quinta-feira, 27 de junho de 2019

Rainha do Rei Momo

Bolsonaro já não governa mais


Carlos D´incão afirma que o que fazer em um país onde o chefe de Estado é um cadáver? Aliás, em uma rara sobriedade, Bolsonaro disse que querem torná-lo a Rainha da Inglaterra. Errou por pouco... Bolsonaro está mais para Inês de Castro"
Entramos na última semana do mês de junho de 2019 e, como prevíamos, o governo Bolsonaro já não existe mais. A rigor não temos um presidente, mas uma pitoresca e disforme criatura parida nos subterrâneos de Curitiba em conluio com o Departamento de Estado dos EUA.
Eivado pelo ódio e pela ignorância de uma parcela torpe da população brasileira, que saiu dos alçapões de um museu - onde reside todas as atrocidades já imaginadas pela deformação do gênero humano - Bolsonaro nunca foi pessoa, mas substância. Tão pouco já foi substantivo, mas um infame adjetivo cruento que colocou a nação em vergonha contínua e retumbante.
Bolsonaro iniciou o seu mandato não com um governo, mas com uma equipe retirada de um filme surrealista e de baixo calão. Dali derivou vexames e mais vexames. O desgoverno se tornou rotina e há pouco tempo atrás, as bolsas se animavam com o seu silêncio e sobretudo com sua ausência.
Parecia que tudo havia sido equalizado para uma certa estabilidade: Bolsonaro se calaria e desapareceria, enquanto o Congresso e o mercado governaria. Pura ilusão de óptica... A estabilidade era tal qual um corpo em queda, que atingia velocidade contínua, mas que acabaria se estraçalhando no último círculo do inferno: a Vaza-Jato.
As revelações vazadas pelo The Intercept Brasil derrubaram o governo brasileiro perante o Mundo. A percepção local é irrelevante. A realidade é imperativa. Bolsonaro já está morto, só não sabem disso ainda - além dele mesmo - os setores parlapatões da imprensa e as almas penadas que ainda o apoiam pelas ruas, combatendo moinhos de vento da Venezuela e as infindáveis conspirações comunistas...
O que fazer em um país onde o chefe de Estado é um cadáver? Aliás, em uma rara sobriedade, Bolsonaro disse que querem torná-lo a Rainha da Inglaterra. Errou por pouco... Bolsonaro está mais para Inês de Castro, coroada morta ou, como bem nos definiu Camões, “...está morta, a pálida donzela...” E nossa Inês de Castro nem mesmo pode autorizar eleições para a formação de um novo parlamento...
O Brasil está, por fim, parado. Há aqueles que vêm no caos uma grande oportunidade... Na Bovespa, encontramos oportunistas e especuladores que estão convictos de que o país entrará em liquidação e que fazem o seu índice ultrapassar os 100 mil pontos...
Caso o Brasil insista em manter um cadáver no poder, os bancos nacionais não terão capacidade de arcar com a recuperação de todas as construtoras e outras milhares de empresas. A Odebrecht foi a primeira, mas está longe de ser a última... Os bancos são a bola da vez... A Lava-Jato veio para liquidar o Brasil, mas o Brasil é muito grande para quebrar sem destruir a economia global em um efeito cascata que começa na América Latina, vai para a Europa, desembarca nos EUA e chega como uma marolinha na China.
O ranço de alguns generais aposentados, que esqueceram de colocar seus pijamas, ainda assusta o STF. O problema é que a História é uma locomotiva impiedosa e sem freios. E ela exige que Lula seja posto em liberdade e daí para frente, demanda que o mesmo use o tempo que lhe resta em sua vida para salvar o país e a economia global.
Caso o Brasil perca essa locomotiva, não será Lula quem sofrerá, mas todas as instituições brasileiras que se tornarão tão verdadeiras como o Império Romano do Ocidente aos olhos de Carlos Magno... Não é mais Lula ou a barbárie, mas Lula ou as invasões bárbaras. Quem viver essa semana, verá.
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Carlos D´incão afirma que o que fazer em um país onde o chefe de Estado é um cadáver? Aliás, em uma rara sobriedade, Bolsonaro disse que querem torná-lo a Rainha da Inglaterra. Errou por pouco......

Projeto Bolsonaro vs. macri

Bolsonaro e Macri visam gigante projeto antipovo de hidrelétrica no Sul
anovademocracia24 de junho de 2019 16:59


Foto: Ueslei Marcelino / Reuters
A devastação ambiental e social promovida pelo governo de Bolsonaro e generais não se limita ao território brasileiro: atualmente, o governo brasileiro e o de Macri, na Argentina, tentam implementar um projeto violento de hidrelétrica, que até então tinha seu licenciamento ambiental barrado pela Justiça Federal.
As duas usinas (Garabi e Panambi), quando o projeto surgiu em 2012, se localizariam no rio Uruguai, visado pelo “investimento” imperialista por sua grande capacidade hídrica, e inundariam 100 mil hectares, desalojariam 12,6 mil pessoas e submergiria, somente no Rio Grande do Sul, 19 municípios.
De acordo com a organização Amigos da Terra Brasil, em 2014, a falta de informações sobre o projeto angustiava os moradores, que “não sabiam onde seriam reassentados e como ficariam as cidades que terão mais da metade da área urbana engolida pelas águas das duas barragens”.
Quem se beneficia com as hidrelétricas?
Os problemas sociais das hidrelétricas no Brasil já são conhecidos há longa data: o país, com grande possibilidades de produção de energia renovável, concentra seu “investimento” nas hidrelétricas, que raramente são construídas com o consentimento da população das áreas inundadas, e cujos prejuízos materiais não são recompensados ou o são de modo insuficiente.
O vínculo entre o setor elétrico, as empresas de mineração - que são tanto autoprodutoras quanto consumidoras, como a assassina Vale - e as empreiteiras - como a Odebrecht - se dá à medida que a construção das hidrelétricas, de acordo com Philip M. Fearnside (membro da Academia Brasileira de Ciências), “envolvem muito dinheiro, dão oportunidade para a corrupção e sustentam o lobby das empreiteiras para conseguirem contratos de grandes barragens que têm uma produção pífia de energia”.
Entretanto, não só grandes empresas brasileiras utilizam as barragens para atingir superlucros: as hidrelétricas também são visadas por países imperialistas como a China, que está investindo em grandes projetos de mineração aos arredores da possível-futura-hidrelétrica. Ao serem aprovados os projetos de mineração e hidrelétrica no Rio Grande do Sul, o estado estaria diante de um saqueio gigantesco de suas riquezas naturais, em que nem a energia (que pode futuramente ser utilizada para satisfazer as necessidades das mineradoras), nem os minérios estariam à serviço da população e da nação.

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