equivocados nos podem liquidar

by Leonardo Boff
Inegavelmente vivemos uma crise dos fundamentos que sustentam nossa forma de habitar e organizar o planeta Terra e de tratar os bens e serviços da natureza. Na perspectiva atual eles são totalmente equivocados, perigosos e ameaçadores do sistema-vida e do sistema-Terra. Temos que ir além. Dois pais fundadores de nosso modo de ver o mundo, […]
Comentário    

L’essere umano: la parte cosciente e intelligente della Terra

by Leonardo Boff
L'essere umano cosciente non deve essere considerato a parte dal processo dell'evoluzione. Questo rappresenta un momento specialissimo della complessità delle energie, delle informazioni e della materia della Madre Terra. I Cosmologi ci dicono che una volta raggiunto un certo livello di connessioni al punto da creare una specie di vibrazioni all'unissono, la Terra fa irrompere […]
Comentário    

El ser humano: parte consciente e inteligente de la Tierra

by Leonardo Boff
El ser humano consciente no debe ser considerado aparte del proceso evolutivo. Él representa un momento especialísimo de la complejidad de las energías, de las informaciones y de la materia de la Madre Tierra. Los cosmólogos nos dicen que alcanzado cierto nivel de conexiones hasta el punto de crear una especie de unísono de vibraciones, […]
Comentário    

Resultados da IV Conferência Nacional do Meio Ambiente

Luciana Alves Ribeiro de Carvalho
Coordenadora do Jornal Ecopedagógico em parceria com a ONG CÍRCULO DE GIZ/UNB. Escritora de livros infantis/Escreveu o livro: Ana Folha e a Turma do Lixão: “Vamos preservar nossas florestas” (Homenagem ao Ano Internacional das Florestas/2011) - (61) 3354-5223 anafolha1@gmail.com
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Resultados da IV Conferência Nacional do Meio Ambiente

Publicado . em Luciana Ribeiro
Os projetos socioambientais que valorizam o planeta Terra.
Por Luciana Ribeiro

Entrevista respondida por Geraldo Vitor de Abreu, Diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente

Com muita honra, a redação do Jornal Meio Ambiente convidou o Ministério do Meio Ambiente, órgão publico competente por formular, planejar, coordenar, supervisionar e controlar a Política nacional de Meio Ambiente – Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 no Brasil, para socializar as informações que democratizam os princípios, os objetivos, os instrumentos e as diretrizes governamentais que auxiliam os cidadãos brasileiros a compreenderem os benefícios da cidadania ambiental para o planeta Terra.

Neste sentido, foi de suma importância divulgar o gerenciamento das propostas que ressaltam a importância dos projetos socioambientais disseminados ou articulados pelo órgão público É também positivo saber como a Política Nacional dos Resíduos Sólidos no Brasil, direcionou as discussões que permearam a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente/Resíduos Sólidos – evento inédito que buscou a participação das instituições públicas, privadas e dos próprio cidadãos que carecem de orientações pedagógicas para redimensionarem e viabilizarem a sustentabilidade no planeta Terra. Segue a entrevista com a assessoria de imprensa:

JMA: Como Instituição imbuída de gerenciar o órgão gestor da educação ambiental no Brasil junto ao Ministério da Educação, fale sobre os projetos socioambientais que envolvem a coleta seletiva do lixo, a conservação da biodiversidade etc, direcionados para enfrentar o consumo infantil e o consumo adulto no Brasil.

Os padrões de consumo atualmente observados em todo o mundo têm se mostrado predatórios e insustentáveis, com estímulo ao consumo excessivo e também com poucas ofertas de tecnologias e produtos menos nocivos ao meio ambiente. Consciente de tal problema, o Ministério do Meio Ambiente lançou, em novembro de 2011, o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), documento que contém ações de governo, do setor produtivo e da sociedade que direcionam o Brasil para padrões mais sustentáveis de produção e consumo.
O PPCS articula as principais políticas ambientais e de desenvolvimento do País, em especial a Política Nacional de Mudança do Clima, a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o plano Brasil Maior, auxiliando no alcance de metas por meio de práticas produtivas sustentáveis e da adesão do consumidor a este movimento. Em seu primeiro ciclo, de 2011 a 2014, o PPCS focará seus esforços em seis áreas principais: Educação para o Consumo Sustentável, Varejo e Consumo Sustentável, Aumento da reciclagem, Compras Públicas Sustentáveis, Construções Sustentáveis e Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P.

JMA: Diante dos problemas ambientais que assolam o planeta Terra, fale sobre os resultados alcançados durante e após a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente –Resíduos Sólidos – destacando a importância dos quatro eixos temáticos: Produção e Consumo Sustentáveis; Redução dos Impactos Ambientais; Geração de Trabalho, Emprego e Renda; e Educação Ambiental.

A discussão em torno da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, aprovada após 21 anos de discussões no Congresso Nacional, marcou o início de uma forte articulação institucional envolvendo a União, estados e municípios, o setor produtivo e a sociedade civil, incluindo as cooperativas de catadores de materiais recicláveis, na busca de soluções para os graves problemas causados pela gestão inadequada dos resíduos, que compromete a qualidade de vida dos brasileiros.

A escolha do tema Resíduos Sólidos para a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, a maior conferência do meio ambiente já realizada, foi oportuna e necessária para difundir informações, conhecer iniciativas exitosas e os entraves na gestão dos resíduos nos municípios e estados e, principalmente, para mostrar aos brasileiros que os resíduos podem se tornar um bem econômico e de valor social com nítida conexão com a inclusão social de catadoras e catadores de materiais recicláveis e com mudanças nos padrões de produção e consumo existentes.

Os quatro eixos temáticos – Produção e Consumo Sustentáveis; Redução dos Impactos Ambientais; Geração de Emprego, Trabalho e Renda; e Educação Ambiental – em muito contribuíram para o debate, gerando 60 ações prioritárias, 15 em cada eixo. Além dos eixos temáticos, a 4ª CNMA deixou muito presente para a sociedade brasileira – talvez seja essa a sua grande contribuição – o conceito da Responsabilidade Compartilhada, um dos princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos que delega a gestão dos resíduos sólidos urbanos à toda sociedade – governos, setor privado e sociedade civil. A cada setor são então atribuídos diferentes papéis a fim de solucionar ou mitigar os problemas relacionados aos resíduos sólidos.

JMA: As cidades brasileiras estão preparadas de fato para implementarem a coleta seletiva do lixo e, dessa forma, cumprir as exigências da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), lembrando que o ano de 2014 foi escolhido para finalizar a degradação do meio ambiente por meio dos lixões? De que modo as instituições públicas e privadas podem mobilizar ações educativas para efetivar essa meta política?

O Brasil é demasiado plural e diversificado e, portanto, veremos várias soluções para os problemas de cada região, estado e cidade. É interessante, contudo, ver como os delegados presente na 4ª CNMA – representantes de todos os estados brasileiros – enxergam as soluções para a coleta seletiva no Brasil. A segunda proposta com mais votos na priorização do Eixo Temático 1 sobre Produção e Consumo Sustentáveis tratou desse assunto.

Os delegados entenderam que é preciso implantar os sistemas de coleta seletiva, de logística reversa e outros processos relacionados à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, levando em consideração três pontos:

1. O credenciamento dos pontos de entrega voluntária (PEV) em locais estratégicos nas áreas
urbanas e rurais, como operadores de logística reversa, incentivando e orientando a comunidade
do entorno na separação dos resíduos para facilitar o trabalho das associações e cooperativas de
catadores.

2. A troca de bens usados por novos, bonificando o consumidor através de descontos.

3. A divisão em regiões e distritos para a pré-seleção dos materiais recicláveis, orgânicos, e aqueles
enquadrados na logística reversa serão recolhidos na pré-coleta e destinados a quem de direito
pelo poder público, sendo que os rejeitos serão encaminhados para o aterro.

Há várias outras propostas priorizadas durante a 4ª CNMA que tratam do tema Coleta Seletiva, o que mostra a importância da discussão sobre o assunto.

JMA: As cidades brasileiras conseguiram produzir o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos em tempo, entretanto, assegurando o direito de melhorar a qualidade de vida do cidadão e do meio ambiente? Fale sobre esse processo de mudança ambiental que carece de diálogo com os gestores públicos (prefeito, governador, senador) que prestam serviços para os cidadãos.

A responsabilidade compartilhada é o recado de maior importância que a Política Nacional de Resíduos Sólidos trouxe à sociedade brasileira. O diálogo entre todos na sociedade é essencial para os novos comportamentos necessários à adequada gestão dos resíduos sólidos.

JMA: Quais são as cooperativas de reciclagem disponíveis para fazer a coleta seletiva de Brasília? Poderia citar algum posto de coleta de lixo para as demais cidades brasileiras?

É interessante conversar com o Governo do Distrito Federal, responsável pela Coleta Seletiva no DF.

JMA: O cidadão brasileiro precisa socializar-se com problemas e com soluções ambientais que existem no mundo. Poderia recomendar alguns materiais pedagógicos disponibilizados em pdf como livros e folhetos educativos que descrevem a importância da educação ambiental para as cidades brasileiras?

A página do Ministério do Meio Ambiente na internet traz um link para as inúmeras publicações editadas pelo órgão e que podem ser extremamente úteis para a sociedade brasileira. Os endereços eletrônicos abaixo são para as publicações sobre Educação Ambiental e Cidades Sustentáveis. Para outras buscas, entre na página principal do MMA (www.mma.gov.br) e acesse Publicações no canto superior direito e escolha o assunto que deseja pesquisar.

http://www.mma.gov.br/publicacoes/educacao-ambiental
http://www.mma.gov.br/publicacoes/cidades-sustentaveis

JMA: A Campanha o “Saco é um saco” voltou em 2014 para que haja uma melhor conscientização dos malefícios provocados pelos plásticos descartados no meio ambiente. De que forma ela está sendo desenvolvida para que os donos de supermercados, empresas em geral e o próprio cidadão racionalize o uso dos sacos no dia a dia? Há algum prazo para cumprir essa meta política e ambiental?

Com o tema “Recuse, Reduza, Reutilize”, a campanha Saco é um Saco (www.sacoeumsaco.gov.br) é permanente e tem o objetivo de chamar a atenção sobre o enorme impacto ambiental dos sacos plásticos e sugerir outros caminhos para um consumo consciente. O pacto firmado entre a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e o MMA prevê a redução de 40% do uso de sacolas plásticas até 2015.

JMA: Quais os cursos promovidos para os gestores públicos (prefeito, vereador, deputado, educador, universitário, engenheiro ambiental) terem acesso às informações que valorizam a preservação do meio ambiente no Distrito Federal?

O Ministério do Meio Ambiente oferece cursos de Educação à Distância (EaD). Durante a 4ª CNMA, mais de três mil pessoas entraram na plataforma e entenderam como participar melhor de uma conferência nacional do meio ambiente. Veja os cursos disponibilizados pelo MMA no endereço eletrônico: http://ava.mma.gov.br/

JMA: Quais os cursos promovidos para o cidadão comum (padeiro, motoqueiro, dona de casa, secretaria do lar etc) para que de fato aprendam a preservar o meio ambiente?

Os cursos do MMA são abertos a todos os cidadãos interessados, desde gestores públicos até o cidadão comum. Veja os cursos com vagas abertas no endereço eletrônico: http://ava.mma.gov.br/

JMA: Poderia divulgar algum contato para os empresários e para os cidadãos implementarem alguma atividade ambiental com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e, dessa forma, efetivarem uma parceria educadora?

Em relação a parcerias no âmbito da Educação Ambiental, é preciso entrar em contato com o Departamento de Educação Ambiental. Para tanto, entre no Fale Conosco da página do MMA na internet (www.mma.gov.br) e acesse este serviço no canto superior direito.

JMA: Quais são as expectativas a serem alcançadas para o no ano de 2014?

Em 2014, o Ministério do Meio Ambiente estuda a criação de uma comissão de acompanhamento da implementação das 60 ações priorizadas durante a Etapa Nacional da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, com o objetivo de apresentar relatórios periódicos sobre a sua implementação.

JMA: Deixe um recado especial para os leitores do Jornal Meio Ambiente.

A Responsabilidade Compartilhada é recado mais importante que trouxe a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A sociedade como um todo – cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada – agora é responsável pela gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. Agora o cidadão é responsável não só pela disposição correta dos resíduos que gera, mas também é importante que repense e reveja o seu papel como consumidor; o setor privado, por sua vez, fica responsável pelo gerenciamento ambientalmente correto dos resíduos sólidos, pela sua reincorporação na cadeia produtiva e pelas inovações nos produtos que tragam benefícios socioambientais, sempre que possível; os governos federal, estaduais e municipais são responsáveis pela elaboração e implementação dos planos de gestão de resíduos sólidos, assim como dos demais instrumentos previstos na PNRS.

Ministério do Meio Ambiente
www.conferenciameioambiente.gov.br
Telefones: 55-61-2028-1145

Fonte: Jornal Meio Ambiente.