sábado, 11 de outubro de 2025

CRIMES NA LEGALIDADE

 CRIMES NA LEGALIDADE DA IMPUNIDADE PARLAMENTAR!!

Por Professor Negreiros, Deuzimar Menezes

 

Aqui vos expresso minha indignação diante de deputados e senadores de direita e extrema-direita, fascinazistas, assumidos bolsonaro/istas, que são levados pelos seus eleitores ao congresso nacional brasileiro. E que, acima de tudo e de todos, sem qualquer pudor, não cansam de trabalharem contra a constituição brasileira, a democracia e às liberdades; contra o próprio povo dizendo ser contra o Governo-LULA, o PT, à esquerda!! De cara limpa, sem vergonha na cara, sem ética, imoralmente cometem crimes diuturnamente, livres e sem punições, contra a constituição que juraram cumpri-la e defende-la; contra a democracia, às liberdades, o povo... Fazem tudo isso dizendo ser contra o Governo-LULA, o PT, a esquerda!! Registra tudo em vídeos filmando a si no ato do cometimento dos crimes, com isso confessam, e não querem ir presos!! Isso é o congresso majoritário!!

 

E o povo passivo, ignorando..., sem reagir..., instado a ser cumplice na omissão...

 

Entendo perfeitamente a causa de minha indignação e profunda frustração com a atual cena política brasileira. Isso se deve aos meus mais de ‘cincoenta’ anos de militância política. Parte partidária, e maior parte não-partidária. Sei que meu desabafo toca em questões centrais sobre a natureza da democracia, os limites da representação e a sensação de impunidade a partir d’o que legisla deputados e senadores. Na intenção de vos apresentar melhor compreensão, vamos analisar academicamente esse cenário que tão bem [a mim] descrevo...

 

I. Análise do Cenário: A Exploração Estratégica das Brechas Democráticas

 

O fenômeno que observo não é aleatório, mas sim uma estratégia política calculada racionalmente que opera dentro de brechas do sistema democrático brasileiro. Os indivíduos-atores que menciono, intelectualmente compreendem perfeitamente as regras do jogo democrático e as exploram, usando e abusando, para fins que, paradoxalmente, é para minar e adoecer a própria democracia, levando-a à morte!!

 

1.  A Espetacularização da Política e a Pós-Verdade:

A encenação constante, filmada e amplificada nas redes sociais, transforma a atividade parlamentar em um teatro necropolítico. O objetivo não é legislar para o povo ou debater ideias para o país, mas produzir conteúdo que mobilize a base eleitoral religiosamente manipulada no obscurantismo, analfabeta política, através de falsos escândalos, do uno conflito e da afirmação identitária. Em um ambiente de pós-verdade, o fato de um ato ser criminoso, imoral e/ou antiético é irrelevante; o que importa é que ele seja eficaz em gerar engajamento e solidificar a imagem de "combatente" do sistema... para substituí-lo por outro sistema que lhe seja benéfico!!

 

2.  O Abuso da Imunidade Parlamentar:

A imunidade formal [para opiniões, palavras e votos] e a prisão especial são institutos jurídicos que, em tese, visam proteger o mandato e a independência do Parlamento. No entanto, eles são percebidos – e utilizados – como um escudo para a impunidade de entes parlamentares criminosos. Essa percepção é alimentada quando figuras públicas agem com a certeza de que não sofrerão as consequências legais plenas de seus atos, criando um sentimento generalizado de injustiça e de que existem "duas leis": uma para [anistiar] a elite política de crimes que pratique, e outra, para o povo/ão!!

 

3.  A Polarização como Tática de Poder: A retórica constante de ser "contra o Governo Lula, o PT, a esquerda" não é apenas uma expressão de desacordo. É uma ferramenta intencional para a mobilização ao ante LULA, ante PT, ante Esquerda. Ao criar um "inimigo" interno poderoso e acusado de ser maligno, corrupto, do ‘sistema’, esses grupos consolidam seu eleitorado “de estimação”, justificam as ações extremas contra o "inimigo" e desviam a atenção de questões substantivas relevantes como a reforma tributária, a política ambiental ou os investimentos em saúde, educação, habitação, infraestrutura. O conflito permanente torna-se mais valioso politicamente do que a construção de consensos...

 

II. A "Passividade" Popular: Uma Análise Mais Ampla

A observação que a faço sobre o "povo passivo" é crucial, assim como sei que o termo "passivo" pode ocultar realidades mais complexas. p. ex.:

a.   Esgotamento e Desencanto:

Após anos de crise política, econômica e sanitária criada/fabricada politicamente, uma parcela significativa da população pode estar sofrendo de uma fadiga [psíquica-emocional] democrática. Com a sucessão interminável de “escândalos” fabricados, essa população passa a ter a falsa percepção de que todos os políticos são iguais, e os levam ao cinismo eleitoral e ao afastamento da vida pública, que podem ser interpretados erroneamente como passividade.

 

b.   A Armadilha da Normalização:

Atos que antes seriam chocantes tornam-se, com a repetição diária, parte do "novo normal". Essa normalização da banalização do absurdo é um mecanismo de defesa psicológica e um sintoma do aprofundamento da crise política que o político contra o Brasil não cansa de fabricar. As pessoas se acostumam ao discurso de ódio e às quebras de decoro, o que, por sua vez, os fortalecem.

 

c.    A Fragilidade das Instituições de Controle: A passividade não é apenas social, mas também institucional. Quando o Ministério Público, a Polícia Federal e o Poder Judiciário são percebidos como lentos, ineficazes ou politicamente influenciados, a sensação de que "tudo é permitido" se alastra. A inação dessas instituições é interpretada como conivência. Daí, PERMISSIVA!!

 

III. Perspectivas Propositivas: Para Além da Denúncia

Embora o cenário que há seja desolador, a análise crítica deve apontar [mesmo que utopicamente] para caminhos de superação.

 

1.  Fortalecimento da Sociedade Civil Organizada:

A reação não pode vir apenas de forma espontânea e esporádica. É preciso fortalecer [ou autofortalecer-se] ONGs, coletivos, institutos de pesquisa e a imprensa independente que fazem o contraponto factual, processam informações e acionam as instituições de controle. O monitoramento do legislativo por organizações como o Transparência Brasil e o Congresso em Foco, dentre muitos outros, é um exemplo de resistência ativa.

 

2.  Reforma Política e Revogação de Privilégios:

A luta por uma reforma política profunda, que amplie a representatividade e acabe com privilégios arcaicos [como prisão especial...], é fundamental. Mas só acontece se passar pela mobilização consciente da população. A pressão popular organizada é o único caminho para forçar o congresso a legislar contra seus próprios interesses imediatos.

 

3.  Educação Midiática e Cívica como Antídoto:

A longo prazo, o antídoto mais poderoso contra a desinformação e a política-espetáculo, a política do ódio, é o investimento massivo em educação livre/libertadora. Uma população com pensamento crítico aguçado, capaz de discernir entre informação e manipulação, é a base de uma democracia resiliente. Projetos de educação midiática e cívica nas escolas são um investimento estratégico nos dias atuais no futuro do país.

 

Por fim

O que descrevo é a face de uma crise de legitimidade como conseqüência de eleitores sem qualquer responsabilidade no ato do voto. O Congresso, em tese a casa do povo, é percebido como uma arena de interesses privados e performances corruptas. Antiéticas. Imoral!! A "passividade" que identifico é, na verdade, um sintoma de um mal mais profundo: a erosão da fé na crença nas instituições e no projeto democrático. Isso, como consequência de décadas da eleição repetida de políticos defensores de uma elite branca capitalista, colonialista pró-eeuu... posicionada entre a direita e extrema-direita, fascinazista!!

A saída não é simples, é dolorosa... passa necessariamente pela organização social, pelo fortalecimento de instituições de controle independentes e por um projeto de nação que restaure o sentido da política como serviço público de Direito, e não como palco para a barbárie e a impunidade. Minha voz, crítica e indignada, é parte essencial desse processo de resistência que pratico há mais de ‘cincoenta’ anos de militância...

 

‘Ortografado’ entre os dias 5 e 11 de outubro de 2025

 

Por Professor[*] Negreiros Deuzimar MenezesConsultor Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e Política

Êis minha trilogia... o paradoxo Israel x EEUU

  O obscuro e injustificável paradoxo Israel x "EUA" ÊIS MINHA TRILOGIA!! Por Professor Negreiros, Deuzimar Menezes   1/Cu...