segunda-feira, 28 de abril de 2014

Uma das indústrias do político brasileiro


Esgoto é Vida
Esgoto é Vida

» Não há Saúde sem Saneamento

Essa situação do setor de saneamento no Brasil tem conseqüências muito graves para a qualidade de vida da população, principalmente aquela mais pobre, residente na periferia das grandes cidades ou nas pequenas e médias cidades do interior.

Da população diretamente afetada, as crianças são as que mais sofrem.

Veja os números:
  • 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico (BNDES, 1998);
  • a falta de saneamento básico é a principal responsável pela morte por diarréia de menores de 5 anos no Brasil (Jornal Folha de São Paulo - FSP, 17/dez/99);
  • em 1998, morreram 29 pessoas por dia no Brasil de doenças decorrentes de falta de água encanada, esgoto e coleta de lixo, segundo cálculos da FUNASA realizados a pedido do Jornal Folha de São Paulo (FSP, 16/jul/00);
  • a eficácia dos programas federais de combate à mortalidade infantil esbarra na falta de saneamento básico (FSP, 17/dez/99);
  • os índices de mortalidade infantil em geral caem 21% quando são feitos investimentos em saneamento básico (FSP, 17/dez/99);
  • as doenças decorrentes da falta de saneamento básico mataram, em 1998, mais gente do que a AIDS (FSP, 16/jul/00);
  • a utilização do soro caseiro, uma das principais armas para evitar a diarréia, só faz o efeito desejado se a água utilizada no preparo for limpa (FSP, 17/dez/99).
Resumindo:
15 crianças de 0 a 4 anos de idade morrem por dia no Brasil em decorrência da falta de saneamento básico, principalmente de esgoto sanitário (FUNASA-FSP, 16/jul/00).

Isto significa que:
Uma criança de 0 a 4 anos morre a cada 96 minutos em nosso país por falta de saneamento básico, mais precisamente, por falta de esgoto sanitário (FUNASA-FSP, 16/jul/00).
Falta Sáude
Outros países, principalmente os subdesenvolvidos, também sofrem com este problema. Reportagem publicada em uma das mais importantes revistas semanais brasileiras mostrou que a falta de saneamento básico ainda atinge uma parcela expressiva dapopulação mundial, com conseqüências gravíssimas para as crianças:
(Veja, 22/dez/99)
  • 1 bilhão de pessoas não dispõem de água potável.
  • 1,8 bilhão não têm acesso a sanitários e esgoto.
  • 8 milhões de crianças morrem anualmente em decorrência de enfermidades relacionadas à falta de saneamento.
Isto representa:
913 crianças por hora, 15 por minuto ou uma a cada quatro segundos morrem no mundo por doenças relacionadas à falta de saneamento.

Os quadros a seguir mostram algumas doenças resultantes da ausência de esgoto sanitário ou de água adequadamente tratada.
Grupos de DoençasFormas de TransmissãoPrincipais Doenças RelacionadasFormas de Prevenção
Feco-orais (não bacterianas)Contato de pessoa para pessoa, quando não se tem higiene pessoal e doméstica adequada.
  • Poliomielite
  • Hepatite tipo A
  • Giardíase
  • Disenteria amebiana
  • Diarréia por vírus
» Melhorar as moradias e as instalações sanitárias
» Implantar sistema de abastecimento de água
» Promover a educação sanitária
Feco-orais (bacterianas)Contato de pessoa para pessoa, ingestão e contato com alimentos contaminados e contato com fontes de águas contaminadas pelas fezes.
  • Febre tifóide
  • Febre paratifóide
  • Diarréias e disenterias bacterianas, como a cólera
» Implantar sistema adequado de disposição de esgotos melhorar as moradias e as instalações sanitárias
» Implantar sistema de abastecimento de água
» Promover a educação sanitária
Helmintos transmitidos pelo soloIngestão de alimentos contaminados e contato da pele com o solo.
  • Ascaridíase (lombriga)
  • Tricuríase
  • Ancilostomíase (amarelão)
» Construir e manter limpas as instalações sanitárias
» Tratar os esgotos antes da disposição no solo
» Evitar contato direto da pele com o solo (usar calçado)
Tênias (solitárias) na carne de boi e de porcoIngestão de carne mal cozida de animais infectados
  • Teníase
  • Cisticercose
» Construir instalações sanitárias adequadas
» Tratar os esgotos antes da disposição no solo
» Inspecionar a carne e ter cuidados na sua preparação
Helmintos associados à águaContato da pele com água contaminada
  • Esquistossomose
» Construir instalações sanitárias adequadas
» Tratar os esgotos antes do lançamento em curso d’água
» Controlar os caramujos
» Evitar o contato com água contaminada
Insetos vetores relacionados com as fezesProcriação de insetos em locais contaminados pelas fezes
  • Filariose (elefantíase)
» Combater os insetos transmissores
» Eliminar condições que possam favorecer criadouros
» Evitar o contato com criadouros e utilizar meios de proteção individual
Grupos de DoençasFormas de TransmissãoPrincipais Doenças RelacionadasFormas de Prevenção
Transmitidas pela via feco-oral (alimentos contaminados por fezes)O organismo patogênico (agente causador da doença) é ingerido.
  • Leptospirose
  • Amebíase
  • Hepatite infecciosa
  • Diarréias e disenterias, como a cólera e a giardíase
» Proteger e tratar as águas de abastecimento e evitar o uso de fontes contaminadas
» Fornecer água em quantidade adequada e promover a higiene pessoal, doméstica e dos alimentos.
Controladas pela limpeza com águaA falta de água e a higiene pessoal insuficiente criam condições favoráveis para sua disseminação.
  • Infecções na pele e nos olhos, como o tracoma e o tifo relacionado com piolhos, e a escabiose
» Fornecer água em quantidade adequada e promover a higiene pessoal e doméstica
Associadas à água (uma parte do ciclo de vida do agente infeccioso ocorre em um animal aquáticoO patogênico penetra pela pele ou é ingerido.
  • Esquistossomose
» Adotar medidas adequadas para a disposição de esgotos
» Evitar o contato de pessoas com águas infectadas
» Proteger mananciais
» Combater o hospedeiro intermediário
Transmitidas por vetores que se relacionam com a águaAs doenças são propagadas por insetos que nascem na água ou picam perto dela.
  • Malária
  • Febre amarela
  • Dengue
  • Elefantíase
» Eliminar condições que possam favorecer criadouros
» Combater os insetos transmissores
» Evitar o contato com criadouros
» Utilizar meios de proteção individual
PoluentesParâmetro de CaracterizaçãoTipo de EsgotosConseqüências
Patogênicos» Coliformes» Domésticos» Doenças de veiculação hídrica
Sólidos em suspensão» Sólidos em suspensão totais» Domésticos
» Industriais
» Problemas estéticos
» Depósitos de lodo
» Absorção de poluentes
» Proteção de patogênicos
Matéria orgânica biodegradável» Demanda bioquímica de oxigênio» Domésticos
» Industriais
» Consumo de oxigênio
» Mortandade de peixes
» Condições sépticas
Nutrientes» Nitrogênio
» Fósforo
» Domésticos
» Industriais
» Crescimento excessivo de algas
» Toxidade aos peixes
» Doenças em recém-nascidos (nitratos)
Compostos não-biodegradáveis» Pesticidas
» Detergentes
» Outros
» Industriais
» Agrícolas
» Toxidade
» Espumas
» Redução da transferência de oxigênio
» Não biodegradabilidade
» Maus odores
A coleta, o tratamento e a disposição ambientalmente adequada do esgoto sanitário são fundamentais para a melhoria do quadro de saúde da população do município.

Vale destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços de saúde, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).

Para cada R$ 1,00 (um real) investido no setor de saneamento economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) na área de medicina curativa.

As figuras 1 e 2 ajudam a visualizar o processo de transmissão de doenças através da água contaminada.

Na figura 1, observa-se que o esgoto não coletado contamina os corpos d’água e o solo, criando um ambiente propício à propagação de microorganismos patogênicos que, por sua vez, contaminam o córrego de onde a água para consumo na residência é captada.
Na figura 2, aparece um sistema de saneamento com instalações sanitárias, coleta, tratamento e disposição final adequada do esgoto, onde não se registra a presença de microorganismos patogênicos na água do córrego que serve como fonte de abastecimento humano.

Não investir em saneamento tem um propósito


SAÚDE

http://planetasustentavel.abril.com.br/index.shtml

ÁGUA

Cada um real investido em saneamento economiza quatro reais em saúde

Cada um real investido por governos em saneamento básico economiza quatro reais em custos no sistema de saúde, estimaram especialistas presentes no 4º Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública, realizado nesta semana pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa)

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Agência Brasil
Cada um real investido por governos em saneamento básico economiza quatro reais em custos no sistema de saúde, estimaram especialistas presentes no 4º Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública, realizado nesta semana pela Funasa - Fundação Nacional de Saúde.

"A partir do momento em que o cidadão tem um sistema de distribuição de água em quantidade e qualidade certas, asdoenças de veiculação hídrica, como diarreia e esquistossomose, por exemplo, vão diminuir. Se diminuem as doenças, a quantidade de vezes que uma mãe vai levar o filho com desinteria ao médico vai diminuir", disse o diretor do Departamento de Engenharia da fundação, Ruy Gomide.

Em todo o mundo, 1,9 milhão de mortes infantis são causadas por diarreias todos os anos, segundo dados apresentados por Léo Heller, professor da Universidade Federal de Minas Gerais. Do total de doenças registradas na população, 4,2% se devem à falta do saneamento básico.

Para Ana Emília Treasure, especialista da Opas - Organização Pan-Americana da Saúde  é preciso ir ainda mais longe nas pesquisas de saúde sobre o impacto do saneamento básico, pois a falta de água potável ou a presença de contaminações poderia estar ligada também a doenças crônicas.

"Temos de conferir a contaminação da produção de alimentos, por exemplo. Esses alimentos contaminados nas plantações podem estar se tornando um fator de risco para enfermidades crônicas, e essa água pode estar causando câncer ou prejudicando o crescimento das crianças."
Especialistas em saneamento e o presidente da Funasa, Gilson Queiroz, defenderam que os gastos com o setor voltem a ser contabilizados no piso da saúde, valor mínimo definido por lei que cada município, estado e a União deve empregar na saúde.

"Uma das melhores ações preventivas de saúde é um ambiente saudável, com o esgotamento sanitário e a coleta de resíduos. Isso traz economia para os serviços de atendimento médico, reduz a fila dos serviços de saúde e reduz os casos de doenças infecciosas e parasitárias. Com a desvinculação, perde-se recursos de repasse obrigatório, que poderiam ser empregados nas ações preventivas", defendeu Gilson.

Após intenso debate na comissão mista que tratou do Orçamento no Congresso, os gastos com saneamento deixaram de ser computados no piso da saúde, definido pela Emenda 29, que determina percentuais mínimos de investimento em saúde pela União, pelos estados e municípios. A União precisa aplicar valor correspondente previsto no Orçamento do ano anterior, corrigido pela variação do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto). Os estados devem aplicar 12% do que arrecadam anualmente em impostos e os municípios 15% de sua receita.



Não investir em saneamento tem um propósito para o político brasileiro. Desviar cincoenta centavos de um real não é nada se se pode desviar de dois a três reais de cada quatro ou cinco reais. Essa é a lógica.

Negreiros

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