COMO É ACEITÁVEL QUE ACONTEÇA?!!
TEXTO-AULA
Por Professor[*] Negreiros Deuzimar Menezes
– Consultor Educacional e Ambiental Transdisciplinar
Em 29 de janeiro de 2025
Como é possível, é aceitável e o que
justifica, em pleno anos 20 do século 21, século do conhecimento
técnico-cientifico, da realização do que antes era pura ficção cientifica, em
realidade; da IA [Inteligência Artificial] predominando em tudo no modo de
produção técnico-científico e na vida das pessoas, existir a aceitação natural
da normalização da dominância do obscurantismo, do negacionismo dominando
dentro do CFM [Conselho Federal de Medicina], da OAB [Ordem dos Advogados do
Brasil]; dentro das IES [Instituições Acadêmicas de Ensino Superior]; ser parte
predominante e autoritária do CN [Congresso Nacional] ... Como é possível...?! Como
é aceitável passivamente?! O que justifica...?! E o que, e como fazer, para a
ciência, o conhecimento científico voltar a ser a essência nesses ambientes...?!
A
pergunta toca em um tema complexo, paradoxal que envolve a interação entre
ciência, política, cultura e sociedade. A coexistência de avanços tecnológicos
e científicos com práticas de obscurantismo e negacionismo pode ser explicada,
didática e pedagogicamente, por uma série de fatores interconectados:
1. Desinformação
e Fake News: A era digital facilitou a disseminação de informações, mas
também de desinformações. Redes sociais e plataformas digitais podem amplificar
vozes que negam ciência, criando bolhas de informação onde crenças infundadas
se tornam a norma aceita naturalmente.
2. Crise
de Confiança nas Instituições: A confiança nas instituições
tradicionais, como o CFM, a OAB e as IES, tem diminuído em muitas sociedades.
Quando as pessoas não confiam nas instituições que supostamente deveriam
defender a ciência e a verdade, são mais suscetíveis a acreditar em narrativas
alternativas, tornando-as normais.
3. Polarização
Política: A polarização política fabricada e imposta autoritariamente pela
extrema-direita, fascinazista, e, no caso do Brasil, o bolsonaro/ismo, nos
EEUU, o trump/ismo leva a uma rejeição de evidências científicas que são vistas
como alinhadas a uma determinada ideologia: esquerdismo: socialismo, comunismo.
Isso passa a acontecer em diversas áreas, como saúde pública, meio ambiente e
direitos humanos.
4. Educação
e Alfabetização Científica: A falta de uma educação adequada
e de alfabetização científica dificulta a capacidade das pessoas de compreender
e avaliar criticamente informações científicas. Isso resulta em um público
menos preparado para lidar com questões tidas como complexas.
5. Interesses
Econômicos e Políticos: Interesses capitais/liberais econômicos
e políticos levam à promoção de narrativas que desprezam a ciência, em
detrimento do bem-estar coletivo. Isso pode ser observado em debates sobre
vacinas, mudanças climáticas e saúde pública, por exemplos.
Como
Fazer para Reverter o Cenário?
1. Promoção
da Educação Científica: Investir em educação científica
de qualidade, desde a educação básica até a formação superior. Isso inclui
programas de alfabetização científica que ajudem as pessoas a entenderem e
avaliarem criticamente informações.
2. Diálogo
e Comunicação: Estabelecer um diálogo aberto entre cientistas, educadores,
políticos e a sociedade. A comunicação eficaz da ciência, utilizando linguagem
acessível e abordando as preocupações do público, pode ajudar a reconstruir a
confiança.
3. Transparência
e Responsabilidade: As instituições devem ser
transparentes em suas decisões e ações. Isso inclui a divulgação de dados e
processos, assim como a responsabilização por ações que possam ir contra os
interesses da população.
4. Fomento
à Pesquisa e Inovação: Apoiar a pesquisa científica e a
inovação, garantindo que os cientistas tenham os recursos necessários para
realizar seu trabalho e que suas descobertas sejam aplicadas em benefício da
sociedade.
5. Combate
à Desinformação: Implementar estratégias para combater a desinformação, como
campanhas de conscientização e parcerias com plataformas digitais para promover
informações científicas verídicas.
6. Valorização
do Conhecimento Científico: Encorajar a valorização do
conhecimento científico na formulação de políticas públicas e nas decisões
empresariais, promovendo uma cultura que respeite e integre a ciência na vida
cotidiana.
A
construção de um ambiente onde a ciência e o conhecimento científico sejam
respeitados e valorizados requer um esforço estatal, coletivo e contínuo,
envolvendo todos os setores da sociedade.
Essa
situação, complexa e paradoxal à era do conhecimento e da tecnologia, pode ser
explicada por uma combinação de fatores históricos, políticos, econômicos,
sociais e culturais. Eis algumas razões que ajudam a entender essa contradição
e caminhos possíveis para a superação desse cenário:
1.
Fatores Explicativos
a)
Reação ao Progresso Científico e Tecnológico
Ø
A ciência e o conhecimento
técnico-científico frequentemente desafiam estruturas de poder estabelecidas,
interesses econômicos e dogmas culturais ou religiosos. Isso gera reações
conservadoras que tentam desacreditar ou controlar para si o conhecimento;
Ø
Grandes avanços, como a IA,
biotecnologia e mudanças climáticas, alteram profundamente a economia e a
sociedade, o que pode gerar medo e resistência.
b)
Instrumentalização Política do Negacionismo
Ø
O negacionismo e o obscurantismo não
são apenas frutos da ignorância, mas, principalmente de ferramentas políticas
deliberadas mais precisamente pelo campo autoritário e populista da direita,
extrema-direita, fascinazista. Narrativas negacionistas ajudam a consolidar
poder e justificar políticas que beneficiam grupos específicos vinculados à
direita, extrema-direita e fascinazista;
Ø
Movimentos autoritários e populistas
costumam se apoiar na negação da ciência para mobilizar seguidores contra setores
intelectuais e acadêmicos.
c)
Desmonte da Educação Crítica e do Ensino Científico
Ø
A educação tem sido enfraquecida em
muitos países, inclusive no Brasil, com cortes no financiamento da pesquisa,
precarização do ensino e ataques à autonomia acadêmica;
Ø
O ensino de ciências sofre com
desvalorização, especialmente nas escolas públicas, reduzindo a capacidade da
população de discernir informações baseadas em evidências.
d)
Expansão do Fundamentalismo e do Antiintelecutalismo
Ø
O crescimento de movimentos religiosos
fundamentalistas tem impactado políticas educacionais, científicas e de saúde,
promovendo dogmas [obscuros, negacionistas] em detrimento do conhecimento
científico.
Ø
O anti-intelectualismo ganha força em
sociedades marcadas por desigualdade, onde elites são vistas como distantes e
descoladas da realidade da população.
e)
Poder Econômico e Corporativo
Ø
Grandes corporações liberais,
incluindo indústrias do agronegócio, farmacêuticas e de tecnologia, moldam
políticas públicas e orientam decisões de órgãos como CFM, OAB e o próprio
Congresso Nacional.
Ø
Muitos desses grupos têm interesse em
desacreditar ou controlar narrativas científicas que podem afetar seus lucros,
como ocorreu com a indústria do tabaco e ocorre hoje com a desinformação sobre
mudanças climáticas.
2.
Como Reverter Esse Cenário?
a)
Fortalecimento da Educação Científica e Crítica
Ø
Defesa da autonomia universitária e do
financiamento público à altura para pesquisas;
Ø
Popularização da ciência por meio de mídias
acessíveis e envolventes;
Ø
Integração do pensamento científico e
crítico desde a educação básica.
b)
Enfrentamento Político do Negacionismo
Ø
Organização de frentes científicas
para ocupar espaços de debate público e político;
Ø
Mobilização acadêmica contra decisões
que prejudicam o avanço do conhecimento;
Ø
Aproximação da ciência com movimentos
sociais para criar pontes com a população.
c)
Regulação da Desinformação e do Lobby Anticientífico
Ø
Combate às fake news e
responsabilização criminal de ‘autoridades’ que promovem desinformação;
Ø
Transparência no financiamento de
pesquisas para evitar conflitos de interesse;
Ø
Pressão sobre órgãos reguladores para
que decisões sejam baseadas em evidências científicas.
d)
Reaproximação da Ciência com a Sociedade
Ø
Comunicação acessível da ciência,
tornando-a compreensível e relevante para o público;
Ø
Projetos científicos voltados para o
impacto social direto, reduzindo a visão elitista da academia;
Ø
Incentivo à participação cidadã em
políticas científicas.
O
desafio é imenso, mas há resistência e alternativas. A ciência só voltará a ser
predominante nesses espaços se houver articulação entre pesquisadores,
educadores, movimentos sociais e setores políticos comprometidos com o
conhecimento. A história mostra que avanços são possíveis, mas exigem
organização, mobilização e enfrentamento das forças que lucram com a
ignorância. 🚀
Escrito Por Professor[*] Negreiros Deuzimar Menezes
– Consultor Educacional e Ambiental Transdisciplinar
Em 6 de fevereiro de 2025
―
Yo Soy Professor[*]
Negreiros Deuzimar Menezes – Consultor
Educacional e Ambiental Transdisciplinar
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As Fontes que
Influenciam na Fundamentação de minhas Abordagens Transdiciplinar e
Conclusões são originadas de interpretações e entendimento de OBSERVAÇÕES
DIRETAS E EXPERIÊNCIAS PESSOAIS [Empirismo como causa-raiz]... –
consultas/pesquisas em livros..., web; seleção, elaboração, adaptação,
produção, organização e conclusão dos conhecimentos obtidos e apreendidos nas
escutas ativas, leituras e estudos em fontes diversas feitas por mim, Prof.
Negreiros Deuzimar Menezes, em meu acervo-biblioteca, que fundamentam minhas
conclusões, e escrevê-las no dia de hoje, aos 68a, 2m e 6d.
―
Professor[*] Transdisciplinar;
Consultor; Pós-Graduado em Docência da Educação Superior; Gestão e Educação
Ambiental; Gestão em Auditoria e Pericia Ambiental; Gestão de Sistema
Prisional. Especialista em Direito e Legislação Educacional. Graduado em
Pedagogia e Filosofia; Radio-jornalismo –DRT nº 0772/91-MA. Diretor-Presidente
e Fundador em 1997, da Fundação Brasil de Fomento a Educação Ambiental e
Humanística. Empirista, Panteísta. Ambientalista praticante da Teologia
Ecológica Regenerativa. Ativista Ambiental Independente; Livre Pensador/Educador
Filo-eco-poli-social Transdisciplinar. Livre Pensador-Subversivo-Radical
conforme conceito de Paulo Freire. Não-Materialista. Sem-emprego.
Sem-aposentadoria. Sem-renda!! E que aqui se encontra em auto-exílio, num
canto, na floresta da RPPN, sua propriedade desde 1980, em um lugar qualquer
deste vasto planeta que se encontra sendo assassinado por [pró]acumulador-capitalista
Antiflorestas; AntiSagrada Nossa Mãe Natureza.
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Muy Gracias por leernos
prof.negreiros@gmail.com
// institutouniversidadepanameria@gmail.com
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99 98154 0899 – WhatsApp
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[*] “Professor [de
Professo...] não “dá aula/s”. Portanto, Professor não é quem “dá aula/s”, quem
ministra aulas. Morfológica e Etimologicamente, Professor (de Professo...) é
quem Professa, Profetiza, Profere... e Proclama Conhecimento, Saber/dor/ia!!
Significa Historiador e Profeta porque uma profecia que profere e se realiza
transforma-se em História!!” – Professor* Negreiros/Deuzimar Menezes Negreiros
– Consultor Educacional e Ambiental Transdisciplinar