domingo, 27 de janeiro de 2019

Live do Conde: Da lama ao caos, de Temer a Bolsonaro

A quadrilha no Governo e a dos cúmplices

Generais usaram Bolsonaro para voltar ao poder

O ENSINO NAZI-FASCISTA NAS ESCOLAS DO BRASIL

Enquanto isso, as escolas brasileiras  serão obrigadas a ensinar o nazi-fascismo e o criacionismo protestante em detrimento de quaisquer outros pensamentos.



Escolas na Alemanha combatem mentiras sobre o nazismo
Poucos acontecimentos históricos ganharam tantos filmes e livros como o Holocausto promovido pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Ainda assim há quem tente minimizar o ocorrido. Poucos meses atrás, por exemplo, o político Alexander Gauland, líder do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), chegou a afirmar que o Holocausto foi apenas “um cocô de pássaro em mil anos de uma história alemã de sucesso”.
Para estimular a memória pública de um dos episódios mais abomináveis da história moderna, uma das estratégias do governo alemão, desde a década de 1970, é fazer com que seu sistema educacional apresente uma abordagem crítica em relação ao nazismo e ao Holocausto. “A autoconsciência histórica do Estado e da sociedade na Alemanha é moldada pelas seguintes perguntas: ‘como deixamos isso acontecer?’ e ‘o que pode ser feito para impedir algo semelhante no presente e futuro?’”, explica Gerhard Henke-Bockschatz, diretor do departamento de Didática da História da Universidade Goethe.
É por esse mesmo motivo que, embora as políticas educacionais sejam de responsabilidade dos governos estaduais, o tema é obrigatório nas grades curriculares de todo o país durante a 9ª ou 10ª série, quando os alunos estão com 15 e 16 anos.
Segundo Peter Carrier, pesquisador do instituto alemão Georg Eckert e coordenador de um projeto da Unesco sobre o Holocausto na educação, além do ensino dentro da salas de aula, escolas costumam organizar viagens para museus e campos de concentração.
“Esses lugares oferecem um excelente apoio didático. Estar em locais históricos é importante porque torna a realidade mais tangível. Ao mesmo tempo, a orientação crítica dos professores nesses passeios é vital porque incentiva a interpretação e a reflexão sobre as imagens, a linguagem e os ícones”, pondera.
Essas excursões e visitas, entretanto, não são parte obrigatória na grade curricular. Mesmo assim os professores têm toda a liberdade para organizarem diversas atividades pedagógicas no que se refere ao tema. Os educadores possuem ainda ofertas de cursos extracurriculares sobre formas pedagógicas de se abordar o assunto para crianças e jovens.

Uma nova abordagem

Entre os cuidados tomados na hora de ensinar e refletir sobre o Holocausto e o nazismo nas escolas alemãs, Peter Carrier menciona a importância de não demonizar figuras como Hitler. Essa narrativa, segundo ele, torna o tema pouco palpável e distante do presente, já que expressa que apenas alguém como o ditador alemão em questão seria capaz de orquestrar o Holocausto.
“Há uma tendência entre os alunos de pensar que Hitler fez o Holocausto sozinho e que a população não tinha conhecimento da exclusão e humilhação de judeus na sociedade. Mas é bom que eles aprendam que mesmo os alemães comuns fizeram parte desse sistema de exclusão, humilhação, ostracismo e perseguição”, reflete.
Abordagens pedagógicas mais voltadas para a empatia e a solidariedade são as mais indicadas, uma vez que impulsionam o diálogo em relação a assuntos contemporâneos de extrema importância, como a crise migratória na Europa.
“Os jovens devem aprender como perpetradores e espectadores do Holocausto pensavam e como é fácil, ainda hoje, adotar esses mesmos processos de pensamento. É preciso refletir sobre o tema para não repetir os modos de exclusão, humilhação e perseguição ou até mesmo para não aceitar silenciosamente os preconceitos de outras pessoas”, diz o pesquisador.
Outro ponto crucial no ensino do nazismo para jovens alemães, segundo Carrier, é que professores não devem apelar para imagens chocantes do período para chamar a atenção dos alunos. “Entendo que seja difícil entender um evento que está distante no tempo e que foi tão absurdamente violento, mas acho mais efetivo começar lendo aos alunos depoimentos de sobreviventes ou mostrando como os criminosos nazistas pensavam”, diz. “É possível, sim, mover os jovens recorrendo aos seus sentimentos de indignação e horror, mas prefiro mostrar que genocídios, e os preconceitos que os precedem, podem acontecer em qualquer lugar”, completa.

Nostalgia

Apesar dos esforços contínuos no setor educacional, a Alemanha tem visto crescer a nostalgia em torno do autoritarismo. “A mudança nas atitudes e pensamentos dos alemães é sutil e ocorre de modo gradual. As pessoas têm usado uma linguagem xenofóbica em público e expressado opiniões antissemitas com mais frequência e sem qualquer consequência. Representantes de visões políticas extremas também são cada vez mais convidados para falar em canais de televisão e rádio”, afirma Carrier.
Para o estudioso Gerhard Henke-Bockschatz, sempre houve uma minoria na sociedade alemã, embora ela esteja ainda mais latente hoje em dia, que reclama da posição proeminente da história do nazismo no país. “Essas pessoas não gostam da narrativa porque dizem que ela foca na culpa alemã quando o que desejam é um olhar mais positivo e orgulhoso da história nacional”, explica.
Um agravante nesse panorama é que a geração atual não teve contato direto com a guerra e tem cada vez menos interação com as pessoas que o tiveram, de modo que são seduzidas por “soluções simples” e “ideais nacionalistas”.
“Há na Alemanha um potente conjunto de ideias já prontas, jargões e ícones da década de 1940, que, inevitavelmente, se tornam aparentes e retornam à luz do dia quando há espaço para discursos de políticos extremos”, conclui Carrier.

A LÓGICA DO LUCRO É ASSASSINA!!


A captura do Estado público brasileiro, em todas as suas esferas, pelos interesses escusos dos capitalistas privados, dentre os desastres que tem provocado, levou ao lamentável desastre ambiental (hoje, 25/01/2019) na barragem de Brumadinho(MG). MAIS UM...!!!

OS INTERESSES DE UNS POUCOS COLOCADOS ACIMA DOS INTERESSES DE UMA MAIORIA E ATÉ DOS INTERESSES DO PAÍS. ISSO É O “GOVERNO” DO BOZO.

Brasil acima de tudo e o mito, o messias, o deus bozo e seu clã acima de todos.
Brumadinho – a lógica do lucro que prevalece sob Bolsonaro
O desastre ocorrido nesta sexta-feira (25), em Brumadinho (MG), que já foi descrito como uma “tragédia anunciada” poderá infelizmente ser o prenúncio de outras calamidades, prevalecendo no governo brasileiro a orientação imprudente e funesta que só favorece o lucro empresarial e rejeita a fiscalização rigorosa sobre as atividades das empresas, principalmente daquelas cuja atividade atinge populações e o meio ambiente. Tudo indica que a concepção que rompe com o necessário equilíbrio entre proteção ambiental e desenvolvimento prevalece num governo onde o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - que, em tese, deveria implementar a fiscalização - considera o órgão responsável por ela, o Ibama, uma "fábrica de multas".
O desastre ocorrido em Brumadinho atingiu várias cidades da região, com impacto na vida de milhares de pessoas, e indica que centenas de vítimas fatais agravará ainda mais a tragédia - a lista de desaparecidos divulgada pela empresa responsável pela Mina do Feijão, pela barragem e pelo desastre, a mineradora Vale, relaciona o nome de quatrocentas pessoas desaparecidas. A exemplo do que ocorreu em Mariana, há pouco mais de três anos, as consequências ambientais, econômicas e sociais ainda se estenderão por muito tempo e algumas de modo irreversível.
Fundada em 1942, no primeiro governo de Getúlio Vargas, a Vale, que originalmente denominava-se Companhia Vale do rio Doce (CVRD), foi privatizada em 1997, no governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Seu lucro, em 2017, que superou os 17 bilhões de reais, a coloca entre as maiores mineradoras do mundo. No entanto, apesar das promessas, o que se vê é o lucro aumentar e os cuidados ambientais e com as condições de trabalho de seus funcionários diminui.
Além da trágica dimensão humana, o rompimento da barragem em Brumadinho – que acontece há pouco mais de 3 anos após desastre semelhante ocorrido em Mariana (MG), igualmente envolvendo a Vale - tem outra terrível conseqüência: a destruição do meio ambiente. Vazaram cerva de 14 milhões de metros cúbicos de dejetos, lançados na bacia hidrográfica, e que atingiram o rio Paraopeba, um importante afluente do Rio São Francisco – cujo leito, já martirizado pelo descaso ambiental e pelo desmatamento, poderá ficar comprometido com a poluição resultante de mais essa tragédia, com graves consequências ambientais.
A tragédia de Brumadinho pode ser vista como uma infeliz metáfora da caótica situação vivida pelo Brasil desde o golpe do traidor Michel Temer, que tomou o governo de assalto 2016. Situação que prossegue agravada sob o comando do direitista ultraliberalJair Bolsonaro. Como em Brumadinho, é sobre o povo e o meio ambiente que recai o custo da lógica imperante, que favorece a ganância do capital e o lucro empresarial. Bolsonaro é um crítico ferrenho das políticas sociais, trabalhistas e ambientais de governos anteriores. Em Brumadinho as vítimas são os trabalhadores e o meio ambiente. O desastre, ocorrido no mês inicial do governo de Jair Bolsonaro, pode ser, infelizmente, um retrato de seu descaso com o povo, os trabalhadores... e o meio ambiente.

RETÓRICAS!! MAIS FALÁCIA!!

Não há exemplo de que o povo brasileiro tenha, em algum momento,  aprendido com o caos e a destruição, infelizmente!!

O que acontece muito são as retóricas, as falácias...
A Vale e os governos têm as mãos sujas de sangue operário mais uma vez
Foto: Adriano Machado/Reuters
O governo estadual confirmou até agora 9 mortes, 413 desaparecidos e 189 resgatados da lama. Há ainda 23 feridos e 8 internados no Hospital João XXIII de BH. Estima-se que a maior quantidade de atingidos seja dentre as próprias trabalhadoras e trabalhadores da Vale, que almoçavam no refeitório às centenas quando a barragem se rompeu, invadindo esse e outros locais imediatamente, levando dezenas de vidas num piscar de olhos.
O descaso com a vida das trabalhadoras e trabalhadores, e de toda a população é tão grande que já estão ocorrendo inúmeras notícias de que a sirene de aviso para evacuar a área em caso de acidente simplesmente não foi tocada, permitindo que a lama enterrasse quem estivesse pelo seu caminho, como consta no relato abaixo, de trabalhadora e moradora da região, Maria Aparecida, que teve sua casa arrastada pela lama. A trabalhadora chora ao lembrar e diz que "a partir de agora é um inferno aqui na terra". Afirma que a direção da empresa enviou gente para dizer que a barragem não oferecia riscos e que caso algo acontecesse escutariam uma sirene ensurdecedora. A única coisa que Maria ouviu, segundo seu relato, foi o barulho da lama arrastando casas e pessoas:
Esse desastre devastador, além de matar todo o rico ecossistema da região, afeta também diretamente a vida de populações ribeirinhas e quilombolas, que dependem do uso de água e de solo fértil para plantio, deixando centenas de desabrigados em condições de miséria.
Revela também a enorme ausência de qualquer tipo de fiscalização, já que a barragem rompida não entrada na lista de barragens em risco, divulgada em dezembro de 2018. Além dessa barragem já rompida, a lista de risco da empresa contabiliza outras 80 barragens sob risco, o que coloca a necessidade de um plano de emergência imediato, para proteger a vida das trabalhadoras e trabalhadores e da população afeta por essa tragédia e pelas outras, que só são possíveis se não interrompemos imediatamente a sede de lucro desses capitalistas.
Para garantir seus lucros (que chegam a 320 bilhões desde sua privatização), a Vale (que é também uma das donas da Samarco) segue negligente quanto à manutenção adequada das barragens e também segue impune dos crimes que vem cometendo contra o ambiente e a população. O judiciário golpista também teve seu papel nessa sujeira toda: assinou um acordo com o Ministério Público Federal e outras autoridades, que extinguiu uma ação de 20 bilhões de reais movida contra a empresa pela União e os Estados, na tentativa de amenizar os danos causados.
Agora, todos os recursos devem ser voltados para a busca dos trabalhadores e moradores desaparecidos para que sejam resgatados com vida! Esses recursos devem vir do confisco dos bens da Vale, para reconstrução das cidades devastadas pelo lucro capitalista. Além disso, a necessidade de re-estatizacao da Vale é urgente. Sem nenhuma indenização, sob administração das trabalhadoras e trabalhadores e controle popular, única forma eficaz para prevenir novas tragédias e para enterrar a sede de lucro dos capitalistas e acionistas privados.
Essa tragédia deve também nos mobilizar contra os planos econômicos do governo Bolsonaro e seu guru economista Paulo Guedes, que em todas as oportunidades que tiveram, falaram em nome da diminuição de fiscalização às mineradoras, um programa que quando ligado à sede de lucro desses grupos capitalistas, pode levar rapidamente a novas tragédias como essas. Esse desastre humano e ambiental é o resultado da privatização e falta de fiscalização que Bolsonaro, Guedes e Zema defendem, que por sua vez é resultado da política petista de licenças ambientais pras mineradoras durante todos esses anos.
A onda de privatizações que Bolsonaro e Guedes prometem são nada mais que novas tragédias anunciadas. CEMIG, Eletrobras, Petrobras, aeroportos. Todos locais de trabalho cheios de riscos e com forte impacto social e ambiental. Não podemos aceitar mais nenhuma privatização, lutar pela estatização de todos os serviços, nos organizar nos sindicatos e entidades estudantis, superando os limites das burocracias traidoras que estão em trégua com Bolsonaro e dispostas a tudo para manterem seus cargos. Mover a classe trabalhadora indignada por mais essa tragédia, em uma forte mobilização contra esse governo, parteiro de novos Brumadinhos e Marianas.

E o Brasil imperplexo consigo!!



Pepe Escobar: o mundo está perplexo com o Brasil
Um dos maiores jornalistas especializados em geopolítica do mundo, Pepe Escobar avalia a situação do Brasil no cenário global e lamenta que "o País do futuro tenha se transformado em escravo dos EUA e Israel", reflexo da ascensão de Jair Bolsonaro à presidência da República e sua política externa de submissão aos dois países.
Em análise nos estúdios da TV 247, o jornalista faz um histórico das ações recentes de ingerência dos EUA e explica as razões da América Latina se transformar no grande alvo atual de influência de Donald Trump e sua tática de guerra híbrida.
Um breve histórico do golpe
Escobar revela que o País vem vem sendo espionado desde 2010 pelas agências de inteligência estadunidenses. "Foi um golpe em câmera lenta e muito bem articulado, com uma operação de guerra híbrida", comenta.
"O serviço de inteligência jogou todas as informações governamentais do governo Dilma e também sobre a Petrobrás no colo do juiz Sérgio Moro, figura de extrema confiança do governo estadunidense", revela.
O jornalista expõe ainda que, para os EUA, "golpear o Brasil seria também uma das formas de minar o fortalecimento e a ascensão mundial dos BRICS" (grupo formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul).
Outro motivo do interesse dos EUA na dominação indireta da América Latina, segundo ele, é por conta de "Trump não conseguir mais vender guerras estrangeiras dentro do seu País".
Governo Bolsonaro: "amador"
Para ele, a participação de Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, foi "extremamente amadora". "Ele teve meia hora para discursar, vender seu peixe, com uma platéia super abalizada, mas falou apenas seis minutos e não disse nada", aponta, comentando ainda a gafe da equipe ao fugir de uma coletiva à imprensa. "Isso não se faz".
O jornalista diz ainda que a imprensa e líderes políticos internacionais questionam o tempo todo "o que está acontecendo com o Brasil".
Inscreva-se na TV 247 e confira a sua entrevista ao jornalista Leonardo Attuch:

E quem é que é o dono de quem manda no Brasil?!

Quem é que manda no Brasil?
diariodovale
27 de janeiro de 2019 08:20
Desde o fim da ditadura militar, governos civis convivem com a presença constante do misterioso Centrão
Culpado da política ensandecida no Brasil pode ser o ACM – Foto: Reprodução Wikipedia Commons

Há 32 anos, em 1987, um grupo de deputados e senadores de centro-direita formou um bloco para confrontar propostas progressistas de Ulysses Guimarães na Constituinte. Ali nasceu o nome Centrão, mas esse grupo já havia estreado anos antes, em 1984, quando Tancredo Neves derrotou Paulo Maluf em eleições indiretas e se tornou o primeiro presidente civil desde 1964. Sem esses parlamentares de centro-direita, a vitória que acabaria por levar José Sarney ao poder (Tancredo morreu sem ser empossado) nunca teria acontecido.
De lá para cá, mesmo sem necessariamente operar com esse nome, o Centrão se mantém presente e decisivo na política brasileira. Não importa quem esteja no poder, tem que contar com esse grupo para manter a capacidade de governar.
Por isso mesmo, sempre há integrantes do Centrão em altos cargos no governo federal, o que dá ao grupo grande poder e ajuda a manter sua capacidade de eleger representantes, eternizando sua força no Congresso Nacional e permitindo que eles ocupem altos cargos.
Portanto, não importa quem seja o presidente, nem qual sua orientação ideológica, sem o Centrão não tem governo. Isso porque o Congresso, no Brasil, tem mais poder do que o legislativo dos Estados Unidos. E o Centrão é maioria no Congresso.
Exemplos do poder do Centrão
Ainda durante o governo Sarney, os parlamentares do Centrão barganharam por cargos o apoio à extensão do mandato do presidente.
Sarney entregou o cargo a Fernando Collor de Mello, que governou de março de 1990 a dezembro de 1992. Foi o primeiro presidente a sofrer impeachment, e os deputados dos partidos de centro-direita, pressionados pela opinião pública, foram essenciais na deposição de Collor.
Itamar Franco, que assumiu no lugar de Collor, cumpriu o restante do mandato: ele deu um jeito na inflação com o Plano Real, privatizou, entre outras estatais, a CSN… com apoio de quem no Congresso? Do pessoal de centro-direita que nunca assumia posições ideológicas claras.
O sucessor de Itamar, Fernando Henrique Cardoso, teve como principal realização dos seus dois mandatos a colocação do país “nos trilhos” em relação às contas públicas, mas enfrentou muita impopularidade no fim do mandato, por causa das restrições que impôs a gastos públicos. Quem foi que deu suporte ao presidente no Congresso? Adivinhou: o Centrão.
Lula, ao assumir, encontrou um país com superávit orçamentário. Fez um dos governos com mais gastos públicos de que se tem notícia. Investiu pesado em programas sociais como o Bolsa-Família, lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)… e precisou fazer acordos com o Centrão, inclusive entregando ministérios, para ter governabilidade.
Em seu primeiro mandato, Dilma Rousseff seguiu bem de perto a cartilha de Lula, e teve como vice Michel Temer, que representava o Centrão. No início do segundo mandato, com parte do Centrão já alojada na oposição, Dilma se entusiasmou com a vitória e se indispôs com duas figuras: Temer, que apresentara um pacote de reformas liberalizantes chamado “A Ponte para o Futuro”, solenemente ignorado pela presidente, e Eduardo Cunha, que conquistou a presidência da Câmara contra o PT e acabou por ser essencial no impeachment.
O período de Temer no poder foi a expressão do Centrão no comando.
Sobre o sucessor, Jair Bolsonaro, ainda se pode dizer pouco. O Centrão, que se aliou a Alckmin no primeiro turno, foi deixado de lado na formação do ministério, mas ainda está para haver a posse dos parlamentares e aí é que o país começa pra valer a fazer política. A impressão é que, assim como seus antecessores, o Capitão vai ter que conversar com esse grupo.
Uma piada do Centrão
Dizem que Antônio Carlos Magalhães,ou ACM, famoso político baiano, e um dos maiores representantes do Centrão, estava em um avião uma vez, quando houve um estrondo e cheiro de enxofre. O Diabo, em carne, osso, chifres e cauda, se apresentou e disse: “Tuninho Malvadeza (apelido de ACM), esse avião vai cair daqui a pouco, então tive o prazer de vir te buscar pessoalmente”.
ACM faz sinal de calma para sua equipe, chama o Capiroto no canto e fala duas ou três frases. de vermelho, o Capeta fica amarelo. Volta para a frente do avião e diz: “Foi brincadeira. façam uma boa viagem!”, sumindo em seguida.
Um assessor pergunta à velha raposa o que ela disse na conversa ao pé do ouvido. ACM repete: “Disse assim: em Salvador tem prefeito, mas quem manda sou eu. Na Bahia tem governador, mas quem manda sou eu. No Brasil tem presidente, mas quem manda sou eu. Quer mesmo que eu vá pro inferno?”.
Detalhe
Depois de lembrar da piada, me lembrei de que ACM morreu em 2007. Pelas coisas que estão acontecendo por aí, ele já deve ter conseguido derrubar o Luci do Trono das Trevas…
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