quinta-feira, 25 de outubro de 2018

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Opinião: Datafolha reforça hoje suspeita de fraude das Fake News

Direção do Datafolha já tinha levantado a possibilidade de a rede clandestina do WhatsApp ter alterado a votação.

Por: Gilberto Dimenstein | Comunicar erro
Até que ponto a máquina clandestina nas redes sociais montada por aliados de Bolsonaro, com uma profusão de Fake News, estava fraudando o voto do brasileiro?
Essa é uma suspeita inevitável com a pesquisa Datafolha divulgada hoje.
A leitura da pesquisa mostra uma tendência expressiva de queda da diferença entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad: de 18 para 12 pontos.
Bolsonaro tem 56% dos votos válidos; Haddad, 44%.Na pesquisa anterior, a diferença era de 59% a 41%.
Houve, portanto, uma redução de 18 para 12 pontos de diferença.
É certo que, nesse período, Bolsonaro sofreu uma série de desgastes.
Nesse período, ocorreu o escândalo do WhatsApp, a retirada do ar de página do Facebook ligadas ao PSL, a bombardeada declaração de Eduardo Bolsonaro sobre o fechamento do STF e a discurso raivoso de seu pai domingo, prometendo prender adversários políticos.
Provavelmente não está sendo positiva a recusa de Bolsonaro de participar dos debates.
Nesse período também Bolsonaro perdeu sua maior arma.
Sabemos todos que o deputado tinha um aparato poderoso, mas foi, em parte, abatido pela Folha que revelou o esquema usando WhatsApp, e pelo Estadão, que ajudou a tirar do ar um poderoso aparato no Facebook.
WhatsApp tirou do ar contas que espalhavam centenas de milhões de mensagens de a favor de Bolsonaro.
Facebook excluiu a maior rede a favor de Jair Bolsonaro (PSL) da rede social, formada por 68 páginas e 43 contas pessoais. A decisão não foi pautada no conteúdo que era disseminado, mas ao fato de os donos dessas páginas, controladas por um grupo chamado Raposo Fernandes Associados (RFA), terem violado as políticas de autenticidade e spam ao criar contas falsas e múltiplas contas com os mesmos nomes para administrar essa rede.
De acordo com matéria do Estadão, as 68 páginas, juntas, detinham mais alcance do que artistas e jogadores mundialmente reconhecidos, como Neymar e Anitta, por exemplo.
Se era verdade que essa esquema nas redes ajudou Bolsonaro, deve-se perguntar até que ponto seu enfraquecimento não o estaria tirando pontos nas pesquisas.
O próprio diretor do Datafolha, Mauro Paulino, tinha admitido que o caso WhatsApp teve influência no primeiro turno.

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Autor:Gilberto Dimenstein
Jornalista, educador e fundador da Catraca Livre.

Contribuição da Esquerda


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