sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

VOCÊ É UM MORTO VIVO

20 de fev de 2015

VOCÊ É UM MORTO VIVO

Título invertido? Não, título com a devida reversão.

O confinamento criado e desenvolvido pela inversão humana, foi tão preciso, tão minucioso que, raramente, encontramos algum conceito neste mundo que não tenha sido invertido.

Somos nós que estamos "mortos". Esta humanidade confinada e privada da sua liberdade, contêm todos aqueles que vieram experimentar a "morte", ou seja, a dissociação (desligado da sua fonte).

Ironicamente, a manipulação conseguiu que os "mortos" pensassem que estão vivos. E é por este equívoco que eles fazem questão de manterem-se presos e, se possível, eles querem se eternizar confinados neste corpo de carne de curto prazo de validade e em constante necessidade de manutenção. Outra engenhosa manipulação, foi o sistema de crenças através das religiões que os fez acreditar em ter medo de "morrer", ou melhor, medo de ir para a sua verdadeira Liberdade.

Alguém ainda acha que eu estou inventando ou exagerando? Então vou falar um pouco sobre a sua escravidão: primeiramente, todos são DESEDUCADOS, pois a verdadeira educação é nos mostrada como "errada" baseado no falso e catastrófico conceito de "bem". Logo após a infância, todos os indivíduos começam a sentir o peso das "obrigações", eu não falo de deveres, eu falo das cobranças desta humanidade que obrigam ao condicionamento socioeconômico. Os “mortos-escravos” estudam e depois trabalham todos os dias, pois o confinamento foi dividido em dias/meses/anos para disfarçar a noção de escravidão.

Usando o exemplo de um pai de família de classe média, vou falar superficialmente sobre 90% dos anos de vida deste indivíduo: o escravo acorda bem cedo, mal humorado, se alimenta mal, antes de sair para o trabalho ele enfrenta um ou mais transportes precários, tem um ambiente de trabalho insatisfatório, se alimenta inadequadamente durante o dia, o mal humor é constante, ganha pouco, a volta pra casa é estressante, chega em casa e encontra problemas familiares, o cansaço daquele dia é imenso, o tempo de descanso não é suficiente para recompor o dia cansativo, perde-se tempo em frente a uma caixa  de imagens que fala mentiras e mantém a ilusão (TV). Agora é hora de dormir, pois o cansaço daquele dia é imenso. Muitos sofrem de insônia, dorme-se muito mal e tudo recomeça com a mesma rotina com pequenas diferenças no dia seguinte. Isso é religiosamente sofrido por 5 ou 6 dias da semana com 1 ou 2 dias de suposto descanso. E desde quando o indivíduo que tem essa rotina, consegue radicalmente silenciar a mente? Nunca. Então, de descanso ele não tem nada.

Continuando a escravidão, são 365 dias do ano contra 50 a 70 dias de suposto descanso. Ou trabalhe 7 e descanse 1 ou 2. Ou viva 70 anos e, se conseguir, desfrute apenas 7 ou 10. Este é o preço da escravidão dos "escravos-mortos" e eles não percebem. Eles dizem que são felizes, eles se agarram a essa  "vida de escravo-morto" e dizem que amam viver, dizem que são abençoados e dizem que se amam. Mas, o pior, dizem que são seres inteligentes.

Será que alguém questionou sobre a existência deste sistema para satisfazer àqueles que criaram este confinamento? Eles se alimentam do seu sofrimento, da sua ignorância, do seu ódio, do seu medo, do seu egoísmo, do seu preconceito, da sua burrice em se achar inteligente, de suas emoções sejam elas quais forem, das suas guerras, pois eles sustentam os dois lados.

O sistema de servidão é tão bem feito, que o "escravo-morto" nada percebe e está sempre pronto a servir sem desconfiar ao que ele presta. Um dos muitos exemplos de manipulação social é o calendário criado para os escravos seguirem à risca. No Brasil, por exemplo, o ano é iniciado com muitas dívidas devido ao anterior fim de ano com suas "festas". Então, o janeiro endividado, fora as despesas fixas mensais, têm os impostos de IPVA, IPTU, para quem tem filhos, as matrículas escolares, material escolar e outras continhas.

Fevereiro, ahhhhh o que são 4 dias de carnaval para animar os escravos de um ano inteiro? E mais gastos com a folia são acumulados.

 

VOCÊ É UM MORTO VIVO

Finalmente março chegou, não tem datas comemorativas, mas é o mês que o escravo tem que trabalhar dobrado para pagar as dívidas e separar dinheiro para o mês de abril, pois vem aí a semana santa com as despesas das ceias e a Páscoa com os ovinhos de chocolate para o trouxa ficar a mercê da mídia bombardeando de todas as maneiras, que ele tem que comprar. Mas só não alertam que ele também tem que pagar. E para tripudiar com você, você tem que explicar aos seus filhos que coelhos não põem ovos, muito menos de chocolate.
O mês de abril se foi, e ele desesperado com as dívidas, tem que se entregar mais ainda para pagar todas as despesas que o calendário vem lhe impondo através de muitas chantagens sociais e midiáticas. Mas o ano só começou e a escravidão continua, pois maio é o mês das mães e das noivas, ou seja, sempre tem um FDP que manda convite de casamento, pois quando se trata de ser convidado para um casamento, tenha certeza que estão contando com o seu valioso presente. Agora o dia das mães, mesmo se a sua já foi, mães de braços abertos querendo presentes não faltam: esposa, sogra, etc.

Ahhh mês de junho, mas logo na semana seguinte do dia das mães em maio, já começa a mídia a bombardear sobre o 12 de junho, dia dos namorados. As chantagens em todas as mídias te pressionam a gastar e se endividar mais ainda. A sua esposa diz que é a sua eterna namorada a cada comercial visto falando da data. Esse "amor" desaparece a partir do dia 13.

Chegaaaaaaaa, estamos no meio do ano e até agora eu só paguei, paguei e paguei com todas as minhas energias. Mas se você tem filhos, sorria, julho é o mês de férias escolares e mais uma vez você tem que enfiar a mão no bolso e dizer que é feliz e ama a vida.

Passou o meio do ano e chegou agosto, obaaaa, é meu mês, dia dos pais. Mais mídias enchendo o saco com as campanhas emocionalmente apelativas. E coitado do "escravo-morto", a sua esposa lhe pede dinheiro fingindo que é para fazer algo. Mas você sabe que ela está mentindo, pois ela na verdade vai comprar um presente para o seu filho lhe dar cumprindo aquele teatro, aquela farsa social de lhe presentear no dia dos pais.

Calma, o ano ainda não acabou, trabalhe mais, faça extras e se esforce, pois em setembro só tem os aniversários da sogra, do afilhado, da esposa, do filho, do amigo, do chefe, etc. Gaste como um condenado e pague tudinho para, no final, dizer que essa vida é maravilhosa. Pois você tem medo de "morrer". Te enfiaram isso na cabeça desde muito cedo para o medo te manter escravo deste sistema.

Ainda em setembro, a mídia mais uma vez ataca com as campanhas de presentes para o dia das crianças em 12 de outubro. Você está criando um monstrinho deseducando-o com seus exemplos de pai dedicado na burra e estúpida maneira de viver a sua vida para agradar a sociedade.

Finalmente chegou novembro, é o mês que ele respira aliviado porque a oferta de crédito na praça é grande devido às festas de fim de ano. É o mês que ele mais gosta dentre os muitos anos desde que constituiu uma família. E é em novembro que ele pega um empréstimo no banco, pois o do ano anterior as prestações terminaram em agosto. E com este empréstimo ele poderá saldar as dívidas acumuladas deste ano inteiro e, se deus quiser, vai sobrar um dinheirinho para bancar as festinhas de natal e ano novo. Nossa, este é um momento de grande felicidade do "escravo-morto", pois ele vai conseguir ter "momentos" maravilhosos neste fim de ano.

E no dia 31 de dezembro às 23:59 ele diz: “eu sou feliz, obrigado meu deus, passei um ano maravilhoso, com saúde (usei um exemplo de quem não teve gastos com a saúde) e muita felicidade junto à minha família”.

Felicidade? Quando? Família? Família é isso, uma cambada de dependentes chantagistas que só sabem pedir. Mas não esqueça que você já foi membro familiar deste modelo imbecil de relacionamento sócio-humano-econômico.




Trabalho? Ou escravidão? Felicidade? Ou Miséria? Ele está vivo com saúde? Ou é um escravo-morto?

Diante deste relato de escravidão que se repete ano após ano durante 60, 70 ou 80 anos de cada ser "morto" neste mundo, o indivíduo tem medo de ir para sua Liberdade. Mesmo sabendo o que ele passa depois de ler este simples texto. Eles querem manter essa vidinha miserável, pois é só isso que eles conhecem.
Quando alguém, de fato, se livra dessa escravidão, eles choram e lamentam por quem eles julgam "mortos". Eles deveriam comemorar por aqueles que se libertaram dessa escravidão, mas na verdade não percebem que choram pelos seus sofrimentos neste sistema de humano invertido.

Vocês querem a Vida, querem a Liberdade? Então extraiam-se dessa inversão. Ou mantenham-se "escravos-mortos e felizes".

Só se consegue se extrair deste mundo, quando conseguimos compreender como as pessoas que sustentam ele funcionam. A fuga é uma covardia e uma vergonha, esta autoextração deve ser de maneira honesta consigo mesmo, sem autoenganação. E extrair-se dessa inversão não significa a "morte" na visão dele, ou a sua ida para a Liberdade. A sua passagem aqui tem muitos propósitos, e entre muitos, há o de extrair-se e apreender com o funcionamento dele, embora completamente burro e equivocado.

É extremamente proveitoso ao seu apreendizado, quando você se extrai do sistema e observa os escravos indo e vindo como zumbis. Esta posição de observador, te permite observar-se dentro da inversão humana e, obviamente, trabalhar em prol da sua reversão.

Eu não vou continuar a minha vida, agora consciente da inversão desta humanidade, como um gado no meio da manada a caminho do precipício.

Esta é a imagem de quem se acomoda, gosta, diz que é feliz e é refém do "medo de morrer", o medo de ser Livre.



Esta também é a imagem de quem insiste em ficar na resistência para se manter confinado e invertido. É também a imagem daqueles que fogem de si se comportando como zumbis que não têm o mínimo controle sobre suas ações e reações.
É ou não é uma estupidez manter-se invertido? Pois disso você pode sair. Você não é obrigado, de maneira alguma, a sofrer como a manada, você pode, se quiser, trabalhar em prol da sua reversão.

Eu sou vivo e estou vivo numa humanidade de "mortos" que pensam estar vivos, ou melhor, invertidos.

E você, vai ou não, trabalhar a sua reversão?

Anthonio  Magalhães

http://www.reversaohumana.com.br/

Do luto à luta

Psicologia

RELACIONAMENTOS – Do luto à luta

by psicomarcosmarinho
publicado em recortes por
Do Site Obvious
Superar uma perda, significa muito mais do que ignorá-la ou passar a ocupar a mente com outras questões que implicam a vida. Transcender o luto, está mais relacionado a internalizar os aprendizados e encontrar sentido para o que se teve oportunidade de viver, pois jamais se pode tirar o que é incorporado à essência... À aquilo que, ao experimentado, passou a dar significado ao nosso ser.
Não há despertar da consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, chegando ao limite do absurdo para evitar enfrentar a sua própria alma. Mas, ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim ao se conscientizar da escuridão.” (Carl Jung).
Desde o início da vida de uma criança, a negligência em questões relacionadas à perda (morte, derrota, mudança etc.), acontece de forma que, algo tão natural como a morte (devido à sua inevitabilidade), por exemplo, acaba se tornando um obstáculo quase sempre “mal superado”, podendo gerar deformações psíquicas no decorrer das idades.
O próprio fato de fazer algumas escolhas, muitas vezes acarreta em abrir mão de outras e, no caso, se em algum momento não lidei de maneira efetiva com minhas “perdas”, ou seja, se meus lutos não foram bem trabalhados e tratados, naturalmente que isso influenciará e muito no que se refere às escolhas em relação ao “o que” terei de abrir mão para seguir em frente.
Observei alguns casos de pessoas que permaneciam estagnadas em suas vidas quando tinham a oportunidade de serem melhores (em relação a elas próprias) e desenvolverem seus potencias, acreditando que aquelas eram suas escolhas quando, após algum tempo, se deram conta que na verdade, permaneciam ali por medo do desconhecido ou por apego à zona de conforto.
Por não se atentarem a essa condição natural da vida (desapego) é comum observarmos pessoas que não conseguem transcender em suas próprias vidas, permanecendo atrelados a trabalhos que não gostam; relacionamentos esgotados; estagnação em relação ao próprio potencial pessoal ou mesmo no que se refere à qualidade de vida.
É importante atentarmos à palavra DESENVOLVIMENTO: quando procuramos no dicionário, normalmente poderemos encontrar significados relacionados a “progresso”, “crescimento” etc.. Gosto de analisar essa palavra com um crivo mais psicanalítico quando parto para a perspectiva que, para poder me envolver de forma íntegra com o hoje, é necessário me “des” envolver com o ontem.
Observe que o desenvolvimento, nesse caso, tem a ver também com a maneira como nos desapegamos das coisas das pessoas e até mesmo das nossas memórias. Não significa que devemos ignorar ou esquecer, mas, mais profundo que isso, é internalizar o sentido ou significado da relação tornando-o parte de nós mesmos e não mais “separado” de nós.
Nos relacionamentos amorosos isso se elucida de forma clara quando pensamos que é necessário romper a relação com uma pessoa para iniciar uma com outra. Acredito que o que torna bonita a nossa passagem pela vida é essa realidade que pouco queremos aceitar, mas, quando nos damos conta efetivamente dela (perda), podemos passar a vivenciar as oportunidades com mais intensidade e, por conseguinte, vivermos de forma mais profunda e conectadas com os momentos que nos são concebidos.
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O ESTUDO DA MORTE
O homem possui uma extrema capacidade de adaptação, haja vista que a seleção natural refere-se a essa habilidade (presente em todas as diferentes formas de vida), como a tônica, no que diz respeito à sobrevivência de qualquer espécie. Assim sendo, lidar com a “perda da referência”, passa a ser um atributo da sobrevivência e continuidade.
Na TANATOLOGIA (parte da medicina legal que se ocupa da morte e dos problemas médico-legais com ela relacionados), esse processo (luto) não se restringe apenas à presença da morte. Ele também está presente em toda privação, nas rupturas matrimoniais, nos rompimentos com amigos e até mesmo a uma mudança de ambiente. Assim, este sentimento pode ser concebido, na verdade, como um mecanismo inerente à psique humana.
A resiliência (conceito psicológico emprestado da química, definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse etc. – sem entrar em surto psicológico.), é o estado chave para passar por esse processo (luto).
A American Psychological Association define resiliência como o “processo e resultado de se adaptar com sucesso a experiências de vida difíceis ou desafiadoras, especialmente através da flexibilidade mental, emocional e comportamental e ajustamento às demandas externas e internas”.
O estudo da TANATOLOGIA em psicologia diz que independente da perda, o indivíduo sempre passa pelas mesmas fases, que são cinco, as quais não necessariamente são sequenciais, podendo se revelar, ao mesmo tempo, dependendo de cada pessoa:
1. NEGAÇÃO: o indivíduo permanece anestesiado; há o surgimento da descrença. Nessa fase a pessoa nega a existência do problema ou situação. Pode não acreditar na informação que está recebendo, tentar esquecê-la, não pensar nela ou ainda buscar provas ou argumentos de que ela não é a realidade. Comportamentos comuns: Buscar uma segunda opinião ou outras explicações para a questão; Continuar se comportando como antes (ignorando a situação); Não aderir ao tratamento (no caso de doença) ou não falar sobre o assunto (no caso de morte, desemprego ou traição).
2. RAIVA: nessa fase a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorre. É comum o aparecimento de emoções como revolta e ressentimento. Geralmente essas emoções são projetadas no ambiente externo; percebendo o mundo, os outros, Deus, etc. como causadores de seu sofrimento. A pessoa sente-se inconformada e vê a situação como uma injustiça. Comportamentos comuns: perde a calma quando fala sobre o assunto; recusa-se a ouvir conselhos; não quer falar sobre o assunto.
3. NEGOCIAÇÃO: nessa fase busca-se fazer algum tipo de acordo de maneira que as coisas possam voltar a ser como antes. Essa negociação geralmente acontece dentro do próprio indivíduo ou às vezes voltada para a religiosidade. Promessas, pactos e outros similares são muito comuns e muitas vezes ocorrem em segredo. Comportamentos comuns: rezar, fazer um acordo com Deus; buscar agradar (no caso de relacionamento); alimentar-se com produtos “lights” e diets para compensar os outros alimentos.
4. DEPRESSÃO: nessa fase ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa, desesperança e medo são emoções bastante comuns. É um momento em que ocorre uma grande introspecção e necessidade de isolamento. Comportamentos comuns: chorar, afastar-se das pessoas; comportamentos autodestrutivos.
5. ACEITAÇÃO: Nessa fase percebe-se e vivencia-se uma aceitação do rumo das coisas. As emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e limitações. Comportamentos comuns: buscar ajuda para resolver a situação; conversar com outros sobre o assunto; planejar estratégias para lidar com a questão.
Esses estados variam em se tratando de tempo para cada pessoa e mediante a intensidade de cada situação. As pessoas não passam por essas fases de maneira linear, ou seja, elas podem superar uma fase, mas depois retornar a ela (ir e vir), estacionar em uma delas, sem ter avanços por longo período ou ainda suplantar todas as fases rapidamente até a aceitação. Não há regra. Tudo depende do histórico de experiências da pessoa e crenças que ela tem sobre si mesma e sobre a situação em questão.
A vida se resume a uma simples escolha: ocupar-se de viver ou ocupar-se de morrer” (William Shakespeare).
Partindo dessa premissa, podemos sim encurtar o percurso nessa “curva”, ao passo que, quando optamos por viver, naturalmente podemos acelerar o processo seguindo direto, da negação para a aceitação. Quando não nos damos conta desse procedimento natural, muitas vezes deixamos de viver o luto, negligenciando o processo ou fugindo dele.
Para elucidar, posso usar como exemplo o caso de um término abrupto de relacionamento mediante a traição: o individuo traído, pode escolher substituir a relação por outra e acreditar que superou o trauma anterior. O que ocorre é apenas a soma dos estados ao passo que, em qualquer outra situação de término, surgirá pensamentos como “tenho que ficar sozinho mesmo”, “ninguém presta” etc. ou mesmo a negação em se lançar para uma nova relação, usando a prudência como máscara para o medo oculto oriundo do trauma que não foi tratado.
Outra questão que pode surgir nascida dessa negligência é, levando em conta a capacidade humana de adaptação, em dado momento em que o indivíduo é revigorado pelo externo (atenção de outros, bajulação, cuidados excessivos etc.). Isso pode, necessariamente, se tornar um reforçador de comportamento corroborando para que se mantenha naquela condição e, sem que se dê conta, acaba perdendo a referência do seu próprio estado de equilíbrio, visto que o estado emocionalmente miserável que está vivendo, passa a ser a nova referência devido ao tempo e permanência mediante aos estímulos reforçadores as quais o sujeito é exposto.
É como aquela menina que põe uma foto de biquíni na internet e recebe atenção; outra que põe uma “frase de efeito” ou outra que se lamenta e é reforçada. Esse reforço, seja lá como se revelar, será, em grande parte, responsável pela permanência do indivíduo naquele estado junto aos comportamentos específicos.
Caberia ao indivíduo, trazer novamente as referencias positivas passadas para poder gerar uma equivalência entre os estados, acessar a sinestesia e, através da subjetividade, encontrar o estado emocional sumário já vivido, mas que, por questão de sobrevivência do organismo (cérebro primitivo), foi colocado em segundo plano (o organismo tende a se adaptar ao estado atual).
Caso aconteça com alguém próximo (o que normalmente acontece), é preciso estar atento aos reforçadores de comportamento, ajudando o sujeito a encontrar sentido e evitar reforçar o estado miserável, ao contrário, orientar o próprio a encontrar novas referências e caminhos assim como lançar-se a analise sobre os aprendizados oriundos daquela relação perdida.
A incorporação das experiências e aprendizados corrobora para o equilíbrio no momento em que o sujeito se dá conta que “o outro” não está necessariamente fora dele, mas sim, incorporado através das experiências adquiridas no processo em que se deu a relação.
A dor é suportável quando conseguimos acreditar que ela terá um fim e não quando fingimos que ela não existe.” (Allá Bozarth-Campbell).
psicomarcosmarinho | 20/02/2015 às 15:39 | Tags: luto, morte, psicoterapia | Categorias: ajuda psicológica, luto | URL: http://wp.me/p2NsmY-og
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Hercólubus ou Planeta Vermelho

 
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Seres extraterrestres de todos os rincões do Universo nos visitam há milênios. Em todas as partes do mundo estabelecem contatos com pessoas selecionadas e se preparam para nos ajudar ante as mudanças que ocorrerão na Terra. É totalmente imprescindível e urgente colocar luz sobre este tema.
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Grandes mudanças estão acontecendo agora em todo o mundo, os tiroteios Paris (Aproximação de Nibiru começa interferir no Emocional das pessoas no Mundo) o grande congelamento nos EUA esta semana. Tudo parece estar apontando para o céu para a resposta. 2015 Nibiru / Planeta X - 'no dia da chegada ...

A exaustão das água

Scientific American Brasil: A exaustão das água

Publicado . em Ecoleituras

10231Por Dal Marcondes - Está nas bancas a edição especial da revista Scientific American Brasil - A Exaustão das Águas, editada pelo competente Ulisses Capozzoli e com 13 artigos que procuram abordar uma multiplicidade de enfoque sobre o tema. Eu abordo a questão relacionada à água como direito humano e insumo econômico, o Julio Ottoboni trata dos impactos da destruição das florestas sobre o comportamento do clima. Também estão presentes José Galizia Tundisi, Ivanildo Hespanhol, Olive Heffernann, Rubens Junqueira Vilella, Ken Caldeira, Dan Baum, Rodrigo Lilla Manzione e David Biello. O resultado editorial ficou excelente e oferece novas perspectivas para a abordagem da crise hídrica brasileira.

crise da água ou nossa crise?

Cientistas brasileiros criticam descaso do governo com alertas sobre crise da água

Publicado . em Água
10228
Por Suzana Camargo
“A nossa situação é extremamente grave”. A afirmação é de Luiz Pinguelli Rosa, diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ). Ele foi um dos pesquisadores da Academia Brasileira de Ciências*, que se reuniram em (12/02), no Rio de Janeiro, para falar sobre a crise hídrica no país.
O tom do encontro foi de denúncia e crítica. “Em novembro de 2013 já era possível antever isso, sem nenhuma bola de cristal. Nós antevimos que esse problema ia acontecer, sugerimos racionalização do uso, sugerimos aumento tarifário, nada foi feito”, disse Paulo Canedo, chefe do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ.
Em dezembro do ano passado, cientistas brasileiros divulgaram o documento Carta de São Paulo , quando fizeram novo alerta sobre o grave problema da falta de água no sudeste do Brasil.
“A governança do Brasil sempre foi ligada a uma abundância de água, e hoje vivemos uma escassez que não vai durar só um verão”, ressaltou José Galizia Tundisi, pesquisador do Instituto Internacional de Ecologia e especialista em recursos hídricos. “Num estado como São Paulo, o problema se agrava ainda mais, porque a economia depende de água – é o maior produtor do mundo de suco de laranja, de ovos, e sua população é do tamanho da Argentina.”
Para os cientistas, 2015 será um ano muito difícil. Eles são unânimes em dizer que, mesmo que chova acima da média histórica – algo que já se mostra praticamente impossível – o país sofrerá com falta de água e energia.
Outra crítica feita foi em relação a falta de transparência dos governos sobre a real gravidade da crise e a demora em tomar decisões importantes como, o incentivo à economia de água e luz. “Faltou transparência e continua faltando. A população não tem a real dimensão da crise e nem está sendo preparada para enfrentá-la. Isso, no mínimo é irresponsável”, afirmou Sandra Azevedo, diretora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho.
Sandra chamou atenção sobre os efeitos que as interrupções no abastecimento de água podem ter sobre a saúde da população. “Qual o controle que temos, por exemplo, sobre a qualidade da água dos carros-pipa ou dos galões, que se tornaram populares? Temos os principais mananciais da região sudeste contaminados com componentes químicos muito tóxicos”, questionou.
Ainda segundo a pesquisadora, a diminuição na pressão da água aumentaria as chances de contaminação externa, já que as cidades brasileiras têm redes antigas com microfissuras nos canos. “Quando a água é aberta novamente, entra nas casas com contaminantes do solo, como esgoto e resíduos químicos”.
O cenário apontado pelos cientistas é que a região sudeste está muito longe de sair da crise. Pelo contrário, ela deve piorar ainda mais. Infelizmente, parece que pouca importância está sendo dada aos contínuos alertas da academia brasileira. “Não aprendemos nada com o ano de 2001, quando a escassez de água levou a “apagões” constantes”, comentou José Marengo, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). “Esse fenômeno já aconteceu no passado, acontece agora e deve acontecer no futuro”.

Fonte: Planeta Sustentável.

#agua

A graça da não-notícia

Carlos Antonio Fragoso Guimarães está em um círculo assinado por você. Mais informações
Carlos Antonio Fragoso Guimarães
Compartilhada publicamente10:19
 
A imprensa em questão: Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa, analisa o que os jornais dizem na tentiva de esconder
   Por que a imprensa brasileira tenta pintar tudo em preto e branco, sem considerar as muitas tonalidades entre os dois extremos? Ora, porque a imprensa faz parte do sistema de poder na sociedade moderna, e exerce esse poder fazendo pender as opiniões para...
   Por que a imprensa brasileira tenta pintar tudo em preto e branco, sem considerar as muitas tonalidades entre os dois extremos? Ora, porque a imprensa faz parte do sistema de poder na sociedade moderna, e exerce esse poder...
 
 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

A imprensa em questão: Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa, analisa o que os jornais dizem na tentiva de esconder

   Por que a imprensa brasileira tenta pintar tudo em preto e branco, sem considerar as muitas tonalidades entre os dois extremos? Ora, porque a imprensa faz parte do sistema de poder na sociedade moderna, e exerce esse poder fazendo pender as opiniões para um lado ou para outro, usa o mito da objetividade para valorizar seus produtos e cobra de seus financiadores um custo por esse trabalho.
Luciano Martins Costa

LEITURA CRÍTICA

A graça da não-notícia

Por Luciano Martins Costa em 19/02/2015 na edição 838
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 19/2/2015
A leitura crítica dos jornais brasileiros pode produzir momentos interessantes, não propriamente pelo que dizem, mas principalmente pelo que tentam esconder. O hábito de analisar criticamente o conteúdo da mídia tradicional produz calos no cérebro, e eventualmente o observador passa a enxergar não mais a notícia, mas a não-notícia, ou seja, aquilo que o noticiário dissimula ou omite.
Trata-se de um exercício divertido, como se o leitor estivesse desfazendo um jogo de palavras cruzadas já preenchido. É mais ou menos como adivinhar, a partir das palavras que se interconectam num texto, o sentido que o autor pretendeu dar à sua construção. No entanto, embora o esquema seja interessante, a prática desse jogo de “interpretação reversa” não chega a ser instigante, porque a qualidade dos textos é geralmente muito pobre, e as intenções dos autores e editores se tornam muito explícitas. Mas não deixa de ser boa diversão, o que, afinal, ajuda a cumprir o novo papel da imprensa, o de entretenimento.
Há um bom número de exemplos nas edições dos jornais de quinta-feira (19/2), entre eles o esforço em manter a atenção do leitor com foco na lenta recuperação do reservatório da Cantareira, ao mesmo tempo em que apela ao bom senso para que as pessoas continuem a economizar a água.
No Jornal Nacional da TV Globo, a cada nota sobre o volume de chuvas em São Paulo segue-se a imagem da apresentadora, com expressão de madre superiora, lembrando que não basta a ajuda de São Pedro: é preciso seguir contando as gotas no chuveiro.
No Globo, chega a ser patético o esforço dos editores em celebrar a vitória da escola de samba Beija-Flor e ao mesmo tempo denunciar as relações de seu presidente, o bicheiro Anísio Abrahão David, com o ditador da Guiné Equatorial, que financiou o desfile carnavalesco.
Na Folha de S. Paulo, que produz três páginas especiais para festejar seus 94 anos, esse aspecto ambíguo da imprensa ganha ares oficiais: para mostrar que “o pluralismo é um dos pilares editoriais da Folha”, como diz o enunciado do material comemorativo, o jornal apresenta oito artigos sobre temas da atualidade. Assim, o leitor pode apreciar duas opiniões diferentes sobre as seguintes questões: “A presidente Dilma deve sofrer ação de impeachment em decorrência do escândalo da Petrobras?”; “O governador Alckmin é culpado pela crise hídrica em São Paulo?”; “Diante dos sinais de recessão, o BC deveria parar de subir os juros?”, e “As redes sociais tornam as pessoas mais egoístas?”
Por que a árvore caiu?
Decompondo a edição da Folha, pode-se afirmar que nenhuma das quatro questões admite apenas duas respostas, “sim” ou “não”, como propõe o jornal. Mas o mais interessante é que a Folha apresenta afirmações como se fossem perguntas. Por exemplo, se misturarmos as palavras, um dos enunciados seria: “O governador Alckmin deve sofrer ação de impeachment por ter adiado decisões sobre a crise hídrica por razões eleitorais?”; outro enunciado poderia ser: “A presidente Dilma é culpada pelo escândalo da Petrobras?”
Como se vê, a tal “pluralidade” já nasce condicionada, porque a imprensa brasileira quer convencer o leitor de que existem apenas duas interpretações possíveis para questões complexas como essas. E observe-se que todo o noticiário é composto por questões complexas, ou, no mínimo, controversas, porque é isso que define uma notícia.
Uma árvore caiu. Por que a árvore caiu? – mesmo num evento corriqueiro e aparentemente banal, há muitas respostas possíveis.
Por que a imprensa brasileira tenta pintar tudo em preto e branco, sem considerar as muitas tonalidades entre os dois extremos? Ora, porque a imprensa faz parte do sistema de poder na sociedade moderna, e exerce esse poder fazendo pender as opiniões para um lado ou para outro, usa o mito da objetividade para valorizar seus produtos e cobra de seus financiadores um custo por esse trabalho.
Mas pode-se elaborar melhor essa análise. O observador arriscaria afirmar que a narrativa jornalística, tal como foi construída ao longo do tempo, já não dá conta de acompanhar a percepção da realidade, amplificada pelo domínio da imagem transmitida globalmente em tempo real. Como notou o filósofo Vilém Flusser, a superfície ínfima da tela substitui o mundo real. O que a imprensa faz é comentar essa superficialidade, não a realidade.
Mas a resposta é ainda mais simples: para ser levado a sério, um jornal precisa dar a impressão de concretude em seu conteúdo, mas, ao se tornar refém do mundo das imagens, produz uma concretude – ou, como diz Flusser, uma “concreticidade” superficial.
Essa superficialidade procura esconder o propósito do conteúdo jornalístico, que não é informar, com pensam os leitores correligionários: é induzir uma opinião específica.
Se tudo é opinião, tudo é não-notícia.

Escritor relata doença em artigo

Nova publicação em Psicologia

Oliver Sacks se despede após anunciar um câncer terminal

by psicomarcosmarinho

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Escritor relata doença em artigo no 'The NY Times': "Foi um privilégio e uma aventura"

"Acima de tudo, fui um ser com sentidos, um animal pensante, neste maravilhoso planeta, e isso, em si, foi um enorme privilégio e uma aventura" (Oliver Sachs)
Com um artigo simples, emotivo e direto, paradoxalmente cheio de otimismo, o escritor e neurologista Oliver Sacks anunciou na quarta-feira, no The New York Times, que sofre de um câncer terminal e que tem apenas mais algumas semanas de vida.
O autor, cujos livros sobre os subterfúgios da mente humana, como Tempo de Despertar e O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu, foram adaptados para o cinema e venderam milhões de exemplares no mundo inteiro.
Oliver Sacks, que tem 81 anos, recebeu a má notícia há algumas semanas, quando foi informando que sofre de metástase múltipla no fígado, procedente de um tumor original no olho detectado há oito anos. Ele afirmou que os médicos podem atrasar o avanço, mas não detê-lo.
Intitulada Minha Própria Vida, sua despedida é cheia de otimismo:
"Estou intensamente vivo e quero e espero que o tempo que me resta por viver me permita aprofundar minhas amizades, me despedir daqueles que amo, escrever mais, viajar se tiver a força suficiente, alcançar novos níveis de conhecimento e compreensão. Isso incluirá audácia, clareza e falar com franqueza; vou tratar de acertar minhas contas com o mundo. Mas também terei tempo para me divertir (inclusive para fazer alguma estupidez)".
O escritor confessa que não pensa em se dedicar a nada que não considere essencial, que não quer perder tempo. "Não posso dizer que não tenho medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão. Amei e fui amado; dei muito e me deram muitas coisas; li, viajei e escrevi".
A tranquila lucidez com a qual enfrenta a notícia de seu câncer sem volta é mais uma prova de sua sabedoria.
Fonte: El País
psicomarcosmarinho | 20/02/2015 às 12:31 | Tags: Oliver Sachs, psicologia | Categorias: psicologia | URL: http://wp.me/p2NsmY-oa
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