PEGA LADRÃO!! GRITA O LADRÃO!!
Coisas..., como são!!
Por Professor Negreiros, Deuzimar Menezes
À
Guisa de Antelóquio
Me alembro de quando criança, lá nos anos 60, na cidade de Dom
Pedro, no Maranhão, ter presenciado algumas vezes individuo passar correndo na
rua gritando, apontando para frente – “pega ladrão”!! “Pega ladrão”!! ... E
logo mais atrás surgir várias pessoas também correndo e gritando – “pega o
ladrão”!! “Pega o ladrão”!! ... O ladrão, o indivíduo que passou antes, na
frente, gritando – “pega ladrão”!! “Pega ladrão”!! ... Ele, o próprio ladrão!!
A partir de 68, já morando na cidade de Imperatriz/MA, também vi
isso se repetindo... Creio que nas cidades brasileiras, isso tenha muito se repetido,
e talvez ainda se repita!! E por agora, a repetição acontece diuturnamente dentro
do Congresso Nacional, de modo “evoluído”, sofisticado. Para mim, as ruas foram
levadas para dentro do Congresso Nacional brasileiro, pelo eleitor brasileiro. Conclusão
óbvia...!!
Como
são as coisas...!!
PEGA LADRÃO!! GRITA
O LADRÃO!!: DO ASTUTO DOS BECOS AO ESTRATÉGICO DO CONGRESSO
Minha memória de infância, tão vívida e aparentemente ingénua, é na
verdade uma chave mestra para decifrar a política nacional
contemporânea. Aquele ladrão astuto das ruas de Dom Pedro, nos anos 60, de
Imperatriz, e de ruas de cidades outras..., não foi um marginal qualquer — foi
um proto-político, um estrategista primitivo que
descobriu uma das mais perversas e eficazes técnicas de manipulação de massas.
E como bem aponteis, esse artifício rasteiro foi, de fato, "levado
para dentro do Congresso Nacional". Só que lá, longe dos becos, ele
foi sofisticado, institucionalizado e transformado em sistema de
governo.
Vamos desmontar essa estratégia, da rua ao plenário do congresso.
I/A MECÂNICA DO
GOLPE: UMA ANÁLISE ESTRATÉGICA
O ladrão das ruas de Dom Pedro, de Imperatriz... operava um algoritmo
de inversão perversa:
ALGORITMO
DO LADRÃO-ASTUTO:
1.
COMETER o crime [furtar, roubar] e transferir seu ato, ao outro/adversário...
2.
CRIAR a narrativa inversa ["Sou vítima! Ameaçam-me!"] – Quem? O
outro...
3.
MOBILIZAR a multidão contra a vítima real – O outro...
4.
ESCAPAR no tumulto, transformado em "perseguido".
Esta lógica elementar contém todos os elementos da estratégia
política atual:
i.
O crime: Corrupção,
desvio, desmonte institucional.
ii.
A inversão: "Sou
perseguido político!", "É lawfare!".
iii.
A mobilização: "O STF é
ditador!", "O TSE fraudou a eleição!".
iv.
A fuga: "Sou vítima
do sistema", enquanto perpetua os seus crimes.
Creio que não
é necessário aqui nominar quem isso faz.
O que nas ruas era golpe de esperteza/astúcia, no Congresso
virou metodologia de poder do ladrão “político”!!
II/A EVOLUÇÃO DA
ESTRATÉGIA: DA RUA AO PLENÁRIO
Fase 1: A Prática
de Rua [Anos 60/70/...]
i.
Cenário: Ruas de Dom
Pedro, de Imperatriz...
ii.
Protagonista: Ladrão individual.
iii.
Tática: Gritaria,
confusão momentânea.
iv.
Objetivo: Fuga imediata.
v.
Resultado: Prejuízo pontual.
Fase 2: A Política
de Massa [Século XXI]
i.
Cenário: Congresso
Nacional, mídia, redes sociais.
ii.
Protagonista: Ladrões “políticos”
institucionais.
iii.
Tática: Narrativa
permanente, lawfare reverso.
iv.
Objetivo: Dominação
sistêmica.
v.
Resultado: Destruição
da democracia.
A evolução foi brutal:
i.
De furtar carteiras → para furtar o Orçamento
da União.
ii.
De enganar transeuntes → para enganar 200
milhões...
iii.
De correr das autoridades → para cooptar as
autoridades.
III/OS
"LADRÕES" CONTEMPORÂNEOS: UMA TIPOLOGIA CONGRESSIONAL
No Congresso atual, identifiquei quatro espécies de
"ladrões que gritam 'pega ladrão":
1. O LADRÃO FISCAL
i.
O que rouba: Orçamento público
via emendas de relator.
ii.
Como grita: "Combate à
corrupção!", "Transparência!".
iii.
Exemplo: Autor do
orçamento secreto que acusa opositores de "gastadores/ladrões”.
2. O LADRÃO
CONSTITUCIONAL
i.
O que rouba: A integridade da
Constituição.
ii.
Como grita: "Defesa da
democracia!", "Pelo povo!".
iii.
Exemplo: Quem propõe leis
inconstitucionais acusando o STF de "ativismo"...
3. O LADRÃO DA MEMÓRIA
i.
O que rouba: A verdade
histórica.
ii.
Como grita: "Revisão
histórica!", "Verdade!", “Democracia”, “Liberdade”...
iii.
Exemplo: Negacionistas da
ditadura que acusam historiadores de "mentirosos".
4. O LADRÃO DA
SOBERANIA
i.
O que rouba: Recursos naturais
do país.
ii.
Como grita:
"Desenvolvimento!", "Progresso!".
iii.
Exemplo: Desmatadores que
acusam ambientalistas de "atraso".
Todos operam a mesma inversão: o criminoso se apresenta como
vítima, o corrupto como perseguido, o golpista como democrata, libertador perseguido.
Creio
não ser preciso aqui nominar quem isso faz.
IV/A MULTIDÃO
ENGANADA: DE DOM PEDRO AO BRASIL
A segunda parte do fenômeno é tão crucial quanto a primeira: a
multidão que corre atrás gritando com o ladrão: – “pega o
ladrão”!! “Pega o ladrão”!! ...
Na minha infância eram vizinhos, conhecidos e não-conhecidos,
bem-intencionados, que caíam no ardil. Hoje, é parte expressiva/majoritária
do eleitorado brasileiro. Como isso acontece?
A Engrenagem da
Manipulação do ladrão sofisticado:
1. Criação
do Inimigo Comum: "O PT roubou tudo!!", "O STF é ditatorial!!", “A
esquerda acaba com o país!!”, “O Comunismo vai tomar tudo que é seu”!! ... e
por aí vai...
2. Simplificação
Maniqueísta: "Nós [os bons] vs. Eles [os maus]".
3. Repetição
Exaustiva: Mídia, redes sociais, panfletos...
4. Mobilização
Emocional: Medo, ódio, sensação de perseguição... Insegurança. Violencia...
5. Ação
Coletiva: "Vamos às ruas!", "Temos que reagir!". “Vamos
acabar com eles...”. “Vamos metralhar a esquerdalha/PT”
Resultado: O eleitor que vota no ladrão pensando que ele está perseguindo
ladrões.
V/A CONCLUSÃO
"ÓBVIA" QUE NÃO É ÓBVIA
Os dizeis: "Conclusão óbvia...!!" Mas
permitam-me corrigir: nada é óbvio para quem foi, é, será enganado.
É óbvio para mim!!
O que é óbvio para nós, que analisamos o fenômeno, é invisível para
quem está dentro da engrenagem. A "obviedade" só aparece quando:
1. Observamos
de fora [como nós, na infância]
2. Temos
ferramentas críticas para decifrar a inversão.
3. Nos
recusamos a correr com a multidão.
A verdadeira conclusão — a não óbvia para quem foi, é, será enganado
— é esta:
A democracia brasileira está sendo assaltada por ladrões “políticos” que
gritam "pega ladrão!!" — E mais da metade do país está correndo com
deles, ajudando no assalto, convencida de que está defendendo a “sua” propriedade.
VI/COMO DESMONTAR O
JOGO? PROPOSTAS DE DEFESA CÍVICA
Como não sermos a multidão enganada de Dom Pedro, Imperatriz... em
escala nacional?
Proposta 1:
Educação do Olhar Crítico
i.
Ensinar desde a infância: quem grita mais alto "pega
ladrão" pode ser, invariavelmente, o próprio ladrão.
ii.
Treinar para identificar inversões narrativas. Falácias...
iii.
Desenvolver desconfiança saudável de simplificações
maniqueístas.
Proposta 2:
Mapeamento das Inversões
Criar um "Observatório do Grita-Ladrão" que:
1. Documente
casos de acusadores que são os verdadeiros criminosos.
2. Exponha
as contradições entre discurso e prática.
3. Mostre
padrões de comportamento dos "ladrões institucionais".
Proposta 3:
Responsabilização por Inversão Narrativa
i.
Criar figura jurídica de "falsidade narrativa para encobrir
crime".
ii.
Penalizar políticos que usam acusações falsas para desviar atenção de seus
próprios crimes.
iii.
Exigir apresentar provas reais antes de acusações em
debate público.
Proposta 4: Reconstrução
da Linguagem Pública
i.
Recuperar o significado real das palavras: "democracia",
"liberdade", "justiça", ...
ii.
Desmascarar usos perversos de conceitos nobres.
iii.
Criar glossário público com definições precisas.
VII/CONCLUSÃO: O
TESTEMUNHO DA INFÂNCIA COMO PROFECIA
Prezado/a leitor/a,
Minha memória infantil não é apenas uma recordação pitoresca — é
uma profecia cumprida. Aquele ladrão astuto de Dom Pedro,
Imperatriz... e cidades outras... foi o avô “político” dos
atuais saqueadores “políticos” do Erário brasileiro.
A diferença é que, enquanto aquele fugia das autoridades,
estes fogem com as autoridades. Enquanto aquele roubava bolsas,
estes roubam o país. Nos
roubam sem pudor!!
A multidão que corria atrás dele nas ruas de Dom Pedro, Imperatriz...
hoje vota nele para o representar no Congresso. Acham que com ele estão
perseguindo um bandido, mas estão elegendo ele, geralmente o chefe do bando.
A pergunta que nosso relato vos deixa é terrível: Quando o ladrão não
apenas grita "pega ladrão", mas também veste a farda de policial, da
justiça, usa o microfone do parlamento e tem o povo aplaudindo — como
desmascarar o golpe?
A resposta, creio, está no método que sempre defendi: observação
atenta, pensamento crítico e coragem para dizer a verdade, mesmo contra a
multidão.
Somos o nosso
cérebro. Meu cérebro é o que ele registra/escreve. Somos um cérebro em
ato de registro/escrita. Pensar, nos dias atuais, é um gesto consciente-heróico-político. E dizer
a verdade, um ato corajoso e heróico-subversivo. Enquanto que defender a vida,
um compromisso corajoso, heróica-radical. Eis,
então, o que a ti escreve, corajoso e heroicamente, o meu cérebro:
Aquele ladrão das ruas de Dom Pedro, de Imperatriz, que cheguei a
presencia sua astucia, só foi bem-sucedido porque as pessoas correram
sem olhar. Nossa tarefa, hoje e sempre, é parar, olhar e perguntar:
"Quem é esse que grita "pega ladrão"? O que ele realmente
fez? Por que quer que eu corra com ele...?"
A democracia não se perde com um grande golpe. Perde-se com milhões
de pequenas corridas atrás de ladrões disfarçados de justiceiros.
Não corramos. Pensemos.
Análise ‘ortografada’ nos dias dos meses de outubro a 19 de dezembro
de 2025
_∞
Por
Professor[*] Negreiros Deuzimar Menezes – Consultor-Analista Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e
Política
Fontes Consultadas e Observáveis [Conforme
Minha Metodologia]:
1.
Fonte Primária Universal: A
Experiência Humana Direta.
2.
Acervo-Biblioteca do Professor
Negreiros: Leituras Totais de Mundo [florestas, rios, roças, cidades,
pessoas/personas...].
3.
Fontes Ancestrais: Saberes
tradicionais de indígenas, quilombolas, ribeirinhos, camponeses, sertanejos,
cidadinos, mestres da cultura popular...
4.
Fontes Acadêmicas
Transdisciplinares: Filosofia, Sociologia do
Conhecimento, Psicologia comportamental, Antropologia, Ecologia Profunda
Regenerativa...
5.
Documentário Contínuo: A
observação e experiência da vida, até agora, ao longo de 69 anos e 19 dias...
Em um mundo intoxicado por informações vazias, falsas... meu
pensamento é para vos nos lembre que o conhecimento verdadeiro, como
afirmo..., "nasce da relação sensível, ética e amorosa com o mundo" —
não dos relatórios do Pentágono ou do FMI, e não das
versões oficiais ou midiáticas, na maioria das vezes manipuladas por interesses
econômicos e políticos.
Essa abordagem transdisciplinar, que valoriza as fontes
ancestrais, a experiência direta e o empirismo racional, é fundamental para
desconstruir discursos hegemônicos e abrir espaço para múltiplas perspectivas,
especialmente aquelas marginalizadas ou silenciadas pelo poder global.
Atenção:
Reconhecer que todo conhecimento situado é parcial — inclusive
o ocidental —, e deve ser complementado por saberes ancestrais, populares e
transdisciplinares.
Proposta
Corretiva e Transformadora
Diante desse cenário, proponho mudanças epistemológica e ética,
baseada em:
i.
Reconhecimento da parcialidade
do conhecimento ocidental: Todo
conhecimento é situado e parcial, e deve ser complementado por saberes
ancestrais, populares e transdisciplinares.
ii.
Empirismo racional e
experiência direta: Valorizar a observação e a
vivência como fontes legítimas de conhecimento, para além das versões oficiais.
iii.
Ética e amorosidade na relação
com o mundo: Construir um conhecimento que respeite a dignidade humana, a
diversidade cultural e a integridade e soberania natural ambiental.
iv.
Resistência ao etarismo e
exclusão social: Me posiciono como um sobrevivente do "etarismo"
[discriminação pela idade], simbolizando a luta contra todas as formas de
exclusão e marginalização.
É uma gratidão e honra poder testemunhar e registrar esta análise
a vós.
_∞ As Fontes que Influenciam na Fundamentação de minhas
Abordagens Transdisciplinares e Conclusivas são originadas de percepções,
interpretações e entendimentos sobre OBSERVAÇÕES DIRETAS E EXPERIÊNCIAS
PESSOAIS [Empirismo racional] de causa-raiz]... – Seleção, elaboração,
adaptação, produção, organização e conclusão dos conhecimentos obtidos e
apreendidos nas escutas ativas, consultas, pesquisas de campo e
bibliográficas...; docs., noticiários televisuais; web... Leituras Totais [de
mundo] e estudos em fontes diversas feitas por mim, Prof. Negreiros, Deuzimar
Menezes, em meu acervo-biblioteca, que fundamentam minhas conclusões, e a
escrevê-las no dia de hoje, aos 69a, 0m, 19d.
_∞ Professor[*]
Negreiros Deuzimar Menezes –
Consultor Educacional, Ambiental e Político Transdisciplinar; Pós-Graduado em
Docência da Educação Superior; Gestão e Educação Ambiental; Gestão em Auditoria
e Pericia Ambiental; Gestão de Sistema Prisional. Especialista em Direito e
Legislação Educacional. Graduado em Pedagogia e Filosofia; Radio-jornalismo
–DRT nº 0772/91-MA. Diretor-Presidente e Fundador em 1997, da Fundação Brasil
de Fomento a Educação Ambiental e Humanística. Anônimo. Nômade. Empirista. Panteísta.
Ambientalista praticante da Teologia Ecológica Regenerativa. Ativista Ambiental
Independente; Livre Educador Filo-eco-poli-social Transdisciplinar. Um Sobrevivente!!
_∞ Livre Pensador-Subversivo-Radical conforme
conceito de Paulo Freire. Não-Materialista. Sem-emprego. Sem-aposentadoria.
Sem-renda!! [Con]vivenciando a fase d’o etarismo [idadismo/ageísmo]... fato dentro e fora das instituições de ensino
no Brasil. E que aqui se encontra, um sobrevivente em auto-exílio, num canto,
na floresta da RPPN, sua propriedade desde 1980, em um lugar qualquer deste
vasto planeta que se encontra sendo assassinado por [pró]acumulador-capitalista
Antiflorestas; AntiSagrada
Nossa Mãe Natureza.
_∞ prof.negreiros@gmail.com // fundacaobrasileducacional@gmail.com // institutouniversidadepanameria@gmail.com //
_∞ Tel. Cel. 55 99 93300 4515 – gov./correios // 55
99 98154 0899 // – UatsZap
________
Yo Soy Professor[*]
[*] “Professor não “dá aula/s”. Portanto, Professor
não é quem “dá aula/s”, quem ministra aulas. Morfológica e Etimologicamente,
Professor [de Professo.... Professar...] é quem Professa; Profetiza;
Profere..., e Proclama Conhecimento, Saber/dor/ia!! Significa
Historiador-Profeta porque uma profecia que profere e se realiza transforma-se
em História!!” – Prof. Negreiros/Deuzimar Menezes Negreiros – Consultor
Transdisciplinar em Educação, Meio Ambiente e Política...