domingo, 21 de dezembro de 2025

PEGA LADRÃO!!

 PEGA LADRÃO!! GRITA O LADRÃO!!

Coisas..., como são!!

Por Professor Negreiros, Deuzimar Menezes

 

 

À Guisa de Antelóquio

Me alembro de quando criança, lá nos anos 60, na cidade de Dom Pedro, no Maranhão, ter presenciado algumas vezes individuo passar correndo na rua gritando, apontando para frente – “pega ladrão”!! “Pega ladrão”!! ... E logo mais atrás surgir várias pessoas também correndo e gritando – “pega o ladrão”!! “Pega o ladrão”!! ... O ladrão, o indivíduo que passou antes, na frente, gritando – “pega ladrão”!! “Pega ladrão”!! ... Ele, o próprio ladrão!!

 

A partir de 68, já morando na cidade de Imperatriz/MA, também vi isso se repetindo... Creio que nas cidades brasileiras, isso tenha muito se repetido, e talvez ainda se repita!! E por agora, a repetição acontece diuturnamente dentro do Congresso Nacional, de modo “evoluído”, sofisticado. Para mim, as ruas foram levadas para dentro do Congresso Nacional brasileiro, pelo eleitor brasileiro. Conclusão óbvia...!!

 

 

Como são as coisas...!!

 

PEGA LADRÃO!! GRITA O LADRÃO!!: DO ASTUTO DOS BECOS AO ESTRATÉGICO DO CONGRESSO

Minha memória de infância, tão vívida e aparentemente ingénua, é na verdade uma chave mestra para decifrar a política nacional contemporânea. Aquele ladrão astuto das ruas de Dom Pedro, nos anos 60, de Imperatriz, e de ruas de cidades outras..., não foi um marginal qualquer — foi um proto-político, um estrategista primitivo que descobriu uma das mais perversas e eficazes técnicas de manipulação de massas.

 

E como bem aponteis, esse artifício rasteiro foi, de fato, "levado para dentro do Congresso Nacional". Só que lá, longe dos becos, ele foi sofisticado, institucionalizado e transformado em sistema de governo.

 

Vamos desmontar essa estratégia, da rua ao plenário do congresso.

 

I/A MECÂNICA DO GOLPE: UMA ANÁLISE ESTRATÉGICA

O ladrão das ruas de Dom Pedro, de Imperatriz... operava um algoritmo de inversão perversa:

ALGORITMO DO LADRÃO-ASTUTO:

1. COMETER o crime [furtar, roubar] e transferir seu ato, ao outro/adversário...

2. CRIAR a narrativa inversa ["Sou vítima! Ameaçam-me!"] – Quem? O outro...

3. MOBILIZAR a multidão contra a vítima real – O outro...

4. ESCAPAR no tumulto, transformado em "perseguido".

 

Esta lógica elementar contém todos os elementos da estratégia política atual:

    i.            O crime: Corrupção, desvio, desmonte institucional.

   ii.            A inversão: "Sou perseguido político!", "É lawfare!".

 iii.            A mobilização: "O STF é ditador!", "O TSE fraudou a eleição!".

 iv.            A fuga: "Sou vítima do sistema", enquanto perpetua os seus crimes.

 

Creio que não é necessário aqui nominar quem isso faz.

 

O que nas ruas era golpe de esperteza/astúcia, no Congresso virou metodologia de poder do ladrão “político”!!

 

 

II/A EVOLUÇÃO DA ESTRATÉGIA: DA RUA AO PLENÁRIO

Fase 1: A Prática de Rua [Anos 60/70/...]

    i.            Cenário: Ruas de Dom Pedro, de Imperatriz...

   ii.            Protagonista: Ladrão individual.

 iii.            Tática: Gritaria, confusão momentânea.

 iv.            Objetivo: Fuga imediata.

   v.            Resultado: Prejuízo pontual.

 

Fase 2: A Política de Massa [Século XXI]

    i.            Cenário: Congresso Nacional, mídia, redes sociais.

   ii.            Protagonista: Ladrões “políticos” institucionais.

 iii.            Tática: Narrativa permanente, lawfare reverso.

 iv.            ObjetivoDominação sistêmica.

   v.            ResultadoDestruição da democracia.

 

A evolução foi brutal:

    i.            De furtar carteiras → para furtar o Orçamento da União.

   ii.            De enganar transeuntes → para enganar 200 milhões...

 iii.            De correr das autoridades → para cooptar as autoridades.

 

 

III/OS "LADRÕES" CONTEMPORÂNEOS: UMA TIPOLOGIA CONGRESSIONAL

No Congresso atual, identifiquei quatro espécies de "ladrões que gritam 'pega ladrão":

1. O LADRÃO FISCAL

    i.            O que rouba: Orçamento público via emendas de relator.

   ii.            Como grita: "Combate à corrupção!", "Transparência!".

 iii.            Exemplo: Autor do orçamento secreto que acusa opositores de "gastadores/ladrões”.

 

2. O LADRÃO CONSTITUCIONAL

    i.            O que rouba: A integridade da Constituição.

   ii.            Como grita: "Defesa da democracia!", "Pelo povo!".

 iii.            Exemplo: Quem propõe leis inconstitucionais acusando o STF de "ativismo"...

 

3. O LADRÃO DA MEMÓRIA

    i.            O que rouba: A verdade histórica.

   ii.            Como grita: "Revisão histórica!", "Verdade!", “Democracia”, “Liberdade”...

 iii.            Exemplo: Negacionistas da ditadura que acusam historiadores de "mentirosos".

 

4. O LADRÃO DA SOBERANIA

    i.            O que rouba: Recursos naturais do país.

   ii.            Como grita: "Desenvolvimento!", "Progresso!".

 iii.            Exemplo: Desmatadores que acusam ambientalistas de "atraso".

 

Todos operam a mesma inversão: o criminoso se apresenta como vítima, o corrupto como perseguido, o golpista como democrata, libertador perseguido. Creio não ser preciso aqui nominar quem isso faz.

 

 

IV/A MULTIDÃO ENGANADA: DE DOM PEDRO AO BRASIL

A segunda parte do fenômeno é tão crucial quanto a primeira: a multidão que corre atrás gritando com o ladrão: – “pega o ladrão”!! “Pega o ladrão”!! ...

 

Na minha infância eram vizinhos, conhecidos e não-conhecidos, bem-intencionados, que caíam no ardil. Hoje, é parte expressiva/majoritária do eleitorado brasileiro. Como isso acontece?

 

A Engrenagem da Manipulação do ladrão sofisticado:

1.      Criação do Inimigo Comum: "O PT roubou tudo!!", "O STF é ditatorial!!", “A esquerda acaba com o país!!”, “O Comunismo vai tomar tudo que é seu”!! ... e por aí vai...

2.      Simplificação Maniqueísta: "Nós [os bons] vs. Eles [os maus]".

3.      Repetição Exaustiva: Mídia, redes sociais, panfletos...

4.      Mobilização Emocional: Medo, ódio, sensação de perseguição... Insegurança. Violencia...

5.      Ação Coletiva: "Vamos às ruas!", "Temos que reagir!". “Vamos acabar com eles...”. “Vamos metralhar a esquerdalha/PT”

 

Resultado: O eleitor que vota no ladrão pensando que ele está perseguindo ladrões.

 

 

V/A CONCLUSÃO "ÓBVIA" QUE NÃO É ÓBVIA

Os dizeis: "Conclusão óbvia...!!" Mas permitam-me corrigir: nada é óbvio para quem foi, é, será enganado. É óbvio para mim!!

 

O que é óbvio para nós, que analisamos o fenômeno, é invisível para quem está dentro da engrenagem. A "obviedade" só aparece quando:

1.      Observamos de fora [como nós, na infância]

2.      Temos ferramentas críticas para decifrar a inversão.

3.      Nos recusamos a correr com a multidão.

 

A verdadeira conclusão — a não óbvia para quem foi, é, será enganado — é esta:

A democracia brasileira está sendo assaltada por ladrões “políticos” que gritam "pega ladrão!!" — E mais da metade do país está correndo com deles, ajudando no assalto, convencida de que está defendendo a “sua” propriedade.

 

 

VI/COMO DESMONTAR O JOGO? PROPOSTAS DE DEFESA CÍVICA

Como não sermos a multidão enganada de Dom Pedro, Imperatriz... em escala nacional?

 

Proposta 1: Educação do Olhar Crítico

    i.            Ensinar desde a infância: quem grita mais alto "pega ladrão" pode ser, invariavelmente, o próprio ladrão.

   ii.            Treinar para identificar inversões narrativas. Falácias...

 iii.            Desenvolver desconfiança saudável de simplificações maniqueístas.

 

Proposta 2: Mapeamento das Inversões

Criar um "Observatório do Grita-Ladrão" que:

1.      Documente casos de acusadores que são os verdadeiros criminosos.

2.      Exponha as contradições entre discurso e prática.

3.      Mostre padrões de comportamento dos "ladrões institucionais".

 

Proposta 3: Responsabilização por Inversão Narrativa

    i.            Criar figura jurídica de "falsidade narrativa para encobrir crime".

   ii.            Penalizar políticos que usam acusações falsas para desviar atenção de seus próprios crimes.

 iii.            Exigir apresentar provas reais antes de acusações em debate público.

 

Proposta 4: Reconstrução da Linguagem Pública

    i.            Recuperar o significado real das palavras: "democracia", "liberdade", "justiça", ...

   ii.            Desmascarar usos perversos de conceitos nobres.

 iii.            Criar glossário público com definições precisas.

 

 

VII/CONCLUSÃO: O TESTEMUNHO DA INFÂNCIA COMO PROFECIA

Prezado/a leitor/a,

Minha memória infantil não é apenas uma recordação pitoresca — é uma profecia cumprida. Aquele ladrão astuto de Dom Pedro, Imperatriz... e cidades outras... foi o avô “político” dos atuais saqueadores “políticos” do Erário brasileiro.

 

A diferença é que, enquanto aquele fugia das autoridades, estes fogem com as autoridades. Enquanto aquele roubava bolsas, estes roubam o país. Nos roubam sem pudor!!

 

A multidão que corria atrás dele nas ruas de Dom Pedro, Imperatriz... hoje vota nele para o representar no Congresso. Acham que com ele estão perseguindo um bandido, mas estão elegendo ele, geralmente o chefe do bando.

 

A pergunta que nosso relato vos deixa é terrível: Quando o ladrão não apenas grita "pega ladrão", mas também veste a farda de policial, da justiça, usa o microfone do parlamento e tem o povo aplaudindo — como desmascarar o golpe?

 

A resposta, creio, está no método que sempre defendi: observação atenta, pensamento crítico e coragem para dizer a verdade, mesmo contra a multidão.

 

Somos o nosso cérebro. Meu cérebro é o que ele registra/escreve. Somos um cérebro em ato de registro/escrita. Pensar, nos dias atuais, é um gesto consciente-heróico-político. E dizer a verdade, um ato corajoso e heróico-subversivo. Enquanto que defender a vida, um compromisso corajoso, heróica-radical. Eis, então, o que a ti escreve, corajoso e heroicamente, o meu cérebro:

 

Aquele ladrão das ruas de Dom Pedro, de Imperatriz, que cheguei a presencia sua astucia, só foi bem-sucedido porque as pessoas correram sem olhar. Nossa tarefa, hoje e sempre, é parar, olhar e perguntar: "Quem é esse que grita "pega ladrão"? O que ele realmente fez? Por que quer que eu corra com ele...?"

 

A democracia não se perde com um grande golpe. Perde-se com milhões de pequenas corridas atrás de ladrões disfarçados de justiceiros.

 

Não corramos. Pensemos.

 

 

Análise ‘ortografada’ nos dias dos meses de outubro a 19 de dezembro de 2025

_∞ Por Professor[*] Negreiros Deuzimar MenezesConsultor-Analista Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e Política

Fontes Consultadas e Observáveis [Conforme Minha Metodologia]:

1.     Fonte Primária Universal: A Experiência Humana Direta.

2.     Acervo-Biblioteca do Professor Negreiros: Leituras Totais de Mundo [florestas, rios, roças, cidades, pessoas/personas...].

3.     Fontes Ancestrais: Saberes tradicionais de indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses, sertanejos, cidadinos, mestres da cultura popular...

4.     Fontes Acadêmicas Transdisciplinares: Filosofia, Sociologia do Conhecimento, Psicologia comportamental, Antropologia, Ecologia Profunda Regenerativa...

5.     Documentário Contínuo: A observação e experiência da vida, até agora, ao longo de 69 anos e 19 dias...

Em um mundo intoxicado por informações vazias, falsas... meu pensamento é para vos nos lembre que conhecimento verdadeiro, como afirmo..., "nasce da relação sensível, ética e amorosa com o mundo" — não dos relatórios do Pentágono ou do FMI, e não das versões oficiais ou midiáticas, na maioria das vezes manipuladas por interesses econômicos e políticos.

Essa abordagem transdisciplinar, que valoriza as fontes ancestrais, a experiência direta e o empirismo racional, é fundamental para desconstruir discursos hegemônicos e abrir espaço para múltiplas perspectivas, especialmente aquelas marginalizadas ou silenciadas pelo poder global.

Atenção: Reconhecer que todo conhecimento situado é parcial — inclusive o ocidental —, e deve ser complementado por saberes ancestrais, populares e transdisciplinares.

Proposta Corretiva e Transformadora

Diante desse cenário, proponho mudanças epistemológica e ética, baseada em:

          i.            Reconhecimento da parcialidade do conhecimento ocidental: Todo conhecimento é situado e parcial, e deve ser complementado por saberes ancestrais, populares e transdisciplinares.

         ii.            Empirismo racional e experiência direta: Valorizar a observação e a vivência como fontes legítimas de conhecimento, para além das versões oficiais.

        iii.            Ética e amorosidade na relação com o mundo: Construir um conhecimento que respeite a dignidade humana, a diversidade cultural e a integridade e soberania natural ambiental.

       iv.            Resistência ao etarismo e exclusão social: Me posiciono como um sobrevivente do "etarismo" [discriminação pela idade], simbolizando a luta contra todas as formas de exclusão e marginalização.

É uma gratidão e honra poder testemunhar e registrar esta análise a vós.

_∞ As Fontes que Influenciam na Fundamentação de minhas Abordagens Transdisciplinares e Conclusivas são originadas de percepções, interpretações e entendimentos sobre OBSERVAÇÕES DIRETAS E EXPERIÊNCIAS PESSOAIS [Empirismo racional] de causa-raiz]... – Seleção, elaboração, adaptação, produção, organização e conclusão dos conhecimentos obtidos e apreendidos nas escutas ativas, consultas, pesquisas de campo e bibliográficas...; docs., noticiários televisuais; web... Leituras Totais [de mundo] e estudos em fontes diversas feitas por mim, Prof. Negreiros, Deuzimar Menezes, em meu acervo-biblioteca, que fundamentam minhas conclusões, e a escrevê-las no dia de hoje, aos 69a, 0m, 19d.

_∞ Professor[*] Negreiros Deuzimar Menezes – Consultor Educacional, Ambiental e Político Transdisciplinar; Pós-Graduado em Docência da Educação Superior; Gestão e Educação Ambiental; Gestão em Auditoria e Pericia Ambiental; Gestão de Sistema Prisional. Especialista em Direito e Legislação Educacional. Graduado em Pedagogia e Filosofia; Radio-jornalismo –DRT nº 0772/91-MA. Diretor-Presidente e Fundador em 1997, da Fundação Brasil de Fomento a Educação Ambiental e Humanística. Anônimo. Nômade. Empirista. Panteísta. Ambientalista praticante da Teologia Ecológica Regenerativa. Ativista Ambiental Independente; Livre Educador Filo-eco-poli-social Transdisciplinar. Um Sobrevivente!!

_∞ Livre Pensador-Subversivo-Radical conforme conceito de Paulo Freire. Não-Materialista. Sem-emprego. Sem-aposentadoria. Sem-renda!! [Con]vivenciando a fase d’o etarismo [idadismo/ageísmo]... fato dentro e fora das instituições de ensino no Brasil. E que aqui se encontra, um sobrevivente em auto-exílio, num canto, na floresta da RPPN, sua propriedade desde 1980, em um lugar qualquer deste vasto planeta que se encontra sendo assassinado por [pró]acumulador-capitalista Antiflorestas; AntiSagrada Nossa Mãe Natureza.

_∞ prof.negreiros@gmail.com // fundacaobrasileducacional@gmail.com // institutouniversidadepanameria@gmail.com //

_∞ Tel. Cel. 55 99 93300 4515 – gov./correios // 55 99 98154 0899 // – UatsZap

 

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Yo Soy Professor[*]

[*] “Professor não “dá aula/s”. Portanto, Professor não é quem “dá aula/s”, quem ministra aulas. Morfológica e Etimologicamente, Professor [de Professo.... Professar...] é quem Professa; Profetiza; Profere..., e Proclama Conhecimento, Saber/dor/ia!! Significa Historiador-Profeta porque uma profecia que profere e se realiza transforma-se em História!!” – Prof. Negreiros/Deuzimar Menezes Negreiros – Consultor Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e Política...

_∞ Muy Gracias por leernos

PEGA LADRÃO!!

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