quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Perder a barriga

Sucos para perder a barriga

Por Chris Bertelli, iG São Paulo
Texto

Combinação de alimentos e chás tem efeito diurético, além de ajudar a desinchar e a regular o intestino

Getty Images
Sucos para reduzir a barriga
Qualquer ajuda é válida na hora de mandar embora os pneuzinhos da barriga. Se ela vier de uma receita fácil de fazer e simples de incluir no dia a dia, melhor ainda. O ingrediente certo na hora adequada pode ser a diferença entre fechar ou não o botão da calça.
Para secar essa região do corpo, frutas com propriedades antioxidantes e misturas que podem ajudar a reduzir a gordura corporal, eliminar gases e facilitar o trânsito intestinal são as mais indicadas.
Veja 25 alimentos que podem ser adicionados aos sucos, que ajudam a perder a barriga, dão saciedade e fornecem inúmeras vitaminas ao corpo:
Couve. Foto: Getty Images
Acerola. Foto: Getty Images
Laranja. Foto: Getty Images
Agrião. Foto: Getty Images
Salsão. Foto: Getty Images
Espinafre. Foto: Getty Images
Morango. Foto: Getty Images
Manjericão. Foto: Getty Images
Beterraba. Foto: Getty Images
Salsa. Foto: Getty Images
Água de coco. Foto: Getty Images
Framboesa. Foto: Getty Images
Cenoura. Foto: Getty Images
Melão. Foto: Getty Images
Melancia. Foto: Getty Images
Pepino. Foto: Getty Images
Erva cidreira. Foto: Getty Images
Abacaxi. Foto: Getty Images
Maçã. Foto: Thinkstock/Getty Images
Linhaça. Foto: Getty Images
Chia. Foto: Getty Images
Hortelã. Foto: Getty Images
Chá-verde. Foto: Thinkstock/Getty Images
Limão. Foto: Getty Images
Gengibre. Foto: Getty Images
Couve. Foto: Getty Images
1/25
“O chá verde é uma ótima pedida, porque ajuda na queima de gordura, além de ser diurético. O abacaxi também tem essa propriedade e ainda é anti-inflamatório”, exemplifica a personal diet Luciana Harfenist, diretora da clínica de nutrição que leva seu nome.
Para fazer o intestino preguiçoso funcionar, a nutricionista Gabriela Paschoal, da VP Consultoria, aconselha: “Aproveitar o bagaço de algumas frutas, como laranja, ou folhas verde-escuras, como a couve, são duas propostas que podem ajudar.”
Se o objetivo é desinchar a região abdominal, alguns alimentos intereferem na modulação dos níveis de prolactina, principalmente durante o período pré-menstrual, e auxiliam na diminuição de água acumulada, explica Paschoal. Melancia, limão, abacaxi, farelo de aveia e água de coco são as indicações da nutricionista.
Confira as receitas:
Diuréticos e reguladores do intestino
Suchá verde (mistura de chá verde com fruta)
Ingredientes:
2 colheres de sopa de chá verde (erva)
260 ml de água
1 xícara de água fervente
1 fatia de abacaxi
hortelã a gosto
Preparo:
Faça primeiro o chá verde. Ferva 260 ml de água. Desligue o fogo, coloque as duas colheres de chá verde e tampe a panela. Deixe esfriar por aproximadamente 15 minutos. Bata no liquidificador com o abacaxi e a hortelã e sirva.

Suco de melão, hortelã e biomassa de banana verde
Ingredientes:
1 colher de sobremesa de biomassa de banana verde
100g de melão
3 folhas de hortelã
240ml de água filtrada
Preparo:
Biomassa de banana verde: lave uma unidade de banana verde e coloque, com casca, em uma panela de pressão com água. Deixe cozinhar até formar pressão. Após quinze minutos sob pressão, desligue o fogo e retire, com cuidado, as bananas da panela. Amasse até ficar na consistência de uma massa.
Bata a colher de biomassa de banana verde, juntamente com o melão picado, as folhas de hortelã e a água no liquidificador. Sirva.
Para desinchar a região abdominal
Suco de abacaxi com água de coco e chá de erva-cidreira
Ingredientes:
100g de abacaxi
140ml de água de coco
10g de erva-cidreira
Preparo:
Faça a infusão da erva-cidreira em 100ml de água fervida e leve à geladeira. Depois que estiver gelado, coloque o chá, juntamente com o abacaxi picado e a água de coco. Bata tudo e sirva.
Detox
Suco verde com maçã e gengibre
Ingredientes:
1 folha pequena de couve-manteiga orgânica
½ maçã com casca
Raspas de gengibre
240 ml de água filtrada
Preparo:
Higienize bem os alimentos. Rasgue a couve, pique a maçã, raspe o gengibre e coloque tudo no liquidificador junto com a água. Se quiser, pode acrescentar uma colher de sobremesa rasa de açúcar demerara. Sirva.
Para acelerar o metabolismo
Suco de chá verde com limão e gengibre
Ingredientes:
200ml de infusão de chá verde
100ml de suco de limão
Raspas de gengibre
Preparo:
Coloque tudo no liquidificador e bata. Se quiser, pode acrescentar 1 colher de sobremesa de açúcar demerara. Sirva.

Saiba mais:
Chia é nova promessa para emagrecer
Cuidado com os alimentos que “dão barriga”
Aprenda: retenção de líquido ou sobrepeso?
    Leia tudo sobre: saúde • alimentação • dieta • perder barriga

    oficina de filosofia: Sobre a Hipocrisia do Educador Fraco

    oficina de filosofia: Sobre a Hipocrisia do Educador Fraco: Sobre a Hipocrisia do Educador Fraco                         Que escola sonhamos ter? A mais perfeita possível! Que educação queremos par...

    Sobre a Hipocrisia do Educador Fraco

    Sobre a Hipocrisia do Educador Fraco            
                Que escola sonhamos ter? A mais perfeita possível! Que educação queremos para nosso país, estado e cidade? A mais adequada possível! Como devem ser os professores? Os mais sábios possíveis!



                Sonhos, sonhos e mais sonhos... Mas o que estamos fazendo na realidade? Que podemos entender pela palavra Hipocrisia?

    Hipocrisia é a qualidade (defeito) do sujeito que prega o que não vive. Ensina o que não sabe. Dá ordem de moralidade aos outros, mas é o mais imoral de todos.

    Hipócritas são as pessoas que acreditam poder dizer: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço!”. Os hipócritas são sempre “sepulcros caiados”, como diria o grande mestre.

    Boa parte dos educadores-fracos são hipócritas. São afiados para criticar a educação. Criticar o governo. Criticar a diretoria de ensino, o sindicato, a direção da escola, enfim, os educadores-hipócritas são campeões de discurso. Menosprezam até seus colegas do magistério.

    Entretanto, apesar de todo esse “senso crítico”, os educadores-fracos (ou pseudo-educadores) são iguais e, infelizmente, às vezes, piores do que aqueles que eles criticam!

    Podemos dar diversos exemplos para comprovar isso. Podemos falar das aulas que os pseudo-educadores não preparam nunca – e nem querem. Podemos falar das formas antiéticas como avaliam seus alunos, protegendo uns e “ferrando” os outros. Podemos falar da forma baixa e imoral como falam da educação, sem respeito algum, sem sonho de melhoria algum. Enfim, os educadores-fracos têm defeitos pedagógicos explícitos.

    Mas falemos de apenas uma qualidade (defeito) típica do educador-hipócrita: sua (ausente) formação pessoal e profissional.

    O educador-fraco também passou pela faculdade. Normalmente é assim. Mas que vivência você acha que ele teve na época de sua formação? Você acha que os hipócritas são capazes de auto-reconhecer suas falhas? Jamais! Para eles, sua época de faculdade foi a mais rica possível, a mais fecunda que se pode sonhar.

    Mas é hábito da realidade desmentir a hipocrisia. Por isso, quer na sala de aula em nossas faculdades, quer na sala de aula em nossas escolas, os pseudo-educadores não conseguem se esconder por muito tempo. Logo revelam sua fragilidade pedagógica e sua hipocrisia moral.

    Não ousemos dizer que esses falsos professores são maioria ou minoria em nossa educação brasileira. Apenas podemos constatar que eles existem. Existem em toda escola. E vivem para disseminar seus discursos cheios de significado e vazios de testemunho.

    Mas, tudo isso começa na formação dos professores. É na faculdade que vemos as sementes de educadores-fracos. Há vestígios para identificá-los. Eles menosprezam sua formação. Não gostam das “matérias difíceis”. Não querem ler os livros. Eles estão sempre cansados para as aulas. Nunca conseguem ouvir bem seus professores. Aliás, em casos extremos, o educador-fraco, mesmo na época de sua faculdade, já acredita saber mais que alguns de seus professores!

    Há ainda muitos outros vestígios para identificar a hipocrisia do mau educador: ele burla seus estágios obrigatórios (acredita não precisar deles). Ele compra trabalhos prontos. Ele gosta de faltar no limite possível das aulas – pois da faculdade ele quer apenas o diploma. Não acredita poder aprender conhecimentos novos. Acha tudo que ouve inútil demais para gastar seu tempo refletindo.

    Novamente, afirmo: não falemos em números, na quantidade exata dos educadores-fracos. Lembremos apenas que eles estão por aí. Reclamando de tudo e todos, menos reclamando de si mesmos. Cobrando a tudo e todos, mas jamais cobrando a si próprios. Isto é, continuam vivendo esta qualidade (defeito) típica dos hipócritas.


    (O autor, prof. Wellington Martins, é docente universitário; mestrando em Filosofia ética (medieval), pela PUC/SP; graduado em Filosofia (licenciatura), pela USC/Bauru / am.wellington@hotmail.com)

    www.facebook.com.br/prof.wellington.martins

    segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

    Com quem fica a riqueza...

    Riqueza dos mais abastados (1%) vai superar a da restante população em 2016

    Conclusão é de um estudo da Oxfam, considerando a manutenção da tendência atual de aumento da desigualdade a nível global, publicado na mesma semana em que os líderes das principais nações se juntam em Davos para mais um Fórum Económico Mundial.
     |
    Mais de mil milhões de pessoas ainda vivem com menos de 1,25 dólares (1,08 euros) por dia
    Mais de mil milhões de pessoas ainda vivem com menos de 1,25 dólares (1,08 euros) por dia /  GABRIEL BOUYS/AFP/Getty Images
    A riqueza combinada dos 1% mais ricos da população mundial vai superar a dos restantes 99% já em 2016, caso se mantenha a tendência atual de aumento da desigualdade a nível global, alerta um estudo da Oxfam, uma organização internacional antipobreza.
    Na semana em que os líderes das principais nações se juntam em Davos para mais um Fórum Económico Mundial, a Oxfam publica um estudo que mostra que este número tem vindo a acentuar-se nos últimos anos. A parcela da riqueza mundial detida pelos 1% mais abastados subiu de 44% para 48% entre em 2009 e 2014. O que significa que os membros deste clube exclusivo tinham, em média, 2,7 milhões de dólares (2,33 milhões de euros) cada um. 
    Mais ainda, a manter-se a taxa de evolução atual, essa parcela vai ultrapassar os 50% em 2016.
    Além disso, dos remanescentes 52% da riqueza mundial em 2014,  a quase totalidade (46,5%) é detida pelas pessoas que formam a parcela restante dos 20% mais ricos no mundo, aponta o estudo. As outras 80% de pessoas no planeta partilham apenas 5,5% da riqueza global. Cada adulto tinha , em média, apenas 3851 dólares (3326 euros). Um valor que é de um para 700 em relação à riqueza média do clube dos 1% mais abastados.
    Winnie Byanyima, diretora-executiva da Oxfam, que também vai estar em Davos, avisa que a explosão da desigualdade está a travar a luta contra a pobreza a nível global, quando mais de mil milhões de pessoas ainda vivem com menos de 1,25 dólares (1,08 euros) por dia.
    "A escala da desigualdade global é simplesmente estarrecedora", afirmou Winnie Byanyima, alertando para o rápido aumento do diferencial entre os mais ricos e o resto do mundo.
    A Oxfam já tinha chegado às manchetes dos jornais no ano passado, na altura do Fórum Económico Mundial, quando revelou que as 85 pessoas mais ricas do mundo tinham, em conjunto, a mesma riqueza do que os 50% mais pobres do globo, ou seja, 3,5 mil milhões de pessoas. Um número que é, agora, de apenas 80 pessoas. Em 2010 eram 388. 


    Ler mais: http://expresso.sapo.pt/riqueza-dos-mais-abastados-1-vai-superar-a-da-restante-populacao-em-2016=f907000#ixzz3PJeRZDgL

    Nobel de medicina:

    Nobel de medicina:

    Nobel de medicina: "Curar enfermedades no es rentable para las farmacéuticas"

    Publicado: 6 may 2013 01:57 GMT | Última actualización: 6 may 2013 01:57 GMT
    2.2K48.6K2.7K
    Jean-Christophe Verhaegen
    El premio nobel de medicina británico, Richard J. Roberts, denunció a las grandes farmacéuticas de anteponer sus beneficios económicos a la salud de las personas, deteniendo el avance científico en la cura de enfermedades porque curar no es rentable.
    “Los fármacos que curan no son rentables y por eso no son desarrollados por las farmacéuticas que, en cambio, sí desarrollan medicamentos cronificadores que sean consumidos de forma serializada”, dijo Roberts en una entrevista a la revista digital ‘PijamaSurf’.

    “Algunos fármacos que podrían curar del todo una enfermedad no son investigados. Hasta qué punto es válido que la industria de la salud se rija por los mismos valores y principios que el mercado capitalista, los cuales llegan a parecerse mucho a la mafia”, se pregunta el nobel de medicina de 1993.

    El científico e investigador acusa a las farmacéuticas de olvidarse de servir a las personas y preocuparse solo de la rentabilidad económica. “He comprobado cómo en algunos casos los investigadores dependientes de fondos privados podrían haber descubierto medicinas muy eficaces que hubieran acabado por completo con una enfermedad”, explicó.
     Las farmacéuticas no están tan interesadas en curarle a usted como en sacarle dinero” 

    Añade que las empresas dejan de investigar porque “no están tan interesadas en curarle a usted como en sacarle dinero, así que esa investigación, de repente, es desviada hacia el descubrimiento de medicinas que no curan del todo, sino que cronifican la enfermedad y le hacen experimentar una mejoría que desaparece cuando deja de tomar el medicamento”.

    Ante esto, señala que es habitual que la industria esté interesada en líneas de investigación, no para buscar curas a ciertas enfermedades, sino que “solo para cronificar dolencias con medicamentos cronificadores muchos más rentables que los que curan del todo y de una vez para siempre”.

    Respecto a las razones del porqué los políticos no intervienen, Roberts argumenta que “en nuestro sistema, los políticos son meros empleados de los grandes capitales, que invierten lo necesario para que salgan elegidos sus chicos, y si no salen, compran a los que son elegidos”.

    QUEM VALE & QUEM NADA VALE




    A morte de 17 franceses vale mais que a de 2.000 nigerianos? A liberdade de imprensa é absoluta?
    Publicado por Leonardo Sarmento - 1 dia atrás

    Trataremos de assuntos extremamente delicados e controversos onde a esfera racional por variados instantes cede espaço para que a esfera da emoção se faça prevalecer. Até para nós, estudiosos do direito, há inelutável dificuldade para se emprestar uma análise cognitiva que se mostre satisfativa. O artigo divide-se em duas temáticas distintas, mas complementares.
    Neste momento é que os métodos de Alexy e Dworkin parecem falhos, quando inferimos a necessidade de sopesarmos, ponderarmos bens tuteláveis de tão expressivo valor e realidades, mas o direito não pode se acabrunhar e deve viabilizar uma decisão interpretativa que na maior medida possível mostre-se aproximada da justiça e da equidade.
    Pelo menos 400 pessoas morreram na Nigéria em um novo ataque supostamente cometido pela seita radical islâmica Boko Haram no estado de Borno, no norte da Nigéria nos primeiros meses de 2014. Você que leu esta notícia hoje, lembra de tê-la visto nos noticiários? Lembra-se, por quantos dias? Com que perplexidade?
    Pois no final da 2ª quinzena de janeiro de 2015 (dia 12), a Organização Humanitária Anistia Internacional calcula que cerca de 2.000 pessoas foram chacinadas pela mesma seita de extremistas islâmicos que teriam assumido o controle de Baga e arredores há 15 dias. Pergunto: Você leitor, teve conhecimento deste fato? Quantas vezes já ouviram ou leram nos noticiários? O mundo está reunindo-se em alguma marcha histórica que reunirá 3,7 milhões de pessoas pelas vidas dos Nigerianos massacrados?
    Em outro hemisfério, com outra visibilidade, com outra perspectiva de “comoção mundial”, desta vez na França, 17 mortos, entre eles as 12 pessoas que morreram em um atentado contra a sede do jornal "Charlie Hebdo", este a mais de uma semana tomou conta dos noticiários do mundo, que participou de uma marcha histórica que reuniu grande parte dos principais representantes de Estados e de Governos de todo o ocidente em um verdadeiro “tsunami humano” que tomou conta das ruas de Paris.
    Neste momento, sem qualquer grão de hipocrisia, mas de certa forma impactado pelas perspectivas humanas de valor, perguntemos: Franceses valem mais que nigerianos? A morte de dezessete franceses causa maior revolta, repulsa e comoção que a morte de 2000 nigerianos? A morte de brancos europeus é mais dolorosa que a morte de negros africanos?
    Estas perguntas deixamos com o fim de provocar uma autorreflexão de nossas representações neste mundo, de nossas diferenças, importâncias e prioridades. Mensuremos nosso potencial para produzirmos hipocrisias em nossas relações humanas e o valor que atribuímos aos humanos, negros, brancos, amarelos ou da cor de pelé que representemos aos olhos do mundo. Será que somos capazes de conscientemente tarifarmos a vida humana pela cor, Estado, fé religiosa ou cultura que representamos?
    Já articulamos a respeito deste trágico e lamentável acontecimento ocorrido em território francês, artigo publicado em diversos meios: “A hostil relação entre o terrorismo e as liberdades de expressão democráticas: algumas inferências pontuais”. No artigo tivemos a oportunidade de assentar por outras palavras, que liberdade só é possível de ser atribuída se acompanhada de responsabilidade. Liberdade irresponsável é anarquia e não Estado Democrático de Direito. Assim, devemos assentar que liberdade é um valor relativo e não absoluto, e por isso deve ser sopesado com outros valores que estejam em conflito, para extrairmos o máximo de cada um evitando-se o aniquilamento do outro, aí incluindo-se a liberdade de expressão. Esta, uma visão neoconstitucionalista que ilumina a ciência do Direito Constitucional contemporâneo.
    Ao analisarmos boa parcela das charges do jornal "Charlie Hebdo", que teve 12 de seus chargistas brutalmente assassinados, percebemos que muitas destas charges não cumprem o seu papel de promover uma ironia política de bom gosto, ao contrário, muitas delas são grosseiras, de menor potencial criativo e apenas promovem de forma tosca uma violência emocional absolutamente desnecessária.
    Aqui não se quer defender a reação absolutamente desproporcional dos extremistas islâmicos, ao contrário, desta reação há que se ter o maior repúdio. Aqui se assenta que, a liberdade de expressão “à priori” é de fato livre, (com o perdão da redundância), mas quando tomada pelo excesso capaz de promover dano sem fundamento razoável em qualquer de suas formas, deve sim, ser responsabilizada na medida de seu excesso. Censura jamais, responsabilidade sempre, que entendamos seus limites.

    Talvez, se no passado o Estado Francês houvesse responsabilizado o jornal "Charlie Hebdo" por seus excessos costumeiros absolutamente despropositados e de gosto duvidoso, este absurdo promovido pelos extremistas não houvesse sido praticado, apenas a título de mera suposição, conjeturando. Não estamos aqui culpando como responsável direto o Estado francês por uma reação tão desproporcional de uma fé extremista, mas pode de certa forma haver contribuído para o resultado absolutamente lamentável que prosperou.
    Lembremos para finalizar que, para cultura Muçulmana, precipuamente aos extremistas muçulmanos, a vida e a morte possuem outros significados que os atribuídos no seio das culturas ocidentais, em boa parte catequizada pela fé Cristã. Aos muçulmanos (significado: aqueles que se submetem a Alá), o Islã prevalecerá sobre a terra, os extremistas acreditam que a realização da profecia do Islã e seu domínio sobre todo o mundo, como descrito no Corão, é para os nossos dias. Cada vitória de um extremista Muçulmano convence milhões de muçulmanos moderados a se tornarem extremistas. Matar e morrer por Alá, para os extremistas do Islã, é sinal de um poder absoluto que passam a ostentar para um posterior descanso no paraíso do além-vida.
    Cultura absolutamente estranha e doentia aos olhos do ocidente, mas que está incrustada na cultura religiosa dos mais ortodoxos do Islã, que recebem já durante nos primeiros anos da infância uma verdadeira lavagem cerebral de uma doutrina desviada do que pregam os bons praticantes do Islã.
    Nesta absoluta discrepância do entendimento de vida e morte que carregamos e que os extremistas muçulmanos carregam, que deveríamos, se não por respeito ao que nos parece absolutamente doentio e desviado da boa fé, por questão de segurança dos não praticantes do Islã, abdicarmos de satirizar o que para eles é intocável. Senão por repeito, por inteligência.

    Professor constitucionalista
    Professor constitucionalista, consultor jurídico, palestrante, parecerista, colunista do jornal Brasil 247 e de diversas revistas e portais jurídicos. Pós graduado em Direito Público, Direito Processual Civil, Direito Empresarial e com MBA em Direito e Processo de Trabalho pela FGV.