sexta-feira, 3 de abril de 2015

Os 50 anos de poder e hegemonia da Rede Globo

Seminário discute os 50 anos de poder e hegemonia da Rede Globo

No mês em que a Rede Globo completa meio século de vida, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove, em São Paulo, um seminário dedicado a discutir os 50 anos de poder e hegemonia da empresa. A atividade ocorrerá no dia 27 de abril, das 9h às 18h, na sede da entidade. 


Ilustração: Andocides Bezerra
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Impulsionada pelo projeto militar, a Globo tornou-se um verdadeiro império midiático, concentrando o setor das comunicações e agindo no sentido de uniformizar os corações e mentes dos cidadãos brasileiros em benefício de seus interesses políticos e econômicos.

Sua ligação com a ditadura militar e seu papel na formação da opinião pública somados aos escândalos de sonegação fiscal bilionária e outros episódios de corrupção - gente ligada à familia Marinho figura na recente 'lista negra' do HSBC, por exemplo - são elementos que tornam ainda mais importante a discussão sobre a liberdade e o poder sem limites da Rede Globo.



Para inscrever-se, basta escrever para contato@baraodeitarare.org.br. Confirme também sua presença no evento do Facebook.

Confira a programação completa e garanta a sua participação:

9h - A CONSTRUÇÃO DO IMPÉRIO GLOBAL

César Bolaño - Professor da Universidade Federal de Sergipe
Marcos Dantas - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Susy Santos - Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro

14h - TELEJORNAIS: INFORMAÇÃO E MANIPULAÇÃO

Rodrigo Vianna - Editor do blog "Escrevinhador"
Luciano Martins Costa - Editor do Observatório de Imprensa
Laura Capriglione - Movimento "Jornalistas Livres" e site A Ponte

Fonte: Barão de Itararé

Como fazer para o seu filho ser mais sociável

 
Como fazer para o seu filho ser mais sociável? Confira alguns livros que podem te ajudar >>>>> http://abr.ai/19hfV6c

 

HABILIDADES NÃO-COGNITIVAS

Você é responsável por quem cativa?

Sugestões de livros que como O Pequeno Príncipe valorizam a sociabilidade

13/03/2015 15:21
Texto Cynthia Costa
Educar
Foto: Thays Aguiar
Foto: Impedir seu filho de conviver com crianças da mesma idade é tirar a oportunidade de desenvolver uma sociabilidade saudável.
Impedir seu filho de conviver com crianças da mesma idade é tirar a oportunidade de desenvolver uma sociabilidade saudável.
A sociabilidade começa desde cedo, e é possível ensinar as crianças a serem mais sociáveis e extrovertidas. Uma das formas de fazer isso é por meio da literatura e seus personagens. O Patinho Feio, por exemplo, pode ser trabalhado para mostrar a importância de aceitar as pessoas como elas são e de conviver com as outras pessoas. Afinal, uma criança sociável é capaz de fazer e de manter amizades, de expressar e compreender sentimentos e opiniões e respeitar o outro.
Habilidades não-cognitivas Especial Habilidades não-cognitivas
Veja porque estimular competências como sociabilidade, curiosidade e dedicação no seu filho.
Nesta série especial do Educar, selecionamos livros que incentivam, de alguma forma, o desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais. Aproveite as dicas para ler junto com o seu filho: a leitura acompanhada - quando você lê para a criança - ou compartilhada - quando vocês leem o mesmo livro e depois o discutem - podem ser ferramentas fabulosas para reforçar os laços e aprender juntos. Aproveite a experiência para conversar sobre a mensagem da história, as personagens e qualquer outro tema decorrente da leitura.

A seguir, veja livros que incentivam o desenvolvimento da sociabilidade. Para ler, clique nos itens abaixo:
1. O Patinho Feio, de Hans Christian Andersen

Esse clássico da literatura infantil conta a história de um patinho não aceito e considerado feio pelos outros patos. Na verdade, porém, ele é apenas... diferente.

Palavra de especialista: "O patinho é diferente dos outros, o que impede que ele se sociabilize. Com um final surpreendente, o conto critica o modelo pela diferença", analisa o professor Thiago Veríssimo, pesquisador da área de literatura de Belém (PA) e defensor dos aprendizados por meio da fantasia - e os contos de fada e fábulas são perfeitos para isso. "O grande interesse das crianças pela literatura infantil é o imaginário. Trabalhar problemas reais de maneira simbólica é a grande vantagem", diz.

Converse com o seu filho: Será que ele conhece um "patinho feio" ou ele mesmo se sente assim às vezes? O conto parece ter sido feito sob medida para os nossos tempos, em que o bullying nas escolas tem sido tão discutido. Mais do que consolar uma criança que não se sente aceita, ele pode abrir os olhos dela para a sociabilidade: se ela aceitar os coleguinhas como eles são, certamente ela também será mais aceita.

Faixa etária: 6-7 anos
2. O Roubo do Arco-Íris, de Katia Canton

Quem tem amigos tem tudo, não é verdade? Nesta gostosa aventura, três crianças adoram o arco-íris e querem entender por que ele não apareceu desta vez. O trio fica bem unido na missão de desvendar o mistério e até faz uma nova amizade um tanto inesperada, mostrando que a sociabilidade é uma ferramenta importante para realizar uma grande tarefa.

Palavra de especialista: "Essa história fantasiosa, que tem até uma bruxa, pode servir como base para tratar da importância da amizade e da colaboração, além de introduzir questões de ciências na explicação sobre o arco-íris", indica a professora da Educação Infantil Andréia Riconi, que pesquisa literatura na Universidade Federal de Santa Catarina.

Converse com o seu filho: Uma história alegre e com uma boa mensagem, ideal para ler para o seu filho antes de dormir. Com quais amiguinhos será que ele gostaria de viver uma aventura como essa?

Faixa etária: 6-7 anos
3. Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque

A bela adaptação da Chapeuzinho Vermelho, toda em versos, fala de uma garotinha com muitos medos - principalmente de um lobo capaz de comer não só a vovozinha, mas também várias outras pessoas, além de muita comida. Trata-se de uma narrativa sobre a superação do medo, que pode fazer uma ponte com a questão da sociabilidade: afinal, muitas vezes não nos abrimos a novas amizades por puro receio.

Palavra de especialista: "As crianças têm medos, e um deles é o do desconhecido - no caso, o lobo, que simboliza isso", examina o professor Kall Sales, que também é colaborador do ENEM. Trabalhando a ideia do medo por meio do texto rimado e delicioso de Chico Buarque, indiretamente se trabalha também a abertura a novas experiências e ao conhecimento de novas pessoas. No livro, ao se defrontar com o lobo que tanto imaginara, a Chapeuzinho se dá conta de que não precisava ficar tão apavorada.

Converse com o seu filho: As outras pessoas lhe despertam medo? E será que esse medo tem fundamento? Incentive seu filho a se lembrar de alguma vez em que superou o receio de fazer amizade com um amiguinho após conhecê-lo melhor.

Faixa etária: 8/9 anos
4. A História de Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach

Perdão, amor e liberdades são os principais temas da história da gaivota Fernão, inconformada com a rigidez da vida de gaivota. Ao mudar de bando - passando a aprender com mestres gaivotas no novo grupo -, Fernão percebe que, acima de tudo, tem de ser fiel a si mesmo.

Palavra de especialista: O professor e pesquisador na área de literatura Davi Gonçalves ressalta que o livro mostra outro lado da sociabilidade - os limites entre os outros e a individualidade. "A lição que podemos depreender desse belo livro é que temos de dar atenção aos outros, mas não a ponto de abrir mão do que nos é essencial", diz.

Converse com o seu filho: Em que situação seu filho preferiu se manter diferente das outras crianças? Como foi a experiência?

Faixa etária: 10-12 anos
5. O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry

Perdão, amor e liberdades são os principais temas da história da gaivota Fernão, inconformada com a rigidez da vida de gaivota. Ao mudar de bando - passando a aprender com mestres gaivotas no novo grupo -, Fernão percebe que, acima de tudo, tem de ser fiel a si mesmo.

A celebrada narrativa poética do principezinho que mora sozinho em um asteroide e tem - a princípio - apenas uma rosa um tanto temperamental para lhe faze companhia.

Palavra de especialista: "Uma das famosas mensagens do livro é ‘essencial é invisível aos olhos’, o que nos leva a questionar pré-julgamentos e não se basear nas aparências", avalia o professor de língua e literatura Kall Sales, de Fortaleza (CE). Assim, com a história sensibilíssima do principezinho, podemos aprender que é preciso conversar com alguém e procurar conhecê-lo antes de se precipitar em julgamentos superficiais que podem até impedir a formação de grandes amizades.

Converse com o seu filho: "Para focar na sociabilidade, eu partiria de um recorte dos diálogos com a flor, a raposa e a cobra", sugere o professor. Com base nas interações do protagonista, é possível questionar como fazemos amigos e como podemos escolher os nossos amigos. A doçura do Pequeno Príncipe, sua atitude aberta e curiosa, é um exemplo interessante de sociabilidade.

Faixa etária: 10-12 anos
6. Insônia, de Marcelo Carneiro da Cunha.

Perdão, amor e liberdades são os principais temas da história da gaivota Fernão, inconformada com a rigidez da vida de gaivota. Ao mudar de bando - passando a aprender com mestres gaivotas no novo grupo -, Fernão percebe que, acima de tudo, tem de ser fiel a si mesmo.

A personagem Cláudia vive sob a ausência da mãe, que perdera quando criança. A partir disso, a adolescente é obrigada a amadurecer e adquirir autonomia, na medida em que seu pai se mostra um homem um tanto desorganizado. Apesar das responsabilidades, Cláudia mantém amizades, principalmente com Carla, porém, o curioso aqui será o vínculo estabelecido com uma mulher mais velha, de certa maneira suprindo uma necessidade de vínculo materno por parte da protagonista e revelando uma das curiosidades do livro quanto ao tema da sociabilidade.

Palavra de especialista: "Esta obra praticamente introduz na literatura brasileira o tema dos relacionamentos virtuais, uma vez que Cláudia mantém conversas na internet importantes para o enredo", ressalta Vinicius da Silva Rodrigues, professor de literatura do Colégio Santa Cecília e do curso pré-vestibular Fleming Medicina, ambos em Porto Alegre (RS). "Ainda que o romance seja um tanto datado nesse sentido (trata-se de um livro lançado no final dos anos 1990), é possível dialogar com o mesmo tranquilamente ainda hoje, mesmo em tempos de redes sociais bem mais evoluídas".

Converse com o seu filho: Como a personagem reage à ausência da mãe? Que papel as amizades desempenham nesse cenário. Em relação ao uso da internet, o livro é um bom ponto de partida para discutir como as relações mudaram ao longo desses últimos 20 anos.

Faixa etária: 15-17 anos
7. O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger

O jovem Holden Caulfield é expulso de um internato e empreende uma jornada de volta para casa, exprimindo seu olhar amargurado, mas também um tanto ingênuo, sobre sua família, seus amigos e seus antigos professores. Ele se lembra constantemente de uma cantiga, que se confunde em seus pensamentos com uma imagem de sonho, em que é um catcher de beisebol, tentando segurar crianças num campo de centeio para que elas não caiam num precipício. Com isso, Holden parece querer segurar sua própria inocência, evitando cair no "precipício" do mundo adulto, só encontrando a paz de espírito e o afeto em Phoebe, sua irmã mais nova, na medida em que sua jornada também parece ser, na verdade, em direção a ela.

Palavra de especialista: "Uma boa forma de discutir um conceito é analisá-lo às avessas: o clássico de J. D. Salinger mergulha nos pensamentos de Holden Caulfield, um rapaz de 17 anos nitidamente antissocial", apresenta o professor Vinicius da Silva Rodrigues. Sem dúvida, não faltam adolescentes que se identificam com essa "antissociabilidade" - e é justamente por isso, além de seu valor literário, que o livro de Salinger merece ser lido nessa fase da vida.

Converse com o seu filho: Esse clássico da leitura adolescente é tão cheio de nuances, que vale a pena permitir que o jovem expresse, por si mesmo, o que a leitura lhe provocou. A partir disso, vocês podem explorar temas como solidão, independência e perspectivas de futuro.

Faixa etária: 15-17 anos

Paixão de Cristo - Paixão da Terra

 
 
"Paixão de Cristo - Paixão da Terra", por Leonardo Boff



Paixão de Cristo - Paixão da Terra

Leonardo Boff


Para os cristãos a Sexta-feira Santa celebra a Paixão do Filho do Homem. Ele não morreu simplesmente, mas foi morto em consequência de uma prática libertadora dos oprimidos e de uma mensagem que revelava Deus como “Paizinho”(Abba) de infinita bondade e de ilimitada misericórdia que incluía a todos até “os ingratos e maus”. Antes de ser executado na cruz, foi submetido a todo tipo de tortura. Segundo alguns intérpretes sofreu até abuso sexual.

Como referem os relatos do Novo Testamento, usando palavras do profeta Isaias, “foi considerado a escória da humanidade, o homem das dores, pessoa da qual se desvia o rosto, desprezível e sem valor, tido como castigado, humilhado e ferido por Deus; mas ele, justo e servo sofredor, se ofereceu livremente para ficar junto aos malfeitores, tomando sobre si crimes e intercedendo por todos nós”.

Desceu até o inferno da solidão humana, gritando nos extertores da cruz: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste”? Porque desceu até ao mais profundo, Deus o elevou até ao mais alto. É o significado da ressurreição, não como reanimação de um cadáver, mas como uma revolução na evolução, realizando nele, antecipadamente, todas as potencialidades escondidas no ser humano. Ele irrompeu como criatura nova, mostrando o fim bom de todo o processo evolucionário.

Mesmo assim, como dizia Pascal, Cristo continua em sua paixão,agonizando até o fim do mundo, enquanto seus irmãos e suas irmãs, a Terra que o viu nascer, viver e morrer, não forem finalmente resgatados. Já dizia a mística inglesa Juliana de Norwich (1342-1413): “ele sofre com todas as criaturas que sofrem no universo”. Outro contemplativo inglês, William Bowling, do século XVII, concretizava ainda mais afirmando: "Cristo verteu seu sangue tanto para as vacas e os cavalos quanto para nós homens”.

Hoje a paixão de Cristo se atualiza na paixão do mundo, nos milhões e milhões de sofredores, vítimas de um tipo de economia que dá mais valor ao vil metal que à dignidade da vida, especialmente da vida humana. O Cristo se encontra crucificado na Terra devastada; suas chagas são as clareiras de florestas abatidas; seu sangue são os rios contaminados.

A rede de organizações que acompanham o estado da Terra, a Global Footprint Network, revelou no dia 23 de setembro de 2008, exatamente uma semana após o estouro da crise econômico-financeira que, neste exato dia, se tinham ultrapassado em 30% os limites da Terra. Chamaram-no de The Earth Overshoot Day: o dia da ultrapassagem da Terra. Esta notícia não ganhou nenhum destaque nos meios de comunicação, ao contrário da crise financeira que até hoje ganha a primeira página.

Com esta ruptura, a Terra já não tem condições de repor os bens e serviços necessários para a manutenção do sistema-vida. Em outras palavras, a Terra perdeu a sustentabilidade necessária para a nossa subsistência. Por causa disso, milhões e milhões de seres humanos são condenados a morrer antes do tempo e entre 27-100 mil espécies de seres vivos, segundo dados do conhecido biólogo Edward Wilson, estão desaparecendo a cada ano. Este fato inaugura aquilo que alguns cientistas já denunciaram como sendo uma nova era geológica. Foi chamada de antropoceno, na qual o grande meteoro rasante e destruidor da natureza é o ser humano.

Com sua voracidade e obsessão de crescer mais e mais para consumir mais e mais está se transformando numa força avassaladora dos ecossistemas e da Terra como um todo. Comparece como o Satã da Terra quando deveria ser seu anjo da guarda.

A Avaliação Ecossistêmica do Milênio, organizada pela ONU entre os anos 2001-2005, envolvendo cerca de 1.300 cientistas do mundo inteiro, além de outras 850 personalidades das várias ciências e da política, concluíram que dos 24 serviços ambientais essenciais para a vida (água, ar puro, climas, alimentos, sementes, fibras, energia e outros) 15 deles se encontravam em processo acelerado de degradação. Quer dizer, estamos destruindo as bases físico-químico-ecológicas que sustentam a vida sobre o planeta.

Agora não dispomos mais uma Arca de Noé que salve alguns e deixe perecer os demais. Desta vez, ou nos salvamos todos ou todos corremos o risco de perecer.

Neste contexto vale recordar as sábias palavras do Secretário Geral da ONU Ban Ki Moon, proferidas no dia 22 de fevereiro de 2009 referindo-se à crise econômico-financeira em relação à crise ecológica:”Não podemos deixar que o urgente comprometa o essencial” É urgente encontrar um encaminhamento à crise dos mercados e das finanças, mas é essencial garantir a vitalidade e a integridade da Terra. Sem esta salvaguarda, qualquer outra iniciativa ou projeto perdem sua base de sustentação.

Temos que transformar a paixão da Terra num processo de sua ressurreição na medida em que suspendermos a guerra total que movemos contra ela em todas as frentes. Isso somente se alcançará refazendo o contrato natural que se funda da reciprocidade: a Terra nos dá tudo o que precisamos para viver e nós lhe retribuímos com cuidado, respeito e veneração, pois é nossa grande e generosa Mãe.
Esta é o desafio e a mensagem que cabe assumer na Sexta-feira Santa do presente ano de 2012.

Leonardo Boff é ecoteólogo e da Comissão Central da Carta da Terra.

O que a "Bíblia" não te conta!

144 mil "judeus"?? Isso tem a ver com raça ou grupo 'escolhido'....?? O que a "Bíblia" não te conta!



OS 144.000 DIMENSIONAIS

Transcendendo a prisão de seus “Corpos Emocionais”

Quem são estes dimensionais? 
Porque este número? 
E o que os diferencia dos outros dimensionais?

Relembremos aqui, que as 13 Tribos foram constituídas por “seres” vindos de outras dimensões. Estes “seres” vieram para despertar a consciência dos demais dimensionais, que já se encontravam na Terra em missão – também com este intuito, mas, não o conseguiram, porque na densidade da matéria perderam a sintonia com a sua Essência Divina, vivendo como se fossem seres planetários, que já existiam aqui. Uma Tribo veio anteriormente, foi a Tribo das Amazonas, que aqui deixaram os seus descendentes – “as sacerdotisas e os sacerdotes”.
Mas, a história dos 144.000 dimensionais no planeta Terra inicia-se com a formação das 12 tribos de Israel, através dos seus descendentes ou dos 12 filhos de Jacó – com 12.000 descendentes em cada tribo. Eles herdaram antes de tudo – pela genética – a freqüência vibratória das Amazonas ou da 13ª. Tribo, que veio antes de Jesus Cristo, para preparar a Sua vinda e aqui ficaram até 1.800 anos depois de Sua Transmutação.
Para melhor compreendermos toda esta “engrenagem” da história bíblica, o dimensional que está se despertando, deve também se valer de informações da ciência arqueológica, para que não envereda pelo caminho confuso do fundamentalismo religioso, que na maioria das vezes, o condiciona com inverdades oriundas de um pensar meramente emocional, exacerbado por leituras de livros chamados de sagrados – particularmente a bíblia – que já foi muito manipulada/distorcida por subtrações e acréscimos de informações em várias ocasiões desde sua confecção, de acordo com interesses humanos político-religiosos momentâneos e, portanto, por atitudes de inspiração nada divina.
A bíblia está impressa em versões diversas, como se a Verdade Cósmico-Divina fosse também diversas. Esta diversificação de interpretação do Sagrado faz com que interesses de algumas religiões choquem com os de outras. Por detrás de algumas religiões tem interesses de seus lideres, que as utilizam como veículos para conseguir o que lhes convém, muitas vezes interesses abertamente materiais que colocam o mundo em alerta. Estes líderes religiosos seguindo a sua religião “ao pé da letra” – exercem poderes como se fossem a própria representação viva da divindade, que tudo pode, tendo todos os direitos tanto sobre os seus seguidores quanto sobre territórios, que julgam serem seus por direito sagrado, provocando muitas das guerras hoje existentes.
Portanto, o dimensional desperto deve se preocupar em fazer a decodificação do que é realmente Sagrado, do que foi realmente ensinado por Jesus – o Cristo – através do Novo Testamento e, principalmente, se inspirar em seu iluminado exemplo de vida.
Paradoxalmente alguns textos bíblicos ao mesmo tempo em que tentam orientar os leitores, os desorientam. É como existissem dois deuses – um verdadeiro e um falso. Um Deus que fala de Misericórdia/Amor e outro que fala em prêmio/castigo. Principalmente no Velho Testamento é onde existem mais estas citações ambíguas. Como em Jeremias – Cap.25: “Ruge o Senhor do alto do céu, e de sua morada santa faz ouvir a sua voz. Ruge contra o seu rebanho e lança o grito do pisador contra todos os habitantes da terra”.
A bíblia é tida como um livro sagrado, talvez o mais mundialmente difundido principalmente no Ocidente, portanto, raramente se encontra alguém que não a tenha em casa. Se ela está praticamente na casa de todas estas pessoas, é um livro que marca e influencia. Então, porque tantas contradições neste livro considerado tão importante? A bíblia não deveria irradiar apenas uma linha de pensamento? De acordo com ela Deus é afinal bom ou mal? Que “deus” destrutivo é este, que arrasou Sodoma e Gomorra e outros locais do atual Oriente Médio? Que “deus” é este, que mandou seus exércitos constituídos de “fantoches eleitos”, destruírem povos “não eleitos”? Que “deus vingativo” é este?
Se este “deus” tivesse realmente Poder Divino da Manifestação através da Energia do Amor Puro Uno, que está presente tanto no manifesto quanto no não manifesto, não seria mais “coerente/divino” que ele orientasse/intuísse as pessoas daquela época, iluminando suas consciências, como está acontecendo com alguns dimensionais, que estão sendo hoje trabalhados pela Energia Cristica através de orientações dos Seres da Hierarquia da Luz? Não seria mais fácil trabalhar assim, do que destruir cidades matando milhares de pessoas que nelas moravam? Que Deus é esse?
A bíblia também fala “dos escolhidos”, mas, com o sentido de julgamento/competição como uma premiação emocional – como se os 144.000 filhos de Israel – fossem escolhidos por Deus pelo merecimento, como tivessem vivido todas as suas vidas dentro de “parâmetros divinos” pré-estabelecidos.
Falemos agora de uma “história paralela”, da verdadeira historia dos dimensionais – já que ela faz parte de nossas vidas.
Seres de diversas raças vindas de outros mundos tridimensionais de vários pontos do universo, alguns possuindo altíssimo conhecimento tecnológico e outros menos desenvolvidos neste sentido, vieram à Terra para explorá-la com a permissão dos Seres do “Conselho Cósmico”. Porém, alguns destes seres conhecidos como “cientistas do espaço” começaram a explorar abusivamente tanto de seres primitivos e nativos deste planeta quanto de outros “seres” de raças tecnologicamente menos desenvolvidas.
Portanto, enquanto determinadas raças extraterrestres faziam pesquisas genéticas, outras povoavam a Terra em pontos diversos – hoje – Ásia, África, Europa, Oriente Médio, elucidando o porquê das diferentes raças atualmente existentes no planeta.
Há 400 milhões de anos atrás “cientistas extraterrestres” de uma parte de Orion – greys – encontraram aqui seres primitivos “simiescos” que não tinham inteligência nem coordenação motora compatível para uma evolução rápida e resolveram então, fazer experiências por conta própria, alterando durante um longo período de tempo o DNA desta espécie de primatas, obtendo mudanças na sua estrutura corpórea (caixa craniana, membros e coluna).
E, descobertas arqueológicas comprovam mais recentemente – mais ou menos 300.000 anos atrás – a presença dos “Nefilin” que também eram chamados de “Povo Gigante” por causa do tamanho dos seus ossos encontrados em escavações arqueológicas. Nesta mesma época com a utilização de técnicas científico-genéticas extraterrestres destes “seres”, novamente foi alterado o DNA dos primatas e desta vez, melhorando ainda mais a sua aparência e resistência físicas para os trabalhos braçais e proporcionando-lhes paralelamente desenvolver a capacidade da inteligência e com ela a consciência de já perceber a noção do bem e do mal.
“Coincidentemente”, várias narrações do Velho Testamento – sugerem muito posteriormente a presença destes seres extraterrestres, que como “deuses” com características humanas, exploravam emocionalmente pela imposição do medo as suas criaturas, com o fim de manipulá-las.
Portanto, através dos primeiros patriarcas que já carregavam em seus corpos os genes destes seres, que as doze tribos de Israel começaram a se exteriorizar, que começaram formar os 144.000 dimensionais com corpos já geneticamente mais elaborados e capacitados para a expressão de uma consciência mais iluminada e com a sensibilidade para desenvolver capacidades paranormais necessárias aos trabalhos missionários do Despertar.
Estes 144.000 são Seres Dimensionais voluntários que foram convocados pela Hierarquia Cósmico-Divina, para tentar ajudar na expansão da consciência de civilizações, que se desvirtuaram do “Caminho da Luz”. Eles não possuem livre arbítrio, porque vieram com uma missão designada – para um compromisso cósmico. Portanto, eles não são “escolhidos”, eles são programados para terem acesso aos ensinamentos de Jesus – O Cristo, tendo-O como a sua Referencia Divina em relação à sua Transmutação e ao desempenho de sua missão.
Jesus como O Cristo foi um “Divisor de Águas”, quando estabeleceu pelo Seu próprio procedimento, a diferença entre os “escolhidos” que têm apenas a genética extraterrestre dos Nefilin – ”falsos deuses” – e os Verdadeiros Escolhidos que O tendo como Modelo de Vida, norteiam-se pelos seus ensinamentos divinos.
Desastrosamente muitos destes ensinamentos foram intencionalmente distorcidos para tirar daqueles que os procuravam a sua sincronia com o Cosmo, confundindo-os no que é Transcendente – no que é Verdadeiramente Divino – fazendo-os continuar na prisão de seus conflitos emocionais e, consequentemente, bloqueando-os no seu caminho evolutivo, em busca de uma consciência mais iluminada.
Desde aquela remota época – há 300.000 anos atrás – enquanto aumentava a população com a miscigenação das raças, a barreira gerada pelo emocional destes novos seres – os humanos – reforçada pelo instinto primitivo oriundo de seus ancestrais/primatas foi aumentando cada vez mais e, “magneticamente”, aprisionando-os nos limites do campo ainda denso das formas-pensamento.
O inconsciente coletivo formava-se e quanto mais ego/comparação/competição/julgamento, mais ele encorpava, aumentando este cerco.
Por ainda não conseguirem se expressar conscientemente ao nível do Plano Mental – nas Freqüências do Mental Superior, Mental Físico e Mental Dimensional – os dimensionais de um modo geral estão até os dias de hoje “jogando” inconscientemente o “jogo’ da dualidade/emoção/”ego”, perpetuando-se no exercício de um círculo vicioso, do qual não conseguem sair através da comparação/competição/julgamento/culpa/medo.
Os dimensionais não despertos exercem julgamentos dentro de preceitos estabelecidos por governos e religiões orientados pelos falsos “deuses” extraterrestres, para que fiquem mentalmente escravos, presos emocionalmente à energia do dualismo na 3ª. dimensão.
De acordo com Darwin os animais irracionais matam pela sobrevivência. Contudo, os animais ditos racionais – os humanos – procedem constantemente desta maneira, apenas não tão visivelmente como os primeiros, quando no campo emocional competem entre si com atitudes conduzidas por um estado emocional sem parâmetros de respeito por si mesmos e pelo próximo, criando situações de concorrência e descontrole com conflitos que levam a sua desestabilização geral/doença/guerra/morte. Eles vivem de acordo com a “lei do eu sou mais eu”. Esta “lei” é, portanto, inteiramente oposta à expansão da consciência, visto que ela se baseia exatamente na competição em todos os sentidos, que está restrita ao campo de suas experiências com a energia do dualismo na terceira dimensão.
Na verdade, os 144.000 são “Seres Dimensionais”, que possuem maior capacidade mental e extra-sensorial para o desenvolvimento de sua Consciência Dimensional e que ao se despertarem, vão despertando em sua missão especial os demais dimensionais presentes no planeta antes de sua chegada.
Estes Seres Dimensionais têm “Placas” e como vieram com a finalidade missionária de despertarem todos os dimensionais inconscientes do planeta, interagiram conscientes mais de sete horas na densidade energética deste planeta, para que os seus Corpos de Luz se tornassem densos pela sua desaceleração e pudessem se tornar comuns viventes entre os humanos. E, já prisioneiros na roda reencarnatória do aprendizado começaram utilizar de corpos que tinham a genética dos Nefilin.
Mas, agora é chegado o momento do resgate de sua memória cósmica com ajuda dos Seres da Hierarquia da Luz – Seres Energéticos, Seres Ultradimensionais e Seres da Natureza – e de se disporem definitivamente dos seus corpos físicos, transmutando-os.
À medida que vão trilhando o Caminho da luz – o caminho de Cristo – vão saindo das amarras da dualidade, exteriorizando o seu Cristo Interno. Portanto, quanto mais sintonizam com a Freqüência Crística, mais interagem com os Seres de Luz e formam um só Corpo na Unidade Divina.


Ufologia Paracientífica

nome errado para a mãe de todos

MANHAS INVESTIGATIVAS

‘Zelotes’, nome errado para a mãe de todos os escândalos

Por Alberto Dines em 31/03/2015 na edição 844
Ao revelar à sociedade brasileira a designação da nova operação contra as malfeitorias praticadas contra o erário pelos maiores grupos empresariais do país, a Polícia Federal errou na filologia: na linguagem corrente, zelote ou zelota (do grego zelotes, imitador) tem conotação negativa: zelo falso, devoção simulada, tartufo, enganador.
Sob o ponto de vista estritamente histórico, o grupo de judeus que se intitulavam Canaim, Cananeus (século I da Era Comum), eram fervorosos defensores da expulsão dos romanos da Terra Santa. Pagaram por isso. Inclusive o mais célebre de todos. Um dos seus seguidores, conhecido como Simão, o Zelota, fez parte deste grupo.
O termo foi resgatado recentemente por um diligente historiador americano de origem iraniana, Reza Aslan, que coligiu e compactou os mais importantes estudos publicados nos últimos dois séculos sobre os primórdios do cristianismo e produziu o best-seller Zelota, a vida e a época de Jesus de Nazaré (Zahar, 2013).
O alvo da operação policial são as empresas que tentaram eliminar ou diminuir os seus débitos junto ao CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão que funciona como uma espécie de tribunal da Receita Federal). Pagaram fabulosas propinas aos funcionários do órgão para produzir pareceres favoráveis às empresas infratoras e/ou tentaram outras maracutaias.
Quem recebeu a documentação da Polícia Federal e teve o privilégio de revelar o escândalo foi o Estado de S.Paulo, por meio de sua sucursal de Brasília (sexta-feira e sábado, 27 e 28/3, com manchetes na capa). Não fez investigações complementares. Em compensação, publicou tudo. Ou quase.
Ao largo
Considerado o maior escândalo na história da Receita Federal, o prejuízo contabilizado por enquanto é de quase 6 bilhões de reais, mas envolve processos que somam 19 bilhões de reais – quase o dobro do dez bilhões de reais da Operação Lava Jato. Entre as empresas implicadas na malfeitoria estão os bancos Bradesco, Santander, Pactual, BankBoston e Safra, as montadoras Ford e Mitsubishi, o conglomerado-gigante BR Foods (marcas Sadia e Perdigão, entre outras), Light e grupos Gerdau e RBS.
No caso desta última, o Estadão mencionou que se trata de um grupo que opera no ramo das comunicações, omitiu que se trata do terceiro maior do país nesse segmento e importante parceiro da Rede Globo no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Não revelou os títulos dos importantes veículos do conglomerado, porém detalhou os valores da infração, aliás a menor da lista: pagou a propina de 15 milhões reais para obter uma redução de 150 milhões no seu débito. Excelente negócio.
No sábado (28/3), o intrépido Globo não teve outra alternativa senão noticiar a Operação Zelotes (numa distante página da seção de Economia) citando nominalmente alguns infratores. O nome do parceiro da Rede Globo evaporou. Isso acontece quando o tempo está quente. Evidentemente respeitou-se o sobrenome da família que fundou e tem o controle do conglomerado. Afinal, há jornalistas com o mesmo sobrenome e brilhante currículo que nada tem a ver com a Zelotes. Naquela noite o Jornal Nacional, ao noticiar a operação, deu o nome do grupo e a sua filiação à Rede Globo. Mas rapidinho, como convém.
Na Folha de S.Paulo de sábado, igualmente na última página do caderno “Mercado-1” (B-7), há um resumo da operação da PF com o nome dos denunciados inclusive no ramo da comunicação social.
Em dívida com os seus leitores, o Valor Econômico de segunda-feira (30/3) passou ao largo do escândalo. As empresas implicadas agradecem. As que pagam seus compromissos e respeitam a lei devem se sentir lesadas. Isso também acontece.

Contra o fundamentalismo religioso

Direitos Humanos: Contra o fundamentalismo religioso e a vontade crua da maioria

O fundamentalismo existe quando um grupo pretende que os princípios de sua fé sejam generalizados para a toda a sociedade via Lei.


Paulo Pimenta Moreira Mariz/Agência Senado
Duas notícias nos últimos dias assustaram o mundo. O Estado da Indiana, nos Estados Unidos, aprovou uma lei pela qual estabelecimentos comerciais podem impedir a entrada de homossexuais. A justificativa é a liberdade religiosa. O Estado Islâmico, dias antes, degolou jovens identificados como gays... Na intolerância, os opostos se aproximam.

Medidas de violência contra grupos vulneráveis têm cada vez mais feito parte do cenário político brasileiro também. Especialmente na Câmara dos Deputados, com o PL 7382/2010, que criminaliza a heterofobia, e o PL 1672/2011, que institui o Dia do Orgulho Heterossexual. Dentre outros com o mesmo espírito tramitando, vale a pena citar o Estatuto da Família, que quer definir essa instituição como a união entre um homem e uma mulher.

Em todos os casos está presente a tensão entre maiorias e minorias; entre afirmação da hegemonia de um grupo frente a outros que, por alguma razão, têm menos poder na sociedade.

Qual o sentido de uma data comemorativa que afirma o orgulho da heterossexualidade, num contexto em que homossexuais e travestis são discriminados, violentados e até mesmo assassinados por sua orientação sexual e identidade de gênero? O sentido é justamente o de esmagar a minoria.

A sociedade brasileira, em tensão com seus traços misóginos e racistas, tem uma tradição democrática que se ampliou ao longo das décadas. Justamente por isso tem, assim como em outros países, efemérides que, de forma correta, comemoram o orgulho de minorias (em poder) que precisam ser visibilizadas e respeitadas: Dia Internacional da Mulher, Dia do Índio, Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia, Dia do Orgulho Autista, Dia Nacional do Cigano, Dia da Consciência Negra, etc.

A proposta que criminaliza a heterofobia tem o mesmo problema. O que é discriminação contra os heterossexuais? Algum heterossexual pode, sem cinismo, dizer que já foi excluído ou discriminado por essa condição? Já sofreu violência na rua? Já foi humilhado em casa? No emprego? Já foi motivo de piadas? Esse projeto de lei, evidentemente, é o contraponto ao PLC 122, que visa a criminalizar a homofobia. Por que criminalizar a homo e não a heterofobia?

Quando se cria um crime, o que se pretende é, em termos técnicos, proteger um bem jurídico. Proteger um elemento que é caro a uma determinada comunidade política. Assim, o mais básico dos crimes, o de homicídio, quer na verdade proteger a vida. O crime de peculato, proteger o patrimônio do Estado. O crime de injúria, a honra. E assim por diante. E existem determinados crimes que protegem grupos específicos. É o caso dos crimes contra crianças, adolescentes e idosos, que expressam o entendimento de que o Estado e a sociedade precisam cuidar de forma especial dessas pessoas. É o caso do crime de racismo, que existe porque as pessoas não-brancas sofrem uma discriminação em razão do seu fenótipo que é injusta e que deve acabar. E seria o caso do crime de homofobia, por se entender que a sociedade fundada em valores patriarcais exerce violência contra gays, lésbicas, travestis e transexuais.

A proposta de criminalização da heterofobia vai ao sentido oposto da ampliação da comunidade de direitos, de aperfeiçoamento das nossas instituições. Afirma a ordem de ideias que justifica e que fomenta a violência contra pessoas simplesmente pela sua forma de se identificar e de amar. Que não pode, portanto, ser aceita.

E aí chegamos à terceira proposta: o Estatuto da Família, que quer excluir os homossexuais da entidade familiar. É segregadora; retroage do patamar civilizatório que já conquistamos. Qual é o fundamento para se afastar determinadas pessoas da comunidade de afeto que é a família, cuja proteção pelo Estado é reconhecida?

Os argumentos são absurdos. Que os órgãos sexuais foram criados para reprodução, por exemplo. Fosse assim, as pessoas inférteis não poderiam se casar, já que formam uma união da qual não podem resultar filhos biológicos; fosse assim, o instituto da adoção deveria ser proibido, já que a partir dele se estabelece uma família não fundada em laços sanguíneos. Não existe uma razão pública, moralmente aceitável, a sustentar essas discriminações. E se a justificativa é religiosa, seu problema é que ela só é válida para quem crê em um dogma inicial.

O fundamentalismo existe justamente quando um grupo pretende que os princípios de sua fé sejam generalizados para a toda a sociedade via Lei. É o oposto da democracia (em cujo conceito é intrínseca a noção de laicidade): os motivos das decisões devem ser compartilhados, argumentados; na democracia um dogma não pode ser estendido a todos. Nesse sentido, determinadas opiniões, a proibição na Indiana e o Estado Islâmico se aproximam: trata-se de impor dogmas pela força. Ainda que seja a do Estado. Isso é opressão religiosa. Liberdade é a possibilidade de todos os credos conviverem.

Outra argumentação que tenho ouvido de deputados é de que a vontade da maioria deve prevalecer. A vontade do que eles entendem por maioria cristã. Não. A maioria da sociedade não pode esmagar minorias sexuais e culturais. Minorias que não lesionam ninguém, que expressam a riqueza de expressões que a humanidade comporta.

Democracia nunca foi nem nunca será o regime das maiorias. Regimes em que vale a vontade crua das maiorias são autoritários, e a história (inclusive a presente) está repleta deles. Na democracia devem coexistir a vontade de maiorias com a proteção de minorias culturais, étnicas, sexuais e outras.  Os direitos humanos são justamente a linguagem comum de proteção dos bens relacionados à dignidade e à diversidade de todas as pessoas; são parte do conceito de democracia; são cláusulas pétreas, incorporados ao patrimônio jurídico e político de nossa sociedade. Não podemos, sobre isso, retroceder.

Deputado Federal Paulo Pimenta (PT-RS)
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados



Créditos da foto: Moreira Mariz/Agência Senado

a fabricação de uma falsa "Voz das Ruas"

Os novos ídolos da grande imprensa corporativa e a fabricação de uma falsa "Voz das Ruas", por Luciano Martins Costa

 "Se já não havia uma diversidade aceitável em cada um deles, agora fica ainda mais patente que os principais meios de comunicação do país atuam como uma só redação, um só corpo editorial orientado por uma visão de mundo dominante e conservadora. Essa característica fica escancarada na forma como os conteúdos de um jornal são complementados e referendados pelos demais, em sequências nas quais uma declaração, um boato ou uma anedota percorre todo o campo midiático, acabando por se afirmar como verdade incontestável." 
Trecho do texto "Os Novos Ídolos da Imprensa", de Luciano Martins Costa, apresentado a seguir, retirado do Observatório da Imprensa:

‘VOZ DAS RUAS’

Os novos ídolos da imprensa

Por Luciano Martins Costa em 02/04/2015 na edição 844
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 2/4/2015 


Uma das tarefas mais difíceis da observação da imprensa é interpretar a narrativa subjacente ao conjunto de textos e sua organização nas páginas dos jornais. Como os diários procuram abranger o máximo de temas que seus editores consideram importantes para compor a agenda pública, supõe-se que basta entender o contexto de cada caderno especializado para montar o quebra-cabeças proposto a cada dia.

Nesse modelo clássico de observação, bastaria analisar os editoriais para identificar a opinião de cada veículo e ler os artigos para circunscrever a amplitude de interpretações que a imprensa tolera em suas páginas. O resto estaria explícito ou implícito na hierarquia que vai das manchetes até as notas curtas, ou até mesmo nos temas que foram deixados de fora.

O mesmo processo serviria para observar o noticiário da televisão, pois os dois meios se complementam e os principais diários costumam esperar o fim do Jornal Nacional, da TV Globo, para concluir suas edições. No entanto, a homogeneização da mídia tradicional exige que o observador leia todos os jornais de circulação nacional e acompanhe o noticiário de maior audiência para entender a lógica do jornalismo praticado no Brasil.

As grandes empresas de comunicação estabeleceram, nos últimos anos, uma relação de parcerias que eliminou a concorrência entre elas, enquanto o propósito político comum unificou os discursos e as narrativas, fazendo com que os jornais ficassem muito parecidos entre si.

Se já não havia uma diversidade aceitável em cada um deles, agora fica ainda mais patente que os principais meios de comunicação do país atuam como uma só redação, um só corpo editorial orientado por uma visão de mundo dominante e conservadora. Essa característica fica escancarada na forma como os conteúdos de um jornal são complementados e referendados pelos demais, em sequências nas quais uma declaração, um boato ou uma anedota percorre todo o campo midiático, acabando por se afirmar como verdade incontestável.+

Seguindo esse roteiro, é possível identificar claramente na narrativa comum e mutuamente referente dos três diários de circulação nacional uma agenda política que tem como eixo central a manutenção de um quadro de crise em torno da presidente Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que se procura minar a reputação do ex-presidente Lula da Silva.

Abominações políticas

Faz sentido: não é conveniente dar guarida aos manifestantes que pedem o impeachment da atual presidente, se Lula continuar com chances de voltar ao Planalto em 2018. Por isso, a imprensa busca dar consistência ao discurso desses atores recentemente inseridos na cena pública após os protestos do dia 15 de março passado. Repórteres, editores e âncoras de programas de entrevistas procuram tornar compreensíveis e palatáveis as ideias politicamente toscas expressas por tais protagonistas, apresentando-os como exemplos da razão nacional.

Essa ação tem sido mais intensa na Folha de S.Paulo e na TV Cultura de São Paulo – e, por extensão desta, na revista Veja –, mas se repete em entrevistas e artigos nos outros jornais, nos quais se procura apresentar um engenheiro, um adolescente de traços orientais e um jovem negro como representantes da “voz das ruas” (sobre a introjeção da voz do opressor que estes representam, clique aqui).

Lidos no original, os discursos dos personagens que a imprensa selecionou para representar esse movimento exemplificam com clareza o que a filósofa Marilena Chauí chamou, há três anos, de “abominações” (ver aqui).

É difícil analisar diretamente as visões de mundo expressadas por esses novos ídolos da mídia, porque, como verdadeiras aberrações do pensamento político, escapam aos paradigmas clássicos. Mas pode-se ler a versão revista e palatável de suas ideias, que a imprensa procura apresentar ao público.

Na edição de quinta-feira (2/4), o Estado de S.Paulo assume, em editorial, a crença de tais personagens, de que há uma orientação “bolivariana” no poder Executivo – o que soa quase como achincalhe à inteligência do leitor mais exigente. Na Folha de S.Paulo, um articulista recomenda que os movimentos que organizam os protestos simplifiquem e unifiquem suas bandeiras, e afirma que eles representam “o que a rua quer”.

Esses personagens não representam as ruas. São a expressão da pobreza intelectual que caracteriza a lumpenburguesia, essa extração das classes médias urbanas composta pelos abastados abestados, analfabetos políticos que desprezam a democracia e repudiam a mobilidade social, da qual são beneficiários.

É com essas excrescências que a imprensa produz diariamente seus quitutes.