sábado, 28 de fevereiro de 2015

Esqueletos Gigantes de Wisconsin

Liberte Sua Mente

28 de fev de 2015

Os 18 Esqueletos Gigantes de Wisconsin - Alguém quer ter uma idéia de como eram os Anunnaki?

Alguém quer ter uma idéia de como eram os Anunnaki? Essa é a imagem que acredito ser de um deles:
Os 18 Esqueletos Gigantes de Wisconsin
Em maio de 1912, Wisconsin, Estados Unidos, os irmãos Peterson encontraram 18 grandes esqueletos próximo ao Lago Farm lawn, sudoeste do Estado. O tamanho dos esqueletos variava de 2,10 m. a 2,70 m., muito mais altos que os nativos americanos normais.
As escavações foram supervisionadas pelo Beloit College que incluíram 200 túmulos da cultura Woodland. Os esqueletos tinham crânios alongados, e segundo a análise científica da época, o formato da mandíbula era longa e pontuda, tinha grande semelhança com a dos símios. As órbitas eram relativamente maiores em relação ao crânio do de um ser humano comum e ossos nasais se projetavam bem acima na face.
A edição do The New York Times de 04 de maio de 1912 publicou a notícia,
O mais misterioso é que os jornais locais em Wisconsin noticiaram casos semelhantes, desde 1851! Umas das escavações em 1891 foi comandada pelo Instituto Smithsonian, que além de esqueletos gigantes, encontraram grandes estruturas em forma piramidal. Lembrando que o tal instituto possui um enorme museu de história natural em Washington e são acusados de esconder a sete chaves descobertas arqueológicas que contradizem o status quo ou a teoria da evolução de Darwin.

Van Ted.
História-Proibida

não há salvação

sábado, 2 de agosto de 2014

Leonardo Boff: "Dentro do sistema capitalista não há salvação"


A seguinte entrevista com Leonardo Boff, feita por Débora Fogliato, foi extraída do Sul 21:




 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

  Um dos mais conhecidos teólogos do Brasil, Leonardo Boff é um nome atualmente aclamado em todo o mundo, mas que já foi muito marginalizado dentro da própria Igreja em que acredita. Nos anos 1980, o então frade foi condenado pela Igreja Católica pelas ideias da Teologia da Libertação, movimento que interpreta os ensinamentos de Jesus Cristo como manifesto contra as injustiças sociais e econômicas.

Aos 75 anos, Boff é um intelectual, escritor e professor premiado e respeitado no país, cuja opinião é ouvida por personalidades com o Papa Francisco e os presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Nesta entrevista ao Sul21, concedida durante sua vinda a Porto Alegre, Boff fala do momento atual da Igreja Católica, critica os religiosos que usam o evangelho para justificar ideias retrógradas ou tirar dinheiro dos fiéis, tece comentários sobre a situação no Oriente Médio, aborto, violência e sobre a crise ecológica e econômica mundial.

As duas estão profundamente interligadas: como explica Boff, o capitalismo está fundado na exploração dos povos e da natureza. “Esse sistema não é bom para a humanidade, não é bom para a ecologia e pode levar eventualmente a uma crise ecológica social com consequências inimagináveis, em que milhões de pessoas poderão morrer por falta de acesso à água e alimentação”, afirma ele, que é um grande estudioso das questões ligadas ao meio ambiente.

Sul21 – Nos anos 1980, por causa dos ideais defendidos pela Teologia da Libertação, o senhor foi condenado a um ano de silêncio obsequioso e sofreu várias sanções, que acabaram sendo amenizadas diante da pressão social sobre a Igreja Católica, mas que o fizeram abandonar o hábito. O senhor acredita que atualmente a Igreja agiria da mesma forma?

Leonardo Boff – Não. O atual Papa diz coisas muito mais graves do que eu disse no meu livro “Igreja: carisma e poder”, que foi objeto de condenação. Se ele tivesse escrito isso, teria sido condenado. Eu disse coisas muito mais suaves, mas que afetavam a Igreja. Dizia que a Igreja não respeitava os direitos humanos, que é machista, tem um conceito de poder absolutista e absolutamente superado, sem limites.

Os tempos mudaram e a graças a Deus temos um Papa que pela primeira vez, depois de 500 anos, responde à reforma, responde a Lutero. Lutero lançou o que chamamos de Princípio Protestante, que é o princípio de liberdade. E esse Papa vive isso. E vive o cristianismo não como um feixe de verdade que você adere, mas como o encontro vivo com Jesus. Ele distingue entre a tradição de Jesus, aquele conjunto de ideais, tradições, e a religião cristã, que é igual a qualquer outra religião. Ele diz: “eu sou do movimento de Jesus”, e não da religião católica. Tais afirmações são escandalosas para cristãos tradicionais, mas são absolutamente corretas no sentido da Teologia, daquilo que nós sempre dizíamos e éramos perseguidos por isso.

E eu fico feliz que a Igreja não é mais uma instância que nos envergonhe, mas sim uma instância que pode ajudar a humanidade a fazer uma travessia difícil para outro tipo de sociedade que respeite os direitos da natureza, da Terra, preocupada com o futuro da vida. Eu mesmo tive contato com o Papa e o tema central dele é vida. Vida humana, da terra, da natureza. E nós temos que salvá-la, porque temos todos os instrumentos para destruí-la.

“Pregar na África que é pecado usar a camisinha, em lugares onde metade da população sofre de Aids, é cometer um crime contra a humanidade. Foi o que o papa Bento XVI disse várias vezes.”

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Sul21 – O senhor acredita que a Igreja Católica, sob orientação do papa Francisco, vai efetivamente renunciar a alguns temas tratados como tabu, como a união homossexual?
Leonardo Boff – Ainda não sabemos bem a opinião dele. Ele diz: “quem sou eu para julgar?”, no fundo diz para respeitar as pessoas. Ele vai deixar haver uma grande discussão na Igreja sobre a questão do divórcio e dos homossexuais, sobretudo a moral sexual cristã, que é extremamente rigorosa e restrita, em alguns casos é criminosa. Por exemplo, pregar na África que é pecado usar a camisinha, em lugares onde metade da população sofre de Aids, é cometer um crime contra a humanidade. Foi o que o papa Bento XVI disse várias vezes. Eu acho que o Francisco é mais que um Papa, é um projeto de mundo, projeto de Igreja, ele se dá conta de que a humanidade é uma, está sob risco e temos que nos unir nas diferenças para superar a crise.

Acho que a grandeza desse Papa não será ele definir as coisas, mas deixar que se discutam. E eu acho que ele vai respeitar as pessoas, porque a maioria não é homossexual, ou homoafetivo, por opção. As pessoas se descobrem homoafetivas. E ele vai dizer: “ande dentro de Deus, não se sinta excluído”. Vai dizer que (os homossexuais) são tão filhos de Deus quanto os outros. E daí respeitar. Talvez ele diga “não chame matrimônio, que é um conceito canônico”. Mas uma união responsável, que merece a benção de Deus, e que tenha uma proteção jurídica, que tenha seu lugar na Igreja, que possam frequentar os sacramentos. Esse seguramente vai ser o caminho dele.

Sul21 – E com essas posições do Papa Francisco, o senhor acha que Igreja Católica talvez consiga recuperar fiéis diante do avanço das igrejas evangélicas?

Leonardo Boff – Esse Papa não é proselitista e diz claramente que o evangelho deve atrair pela sua beleza, seu conteúdo humanitário. Ele não está interessado em aumentar o número de cristãos, em fazê-los voltar. Está interessado em que as pessoas, com a situação confessional que têm, se coloquem à disposição do serviço da humanidade, das coisas boas que a humanidade precisa.
É aquilo que nós chamamos de “ecumenismo de missão”. Estamos divididos, é um fato histórico, mas não é uma divisão dolorosa. Porque cada um tem seus antros, profetas e mestres. Mas como nós juntos nos reconhecemos nas diferenças e como juntos vamos apoiar os sem terras, os sem tetos, os marginalizados, as prostitutas. Esse serviço nós podemos fazer juntos.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

“Ninguém é a favor do aborto em si, as mulheres que fazem aborto não pediram por isso. Mas muitas vezes passam por situações tão delicadas que precisam tomar essa decisão”

Sul21 – Muitas pessoas usam a religião para justificar opiniões conservadoras, machistas e homofóbicas. Qual a sua opinião sobre essas posições?

Leonardo Boff – Há o exemplo concreto do aborto nas últimas eleições. Isso mobilizou as igrejas, foram até o Papa, fizeram pressão sobre os fiéis. Eu acho que é uma falsa utilização da religião. A religião não foi feita para isso. E todos devem reconhecer, e são obrigados a reconhecer pela Constituição, que há um Estado que é laico. Então essas pessoas pecam contra o princípio fundamental da democracia, não são democratas. Eles podem ter a opinião deles, mas não podem impô-la.

É muito fácil a posição deles, é salvar a criancinha. E depois que salvou ela está na rua, abandonada, passando fome e morrendo. E nem têm compaixão pelas mais de cem mil mulheres que morrem por ano por causa de abortos malfeitos. São pessoas que pecam contra a democracia e contra a humanidade, o senso humanitário. Ninguém é a favor do aborto em si, as mulheres que fazem aborto não pediram por isso. Mas muitas vezes passam por situações tão delicadas que precisam tomar essa decisão.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
O que eu aconselho e o que muitos países fizeram, inclusive Espanha e Itália, que são cristianíssimas e permitiram o aborto, pediram que houvesse um grupo de acompanhamento, que converse com a mulher e explique o que significa. E deixar a decisão a ela, se ela decidir vamos respeitar a decisão. Mas ela faz com consciência. Isso eu acho que seria democrático e seria responsável diante da fé, você não renuncia à tua fé, mas respeita a consciência, que é a instância última a que responde diante de Deus.

“Então eles têm um país que foi vítima do nazismo e utiliza os métodos do nazismo para criar vítimas. Essa é a grande contradição.”

Sul21 – Algumas igrejas aqui cobram dízimo dos fiéis, muitas vezes dizem que para agradecer a Deus as pessoas têm que pagar as igrejas. Qual a sua opinião e como a teologia da libertação vê essa prática?

Leonardo Boff – São igrejas do chamado “evangelho da prosperidade”, dizem que você dá e Deus te devolve. Eu acho que é um abuso, porque religião não foi feita para fazer dinheiro. Foi feita para atender as dimensões espirituais do ser humano e dar um horizonte de esperança. Agora quando a igreja transforma a religião num poder econômico, como a Igreja Universal do Reino de Deus, que em Belo Horizonte tem um shopping ao lado, chamado de “o outro templo”, que é o templo do consumo, e depois do culto as pessoas são instruídas a comprar. Para mim, é a perversão da religião. Inclusive acho que é contra a Constituição utilizar a religião para fins não naturais a ela. Eu combato isso, sou absolutamente contra. Porque isso é enganar o povo, é desnaturar e tirar o caráter espiritual da religião. A religião tem que trabalhar o capital espiritual, e não material.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Sul21 – E em relação a essa crise violenta entre Israel e a Faixa de Gaza, em que o Estado de Israel já matou centenas de pessoas, como o senhor acha que o resto do mundo deveria agir em relação a isso? O Papa poderia ser uma pessoa a mediar o conflito?

Leonardo Boff – Esse Papa é absolutamente contemporâneo e necessário. Acho que é o único líder mundial que tem audiência e eventualmente poderia mediar essa guerra de massacre criminosa que Israel está movendo contra Gaza.

E eu acho que grande parte da culpa é do Obama, que é um criminoso. Porque nenhum ataque com drones (avião não tripulados) pode ser feito sem licença pessoal dele. Estão usando todo tipo de armas de destruição, fecharam Gaza totalmente, ficou um campo de concentração, e vão destruindo. Então eles têm um país que foi vítima do nazismo e utiliza os métodos do nazismo para criar vítimas. Essa é a grande contradição.

E os Estados Unidos apoia, o Obama e todos os presidentes são vítimas do grande lobby judeu, que tem dois braços: o braço dos grandes bancos e o braço da mídia. Eles têm um poder enorme em cima dos presidentes, que não querem se indispor e seguem o que dizem esses judeus radicais, extremistas e que se uniram à direita religiosa cristã. Isso está aliado a um presidente como Obama que não tem senso humanitário mínimo, compaixão para dizer “acabem a matança”.

“Mas tudo o que dá sentido humano não entra no PIB: o amor, a solidariedade, a poesia, a arte, a mística, os sábios. Isso é aquilo que nos faz humanos e felizes.”

Sul21 – Qual a sua avaliação da atual disputa para a presidência da República?

Leonardo Boff – Notamos que é uma disputa de interesses de poder. Não se discute o projeto Brasil, se discute poder. O que eu acho lamentável porque não basta ter poder, o poder é um meio. Eu vejo que há duas visões de futuro. Uma é mais progressista, que é levada pelo atual governo. E eu torço que ele ganhe. Mas ganhar para avançar, não reproduzir agenda. Ele atingiu uma agenda que é o primeiro passo, de incluir milhões de pessoas que têm agora direito de consumir o mínimo, de comida, ter geladeira, casa, luz. Isso é direito de todo cidadão. Essa etapa eu acho que o governo cumpriu e bem. Mas agora vem uma nova etapa, porque o ser humano não tem só fome de pão. Tem fome de escola, beleza, lazer, participação na vida social, dos espaços públicos.

E há os que querem impor aquilo que está sendo imposto e não está dando certo na Grécia, em Portugal, na Itália, na Irlanda, que é o neoliberalismo mais radical. Que no fundo é uma austeridade, é o arrocho salarial, aumentar o superávit primário, que é aquele bolo com que se paga os rentistas. Há a visão de futuro que quer enquadrar o Brasil nesse tipo de globalização que é boa para o capital, porque nunca os capitalistas enriqueceram tanto. Tanto que nos Estados Unidos 1% tem o equivalente a 99% da população, enquanto no Brasil 5 mil famílias controlam o equivalente a 43% do PIB. São famílias da casa-grande, que vivem do capital especulativo.

Acho que nós temos que vencer esse projeto, porque não é bom para o povo. Mesmo com todos os defeitos e violações de ética que houve, erros que o PT cometeu, ainda assim o projeto deles é o mais adequado para levar adiante um avanço. Agora se for ganhar para avançar, porque se for para reproduzir dá no mesmo do que outro ganhar.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Sul21 – O senhor mencionou a crise econômica pela qual passam a Grécia, Espanha e países europeus que seguem o neoliberalismo. Há maneiras de reverter a crise?

Leonardo Boff – A Europa está tão enfraquecida e envergonhada que nem mais aprecia a vida. Aquilo que mais escuto em cada palestra que vou na Europa é pessoas me pedindo “por favor, me dê esperança”. Quando um povo perde esperança, perde o sentido de viver. Isso acontece porque alcançaram tudo que queriam, dominaram o mundo, exploraram a natureza como quiseram, ganharam um bem-estar que nunca houve na História e agora se dão conta que são infelizes. Porque o ser humano tem outras fomes. Fome de amar e ser amado, de entender o outro, conviver, respeitar a natureza.

E tudo isso foi colocado à margem. Só conta o PIB. Mas tudo que dá sentido humano não entra no PIB: o amor, a solidariedade, a poesia, a arte, a mística, os sábios. Isso é aquilo que nos faz humanos e felizes. E essa perspectiva em que só contam os bens materiais poderá levar a humanidade a uma imensa tragédia. Dentro do sistema capitalista, não há salvação. Por duas razões. Primeiro porque nós encostamos nos limites da Terra. É um planeta pequeno, com a maioria dos recursos não renováveis. O sistema tem dificuldade de se auto-reproduzir, porque não tem mais o que explorar. E segundo porque os pobres, que antes da crise que eram 860 milhões, pularam, segundo a FAO, para um bilhão e 200 milhões.

Então esse sistema não é bom para a humanidade, não é bom para a ecologia e pode levar eventualmente a uma crise ecológica social com consequências inimagináveis, em que milhões de pessoas poderão morrer por falta de acesso à água e alimentação. Esse sistema, para minha perversidade total, transformou tudo em mercadoria. De uma sociedade com mercado para uma sociedade de mercado, transformando alimentação em mercadoria. O pobre não tem dinheiro para pagar, então ele passa fome e morre.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21

“Essa nova relação com a natureza e o mundo é o que precisamos desenvolver para ter uma relação que não seja destrutiva e possa fazer com que a humanidade sobreviva.”

Sul21 – O senhor se preocupa também com o avanço da extrema direita na Europa?
Leonardo Boff – É a reação normal de quando há uma crise maior que alguns postulem soluções radicais. No caso da Europa, é a xenofobia. Mas são todos países que têm problema de crescimento negativo de população. A Alemanha tem que exportar 300 mil pessoas por ano para manter o crescimento mínimo de população, e na França a situação é parecida. Então estão em uma dificuldade enorme, porque precisam deles, mas querem os expulsar. Mas há o risco de que haja um processo que gerou a Segunda Guerra Mundial, que era fruto da crise de 1929 que nunca se resolvia, até que a direita criou o nazifascismo. Mas hoje o mundo é diferente, é globalizado. Não dá para resolver a questão de um país sem estar vinculado aos outros.

Sul21 – Os governos da América Latina oferecem uma alternativa a esse modelo europeu que está em crise?

Leonardo Boff – Muitos veem, como o (sociólogo português) Boaventura de Sousa Santos, que na América Latina há um conjunto de valores vividos pelas culturas originárias que podem ajudar a humanidade a sair da crise. Especialmente com a característica central do bem-viver, que significa ter outra relação com a natureza, entender a Terra como mãe, que nos dá tudo que precisamos ou podemos completar com o trabalho. E inventaram a democracia comunitária, que não existe no mundo, é uma invenção latino-americana, em que os grupos se reúnem e decidem o que é melhor para eles, e o país é feito por redes de grupos de democracias comunitárias. Essa nova relação com a natureza e o mundo é o que precisamos desenvolver para ter uma relação que não seja destrutiva e possa fazer com que a humanidade sobreviva.

Há uma revisitação das culturas originárias, porque elas têm ainda respeito com a natureza, não conhecem a acumulação. São valores já vividos pelas culturas andinas, sempre desprezadas e hoje estudadas por grandes cientistas e sociólogos que percebem que aqui há princípios que podem nos salvar. Em vez de falar de sustentabilidade, respeitar os ritmos da natureza. Em vez de falar

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
de PIB e crescimento, garantir a base físico-química que sustenta a vida. Porque sem isso a vida vai definhando. E em vez de crescimento, redistribuição. É tanta riqueza acumulada que se houvesse 0,1% de taxa sobre os capitais que estão rolando nas bolsas, estão na especulação, daria um fundo de tal ordem que daria para a humanidade matar a fome e garantir habitação. Porque o capital produtivo é de U$ 60 trilhões, enquanto o especulativo é U$ 600 trilhões. Então é uma economia completamente irracional e inimiga da vida e da natureza. E não tem futuro, caminha para a morte. Ou nos levará todos para a morte, ou eles mesmos se afundarão.

“Nós não “temos violência” no Brasil, nós estamos sentados em cima de estruturas de violência. É um estado de violência permanente.”

Sul21 – E onde entra o papel do Brasil no âmbito ecológico? Os governos têm conseguido lidar com as questões ambientais?

Leonardo Boff – O Brasil é a parte do planeta mais bem dotada ecologicamente. Tem as maiores florestas úmidas, maior quantidade de água, maior porcentagem de terrenos agriculturáveis no planeta.  Mas não têm consciência de sua riqueza. E as políticas públicas não têm nenhuma estratégia de como tratar a Amazônia, tratar os vários ecossistemas. Sempre é em função da produção. Então estão avançando sobre a floresta Amazônica e deflorestando para ter soja e gado.

E o Ministério do Meio Ambiente é um dos mais fracos, assim como o dos Direitos Humanos. Isso significa que não conta a vida, conta a economia. Eu acho lamentável isso. E essa crítica tem que ser feita pelos cidadãos. Dizer que apoiamos um projeto de governo, mas nisso discordamos. Porque é uma ignorância, uma irresponsabilidade, uma estupidez governamental. Muita coisa do futuro da humanidade passa por nós, especialmente água potável, que possivelmente será a crise mais grave, até mais do que aquecimento global. E o Brasil tem capacidade de ser a mesa posta para o mundo inteiro e fornecer água potável para o mundo inteiro. Acho que não temos consciência da nossa responsabilidade. Os governantes são vítimas ainda de uma visão economicista, obedecem as regras da macroeconomia. A nossa relação com a natureza não é de cooperação, é de exploração.

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Sul21  – Como o Brasil pode lidar com o grave problema de violência urbana? 

Leonardo Boff – O problema que deve ser pensado de que já agora 63% da humanidade vive nas cidades, no Brasil 85%. Não dá mais para pensar apenas na reforma agrária, tem que pensar como vão viver as pessoas. Nós vivemos no Brasil a vergonha de que todas as cidades têm um núcleo moderno cercado por uma ilha de pobreza e miséria, que são as favelas. Esse é um problema não resolvido e para mim central na campanha: como trabalhar os 85% que vivem nas cidades, já perderam a tradição rural, de plantar e viver da natureza, e não assimilaram a cultura urbana. Então são perdidos. Daí o aumento da criminalidade. E muitos dizem que a sociedade têm um pacto social que rege o comportamento dos cidadãos. Ou seja, “vocês nos excluíram, então não somos obrigados a aceitar as leis de vocês, vamos criar as nossas”. As milícias do Rio criaram funções de Estado paralelas, criam sua organização e distribuição e o governo é impotente. E as UPPs não são a solução, porque cria ilhas e as drogas ficam nas margens. O problema não é de polícia, é do tipo de sociedade que nós criamos, montada em cima do colonialismo, escravagismo e etnocídio dos indígenas. Nós não “temos violência” no Brasil, nós estamos sentados em cima de estruturas de violência. É um estado de violência permanente.

Sul21 – E como o país pode fazer para fugir disso?

Leonardo Boff – Aquilo que já começou, parar de fazer políticas ricas para os ricos e pobres para os pobres para fazer políticas de integração, inclusão, começando pela educação. Porque onde há educação a pessoa se habilita a se autodefender, buscar novas formas de sobrevivência. Um país que não investe em educação e saúde conta com pessoas ignorantes e doentes. E com essas pessoas não têm como dar um salto de qualidade. Para mim esse é o grande desafio e isso deveria ser discutido nas campanhas, e não partidos. Desafiar todo mundo: “como vamos sair disso?”, porque tende a piorar cada vez mais. Essa seria uma política ética, digna, onde o bem comum estaria no centro e somaria forças, alianças de pessoas que se propõem a mudar as estruturas que sustentam um Estado injusto, que tem a segunda maior desigualdade do mundo. Desigualdade significa injustiça, que é um pecado social estrutural mortal. E isso não é discutido.

Veja também o comentário do analista político Bob Fernandes intitulado "O 'mercado' e os bancos, que tocam o terror na eleição, quebraram o mundo."

existe vida após a morte

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Robert Lanza, considerado pelo New York Times um dos três mais importantes cientistas vivos, afirma que existe vida após a morte e mesmo a reencarnação e que há evidências científicas desta realidade



Texto de 

Carlos Antonio Fragoso Guimarães

 Não foram apenas os esforços dos já falecidos pesquisadores contemporâneos Hemendra Nath Banerjee (1920-1985), da Universidade de Rajasthan, Índia, ou o norte-americano Ian Stevenson (1918-2007), psiquiatra-chefe do departamento de Estudos da Consciência, da Universidade de Virgínia, ou do pesquisador brasileiro Hernani Guimarães Andrade (1913-2003), fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas, entre outros, que, através de pesquisa de campo metódica, incluindo entrevistas, coleta de documentos e análise de dados, conseguiram evidências favoráveis à tese vida após a morte e da reencarnação, apresentando casos de memória extra-cerebral em crianças que afirmavam, entre dois e sete anos, lembrar-se de vidas anteriores (Banerjee coletou 1200 casos bem documentados, Stevenson, mais de 2700 e Andrade, cerca de 80 no Brasil), além do estudo de outros fenomenos que apontam para a sobrevivência, como (casos Poltergeist, mediunidade, Experiências de Quase Morte, etc..(Andrade, Stevenson, Tizané, Raymond Moody, Elizabeth Kübler-Ross, Camille Flammario, Scott Rogo, Sam Parnia, entre outros) 

  Agora, um dos mais importantes cientistas da atualidade afirma, com todas as letras, que a possibilidade de vida após a morte e da reencarnação é uma ideia não apenas lógica, mas cientificamente plausível.

   
 O Dr. Robert Paul Lanza (foto), nascido em 1959, é considerado um dos maiores cientistas  da atualidade. 
 Médico pesquisador, é especializado em medicina regenerativa à nível celular (histologia regenerativa) e, por força de suas pesquisas, um estudioso de áreas de ponta, como a física moderna (quântico-relativista). Entre outras funções, ele é chefe de pesquisas do Advanced Cell Technology e professor do Institute for Regenerative Medicine, departamento do Wake Forest University Scholl of Medicine, todas situadas nos EUA. 

   Robert Lanza ficou famoso por suas pesquisas com células-tronco e clonagem de seres vivos, em especial como meio de preservação em favor de espécies ameaçadas de extinção (c.f. na wikipedia).

  Não bastasse seu currículo repleto de contribuições científicas de ponta, Dr. Lanza lançou, em 2008, um livro em que faz um levantamento do que a ciência atual entende sobre a vida e que é voltado para a instrução  e atualização do público geral com um nível médio de conhecimento científico, intitulado "O biocentrismo: Como a vida e a consciência são a chave para entender a natureza do Universo".  

 Como o próprio título sugere, para Lanza é a vida e, mais ainda, a consciência  - que se expressa por meio da vida -  que tem a primazia evolutiva e, com esta, estimula o desenvolvimento das manifestações físicas do Universo. É a consciênica e a vida, sua expressão que, para tanto, se utilizam da matéria tanto para animá-la quanto para se desenvolverem mutuamente (mente, vida e matéria) do que o oposto, ou seja, a matéria dando origem à vida e a consciência como mero fruto do acaso. Tal inversão lançaria nova e revolucionária luz sobre a ordem que vemos na natureza e seria o que determina a escala o aspecto geral do universo conhecido e o processo evolutivo que vemos, da matéria à consciência. Indo mais além, estabelece, como consequência, a existência da própria consciência como ente com uma realidade própria, inclusive sobrevivente à morte física. 

  Apesar de ainda polêmica, a ideia não é de modo algum nova. Desde os filósofos gregos antigos até os nomes mais reconhecidos da ciência moderna, como o do astrônomo Camille Flammarion (1842-1925) e Charles Richet (1850-1935), Prêmio Nobel de Medicina em 1913, passando por pesquisadores como os já citados Ian Stevenson e do brasileiro Hernani Guimarães Andrade, e, mais recentemente, com nomes como o do astrofísico escocês Archie Roy (1924-2012) e do  biológo britânico Rupert Sheldrake, que se teoriza, a partir de evidências, que a vida e, portanto, a consciência humana possam não apenas sobreviver ao corpo mas ainda determinar  o processo de sua embriogênese, atuando sobre o material genético, e a sua morfologia. Tudo isso sendo é discutido e amparado em uma série de evidências científicas (evidências, bem entendido, já que muita gente dentro do establishment científico, modelado no velho paradigma mecanicista-positivista, ainda resiste a considerá-las provas), como as atualmente apresentadas pelos médicos Sam Parnia, na Inglaterra, e van Lommel, na Holanda, sobre as experiências clínicas de pacientes que tiveram experiências de quase morte. 

  Agora, dentro do rígido mundo acadêmico e laboratorial, é o Dr. Robert Lanza quem afirma que o atual nível de avanço da ciência permite dirimir praticamente qualquer dúvida sobre esta questão. Para ele, o quadro atual da ciência possibilita afirmar que a vida continua para além da morte física e, mais que isso, essa vida consciente se aperfeiçoa com o tempo, voltando a viver em outros corpos (reencarnação), e atuando entre uma vida e outra em dimensões para além da nossa.

  Os estudos de Lanza - transdisciplinares ao estilo de Edgar Morin, James Lovelock, Ilya Prigogine, Dean Radin e Fritjof Capra -, unem ou estabelece pontes de comunicação que vai da Física Avançada para a Psicologia e Biologia de ponta e o levaram a formular sua teoria ou princípio do Biocentrismo. Nesta, é a consciência (ou algo bem parecido com a noção de um espírito consciente) que é o elemento mais fundamental no universo, ou seja, é a consciência o elemento que rege e estabelece a composição do universo, e não o inverso como o modelo mecanicista convencional costuma estabelecer.... Costuma estabelecer e reduzir, metafisicamente e a priori, de conformidade com o modelo mecanicista, interpretando a consciência como se esta fosse um mero epifenômeno secundário e sem muita importância da matéria (visão materialista-reducionista). 

  As afirmações de Lanza podem parecer polêmicas, ousadas ou até mesmo temerárias, mas estão longe de serem frutos de uma mente excêntrica que deseje polemizar para obter notoriedade. Ao contrário, são baseadas em evidências, portanto, fatos, bem estabelecidos e pesquisados que agora ele tenta explicar numa teoria coerente, denominada biocêntrica

 Vale lembrar que no curriculo do autor, anos atrás, ele pesquisou em áreas da Psicologia com ninguém menos que o pai do Behaviorismo radical, B. F. Skinner, e com grandes nomes da biologia, bioquímica e biofísica, tendo artigos publicados nas revistas mais difícies e conceituadas, como a Science. Portanto, suas colocações não são resultados de uma mente sonhadora ou ingênua e, apesar da resistência inevitável, com críticas pesadas mas nem sempre equilibradas dos colegas embebidos do paradigma mecanicista, obteve a simpatia ou mesmo o discreto apoio de outros lumiares da ciência contemporânea, como o do médico e Prêmio Nobel, Dr. Edward Donnal Thomas, que saiu em defesa de Lanza na revista Forbes em 2007, ou do físico Lawrence Krauss, que considera as ideias de Lanza cientificamente interessantes embora, para ele, dificies de serem testadas - mas se levarmos em conta as pesquisas de Banerjee, Stevenson, Dean Radin, Charles Tart e H. G. Andrade, entre outros, possíveis de serem feitas.

   Lanza, enfatizamos, se aproxima muito de autores e teóricos avançados da Física, Filosofia, Biologia e Psicologia como David Bohm, James Lovelock, Jan Smuts, Ludwig von Bertalanffy, Maturana, Varela, Carl Gustav Jung, Stanislav Grof, Leonardo Boff e Fritjof Capra ao afirmar que existe uma lógica inteligente para a estrutura do universo, onde as leis, forças e constantes variações parecem equilibradas para se afinarem com a vida, o que permite sua eclosão e manifestação em um histórico de complexificação crescente, manifestação e desenvolvimento, ou seja, há uma forte evidência de coesão e regência nas leis da natureza, o que implica que na ação de uma inteligência modeladora subjacente a este quadro (a matéria em si não demonstraria sinais de consciência). Esta mesma ideia já foi aventada por grandes nomes da física moderna, como Niels Bohr, Werner Heisenberg, Wolfgang Pauli, Erwin Schrödinger e, mais dubiamente, Albert Einstein (veja-se, sobre isso, os livros de Fritjof Capra, em especial O Tao da Física e O Ponto de Mutação), mas quase nunca foi devidamente considerada pelo establishment científico oficial. 

  Sem conhecer Hernani Guimarães Andrade, mas bem ciente das pesquisas de cientistas como Fred Alan Wolf e David Bohm, Lanza deles também se aproximam ao afirmar também que o espaço e o tempo não são objetos ou coisas existentes por si, mas sim ferramentas relativas, adaptadas ao nível de nosso entendimento animal, interpretação de nossa mente em determinado estado de consciência. Lanza vai mais além, afirmando que carregamos o espaço e o tempo em torno de nós “como tartarugas”, o que significa que quando a casca sai, espaço e tempo ainda existem. Neste ponto, a teoria de Lanza é bem próxima do modelo tetradimensional da psique, ou espírito, de Hernani Guimarães Andrade (c.f., deste autor, os livros Morte, Renascimento, Evolução e Psi Quântico) e se aproxima do pensamento teórico do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961).

 Robert Lanza, portanto, estabelece uma trama relacional abrangente unindo os fios da Biologia, da Física e da Psicologia. O quadro teórico resultante resgata as noções da Metapsíquica de Charles Richet, Gustave Geley e Frederic Myers. Afirma ele que o Biocentrismo dá sentido à ideia bastante ventilada nos últimos trinta anos, no complexo meio da Física teórica, de múltiplos universos, evocando a noção de que é possível a existência da consciência em “outros mundos” (o modelo tetradimensional da Psique de Andrade também afirma isso, o que também é validado pelas pesquisas de Stanislav Grof). 

  Neste quadro, como já intuiam, na Física, Bohr, Pauli, Schrodinger e Bohm, na Biologia, com Maturana, Varela, e na Psicologia, William James, Carl Jung e Stanislav Grof, a consciência desempenha um papel que a ciência dita exata começa a levar em consideração. Sendo assim, segundo Lanza, a morte seria uma mera ilusão criada pela mente restringida pelos sentidos, adaptados a um mundo material limitado e difícil de se lidar a três dimensões, mas que demonstra possuir uma capacidade criativa e intuitiva que ultrapassa estes limites pois, a vida, para Robert Lanza, transcende a linearidade banal aceita pelo modelo cartesiano-newtoniano da ciência clássica e ao qual estamos acostumados. Segundo ele, a noção aceita de morte é uma interpretação errônea, ou melhor, uma crença culturalmente compartilhada, baseada numa metafísica materialista que ainda desconsidera os achados da Psicologia e da Física de ponta. Capacidades aparentemente anômalas, como a percepção extra-sensorial, a precognição, etc., seriam indícios de que a mente superaria, em certos momentos e em condições ainda pouco compreendidas (Richet, Jung, Rhine, Readin, Tart, Grof, Andrade) os limites do universo físico ao qual estamos familiarizados.

 Lanza, em sua visão transdisciplinar (Morin, Capra) e transpessoal (Grof), também resgata as contribuições de pensadores como Pierre Teilheard de Chardin e Pietro Ubaldi, embora não se possa saber ao certo até onde o pesquisador estudou - se de fato estudou - tais autores. Seja como for, a mesma ideia geral, o chamado Princípio Antrópico Cosmológico tão presente no pensamento destes, também se expressa no Biocentrismo de Lanza, ou seja, de que a vida e a nossa existência humana são emergências esperadas, não o fruto do acaso, pelo contrário, sendo fenômenos inevitáveis. 

  A vida e a consciência, por sua vez, criariam a realidade biológica e esta transformaria o mundo (lembram-se da hipótese Gaia, de James Lovelock?), sem a noção linear, reducionista, simplificadora e limitante que adotamos nos últimos trezentos anos. A morte apenas existe como conceito cultural, ensinado pelas gerações a partir de uma visão limitadora da realidade, e, portanto, não pode “existir em qualquer sentido real”. 

 
Uma vida que cumpre seu ciclo é a manifestação temporal da consciência que continua a existir em outras realidade dimensionais, e mesmo podendo voltar a esta dimensão para um novo ciclo de desenvolvimento pessoal, ajudando, igualmente, no desenvolvimento coletivo. A vida física individual seria um mera emergência temporal, um fragmento na realidade restritiva a que estamos acostumados, mas que a supera e que, por sua vez, daria simplesmente um novo recomeçar quando morremos, para novas possibilidades. 

  O contrário de morrer não é, portanto, viver, mas nascer. A vida simplesmente é e se manifesta temporalmente, na matéria, dentro dos limites do nascer e do morrer e, portanto, transcende - como sentimos intuitivamente - o tempo cronológico. Não se trata de um tempo, passado, presente e futuro – aqui, sem a nossa consciência, espaço e tempo não tem valor algum, desta forma, quando morremos, a nossa mente não poderia deixar de existir, pois ela faria parte do universo, assim, ao menos uma parte fundamental da mente individual pode ser imortal, como, aliás, é dito por quase todas as tradições religiosas e filosóficos do mundo inteiro.

  
 Na teoria dos multi-versos, há uma possibilidade de um número indefinido de dimensões, ou de lugares ou de outros universos onde a nossa alma poderia migrar após a morte, de acordo com a teoria de neo biocentrismo, e ainda assim interagir e voltar à dimensão física.

 Mas será que o espírito/alma/consciência existe de modo independente? Outros cientistas reconhecidos formularam alguma teoria ou hipótese de trabalho que dê sustentação a isso? A resposta é afirmativa. 

  Embora polêmicas diante do domínio do paradigma mecanicista, existem teorias de trabalho consrtuídas por vários cientistas que dão suporte à ideia da vida consciente após a morte. Para o Dr. Stuart Hameroff, por exemplo, uma experiência de quase morte, EQM - aquela em que o paciente vê o próprio corpo e as tentativas da equipe médica de o ressuscitar -, acontece quando a informação quântica que habita o sistema nervoso deixa o corpo e se dirige ao espaço. Apesar de ser apenas um modelo, é um modelo que enfrenta o paradigma dominante já que, ao contrário do que defendem os materialistas, a teoria de Hameroff oferece uma explicação alternativa da consciência que pode, talvez, apelar para a mente científica racional e intuições pessoais sobre um fenômeno que já é reconhecido como ocorrente desde que o médico Dr. Raymond Mood publicou seu clássico livro sobre EQM, Vida depois da Vida, em 1975 (veja o vídeo ao final deste artigo). 

 A consciência interagiria ou se utilizaria, de acordo com o modelo teórico de Hameroff e do físico britânico Sir Roger Penrose, dos microtúbulos das células cerebrais,  que poderiam ser os sítios primários de processamento quântico da mente. Após a morte esta singularidade informacional, que é a consciência é liberada de seu corpo, o que significa que a mente e seu histórico vai com ele para algum outro lugar ou dimensão.

 A Consciência, ou pelo menos a proto consciência, é teorizada por quase todo os autores aqui citados como a propriedade fundamental do universo, possivelmente presente até mesmo no primeiro momento do universo durante o Big Bang. Nos dizeres de Lanza, baeado em Hameroff e Penrose,“em uma dessas experiências conscientes comprova-se que o proto esquema é uma propriedade básica da realidade física acessível a um processo quântico associado com atividade cerebral.” (veja-se o video abaixo, ao final deste texto, após a bibliografia sugerida).

 Esta interpretação quântica da consciência, que é melhor desenvolvida no modelo de Hernani Guimarães Andrade, é retrabalhada por Lanza e explica diversos fenômenos, como experiências de quase morte, projeção astral, experiências fora do corpo e até mesmo a reencarnação sem a necessidade de recorrer a qualquer ideologia religiosa. A energia de sua consciência potencialmente é reciclada de volta em um corpo diferente em algum momento e nesse meio tempo ela existe fora do corpo físico em algum outro nível de realidade e possivelmente, até mesmo outro universo.

  Por mais que pareçam aparentemente áridas, estas são explicações que dão uma explicação, talvez ainda a ser aprimorada, da ciência para a possibilidade de vida após a morte. Elas dizem que nossas consciências (ou espíritos) são consequencias da própria estrutura do universo e pode ter existido, em estágios diferenciados de desenvolvimento, já desde o início dos tempos. Nossos cérebros, assim, não produzem a consciência, servindo apenas, usando uma analogia aproximativa, ou metáfora, como meros receptores e amplificadores para a proto-consciência que é intrínseca ao tecido do espaço-tempo. Então, como parece indicar aspectos como tempo psicológico, PES, EQM, memória extra-cerebral de crianças que lebram espontaneamente de vidas anteriores, há realmente uma parte de sua consciência que é não material e vai viver após a morte de seu corpo físico.

   A possibilidade de que nossa consciência pessoal seja uma centelha diferenciada e em evolução de uma realidade em si mesmo, fundamentalmente consciencial e que dá origem às diferentes facetas da realidade e que nós mesmos, assim, somos imortais e que podemos reencarnar, é a consequencia lógica de alguns princípios estabelecidos pelo modelo biocêntrico de Rober Lanza. Estes princípios são:

1. O espaço e o tempo não são realidades absolutas independentes de consciências-observadoras, portanto, a realidade “externa” seria um processo de percepção (interpretação) e de criação da consciência.

2. As nossas percepções externas e internas estão ligadas, de forma profunda, não podendo se divorciar uma da outra.

3. O comportamento das partículas subatômicas está ligado com a presença de um observador consciente. Sem esta presença, as partículas existem, no melhor dos casos, em um estado indeterminado de probabilidade de onda.

4.  Sem consciência a matéria permanece em um estado indeterminado de probabilidade. A consciência precede o universo.

5. A vida cria o universo, e não o contrário, como estabelecido pela ciência tradicional.

6. O tempo não tem real existência fora da percepção humana.


7. O espaço, assim como o tempo, não é um objeto. O espaço é uma forma de compreensão e não existe por conta própria.

Bibliografia sugerida:

ANDRADE, Hernani Guimarães. Morte, Renascimento, Evolução. Editora Pensamento, São Paulo. Segunda edição: Editora Didier.

ANDRADE, Hernani Guimarães. Espírito, Perispírito e Alma - Ensaio sobre o Modelo Organizador Biológico. Editora Pensamento, São Paulo. Segunda edição: Editora Didier.

ANDRADE, Hernani Guimarães. Psi Quântico. Editora Pensamento, São Paulo. Segunda Edição: Editora Didier.

BANERJEE, Hemendra Nath. Vida Pretérita, Vida Futura. Editora Nórdica.

CAPRA, Fritjof. O Tao da Física. Editora Cultrix. São Paulo.

CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. Editora Cultrix. São Paulo

GROF, Stanislav. Além do Cérebro. McGraw-Hill, São Paulo.

GUIMARÃES, Carlos Antonio Fragoso. Evidências da Sobrevivência. Editora Madras, São Paulo.

LANZA, Robert Paul &  BERMAN, Bob. Biocentrism: How life and consciousness are the keys to understanding the true nature of the universe. Benbella Books, 2009.

RADIN, Dean. Mentes Interligadas. Editora Aleph.

RICHET, Charles Robert. Tratado de Metapsíquica. Editora do Conhecimento.

STEVENSON, Ian. Reincarnation and Biology: A Contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects. 2 Volumes. Prager Publishers.

STEVENSON, Ian. Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação. Editora Vida e Consciência.

STEVENSON, Ian. Casos Europeus de Reencarnação. Editora Vida e Consciência.

TART, Charles T. O Fim do Materialismo. Editora Cultrix, São Paulo.

Segue o documentário sobre a teoria de Hameroff e Penrose sobre a consciência quântica:




Um comentário:

Até que enfim a ciência começa a admitir a existência da vida pós morte,dos vários mundos ou multiversos como eles chamam, e consequentemente a reencarnação. tudo vem a seu tempo, não é necessária a desarmonia entre religiões, a verdade surgirá para toda a humanidade no tempo certo, e a ciência está através de seus cientistas fazendo nada mais nada menos que a sua parte, trazendo para os materialistas o que nós espiritualistas já sabíamos a muito tempo,a comprovação de que a vida continua. Tenhamos fé e paciência na espera, pois a ciência ainda tem muito a confirmar.
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"verdades prontas"

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Qundo a mídia impõe "verdades prontas" segue o velho padrão do mercado no uso da propaganda: oficializa-se a mentira mais lucrativa a quem paga por ela


Armandinho criticando a acomodação mental dos que "não pensam, não existem, só assistem"

Aprenda a se defender de Ataque Psíquico

28 de fev de 2015

Ataque Psíquico: Aprenda a se defender

Somos alvos constante de ataques psíquicos de pessoas ao nosso redor. Nem sempre essas pessoas estão nos atacando conscientemente, na maioria das vezes elas drenam nossas energias sem …


Somos alvos constante de ataques psíquicos de pessoas ao nosso redor. Nem sempre essas pessoas estão nos atacando conscientemente, na maioria das vezes elas drenam nossas energias sem perceber, apenas por conta de suas atitudes. Algumas vezes elas nos atacam psiquicamente de maneira consciente, seja com raiva, rancor ou inveja.

Todos nós estamos compartilhando energia de nossas auras o tempo inteiro, através de acoplamento áurico. Isto acontece em virtude da afinidade de pensamentos, sentimentos, energias. É exatamente por isso que muitas vezes você se sente mal ao chegar perto de determinada pessoa, você acaba doando suas energias inconscientemente.

Vejamos alguns casos comuns e ataque psíquico que resulta em uma drenagem de energias:

Drenagem oral

Neste caso a pessoa fala em excesso, está sempre reclamando de algo, falando de seus problemas ou tentando te convencer do seu ponto de vista a todo custo. Já reparou o quanto você sai cansado de uma conversa assim? Suas energias são sugadas…

Também podemos citar casos em que a pessoa nos agride ou nos ofendem através das palavras. A energia densa que a pessoa emanou vem de encontro contigo, e se você não estiver protegido acabará por absorver essa energia, que vai consumir parte de sua energia vital. Se você revidar, estará desperdiçando suas energias e naturalmente vai se sentir mal, cansado, sugado.

Drenagem presencial

Quantas vezes você chegou em um lugar e começou a se sentir mal? Sentiu algo estranho no ar? Você acaba de ser atingido pela egrégora do ambiente. Se você não estiver protegido, será sugado.

Vale ressaltar que esses ataques nem sempre são propositais, ou seja, não vai sair culpando a tudo de a todos por você estar sem energias. A culpa é todinha sua! Você que deve aprender a não entrar nessa ‘onda’ dos ataques psíquicos. Em outras palavras, você deve aprender a se defender, não atacando, mas apenas se esquivando, ou seja, elevando sua vibração.

Como se defender?

Uma das técnicas mais eficazes de proteção psíquica é a meditação associada à visualizações de campos de energia de proteção ao seu redor além de técnicas básicas como as que seguem abaixo. Pratique essas técnicas diariamente junto com seus exercícios meditativos.

Exteriorização

É através da vontade que o praticante lança para fora de si as energias pessoais temporariamente guardadas dentro dos seus veículos de manifestação. Após praticar a exteriorização é fundamental praticar a Absorção. Veja a técnica:

– Sente-se confortavelmente em um lugar silencioso e relaxe seu corpo;
– Inspire e expire o ar lentamente pelo seu nariz pelo menos 7 vezes;
– Imagine durante  pelo menos 5 minutos uma energia densa (como uma fumaça escura) saindo de todo o seu corpo e sendo lançada para fora do local que você está;

Pratique todos os dias. Após a prática, faça a técnica de absorção.

Absorção
É o ato através do qual a pessoa absorve pela força da vontade energias cósmicas, energias da natureza (florestas, rios, oceanos, árvores, pedras, montanhas, flores). Outra forma de absorver energias é através da respiração (pranayama), os yogues possuem técnicas que valem a pena ser estudadas. Podemos absorver a energia telúrica através do simples ato de caminhar descalços sobre o solo de um parque, floresta, praia, etc.

Em casa você pode praticar a seguinte técnica:

– Sente-se confortavelmente em um lugar silencioso e relaxe seu corpo;
– Inspire e expire o ar lentamente pelo seu nariz pelo menos 7 vezes;
– Imagine-se em um lugar que você goste da natureza (uma praia, cachoeira, floresta);
– Imagine durante pelo menos 5 minutos que uma luz (branca, azul ou dourada) sai do céu, das árvores, da cachoeira ou do mar, e entra pelo topo de sua cabeça descendo até os seus pés. A medida que essa energia entra no seu corpo ela vai purificando cada membro, cada órgão, cada chakra e você sente uma paz e uma leveza incrível.

A reposição de energias é responsável em muitos casos pela recuperação da saúde física e mental do praticante. Pratique todos os dias.

Circuito Fechado

Trata-se de controlar conscientemente o fluxo e a direção das energias dentro de você mesmo, da cabeça para os pés, passando pelo pescoço, tórax, braços, mãos, abdômen, quadril, pernas, pés e vice-versa. A velocidade, duração e intensidade devem variar de acordo com a vontade do praticante.

– Sente-se confortavelmente em um lugar silencioso e relaxe seu corpo;
– Inspire e expire o ar lentamente pelo seu nariz pelo menos 7 vezes;
– Imagine uma bola de luz branca no topo de sua cabeça, concentre-se nessa bola por alguns instantes. Imagine essa luz entrando pelo topo de sua cabeça e descendo lentamente pelo seu corpo passando por todos os membros até os seus pés. Depois, direcione o fluxo de energias no sentido inverso, dos pés a cabeça. Aumente gradativamente a velocidade de circulação das energias.

Concluindo, essas práticas vão fazer você ficar com uma aura menos vulnerável a energias externas. O circuito fechado é o recurso defensivo primário, insubstituível que dispomos para defesa energética.

http://www.segredooculto.com/


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Valores Humanos e Familiares

 
Conheça, Julgue e Ajude a Publicar: Lições de Vida nas Aventuras do Primo Horácio. Um Resgate dos Melhores Valores Humanos e Familiares, observe: “Instruíram aos filhos que diariamente, pela manhã, no primeiro momento em que os vissem, lhes tomassem a bênção: “bênção mamãe”, pegando na mão direita, quem pedia beijava a mão de quem abençoava: “Deus te abençoe e te dê um bom dia”, em seguida, a mão do filho era trazida até a boca dos pais para retribuir o beijo. A bênção era repetida antes de deitar”. Lições de Vida nas Aventuras do Primo Horácio, em nove Capítulos dilatados em seções de 200 páginas. Um recurso didático da família, e na Formação e Aperfeiçoamento em Gestão de Pessoas. A infância e história de um vaqueiro do nordeste brasileiro, o manejo do gado, o perigo, a imprudência, a falsidade, a cobiça com trama perversa, homicídio, valores familiares entre pais e filhos e irmãos. A má escolha da(o) noiva(o) e o adeus à Felicidade, o golpe do baú, o trabalho no garimpo de ouro da serra pelada e na construção civil. A generosidade, o perdão, o arrependimento, auxílio ao empreendedorismo e gestão institucional, medicina legal, o desvio do mal, quatro músicas: É Preciso Saber Viver, de Roberto Carlos; Consagração, de Aline Barros; Criado na Roça, de Toinho de Aripibú; Escudo, com Voz da Verdade. A Fome Institucional por Edital de concurso público Investigativo da Personalidade, a busca segura de um amor pela internet, remédio para salvar o casamento, experiências contra o câncer; Rio Munim: 26 municípios; S.O.S. Rio Parnaíba; Educação Ambiental e Antidrogas; Administração; Direito; Marketing SEBRAE, CFA e CRA; Homenagens sinceras a algumas personalidades Nacionais; na busca da Fama: drogas, prostituição e derrota. Uma obra saudável, sem restrições, recomendável e necessária em todas as mãos. Onde se extrai Lições de Vida para toda a família brasileira e mundial. Ainda não foi publicado por falta de dinheiro. O escritor Leônidas Pinto deixou o orgulho próprio de lado, e Convida você, para investir no Sucesso desta Qualidade Literária, pedindo uma Doação Financeira de Qualquer valor. Agora, a demora da Publicação Depende de sua Decisão. O autor pode retribuir o patrocínio com Merchandising e uma quantidade de exemplares. Agradeço de coração, aos muitos Elogios Recebidos, Contudo, Ainda Aguardo, Atitudes decisivas de Apoio Econômico, que Resultem na Desejada Publicação. Alguém, em algum lugar, é uma vida que vive por viver, caminha sem razão, apenas passa por esta vida e nada deixa de útil e saudável. Gente que desconhece o valor da bênção e não aprendeu a Abençoar a ninguém, nem percebe o olhar do Criador, verdadeiras folhas secas espalhadas pelos ventos. Necessitam de restauração e desta Valiosa Orientação e Conforto. Aprender com os erros alheios é melhor, do que Aprender, com seu Próprio Erro e Sofrimento. Decida e Ajude:
Banco do Brasil, Ag. 2726-X Conta Poupança  36.730-3  Variação 51.
Banco Caixa Econômica Federal  Ag. 2442  001  Conta Corrente  00021739-2 
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