quinta-feira, 10 de julho de 2014

Os de um lando e os do outro lado




MrFortalezaDigital:
O Estado de Israel está massacrando o povo palestino sem dó e sem piedade.
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MrFortalezaDigital:
Já não satisfeitos com o dinheiro do dízimo, cada vez mais avançam suas garras sobre o Estado Brasileiro através de suas bancadas políticas.
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MrFortalezaDigital:
Jeito Tucano de governar: os pedágios caríssimos cobrados em São Paulo faz aumentar os preços dos produtos, dos alimentos e da inflação. Sem contar que São Paulo já perdeu várias empresas por causa de seu alto custo, sobretudo nos impostos e pedágios.
http://www.setcepar.com.br/arquivos/Arquivo_BoletimPDF19112013115512.pdf

http://www.transportabrasil.com.br/2013/06/carga-especial-paga-r-260-mil-de-pedagio-para-cruzar-sp/

http://www.viomundo.com.br/denuncias/para-cruzar-o-estado-de-sao-paulo-caminhao...
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a modéstia



Sobre a modéstia

Quando assisti ao filme Troia, o personagem principal era o temível Aquiles, interpretado pelo bonitão Brad Pitt.

Nada que um galã para interpretar um semideus. Mas quando pensamos em virtudes vem à mente o príncipe troiano Heitor. Enquanto Aquiles queria a glória - a imortalidade, Heitor queria ser apenas um simples troiano, ou seja, cuidar de seu filho e namorar sua esposa Andrômeda.

Preferiu o anonimato ao invés da fama passageira.  Heitor foi senhor de si  mesmo, enquanto Aquiles escravo de seu orgulho, o que levou a própria morte com o famoso caso do seu tendão, mostrando que somos tão invulneráveis como as flores do campo apesar de serem belas  e perfumadas.

É daí que percebemos que somos grandes quanto reconhecemos nossa pequenez diante da Vida. É isso que nos faz evoluir: admitir nossa humanidade.

"Sede pequenos." dizia O Cristo, e foi isso que determinou a vitória da Alemanha. Reconhecendo que não era a favorita, não trouxe nenhum jogador celebridade.

Preferiu conhecer a realidade do sertão baiano ao invés de um resort paradisíaco. Isso é sabedoria quando se tem inteligência, usando as cores no seu uniforme do time mais popular do país (empatia) e a humildade diante do adversário ( respeitaram a seleção brasileira mesmo após a classificação).

Existe um provérbio oriental que um grande guerreiro é aquele que não desfaz do seu adversário, tenta conhecê-lo, observá-lo e nunca se desfazendo dele mesmo sendo este pequeno.

Aquiles ignorou isso e foi derrotado, o mesmo aconteceu com a seleção brasileira.

alimentos do planeta estão em perigo

Caros amigos,



Clique para se comprometer com uma doação:

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Quero doar outra quantia.
Os alimentos do planeta estão em perigo. Dez grandes empresas agroquímicas comandam 73% de todo o mercado de sementes, e cerca de 93% das variedades de sementes já foram extintas. No Brasil, a gigante Monsanto afirma que 70% de toda soja colhida no país é derivada de suas sementes.

A Monsanto e empresas do ramo estão privatizando as origens da natureza. Esse império está acabando com a agricultura sustentável, destruindo a diversidade das colheitas e tornando nossas plantações vulneráveis a doenças que podem ameaçar nossa segurança alimentar.

Mas os fazendeiros estão resistindo, guardando sementes em bancos e celeiros em todas as partes do mundo. E eles acabaram de criar um projeto revolucionário: o primeiro "Mercado Livre" de sementes sem fins lucrativos do mundo. Ali, qualquer produtor agrícola, de qualquer lugar do mundo, pode fornecer uma ampla variedade de plantas a preços mais baixos que as sementes transgênicas das empresas químicas. Essa loja online pode devolver todos os tipos de sementes ao mercado e romper lentamente com o monopólio que coloca em risco o futuro da nossa comida.

Esta pode ser a ideia mais inovadora de produção agrícola em décadas e a melhor maneira de combater a Monsanto. Mas empresas de transgênicos com frequência atacam e processam qualquer pessoa que fique contra elas, e os fazendeiros pediram nossa ajuda. Se conseguirmos arrecadar recursos suficientes agora, podemos ajudá-los a lançar o site, apoiar a instalação dos bancos de sementes em países-chave, financiar propagandas e anúncios publicitários e, ainda, criar um fundo de defesa legal para responder a possíveis processos.

Comprometa-se com uma doação para dar início ao mercado de sementes -- a Avaaz somente processará as doações se conseguirmos arrecadar o suficiente para financiar toda a iniciativa


Por milhares de anos, a agricultura foi uma atividade familiar. Os fazendeiros selecionavam, replantavam e criavam variedades de sementes. Até que as grandes empresas agroquímicas persuadiram diversos governos a promoverem um sistema de produção de alimentos em regime de monocultura. As empresas prometem aos fazendeiros maiores lucros e, com frequência, os enganam com longos contratos de sementes e pesticidas geneticamente modificados. Em seguida, eles se utilizam de leis de patentes e acordos para fazer com que os fazendeiros abandonem suas práticas tradicionais de criação de novas sementes.

Ainda não há consenso sobre o efeito das plantações transgênicas a longo prazo, mas peritos dizem que a falta de estudos científicos independentes significa que pode haver sérios riscos à saúde que ainda não conhecemos. E não há evidências claras de que a introdução de sementes transgênicas melhorou a renda dos fazendeiros ou permitiu que fornecessem mais alimentos para a população mundial -- na verdade, em muitos dos casos, as semelhantes transgênicas levaram pequenos fazendeiros independentes à falência. Em casos extremos, alguns fazendeiros se suicidaram para fugir das dívidas.

As duras consequências vão além dos fazendeiros. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, mais de ¾ da diversidade genética das nossas plantações já se perdeu devido à consolidação das práticas industriais de plantio. Quando usamos espaços de terra gigantes para apenas um tipo de cultivo, em vez de um sistema rotativo, nossas colheitas se tornam mais sucetíveis à doenças. Se, por um lado, os transgênicos podem aumentar o rendimento das colheitas, a falta de diversidade de sementes e práticas sustentáveis coloca em risco a segurança alimentar do planeta.

Mas podemos vencer essa crise. As corporações estão no controle há apenas algumas décadas. Produtores locais têm guardado sementes em todos os cantos do mundo e, se tiverem o apoio que merecem, esse mercado online de sementes pode ajudar a recuperar a nossa comida. Uma coalização com mais de 20 grupos e líderes no campo da agricultura sustentável como o Centro de Segurança Alimentar (com base nos EUA) e a ativista Vandana Shiva estão aguardando nossa resposta para lançar o projeto. Nossas doações podem ajudar de várias formas:
  • apoio direto a iniciativas na África, Ásia, Europa e nas Américas;
  • criação de um website de primeira para a venda online de sementes, conectando comunidades de produtores e fazendeiros de várias partes do mundo, e permitindo que eles vendam sementes legalmente, além de compartilhar boas práticas;
  • ajuda para criar um fundo de defesa legal contra possíveis processos da Monsanto e outras empresas;
  • publicidade e anúncios para que fazendeiros de todos os cantos junte-se à iniciativa;
  • fazer campanhas por legislações que protejam as sementes atuais e contra o domínio industrial das patentes.
A Monsanto tem imposto suas sementes transgênicas e a visão de agricultura industrial nas mentes dos fazendeiros (e de todos nós) durante anos. Mas se cada um de nós se comprometer com uma doação, poderemos lançar esse projeto de banco de sementes revolucionário e proteger as variedades de maçãs, pêras e tomates para as gerações futuras. Contribua agora e a Avaaz somente processará as doações se conseguirmos o suficiente para fazer esse projeto decolar:            
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Para doar outra quantia não lista acima, clique aqui.

"Plantar uma semente é o mesmo que acessar os mistérios mais profundos do universo." Estas sementes guardam em si a origem e o mistério da vida como a conhecemos. Vamos apoiar este movimento e proteger esse mistério do domínio das empresas e ajudar a trazer de volta milhares de plantas que pensávamos que já não existiam mais.

Com esperança e determinação

Alice, Maria Paz, Nick, Emma, Ricken, Antonia, Patricia, Mais, Emily, Diego e toda a equipe da Avaaz


MAIS INFORMAÇÕES:

Área plantada com transgênicos no mundo cresce 3% (Estadão)
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,area-plantada-com-transgenicos-no-mundo-cresce-3,177814e

Aceitação aos transgênicos divide mercado internacional (Repórter Brasil)
http://reporterbrasil.org.br/2013/11/aceitacao-aos-transgenicos-divide-mercado-internacional/

É necessário haver transparência e participação social nas decisões sobre liberação de transgênicos, afirma Consea (Terra de Direitos)
http://terradedireitos.org.br/2014/06/18/e-necessario-haver-transparencia-e-participacao-social-nas-decisoes-sobre-liberacao-de-transgenicos-afirma-consea/

Vandana Shiva: As sementes de suicídio da Monsanto (Brasil de Fato)
http://www.brasildefato.com.br/node/12652

Justiça dos EUA decide a favor da Monsanto em caso contra agricultor de 75 anos (Opera Mundi)
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/28853/justica+dos+eua+decide+a+favor+da+monsanto+em+caso+contra+agricultor+de+75+anos+.shtml

Pesquisadores alertam para expansão de transgênicos e agrotóxicos no Brasil (BBC Brasil)
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140108_transgenicos_pai_jf.shtml

Em inglês:

Relatório 2013: Acorde antes que seja tarde demais (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento)
http://unctad.org/en/PublicationsLibrary/ditcted2012d3_en.pdf

Colocando o cartel na frente dos cavalos (ETC)
http://www.etcgroup.org/sites/www.etcgroup.org/files/CartelBeforeHorse11Sep2013.pdf

De 1903 à 1983, o mundo perdeu 93% de variedades de sementes (National Geographic)
http://ngm.nationalgeographic.com/2011/07/food-ark/food-variety-graphic

Dia Mundial da Alimentação 2004 evidencia a importância da biodiversidade para a segurança alimentar do planeta (FAO)
http://www.fao.org/NEWSROOM/EN/news/2004/51140/index.html



A Avaaz é uma rede de campanhas globais de 37 milhões de pessoas que se mobiliza para garantir que os valores e visões da sociedade civil global influenciem questões políticas internacionais. ("Avaaz" significa "voz" e "canção" em várias línguas). Membros da Avaaz vivem em todos os países do planeta e a nossa equipe está espalhada em 18 países de 6 continentes, operando em 17 línguas. Saiba mais sobre as nossas campanhas aqui, nos siga no Facebook ou Twitter.

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quarta-feira, 9 de julho de 2014

PSOL e seus velhos problemas

PSOL acumula velhos problemas

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:


Com apenas dez anos de existência, o PSOL chega à corrida eleitoral deste ano com uma barulhenta militância animada pelas manifestações de rua. O partido acaba de apresentar sua candidata à Presidência da República, a ex-deputada gaúcha Luciana Genro, de 43 anos, eleita por unanimidade na convenção nacional em 22 de junho. A imagem de uma legenda unida não está, contudo, estampada nas fotos do evento.

Algumas das principais lideranças não compareceram à festa, entre elas os deputados federais Jean Wyllys, Ivan Valente e Chico Alencar. O único senador do partido, Randolfe Rodrigues, também não deu as caras. E quem não prestou atenção ao noticiário político na semana anterior pode ter estranhado ainda mais a cena. O candidato não era justamente Rodrigues?

Era, mas o senador desistiu da candidatura nove dias antes da convenção. Justificou a debandada pela necessidade de dedicar-se à política no Amapá, por temer o retorno ao poder do grupo político ligado ao ex-presidente José Sarney. Não poupou, porém, críticas à direção do PSOL, a quem atribui o “equívoco” de abraçar a campanha #nãovaitercopa e “erros de avaliação” das demandas populares durante as jornadas de junho. Para complicar o cenário, a legenda deve seguir sozinha na disputa nacional. Não conseguiu fechar acordos com nenhum outro partido de esquerda. O PSTU e o PCB optaram pelo voo-solo.

Os desentendimentos locais também contribuem para dividir a militância. Em maio, o filósofo e colunista de CartaCapital Vladimir Safatle desistiu de concorrer ao governo de São Paulo. Sem alternativa, o partido optou por lançar o jornalista Gilberto Maringoni. No calor dos acontecimentos, Safatle não escondeu a insatisfação com a direção: “Não desisti, a candidatura foi abandonada”. Em carta aberta à militância, queixou-se da falta de estrutura e recursos. “Durante as várias vezes em que discuti a infraestrutura para a campanha, ouvi que 2% de votos estaria bom. Não penso assim, acho esse raciocínio completamente equivocado e, se pensasse dessa forma, não teria aceitado entrar no debate em torno da candidatura. Queria saber a quem interessa que o nosso partido continue pequeno.”

A despeito das ausências no lançamento da candidatura, Luciana Genro nega qualquer rusga ou divisão interna. “Houve um debate político acirrado, mas construímos uma unidade muito sólida. A ausência dos parlamentares na convenção não foi um sinal de desunião. Na verdade, não percebemos que isso poderia transmitir essa mensagem errada. Teremos um grande ato no Rio de Janeiro em 6 de julho, e lá estarão todos os parlamentares e demais lideranças.”

A presidenciável foi duas vezes deputada estadual no Rio Grande do Sul e deputada federal por outros dois mandatos. Filha do governador gaúcho Tarso Genro, do PT, ela aposta em uma ousada plataforma política, baseada na auditoria da dívida pública e uma ampla reforma do sistema tributário, incluída a taxação de grandes fortunas. A descriminalização da maconha, a legalização do aborto e a garantia dos direitos LGBT compõem os demais temas que a gaúcha pretende levar ao debate eleitoral. Segundo ela, é preciso vencer a hipocrisia e fazer um contraponto à onda conservadora que se alastra no País. “Sabemos que muitos deixarão de votar no PSOL por conta dessas posições, mas é preciso vencer os preconceitos e fazer as discussões necessárias.”

Ao desistir de concorrer à Presidência, Randolfe Rodrigues sugeriu ao PSOL lançar a candidatura de Marcelo Freixo, ex-deputado estadual do Rio de Janeiro. “Meu nome não conseguiu unir a esquerda, tampouco foi capaz de fazer frente ao avanço conservador no País. Precisávamos de um nome de peso, e o Freixo conseguiu ficar em segundo lugar na disputa pela prefeitura carioca”, afirma o senador. Esqueceu-se de combinar com os russos. Freixo recusou a oferta e disse estar mais interessado em ampliar a bancada estadual do partido.

Rodrigues sustenta ainda que o partido precisa fazer uma autocrítica. Primeiro, por ter abraçado a campanha contra a Copa. “Criticar os gastos abusivos com estádios ou a inversão de prioridades é correto, mas opor-se à uma festa que o povo ama é um tiro no pé”, sentencia. Além disso, reclama do “centralismo” e da “rígida hierarquia” existente no partido. “É um modelo de esquerda que remonta ao século XIX.”

Em resposta, Luciana Genro afirma que o PSOL jamais adotou o slogan #nãovaitercopa. “Em vez disso, o grande mote foi ‘Na Copa vai ter luta’. E isso está correto, como tirar a razão dos sem-teto ou dos metroviários que aproveitaram a exposição para reivindicar seus direitos? Essa crítica do Randolfe está absolutamente descontextualizada da prática do partido.” Ela não arrisca um palpite do porcentual de votos que pode obter. Na semana em que desistiu da candidatura, o senador do Amapá nem sequer conseguiu pontuar em uma pesquisa do Ibope. Ainda assim, a candidata aposta alto: “Hoje, temos três deputados federais. A expectativa é duplicar ou mesmo triplicar a bancada do PSOL na Câmara”.

Ao voltar-se para a política amapaense, especulou-se que Rodrigues pudesse lançar candidatura ao governo estadual. Ele mesmo admite ser remota a possibilidade, uma vez que a maioria dos partidos de esquerda fechou acordos locais para apoiar a reeleição de Camilo Capiberibe, do PSB. Mas pressiona o governador a liberar mais recursos para a prefeitura de Macapá, administrada pelo correligionário Clécio Luís, antes de declarar apoio. O acordo deve ser sacramentado após a assinatura de um convênio de 32 milhões de reais para obras de pavimentação na capital.

A corrupção da CBF

Romário: "A corrupção da CBF tem raízes em todos os clubes brasileiros"


Por Romário, publicado nas redes sociais: “Passado o luto das primeiras horas seguidas da derrota, vamos ao que verdadeiramente interessa! Quem tem boa memória, vai lembrar da minha frase: Fora de campo, já perdemos a Copa de goleada!
Infelizmente, dentro de campo, não foi diferente.
Ontem foi um dia muito triste para nosso futebol. Venceu o melhor e ninguém há de questionar a superioridade do futebol alemão já há alguns anos. Ainda assim, o mundo assistiu com perplexidade esta derrota, porque nem a Alemanha, no seu melhor otimismo, deve ter imaginado essa vitória histórica.
Porém, se puxarmos da memória, vamos lembrar que nossa seleção já não vinha apresentando nosso melhor futebol há muito tempo. Jogamos muito mal. Infelizmente, levamos sete e, por mais que isso cause mal-estar, devemos admitir que a chuva de gols foi apenas reflexo do pânico, da incapacidade de reação dos nossos jogadores e da falta de atitude do treinador de mudar o time.
Vivemos uma crise no nosso esporte mais amado, chegamos ao auge dela. Acha que isso é problema só dos jogadores ou do Felipão? Nem de longe.
Nosso futebol vem se deteriorando há anos, sendo sugado por cartolas que não têm talento para fazer sequer uma embaixadinha. Ficam dos seus camarotes de luxo nos estádios brindando os milhões que entram em suas contas. Um bando de ladrões, corruptos e quadrilheiros!
O meu sentimento é de revolta.
Estou há quatro anos pregando no deserto sobre os problemas da Confederação Brasileira de Futebol, uma instituição corrupta gerindo um patrimônio de altíssimo valor de mercado, usando nosso hino, nossa bandeira, nossas cores e, o mais importante, nosso material humano, nossos jogadores. Porque não se iludam, futebol é negócio, business, entretenimento e move rios de dinheiro. Nunca tive o apoio da presidenta do País, Dilma Rousseff, ou do ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Que todos saibam: já pedi várias vezes uma intervenção política do Governo Federal no nosso futebol.
Em 2012, eu apresentei um pedido de CPI da CBF, baseado em um série de escândalos envolvendo a entidade, como o enriquecimento ilícito de dirigentes, corrupção, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e desvio de verba do patrocínio da empresa área TAM. O pedido está parado em alguma gaveta em Brasília há dois anos. Em questionamento ao presidente da Câmara dos Deputados, sr. Henrique Eduardo Alves, mas ouvi como resposta que este não era o melhor momento para se instalar esta CPI. Não concordei, mas respeitei a decisão. E agora, presidente, está na hora?
Exceto por um vexame como o de ontem, o Brasil não precisaria se envergonhar de uma derrota em campo, afinal, derrotas fazem parte do esporte. Mas vergonha mesmo devemos sentir de ter uma das gestões de futebol mais corruptas do mundo. A arrogância dessa entidade é tão grande que até o chefe da assessoria de imprensa chega ao absurdo de bater em um atleta de outra seleção, como fez o Rodrigo Paiva contra um jogador do Chile Pinilla. Paiva pegou quatro jogos de suspensão e foi proibido de acessar o vestiário dos jogadores. Este ato foi muito simbólico e diz muito sobre eles. O presidente da entidade, José Maria Marin, é ladrão de medalha, de energia, de terreno público e apoiador da ditadura. Marco Polo Del Nero, seu atual vice, recentemente foi detido, investigado e indiciado pela Polícia Federal por possíveis crimes contra o sistema financeiro, corrupção e formação de quadrilha. São esses que comandam o nosso futebol. Querem vergonha maior que essa?
Marin e Del Nero tinham que estar era na cadeia! Bando de vagabundos!!!
A corrupção da CBF tem raízes em todos os clubes brasileiros, vale lembrar que são as federações e clubes que elegem há anos o mesmo grupo de cartolas, com os mesmos métodos de gestão arcaicos e corruptos implementados por João Havelange e Ricardo Teixeira e mantidos por Marin e Del Nero. Vale lembrar, que estes dois últimos mudaram o estatuto da entidade e anteciparam a eleição da CBF para antes da Copa. Já prevendo uma possível derrota e a dificuldade que eles teriam de se manter no poder com um quadro desfavorável.
E os clubes? Sim, eles também são responsáveis por essa crise. Gestões fraudulentas, falta de investimento na base, na formação de atletas. Grandes clubes brasileiros estão falindo afogados em dívidas bilionárias com bancos e não pagamentos de impostos como INSS, FGTS e Receita Federal.
E toda essa má gestão que tem destruído o nosso futebol, infelizmente, tem sido respaldada há anos pelo Congresso Nacional com anistias e mais anistia destes débitos. Este ano tivemos mais um projeto desses vexatórios para salvar os clubes. Um projeto que previa que clubes pagassem apenas 10% de suas dívidas e investissem 90% restante em formação de atletas. Parece até deboche. Uma soma de aproximadamente R$ 4 bilhões ou muito mais, não se sabe ao certo. Corajosamente, o deputado Otávio Leite, reconstruiu o texto e apresentou uma proposta honesta estruturada em responsabilidade fiscal, parcelamento de dívidas e a criação de um fundo de iniciação esportiva, com obrigações claras para clubes e CBF.
Em resumo, a nova proposta além de constituir a Seleção Brasileira de Futebol e o Futebol Brasileiro como Patrimônio Cultural Imaterial – obrigava a CBF a contribuir com alíquota de 5% sobre as receitas de comercialização de produtos e serviços proveniente da atividade de Representação do Futebol Brasileiro nos âmbitos nacional e internacional. O tributo também incidiria sobre patrocínio, venda de direitos de transmissão de imagens dos jogos da seleção brasileira, vendas de apresentação em amistosos ou torneios para terceiros, bilheterias das partidas amistosas e royalties sobre produtos licenciados. O valor seria destinado a um fundo de iniciação esportiva para crianças e jovens de todo o Brasil. Esses e outros artigos dariam responsabilidade à CBF, punição à entidades e outros gestores do futebol, a CBF estaria sujeita a fiscalização do TCU e obrigada a ter participação de um conselho de atletas nas decisões.
Mas este texto infelizmente não foi para a frente. Sete deputados alemães fizeram os gols que desclassificaram nosso futebol e nos tirou a chance de moralizar nosso esporte. Estes deputados, como todos sabem, fazem parte da Bancada da CBF, mudei o nome porque Bancada da Bola é muito pejorativo para algo que amamos tanto. Gosto de dar os nomes: Rodrigo Maia (DEM -RJ), Guilherme Campos (PSD-SP), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), José Rocha (PR-BA) , Vicente Cândido (PT-SP), Jovair Arantes (PTB-GO) e Valdivino de Oliveira (PSDB-GO).
Essa partida ainda pode ser revertida com a votação do projeto no Plenário da Câmara. Será que esses sete deputados voltarão a prejudicar o nosso futebol?
O futebol brasileiro tomou uma goleada e a derrota retumbante, infelizmente, não foi só em campo. Nem sequer tivemos o prazer de jogar no Maracanã, um templo do futebol mundial, reformado ao custo de mais de R$ 1 bilhão. Acha que foi porque não chegamos a final? Não. Poderíamos ter jogado qualquer outro jogo lá. A resposta disso é ganância e arrogância. É a CBF que escolhe onde o Brasil vai jogar, mas, obviamente, poderia ter tido interferência do Ministério do Esporte e da presidência da República, mas nenhum destes se manifestou. Quem levou com essas escolhas?
Para fechar com chave de ouro, a CBF expulsou do vestiário Cafú, capitão de seleção do pentacampeaonato. Cafú foi expulso do vestiário enquanto cumprimentava os jogadores ontem. Este é o retrato do nosso futebol hoje, não honramos a nossa história.
Dilma tem sim que entregar a taça para outra seleção. Este gesto será o retrato do valor que ela deu ao nosso futebol nos últimos anos! Eles levarão a taça e nós ficaremos com nossos estádios superfaturados e nenhum legado material, porque imaterial, mostramos para o mundo que com toda nossa dificuldade, somos um povo feliz”

terça-feira, 8 de julho de 2014

DIZER NÃO



Seis ações que vão te ajudar a dizer não


Você já se deu conta de quantos “sim” você diz quando sua vontade real é dizer “Não”? Quando isso acontece, acabamos experimentando uma profunda sensação de desgosto, de raiva, de frustração e de irritação conosco mesmo. Mesmo assim, é difícil aprender. E isso acaba se transformando em um grande ladrão de tempo em nossas vidas. E, pior do que isso, nos mantém reféns da esfera das circunstâncias.
As razões para dizer esse “sim” na hora errada são as mais variadas possíveis. Sentimos uma espécie de necessidade de ser sempre solícitos e agradáveis. Fazemos nossa parte para manter nossas amizades. Temos medo de decepcionar as pessoas. Um outro motivo muito comum é o medo de assumir o controle da situação: quando respondemos “sim” às demandas alheias, nos calamos diante de nossas próprias decisões.
Não importa os motivos. Cada um tem os seus – mas quando respondemos de forma positiva a uma resposta que merecia ou deveria receber um ”não”, estamos terceirizando nossa administração pessoal. Isso é grave.
Dizer “não” não é simples! É preciso assertividade, certeza do que é importante, coragem mas principalmente respeito ao seu próprio tempo! Para ajudar, selecionei 6 dicas que podem fazer com que você pense melhor antes de dizer "sim" para tudo:
1) Nunca se acanhe em dizer não - Você não precisa ser bonzinho para os outros nem parecer sempre disponível. Na verdade, todo mundo tem problemas em dizer não. A capacidade de dizer essa palavra costuma ser vista com admiração inclusive pela pessoa que a ouve. Ela, na verdade, gostaria de ter a mesma disciplina.
2) Não adie: vá direto ao ponto - Pode doer, mas é melhor. Atrasar a comunicação do não quando a decisão já está tomada apenas prolonga o sofrimento. Um não bem dito logo no início do processo pode poupar muitos aborrecimentos (e dores!).
3) Evite inventar desculpas ou dizer mentiras na hora de dizer o não - Se tiver uma justificativa fundamentada em fatos, você deve utilizá-la, com certeza. Mas lembre-se de que você não deve aos outros explicações nem precisa se desculpar por suas escolhas. Você está no comando! Forneça uma resposta amigável, com sorriso. E evite entrar em um debate ou discussão sobre as razões de sua decisão.
4) Use o corpo para dizer não - Quando a pessoa estiver fazendo aquele convite que você não pretende aceitar, comece a torcer o nariz, contorcer a boca e franzir a testa de forma discreta antes que ela termine de falar. Esses movimentos já dão a entender para o seu interlocutor que você não está de acordo com a proposta. Isso tornará o “não” uma palavra natural e até mesmo esperada.
5) Faça um acordo mental com você - A partir do momento que você decidiu que não quer algo, prometa para você mesmo que manterá essa posição. Essa pequena atitude reafirma para você mesmo a importância da sua resposta e evita os conflitos internos.
6) E se o não tiver de ser dito ao seu superior? Nesse caso, a melhor forma é mostrar para ele a sua lista de prioridades profissionais e deixar que ele resolva o que mais é importante. Se o que ele estiver propondo for algo pessoal (um convite para uma festa ou para uma happy hour) você terá de avaliar a situação. E dizer seu não da forma mais direta possível.
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Christian Barbosa  /  Site do autor  /  Carreira  / Data: 08/07/2014  / Views: 204 / Mais artigos deste colunista

O paulista Christian Barbosa é cientista de computação e o maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade. Abriu sua primeira empresa aos 15 anos e foi um dos profissionais mais jovens do mundo a receber o certificado da Microsoft. É fundador da Triad PS, empresa multinacional especializada em programas e consultoria na área de produtividade, colaboração e administração do tempo. Dá treinamento e palestras para as maio...

Fonte: Seis ações que vão te ajudar a dizer não
Qualidade Brasil - O seu portal brasileiro de Gestão

NÓS LEVAMOS, NÓS DEIXAMOS

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OS 100

Conheça a série The 100

GUIDE TO (1)


A série The 100 irá contar a história de que no futuro, a vida na Terra foi extinta, e as pessoas que sobreviveram tiveram que morar no espaço. Depois de anos, alguns, vamos dizer assim, cientistas acham que a Terra já pode ser habitada, então eles mandam 100 jovens delinquentes para Terra. Chegando na Terra esses 100 jovens descobrem que é possível respirar o ar da Terra, ficam muito felizes e blablablá. Depois de alguns dias, que eles já tinham montado o acampamento, já tinham meio que se conhecido, eles vão dar uma olhada do local que eles estavam para ir em busca de um local que as pessoas falaram que havia medicamentos e alimento, mas nessa ida eles descobrem que havia pessoas que sobreviveram a grande catástrofe que ocorreu na Terra, e isso tudo acontece no primeiro ou no segundo episódio, ou seja, a série não para ter surpresas em nenhum episódio, todos irá ter algo surpreendente e que só vai dificultar mais a vida dos Escolhidos.

Os personagens

the-100-


Os personagens da série são INCRÍVEIS. Sério. Nessa série têm de tudo, têm o personagem mau, têm o personagem bonzinho, o louca, a apaixonado, o medroso, a corajosa, simplesmente têm de tudo. A vida dos personagens são muito bem explorados, não fica a desejar sobre (quase) nenhum personagem, ao longo dos episódios conta um pouquinho da história de alguns personagens e tal.

O livro

O livro:

the 100 book

Antes de falar do livros eu preciso falar da capa. A Galera Record me impressionou nessa capa, os detalhes, a textura, tudo. Essa capa com certeza está entre as dez capas mais bonitas na minha instante.
Eu li o livro depois de ver a série, o que para mim foi a mesma coisa de ver o filme antes de ler o livro, por que me decepcionou muito. Quando eu fui ler o livro eu nem me toquei que na capa estava escrito que a série é homônima, ou seja, a série só pegou a mesma ideia do livro e foi criando um novo destino para os personagens. Mas o livro é também é legal, não tanto quando quanto a série, mas é legal.
Mesmo a série sendo homônima, tanto no livro quanto na série o meu personagem preferido é o Bellamy, eu sei que ele é meio doido e coisa e tal, mas eu acho ele tão legal, e garanto pra vocês que no livro ele não é tão louco como na série.
E se eu não me engano a autora (Kass Morgan) está escrevendo o segundo livro da série.

EM DEFESA DOS CLÁSSICOS



EM DEFESA DOS CLÁSSICOS


Porque livros não se tornam clássicos à toa.

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O melhor do espaço Lounge do Obvious é a possibilidade de interagir com o pensamento de outras pessoas. Afinal de contas, para cada artigo que publicamos, centenas são publicados para a nossa leitura e isso nos permite encontrar as mais diversas opiniões, inclusive as frontalmente divergentes das nossas.
Pois bem. Foi navegando pelo espaço que me deparei com um texto intitulado "Já sofreu Preconceito Literário?" publicado pela lounger Renata Ferreira. Ali ela aponta de modo bastante claro que há entre nós um sentimento de que alguns livros não merecem ser lidos, quando para ela toda leitura seria válida. A autora aponta também outros aspectos positivos da leitura dessas obras proibidas, por assim dizer, como por exemplo o fato de esses livros serem um convite à leitura àqueles que não têm o hábito de ler.
No entanto, senti imensa vontade de contestar, isso muito respeitosamente, alguns pontos do artigo. Tanto os apontados por Renata quanto os que não foram abertamente defendidos por ela mas que mesmo assim remanescem.
Antes disso, contudo, vou apontar aquilo que nos une. Eu também acho indecoroso o julgamento sumário das leituras dos outros, de modo que convicções do tipo "Ufa. Pensei que era Crepúsculo!", por exemplo, são extremamente desagradáveis. Essas colocações somente servem para que o julgador se sinta de alguma maneira em um patamar elevado, como se não ler esse livro fosse sinal de elevação de consciência literária, se é que isso existe.
Também creio que a crítica ao best-seller somente por ele assim se apresentar é equivocada. Nem todo livro bem vendido é necessariamente ruim e não vai ser a grande saída dessas obras que vai tirar o mérito de seus escritores. Alguns novos autores tem grande potencial e de fato escrevem livros de destaque.
Dentro daquilo que eu concordaria em parte, o primeiro ponto é o que diz que toda leitura é válida. Este, na minha opinião, é um raciocínio perigoso e que por si só coloca Crepúsculo e um clássico no mesmo patamar de importância, se considerarmos apenas o critério de validade. Afinal de contas, se vale qualquer leitura, tanto faz um best seller ou um Victor Hugo, por exemplo, já que os dois satisfazem ao propósito.
No entanto, o fato de toda leitura ser válida não significa dizer que toda leitura seja igualmente frutífera. Mesmo sendo todos válidos, alguns livros acrescentam infinitamente mais que outros. O crescimento proporcionado por cada obra - seja objetivo ou subjetivamente falando - está além da mera validade e é esse o ponto a ser considerado.
É preciso que se perceba que alguma coisa fez um livro se imortalizar. E não foi a mídia comercial ávida por transformar em roteiro de cinema qualquer obra que aparece, mas sim a capacidade do clássico de se renovar e se reinventar com o passar dos anos, revelando a cada linha a controversa conduta humana, seus anseios, dores e demais sentimentos que sempre acompanharam a humanidade. Isso sem contar a qualidade técnica muitas vezes aplicada no texto, na forma. É fascinante ler um clássico da década de 40 e perceber que não há nada tão atual. É surpreendente ler algo do início do século XX e constatar que até hoje se pensa dentro do círculo apontado por aquele autor visionário.
Um clássico é um livro de leitura sempre corrente, apreciado desde a sua concepção até os tempos de hoje por diversos leitores e sempre com múltiplas respostas, ao mesmo tempo em que propõe novas perguntas. Se caracteriza também por propor reflexões - e conclusões - que, embora apresentadas à época em que foi escrito, se readaptam e se atualizam por si mesmas, vez que a visão de mundo ali apontada muitas vezes se repete em nosso cotidiano. É como se o clássico nos fizesse nos deparar com diversas situações, que ocorreram ou que ainda vão ocorrer, e nos apresentasse alternativas através da experiência ali concentrada, tal como um manual de viver a vida.
O clássico inova no campo das ideias, no modo de escrever ou nos dois. Nem sempre se pensou o mundo da forma que pensamos hoje e nem sempre se escreveu com toda a liberdade que agora temos. Muitas vezes, ou quase sempre, foi papel dos clássicos transgredir, romper modelos tidos como absolutos e apontar novos horizontes.
Assim, O Pequeno Príncipe hoje em dia pode parecer um livro normal e até cheio de clichês, com a diferença de que foi Saint-Exupery quem inaugurou aqueles clichês, até hoje trabalhados em obras literárias. Já obras como Laranja Mecânica, por exemplo, transgridem não só o tempo, mas também o próprio modo de escrever. É uma obra escrita como se falada fosse, inclusive com as gírias próprias do grupo em que o jovem protagonista se insere. É nesse patamar que estão tantos outros clássicos.
Se engana também quem acha que clássicos são sérios, sisudos e representam a opinião de pessoas quadradas e burocráticas e que a busca de alternativas demanda necessariamente o contato com livros bem vendidos de hoje em dia. Alguns livros atuais são densos e sérios, outros não. Acontece a mesma coisa com os clássicos. A obra-prima do já citado Exupery é um belo exemplo, vez que O Principezinho é agradável e de fácil leitura, sem nunca deixar de ser um grande clássico.
Um outro ponto a ser por mim contestado e que, frise-se, não foi abertamente trabalhado pela autora, é aquele que relativiza as coisas a ponto de concluir que o bom pode ser ruim e o ruim pode ser bom a depender da perspectiva a ser adotada. Não é assim. Eu posso, dentro da minha subjetividade, achar bom um livro ruim, mas não poderei nunca deixar de considerar os aspectos objetivos inerentes à obra. Dessa forma, eu posso crer que Crepúsculo é bom pois me põe em contato com bons sentimentos, por exemplo, mas não posso negar aspectos objetivos do livro, como o fato de que o roteiro é controverso e até repetitivo e que a história é igual a tantas outras já escritas.
Se a mera subjetividade fosse suficiente para considerar boa uma obra, qualquer um teria capacidade de ser um crítico de cinema, de arte ou de literatura.
Ora, se eu vejo e a minha impressão é suficiente para me fazer opinar, qual o sentido da crítica especializada, por exemplo? E por favor não me interpretem mal. Sou contra a oficialização do conhecimento e das opiniões, mas ainda creio que algum embasamento técnico seja necessário para tanto.
Parece óbvio mas, mesmo com o sopro dos ventos pós-modernos dizendo o contrário, o bom é bom e o ruim é ruim. E diferentemente do que se pensa, é fácil perceber a qualidade quando ela existe. Salta aos olhos. Creio que tanta relativização anestesiou autores e leitores a ponto de fazê-los celebrar como grandiosas obras que talvez não passem de razoáveis.
É que a gente esquece que muitas vezes foi a busca pela excelência e pelo primor, e não o publicar por publicar e chover cada vez mais no molhado, que tornou os autores imortais e as suas obras verdadeiros clássicos. Talvez houvesse naqueles tempos uma vontade escancarada de ser o melhor e eu não sei se isso existe hoje.
E já que falei dele, diz-se que Victor Hugo, ainda novo, escreveu no seu diário "Quero ser Chateaubriand ou nada". Chateaubriand é um dos balizadores da própria literatura, vale dizer.
Enfim. Não sei se esse meu texto me fez entrar no rol dos preconceituosos literários. Somente que eu prefiro a estante dos clássicos à dos mais-vendidos.

Adepto do livre pensamento crítico-imaginativo.
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