segunda-feira, 15 de junho de 2015

MILHÕES DE MORTES EM NOME DE "DEUS"

BÍBLIA RELATA MAIS DE 2,4 MILHÕES DE MORTES EM NOME DE "DEUS"



Estimativa feita por estudioso americano conclui que as mortes podem chegar
a 24,7 milhões, incluindo aquelas cujo número não é revelado pela Bíblia
Em 2 Reis 2:24, um profeta pede a Deus que castigue as crianças que estavam zombando de sua careca. E imediatamente surgem duas ursas e despedaçam os 42 jovens desrespeitosos.

Em 1 Samuel 6:19, Deus não gostou que homens de Bete-Semes tivessem olhado dentro de sua enigmática arca e, em represália, matou 50.070. 

O cético e estudioso da Bíblia Steve Wells anotou todas as mortes, como essas, registradas nas sagradas escrituras cometidas direta ou indiretamente por Deus, ou em nome Dele, e as somou. Deu o total de 2.552.452 (ver quadro abaixo).

Pelos relatos bíblicos, Deus foi a causa de muito mais mortes, porque há ali eventos, como guerras santas, massacres étnicos e pragas e outros, como o dilúvio de Noé, cujo número de vítimas não é mencionado. 

Welles fez uma estimativa sobre o montante dessas mortes, para ter uma ideia do total que seria mais condizentes com os registros bíblicos. Ele estimou, por exemplo, que no dilúvio morreram 20 milhões de pessoas. Em outro caso, ele avaliou que morreram 70.000 pessoas na fome descrita em Gênesis 41:25-54. 

Welles também “corrigiu” alguns números de mortes os quais ele entendeu estarem subestimados na Bíblia. No caso do afogamento do exército egípcio (Êxodo 14:18-26), a Bíblia diz que morreram 600 soldados. Na avaliação do estudioso, morreram 5.000. 

O total de mortes estimadas por Welles dá 24.712.019. 

Os números do estudioso americano evidentemente podem ser questionados, porque não se baseiam em nenhum critério científico, até porque, para os céticos, em um exemplo, nunca houve arca de Noé. Mas Wells pode ser acusado tanto de ter inflado os números como de ter subestimado-os. Há quem, por exemplo, acredite que na época de Noé existiam mais de 20 milhões de pessoas. 

De qualquer forma, deixando as estimativas de Wells de lado, a quantidade parcial de 2.552.452 mortes, conforme está pela Bíblia, já é mais do que suficiente para desmoralizar qualquer deus, do ponto de vista humanitário e laico.  


De acordo com o levantamento de Welles, a Bíblia registra apenas 10 mortes sob a responsabilidade de Satanás. 


Números da carnificina bíblica
 evento
 referência bíblica
 nº bíblico
 estimativa
 Dilúvio de Noé
-
 20 milhões
2
 Guerra de Abraão
-
 1.000
3
 Sodoma e Gomorra
-
 2.000
 Mulher de Ló
1
 1
 História de Diná
Gênesis 34:1-31
2
 1.000 
Senhor não gostou de Er
1
 1
Onã é morto por ter se masturbado
1
 1
Fome mundial
-
70.000
Sétima Praga do Egito
-
300.000
10 
Assassinato das crianças primogênitas do Egito
-
500.000
11 
Deus afoga o exército egípcio
600
5.000 
12 
Morte de Amaleque e seu povo
 -
1.000
13
Matança de irmãos, amigos e vizinhos
3.000
3.000
14 
Deus ficou bravo por causa do bezerro de Arão
 -
1.000 
15 
Filhos de Arão são mortos por queimadura
2
2
16 
Blasfemador é apedrejado até a morte
17 
Deus queimou queixosos
-
100 
18
Deus ficou furioso com quem  reclamava da comida
10.000
19 
Pessoas são mortas por causa de sua reputação
10 
110 
20 
Homem foi morto porque colhia lenha no sábado
21 
Desafetos são enterrados vivos
3
22 
Senhor queima pessoas que ofereciam incenso
250 
250
23 
Mortos por reclamar dos assassinatos de Deus
14.700
14.700
24
Massacre de cananeus 
-
3.000 
25 
Deus mandou cobras para matar queixosos 
100 
26 
Assassinatos para acabar com mortes de praga divina 
24.002
 24.002
27 
Massacre de midianitas 
6
200.000 
28 
Deus mata exército israelita 
 -
500.000
29 
Deus mata povo de gigantes 
5.000 
30 
Deus induz o rei Sion a uma matança básica
Dt 2:33-34
3.000
31 
Deus mata povo do rei Ogue
60.000 
32 
Massacre de Jericó 
1.000 
33 
Acã e família são apedrejados e queimados 
Josué 7:10-12
Josué 7:24-26
34 
 Massacre do povo de Ai
Josué 8:1-25
12.000 
12.000 
35 
Deus detém o Sol para que Josué matasse durante o dia 
Josué10:10-11
5.000 
36 
Assassinato de 5 reis e de seu povo 
Josué 10:26
5
10.000 
37 
A mando de Deus, Josué mata tudo que respira 
Josué 10:28-42
7.000 
38 
Massacre de pessoas de 20 cidades 
20.000 
39 
Matança sem piedade de mais gigantes 
5.000 
40 
Deus entrega cananeus e perizeus para matança 
10.000 
10.000 
41 
Massacre de Jerusalém  
 -
1.000
42 
Mais cinco massacres 
 -
5.000 
43 
Episódio envolvendo Cusã-Risataim
1.000 
44 
Eúde mata o rei Eglom, um 'homem muito gordo'
45 
Massacre de moabitas 
Juízes 3:28-29
10.000
10.000 
46
Sangramento de  filisteus
600
600
47 
Massacre de cananeus 
 -
1.000 
48 
Jael esmaga crânio de um homem adormecido 
49 
Deus promove uma carnificina
120.000 
120.000
50 
Um maus espírito de Deus causa massacre  
1.001 
2.000 
55 
Sansão mata 1.000 homens 
1.000 
1.000  
56 
Sansão mata mais 3.000 
3.000
3.000
57 
Guerra Civil Santa 
65.100 
65.100 
58 
Dois genocídios
4.000 
59 
Deus mata os filhos de Eli e 34 mil soldados israelitas 
1 Sm 2:25
1Sm 4:11
34.002 
34.002  
60 
Vítimas de Deus são castigadas com hemorroidas
1 Sm 5:1-12
3.000 
61 
Foram mortos porque olharam dentro da arca do Senhor 
1Sm 6:19
50.070 
50.070  
62 
Deus ficou bravo como um trovão com  filisteus 
1 Sm 7:10-11
1.000 
63 
Massacre de amonitas 
1.000 
64 
Jônatas em ação1 Sm 14:12-14
20
20 
65 
Deus força os filisteus a se matarem 
1.000 
66
Genocídio amalequita 
10.000 
67 
Samuel despedaçou a Agague perante o Senhor
68 
Davi ou El-Hanã mata Golias1 Sm 17::51
2 Sm 21:19
1
1
69 
Davi mata 200 filisteus 
1 Sm 18:27
200 
200 
70 
"O Senhor disse a Davi: Vai, e ferirás aos filisteus"
10.000 
71 
Deus mata Nabal 
72 
Davi comete genocídios 
1 Sm 27:8-11
60.000 
73 
Prossegue a matança de Davi 
1 Sm 30:17
1.000 
74 
Deus mata Saul, seus filhos e homens porque não quiserem liquidar os amalaquitas
4
100 
75
Davi mata o mensageiro 
76 
Davi mata Recabe e Baaná, e corta-lhes as mãos e os pés
77 
Davi mata filisteus com a ajuda de Deus
2.000 
78 
Deus mata Uzá por ser imprudente com a arca Dele 
2 Sm 6:6-7
1 Crônicas 13:9-10
79 
Davi matou moabitas que eram prisioneiros de guerra2 Sm 8:2
667 
80 
Senhor dá vitória a Davi onde quer que vá 
2 Sm 10:18
65.850 
66.850  
81 
Davi mata todos os varões de Edom
2 Sm 8:13
1Reis 11:15-16
1 Crônicas 18:12
Salmos 60:1
15.000
65.000
82 
Davi mata filhos e familiares de Amom
1.000
83 
Deus mata lentamente um bebê 
2 Sm 12:14-18
84 
Sete filhos de Saul são pendurados diante do Senhor, e a praga da fome mata mais
3.000 
85 
Matança promovida por soldados de Davi 
1.403 
3.400 
86 
Deus manda uma peste para Israel 
70.000 
200.000 
87 
Deus realiza desejo de Davi, e Joabe e Simei são mortos  
1 Reis 2:29-34
1 Reis 2:44-46
2
88 
Morte de um profeta 
1 Reis 13:11-24
1
1
89 
Deus mata filho de Jeroboão 
1 Reis 14:17
1
1
90
Ordem do Senhor: assassinato da família de Jeroboão
1 Reis 15:29
10
91 
Assassinatos de todos da casa de Baasa, incluindo parentes e amigos
1 Reis 16:11-12
20
92 
Morte de Zinri 
1 Reis 16:18-19
93 
 Seca de Elias
1 Reis 17:1
Lucas 4:25
Tiago 5:17-18
3.000 
94 
Elias mata 450 religiosos em um concurso de oração
450 
450 
95 
Matança de sírios 
1 Reis 20:20-21
10.000 
96 
100 mil sírios são mortos porque alguém deles falou que Deus é dos montes, e não do vale 
1 Reis 20:28-29 
100.000 
10.000 
97 
 Deus mata mais sírios
1 Reis 20:30
27.000 
27.000  
98
 Deus manda um leão atacar um desobediente
1 Reis 20:35-36
99 
Deus mata Acabe no lugar de um rei capturado
1
100 
Deus queima 102 homens até a morte para forçar Elias a descer da colina2 Reis 1:10-11-12
102 
102 
101 
Rei Acazias é morto por ter feito pedido ao deus errado 
2 Reis 1:16-17
1
102 
Deus mandou duas ursas matar 42 crianças que estavam se divertindo com a careca de um profeta 
2 Reis 2:24
42 
42 
103
Deus entregou os moabitas para a morte
-
5.000 
104 
Cético é pisoteado até a morte2 Reis 7:2-20
1
1
105 
Mais uma praga de 7 anos de fome 
7.000
106
 Jorão é morto com uma flexa
107 
Jezebel 
108 
Os 70 filhos de Acabe são assassinados 
2 Reis 10:6-10
70
70 
109 
Assassinatos de integrantes da família de Acabe, incluindo seus amigos e sacerdotes
20 
20 
110 
Jeú mata a família de Acazias
2 Crônicas 22:7-9
 42
42
111
Jeú mata o que sobrou da família Acabe 
2 Reis 10:17
 -
20
112
Jeú reúne os seguidores de Baal e os mata2 Reis 10:18-25
 -
1.000 
113
Matã, sacerdote de Baal, e Atalia são assassinados
2 Reis 11:17-20
2
114
Deus envia leões para comer aqueles que o não temem 
 2 Reis 17:25-26
10 
115
Um anjo mata soldados que estavam dormindo 
2 Reis 19:35
Isaías 37:36
185.000
185.000
116 
Deus fez com que Senaqueribe fosse morto por seus filhos
2 Reis 19:37
1
117
Josias matou todos os sacerdotes dos altos 
2 Reis 23:20
100 
118
Guerra Santa 
50.000 
119
Carnificina em nome de Deus
2 Crônicas 13:17-18
500.000 
500.000  
120 
Morte de Jeroboão 
1
121
Deus atendeu a pedido e matou etíopes
1.000.000 
1.000.000 
122
Deus fustiga uns contra outros na multidão  
-
30.000
123
Jeorão se dá mal com Deus
1
124
Deus mata os filhos Jeorão2 Crônicas 22:1
-
125
Morte de Acazias (de Judá)
1
126
Ira divina atinge exército de Judá 
10.000 
127
Deus acaba com Amazias 
1.000 
128
Deus entrega o rei Acaz a seus inimigos
2 Crônicas 28:1-5
-
10.000 
129
Peca mata em nome de Deus
2 Crônicas 28:6
120.000
120.000 
130
Queda de Jerusalém
2 Crônicas 36:16-17
-
10.000
131
Ester 275.813
75.813
132
Desabamento de casa
Jó 1:18-19
10
60
133
Morte de Hananias por rebeldia
1
1
134
Morte de mulher de Ezequiel
1
1
135
Judite corta a cabeça de um homem adormecido
1
1
136
Massacre
-
1.000
137
Morte de Annanias e Safira
2
2
138
Herodes
Atos 12:23
1
1
139
Jesus
1
1
2.552.45224.712.019





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Difereça entre...






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Os 800 anos da Magna Carta


Hoje é comemorado os 800 anos da Magna Carta. Os textos abaixo apresentam perspectivas sobre o texto que influencia até hoje parte da política Ocidental:

Retomando o debate sobre a Magna Carta, por João Carlos Espada.
Magna Carta, Waterloo e a Corrente de Ouro, por João Carlos Espada.
- Um brinde à "Magna Carta", por João Pereira Coutinho.


teorias da conspiração que se provaram verdadeiras

Conheça quatro teorias da conspiração que se provaram verdadeiras

Conheça quatro teorias da conspiração que se provaram verdadeiras

As teorias conspiratórias servem como um recurso para reduzir a ansiedade das pessoas com relação às questões mais diversas, especialmente àquelas que não possuem uma explicação oficial. Embora, na maioria das vezes, sejam explicações descabidas, um princípio de verossimilhança as torna muito tentadoras, sobretudo quando se necessita de respostas a perguntas essenciais. Mesmo assim, existem teorias conspiratórias que, com o decorrer do tempo, mostraram-se corretas. Abaixo, apresentamos algumas das mais significativas, de acordo com uma publicação do jornal inglês The Independent:

  • O Estudo da Sífilis Não-Tratada de Tuskegee: Entre 1932 e 1972, os serviços públicos de saúde norte-americanos fizeram um experimento com 400 afro-americanos com sífilis na cidade de Tuskegee, no Alabama. O objetivo era estudar a progressão natural da doença sem tratamentos. A maioria dos pacientes selecionados eram pobres e analfabetos, e seus diagnósticos nunca lhe foram informados – diziam a eles, simplesmente, que possuíam um “sangue ruim”.
  • Projeto MKULTRA: Relatórios confidenciais revelam que um programa secreto da CIA se dedicou a procurar métodos de controle mental para obter informações de indivíduos resistentes aos mecanismos clássicos de interrogação. Com esse fim, o programa MKULTRA testava drogas, psicotrópicos, correntes elétricas e o efeito de mensagens subliminares em cobaias humanas.
  • Operação Paperclip [Saiba mais no vídeo ao final da notícia]: Quando a Segunda Guerra chegava ao fim e a derrota do Terceiro Reich era inevitável, a CIA levou para os EUA mais de 700 cientistas nazistas especializados em foguetes, armas químicas e experimentos médicos, sem que o Departamento de Estado soubesse nem aprovasse. Entre os especialistas estavam figuras importantes como Wernher Von Braun, criador do foguete V-2 e pai do programa espacial norte-americano; Kurt Blome, médico especializado em armas biológicas, muitas das quais testadas em prisioneiros de Auschwitz; e Hubert Strughold, um médico que estudou os efeitos das temperaturas extremamente baixas no corpo humano em prisioneiros do campo de concentração de Dachau.
  • Lei Seca: Durante a chamada Lei Seca, que proibiu a venda de bebidas alcoólicas nos EUA entre 1920 e 1933, o governo envenenava propositalmente barris de álcool, como medida para impedir seu consumo clandestino. Cerca de 700 pessoas teriam morrido em decorrência dessa ação.

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domingo, 14 de junho de 2015

Um dos principais beneficiados pela Operação Lava Jato

post em andradetalis

Soros um pirata que não larga o Brasil

by Talis Andrade
George Soros, o maior acionista da Petrobras. Um dos principais beneficiados pela Operação Lava Jato
George Soros, o maior acionista da Petrobras. Um dos principais beneficiados pela Operação Lava Jato
Desde o entreguismo do governo Fernando Henrique, a imprensa vem publicando a saída de George Soros do Brasil. A morte de Fidel Castro e a fuga de Soros são as notícias mais repetidas pela imprensa vendida e safada.
Os jornalões publicaram que George Soros trocou ações da Vale do Rio Doce, estatal doada por FHC, por ações da Petrobras. Uma transação totalmente imaginária. Essa troca impossível significaria que a Petrobras é o maior acionista da Vale.
George Soros teve o prestígio de nomear um empregado presidente do Banco Central. Daí o perigo da autonomia.
Todas as vezes que alguma trama política está para acontecer, noticiam coisas assim:
"O megainvestidor George Soros resolveu desfazer toda a posição que tinha sobre a Petrobras (PETR3; PETR4) e abandonar investimentos diretos no Brasil, informou sua gestora à SEC (Securities and Exchange Commission) - a agência reguladora do mercado de capitais americano. Conforme destacou a imprensa nacional, a decisão do bilionário foi novamente na direção contrária da de outros importantes players do mercado, que passaram a investir na estatal no começo do ano.
Durante o segundo semestre do ano passado, o investidor aumentou sua aposta sobre os papéis da Petrobras no auge da Operação Lava Jato, quando o mercado castigava as denúncias de corrupção e a apuração das perdas por eles gerados. Do segundo para o terceiro trimestre de 2014, a exposição de Soros à petrolífera dobrou para 5,1 milhões de ações. De lá para cá, o movimento inverteu até ser zerar ao final dos primeiros três meses deste ano.
O bilionário também vendeu a participação que tinha sobre os papéis da Embraer (EMBR3) e TIM Brasil (TIMP3), levando embora todos os recursos antes aplicados por aqui".
Esta notícia do portal 247 é menirosa. O especulador Soros, pirata internacional, patrocinador de guerras na Europa, no deserto árabe, e do colonialismo na África e nas Américas do Sul, Central e México, jamais largou os ossos de ouro da Petrobras, da Vale do Rio Mais do que Doce. Soros é um assassino, um banqueiro agiota.
Ambicioso, um maldito Midas, não largará facilmente o Brasil. Investiu nas campanhas presidenciais para derrotar Lula e Dilma Rousseff, Soros ganhou muito com as privatizações de Fernando Henrique, mas quer mais. Sempre vai querer mais.
Bom que saísse da Petrobras e de outras grandes empresas brasileiras, que foram privatizadas, e entregues ao capital estrangeiro.  A farsa do leilão da Vale do Rio Mais do que Doce foi o maior roubo da história mundial.
Soros cai fora sim, quando o Brasil reconquistar suas riquezas roubadas. Hora do Brasil nacionalizar a Vale, a Petrobras e outras empresas ex-estatais.
Pela independência do Brasil, Soros fora já! para todo sempre!
Vade retro satana!

Conhecimento pode representar poder e dinheiro

Analisamos cursos de pós-graduação no Brasil

10/06/2015 - 10H06/ atualizado 11H0606 / por thiago tanji
Não é segredo para ninguém que o nível de desenvolvimento humano de um país depende necessariamente da qualidade da educação promovida por suas instituições. Mas essa relação fica ainda mais clara quando se realiza uma análise dos números da pós-graduação stricto sensu, ou seja, dos programas de mestrado e doutorado direcionados para aquelas pessoas que já possuem um diploma de graduação e realizam pesquisa acadêmica sobre um assunto específico. Para se ter uma ideia, a Alemanha, com uma taxa de 18,6 doutores a cada mil habitantes, exporta US$ 183,4 bilhões anuais em tecnologia de ponta, enquanto o Brasil, que tem pouco mais de 1,4 doutor a cada mil habitantes, exporta apenas US$ 8,8 bilhões.


Conhecimento, nesse caso, representa poder e dinheiro.

LÁ EMBAIXO
Número de títulos de doutor concedidos por milhão de habitantes coloca países desenvolvidos na liderança

Baseado em dados de 2010 (Foto: gabriela oliveira)
Mas, se o número de mestres e doutores brasileiros ainda é insuficiente quando comparado ao de outras potências globais, houve avanços nos últimos anos, especialmente com a criação de novas universidades federais e cursos de pós-graduação stricto sensu nas instituições particulares de ensino.

Em 1998, foram concedidos 16 266 títulos de mestre e de doutor no país; em 15 anos, essa cifra superou os 50 mil títulos. “Com a Embrapa, houve um grande investimento em pesquisas relacionadas ao agronegócio, fazendo do Brasil o maior produtor de carne, soja e cítricos do mundo. Com a Embraer, o país investiu também no setor aeroespacial, e hoje é um dos líderes mundiais da área”, afirma Antonio Freitas, pró-reitor de ensino, pesquisa e graduação da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O número de cursos de mestrado e doutorado mais que dobrou em 13 anos: se em 2000 havia 1439 programas disponíveis, em 2013 esse número saltou para 3486. Ainda assim, de acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a quantidade não está necessariamente relacionada à qualidade.

O órgão, vinculado ao Ministério da Educação, é responsável por fazer uma avaliação periódica dos cursos de pós-graduação stricto sensu no país, a partir de requisitos como qualidade do corpo docente, produção intelectual, relevância das teses e dissertações e inserção social. Os últimos dados divulgados pela Capes indicam que apenas 145 programas receberam conceito sete, a maior nota oferecida pela instituição. Cursos que recebem conceitos um e dois não podem abrir novas turmas de pós-graduação.


QUANTIDADE É QUALIDADE?
Em todas as áreas do conhecimento, programas de pós-graduação cresceram durante os últimos anos

  (Foto: gabriela oliveira)
Além do desafio de melhorar a qualidade dos cursos, a desigualdade na distribuição geográfica de professores e estudantes de pós-graduação ainda persiste no país. Em 1998, Acre, Amapá, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins não tinham sequer um programa de mestrado ou doutorado disponível para a população. Hoje, todos os estados do ­país contam com programas stricto sensu, ainda que de maneira desproporcional: a soma do número de professores de pós-graduação das re­giões norte e nordeste — 17 378 — ainda é menor que a do estado de São Paulo, que tem 20 961 desses profissionais.

Não por acaso, o desenvolvimento educacional se reflete diretamente em indicadores sociais. O Distrito Federal, a unidade da federação com maior índice de desenvolvimento humano (IDH), de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), tem também a proporção mais alta de doutores do país, com 111,2 titulados por 100 mil habitantes. Quando se pensa em crescimento econômico e melhora das condições de vida da população, formar mestres e doutores ganha importância estratégica. “Sem pesquisadores qualificados, não seria possível montar uma fábrica como a da Jeep em Goiana, Pernambuco”, diz Freitas. “Aquele pessoal que trabalhava em canaviais, por meio da educação, aprendeu a usar máquinas sofisticadas.” Se o governo federal carrega o lema de “pátria educadora”, nunca é demais relembrar dados como esses, não é mesmo?

DIPLOMA DESIGUAL
Mestres e doutores se concentram nas regiões Sul e Sudeste do país
Calculados a partir de dados do CNPq, com base no censo 2010, fontes IBGE, Banco Mundial e CAPES (Foto: gabriela oliveira)




A MINHA É FEDERAL
Universidades públicas federais dominam a oferta de cursos para mestrado e doutorado
  (Foto: gabriela oliveira)
PARIDADE NA PESQUISA
O número de mulheres que fizeram mestrado é maior, mas ainda há mais homens com doutorado

  (Foto: gabriela oliveira)
LATO SENSU > “Sentido amplo” em latim, inclui programas de especialização para os que já têm diploma de graduação. O curso deve ter duração mínima de 360 horas e oferece um certificado de conclusão.
STRICTO SENSU > “Sentido específico” em latim, diz respeito aos programas de mestrado e doutorado que oferecem diploma de titulação ao estudante após a defesa de sua pesquisa para uma banca pública.
MBA >Do inglês Master Business Administration (ou “mestrado em administração de negócios”), o curso não faz parte do mestrado, como seu nome sugere, mas é uma pós-graduação lato sensu com temas ligados à área de administração de empresas.
MESTRADO PROFISSIONAL > Esse tipo de curso se inclui entre os de mestrado stricto sensu e promove a formação de profissionais que desempenham atividades técnico-científicas de alto nível em diferentes áreas do conhecimento.
DOUTORADO SANDUÍCHE > Programa que oferece bolsas de estudos para doutorandos brasileiros visando à realização de pesquisas em instituições internacionais.

ESTUDE E GANHE POUCO DINHEIRO




Os estudantes que desejam iniciar um curso de pós-graduação stricto sensu podem concorrer a bolsas de estudos oferecidas por agências de fomento à pesquisa, como a Capes e o CNPq, e fundações estaduais, como a paulista Fapesp. O valor desse apoio para os pesquisadores, no entanto, ainda é baixo: o CNPq, por exemplo, oferece R$ 1500 por mês para mestrandos e R$ 2200 para doutorandos. As agências também oferecem bolsas para pós-doutorandos, profissionais que continuam a produzir pesquisas após a conclusão do doutorado.


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A carreira acadêmica no ensino público é a principal ocupação dos profissionais que concluíram o mestrado ou o doutrado
  (Foto: gabriela oliveira)
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“Até quando, Catilina,,,"

Globo volta ao “podemos tirar se achar melhor”

“Até quando, Catilina14 de junho de 2015 | 13:30 Autor: Miguel do Rosário
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Cícero, o célebre orador romano, não conheceu a Globo, mas suas invenctivas contra Catilina, um golpista da época, parecem ter sido escritas especialmente para denunciar as diatribes da Vênus, sua campanha diária contra um debate político baseado em fatos, e não em mentiras, factoides e omissões.
A obsessão goebelliana da Globo é criar a seguinte narrativa: FHC foi um grande estadista, e Lula, um crápula que merece ser degolado em praça pública.
Dizia Cícero: “Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?
Quam diu etiam furor iste tuus eludet?
Quem ad finem sese effrenata iactabit audacia?”
Tradução:
“Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?”
O blog DCM descobriu que a Época, que agora disputa com a Veja o título de rainha do esgoto, tentou apagar da internet uma matéria em que denunciava mais uma daquelas coisas incríveis que somente os tucanos podem fazer: em seus últimos dias de governo, FHC usou o Planalto, um espaço público, para reunir grandes empresários, e pedir dinheiro para seu Instituto. Conseguiu R$ 7 milhões. Hoje isso deve corresponder ao dobro disso.
Mais tarde, o ex-presidente conseguiria mais R$ 6 milhões de verba pública para organizar um “acervo” no site do Instituto FHC, louvando a si mesmo.
Tucano pode tudo.
Lula não.
Lula deveria ter ido esmolar embaixo de um viaduto.
***
Do Diário do Centro do Mundo.
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Revista Época tira do ar matéria que contava como FHC ‘passou o chapéu’ para criar seu instituto
Postado em 14 de junho de 2015 às 12:28 pm
A revista Época tirou do seu site um artigo em que contava como, no final de sua presidência, FHC ‘passou o chapéu’ para recolher recursos para montar seu instituto.
O serviço de queima de arquivo, no entanto, não foi bem feito.
O Google guardou uma foto do texto. Quem procura a matéria no Google encontra essa cópia fotográfica.
O Google explica que o dono do conteúdo pode pedir para remover o texto caso queira, mas até aqui a Época não se mexeu.
Abaixo segue a reportagem, copiada e colada:
FHC passa o chapéu
Presidente reúne empresários e levanta R$ 7 milhões para ONG que bancará palestras e viagens ao Exterior em sua aposentadoria
Gerson Camarotti
Foi uma noite de gala. Na segunda-feira, o presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu 12 dos maiores empresários do país para um jantar no Palácio da Alvorada, regado a vinho francês Château Pavie, de Saint Émilion (US$ 150 a garrafa, nos restaurantes de Brasília). Durante as quase três horas em que saborearam o cardápio preparado pela chef Roberta Sudbrack – ravióli de aspargos, seguido de foie gras, perdiz acompanhada de penne e alcachofra e rabanada de frutas vermelhas -, FHC aproveitou para passar o chapéu. Após uma rápida discussão sobre valores, os 12 comensais do presidente se comprometeram a fazer uma doação conjunta de R$ 7 milhões à ONG que Fernando Henrique Cardoso passará a presidir assim que deixar o Planalto em janeiro e levará seu nome: Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC).
O dinheiro fará parte de um fundo que financiará palestras, cursos, viagens ao Exterior do futuro ex-presidente e servirá também para trazer ao Brasil convidados estrangeiros ilustres. O instituto seguirá o modelo da ONG criada pelo ex-presidente americano Bill Clinton. Os empresários foram selecionados pelo velho e leal amigo, Jovelino Mineiro, sócio dos filhos do presidente na fazenda de Buritis, em Minas Gerais, e boa parte deles termina a era FHC melhor do que começou. Entre outros, estavam lá Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), David Feffer (Suzano), Emílio Odebrecht (Odebrecht), Luiz Nascimento (Camargo Corrêa), Pedro Piva (Klabin), Lázaro Brandão e Márcio Cypriano (Bradesco), Benjamin Steinbruch (CSN), Kati de Almeida Braga (Icatu), Ricardo do Espírito Santo (grupo Espírito Santo). Em troca da doação, cada um dos convidados terá o título de co-fundador do IFHC.
Antes do jantar, as doações foram tratadas de forma tão sigilosa que vários dos empresários presentes só ficaram conhecendo todos os integrantes do seleto grupo de co-fundadores do IFHC naquela noite. Juntos, eles já haviam colaborado antes com R$ 1,2 milhão para a aquisição do imóvel onde será instalada a sede da ONG, um andar inteiro do Edifício Esplanada, no Centro de São Paulo. Com área de 1.600 metros quadrados, o local abriga há cinco décadas a sede do Automóvel Clube de São Paulo.
O jantar, iniciado às 20 horas, foi dividido em dois momentos. Um mais descontraído, em que Fernando Henrique relatou aos convidados detalhes da transição com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Na segunda parte, o assunto foi mais privado. Fernando Henrique fez questão de explicar como funcionará seu instituto. Segundo o presidente, o IFHC terá um conselho deliberativo e o fundo servirá para a administração das finanças. Além das atividades como palestras e eventos, o presidente explicou que o instituto vai abrigar todo o arquivo e a memória dos oito anos de sua passagem pela Presidência.
A iniciativa de propor a doação partiu do fazendeiro Jovelino Mineiro. Ele sugeriu a criação de um fundo de R$ 5 milhões. Só para a reforma do local, explicou Jovelino, será necessário pelo menos R$ 1,5 milhão. A concordância com o valor foi quase unânime. A exceção foi Kati de Almeida Braga, conhecida como a mais tucana dos banqueiros quando era dona do Icatu. Ela queria aumentar o valor da ajuda a FHC. Amiga do marqueiteiro Nizan Guanaes, Kati participou da coleta de fundos para a campanha da reeleição de FHC em 1998 – ela própria contribuiu com R$ 518 mil. “Esse valor é baixo. O fundo poderia ser de R$ 10 milhões”, propôs Kati, para espanto de alguns dos presentes. Depois de uma discreta reação, os convidados bateram o martelo na criação de fundo de R$ 7 milhões, o que levará cada empresário a desembolsar R$ 500 mil. Para aliviar as despesas, Jovelino ainda sugeriu que cada um dos 12 presentes convidasse mais dois parceiros para a divisão dos custos, o que pode elevar para 36 empresários o número total de empreendedores no IFHC.
Diante de uma platéia tão requintada, FHC tratou de exercitar seus melhores dotes de encantador de serpentes. “O presidente estava numa noite inspirada. Extremamente sedutor”, observou um dos presentes. Outro empresário percebeu a euforia com que Fernando Henrique se referia ao presidente eleito, Lula da Silva. “Só citou Serra uma única vez. Mas falou tanto em Lula que deu a impressão de que votou no petista”, comentou o convidado. O presidente exagerou nos elogios a Lula da Silva. Revelou que deixaria a Granja do Torto à disposição do presidente eleito. “Ele merece”, justificou. “A transição no Brasil é um exemplo para o mundo.” Em seguida, contou um episódio ocorrido há quatro anos, quando recebeu Lula no Alvorada, depois de derrotá-lo na eleição de 1998. O presidente disse que na ocasião levou Lula para uma visita aos aposentos presidenciais, inclusive ao banheiro, e comentou com o petista: “Um dia você ainda vai morar aqui”.
Na conversa, Fernando Henrique ainda relatou que vai tentar influir na nomeação de alguns embaixadores, em especial na do ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, para a ONU. Antes de terminar o jantar, o presidente disse que passaria três meses no Exterior e só voltaria para o Brasil em abril. Também revelou que pretende ter uma base em Paris. “Nada mal!”, exclamou. Ao acabar a sobremesa, um dos convidados perguntou se ele seria candidato em 2006. FHC não respondeu. Mas deu boas risadas. Para todos os presentes, ficou a certeza de que o tucano deseja voltar a morar no Alvorada, projeto que FHC desmente em conversas mais formais.
Embora a convocação de empresários para doar dinheiro a uma ONG pessoal possa levantar dúvidas do ponto de vista ético, a iniciativa do presidente não caracteriza uma infração legal. “Fernando Henrique está tratando de seu futuro, e não de seu presente”, diz o procurador da República Rodrigo Janot. “O problema seria se o presidente tivesse chamado empresários ao Palácio da Alvorada para pedir doações em troca de favores e benefícios concedidos pelo atual governo.”
O IFHC não será o primeiro no país a se dedicar à memória de um ex-presidente. O senador José Sarney (PMDB-AP) criou a Fundação Memória Republicana para abrigar os arquivos dos cinco anos de seu governo. Conhecida hoje como Memorial José Sarney, a entidade está sediada no Convento das Mercês, um edifício do século XVII, em São Luís, no Maranhão. Pelo estatuto, é uma fundação cultural, sem fins lucrativos. Mas também já foi alvo de muita polêmica. Em 1992, Sarney aprovou no Congresso uma emenda ao Orçamento que destinou o equivalente a US$ 153 mil para seu memorial. Do total, o ex-presidente conseguiu liberar cerca de US$ 55 mil.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=27523

coerência, coisa rara

Há ainda quem “não entregue a rapadura”

http://tijolaco.com.br/blog/-  http://tijolaco.com.br/blog/?p=27510
14 de junho de 2015 | 08:34 Autor: Fernando Brito
ovelha-negra
Se coerência, nos dias de hoje, é uma pedra rara, difícil de encontrar, sempre o foi, quando as pessoas vão se ocupar altos cargos, tanto que surgiu o dito português ” se queres conhecer o vilão, põe-lhe na mão o bastão”, deliciosamente traduzido, se a memória não me trai, por Luiz Paulistano para o ofício de escrever: se quer conhecer o caráter de um jornalista, dê-lhe um cargo de chefia”.
Por isso, este blog – que sempre  confessou sua admiração por ele – reproduz a “carta de despedida” do diretor brasileiro do Fundo Monetário Internacional, o economista Paulo Nogueira Batista Jr., um dos mais brilhantes economistas de nosso país e, acima de tudo, um ser humano que continua a pensar, como sempre, no  desenvolvimento brasileiro como algo que não se separa do progresso social. Tudo isso refletido na maneira simples e compreensível de expressar suas idéias – tornou-se antológico o seu “turma da bufunfa” para definir quem tem o dinheiro e o controle da opinião “pública” aqui – perante os leitores de sua coluna – infelizmente hoje quinzenal e em O Globo, depois que a Folha, há cinco anos, o “executou sumariamente“.
Talvez por sua sinceridade e transparência, com a capacidade de não falar economês, Paulo Nogueira não seja hoje o Ministro da Fazenda do Brasil. Como se sabe, um Ministro da Fazenda do Brasil não deve apenas falar inglês; deve pensar em inglês e isso Paulo não faz.
Mas a notícia – e Paulo entra nela mais diretamente que eu – é das melhores.
Ele será o vice-presidente brasileiro do Banco dos Brics. Um belíssimo começo para o banco, onde Paulo, em lugar de ficar tomando pernadas e puxadas de tapete dos “donos do fundo” vai fazer nosso país ser mais que respeitado: ser querido, também, pela qualidade humana de seu representante.

Sobrevivi

Paulo Nogueira Batista Jr.
Há poucos dias, o governo brasileiro, em nota oficial, divulgou a minha designação para vice-­presidente do Novo Banco de Desenvolvimento. Agora posso falar sobre o assunto. Na verdade, era um segredo de polichinelo; a informação já havia vazado para tudo quanto é lado. Quando veio a nota oficial, a repercussão foi bem modesta.
É sempre assim, leitor. O jornalista sempre quer publicar, de preferência, o que o governo não quer divulgar. O que é of the record ganha manchetes. O que é oficialmente divulgado permanece rigorosamente inédito. Mas, enfim, estou de mudança para Xangai no início de julho, em menos de um mês portanto.
Nelson Rodrigues dizia que brasileiro não pode viajar. O brasileiro, a caminho do Galeão, já na Avenida Brasil, adquire automaticamente um descarado sotaque espiritual. Se o grande cronista tinha razão, a minha nacionalidade deveria estar em avançado estado de decomposição.
Em março de 2007, quando estava preparando as malas para Washington, publiquei um artigo aqui mesmo neste espaço, sob o título “Escrevam, reclamem!”, no qual antecipava as dificuldades que teria no FMI e discorria sobre o adestramento das elites dos países em desenvolvimento na capital do Império ( Washington) — esta cidade de onde ora vos escrevo outra vez, mais de oito anos depois.
Sobrevivi. Não diria intacto, claro. Tive que enfrentar umas barras e tenho as minhas cicatrizes. Mas lutei. Lutei para que o Brasil, aquele Brasil idealizado, que só existe no coração de alguns brasileiros, pudesse se orgulhar um pouco de mim.
Exagero? Só quem passou alguns anos em Washington ou qualquer outra cidade importante no mundo desenvolvido pode ter noção completa das dificuldades com que se defronta um subdesenvolvido quando transplantado para o centro do sistema internacional de poder. A verdade, leitor, é a seguinte: americanos e europeus ainda estão acostumados a mandar, acreditam que têm o direito de mandar, que não há outra solução. E ponto final.
O subdesenvolvido quando chega por aqui se defronta, portanto, com a seguinte disjuntiva: ou adere, sem qualquer restrição e objeção, acompanhando mansamente as diretrizes do Ocidente, ou será considerado um elemento hostil, um estranho no ninho.
Alguém perguntará: mas não há meiotermo? Não, infelizmente não. Conformismo total é o que se espera de um periférico que aporta por aqui. E subdesenvolvido que não conhece o seu lugar é caçado a pauladas, feito ratazana prenhe, diria Nelson Rodrigues (outra vez esse homem fatal!).
Ah, mas o subdesenvolvido que se acomoda, este pode ter uma boa vida por aqui. Depois de um período de experiência, é acolhido como membro leal de um clube confortável, com saunas, piscinas e toalhas felpudas — membro de segunda classe, é verdade, sem direito de decidir, mas membro mesmo assim.
Quero acrescentar um elemento importante a essa pequena fábula. O brasileiro não é dos piores. A subserviência internacional encontra muitos representantes mais entusiasmados e mais convictos. O brasileiro tem os seus escrúpulos, os seus arroubos, os seus surtos de independência. O Brasil, afinal, é um grande país — ainda que nós, brasileiros, não estejamos sempre à sua altura.