domingo, 21 de junho de 2015

Dizer autenticamente não ao garantido e sim à incerteza




Ser puritano é muito fácil.
Basta ser hipócrita.
Ser puro é muito difícil,
porque para isso é necessário ser autêntico.
É viver autenticamente para Nós em vez de viver puritanamente para Si.
É absorver autenticamente o momento e não conseguir seguir em frente em seu egoísmo sem levar em conta suas responsabilidades sociais.
É dizer autenticamente não ao garantido e sim à incerteza.


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Sobre coordenadas e subordinadas

Não é fácil decidir se viveremos para si ou para nós. As consequências (e as responsabilidades) que essa escolha acarreta definirão o que somos e para quem somos. Na análise sintática da vida, ninguém pode ser julgado se decidiu viver ou existir; mas a escolha, como sempre, está em nossas mãos.

Na história da humanidade, o homem sempre procurou se adaptar para poder sobreviver - mais do que um instinto, essa vontade de continuar sendo parte ativa do ciclo da vida já foi discutida por vários pensadores e, ainda sem respostas, continuamos a nos indagar por que e para quem vivemos.
O porquê não é tão difícil de ser respondido. Estamos vivos pois, em algum lugar no passado, em um ambiente talvez inóspito, talvez celestial, algumas moléculas disseram "sim" às outras e seu casamento, o mais antigo caso de poli amor, gerou a primeira descendência da história. Assim nasceram as estrelas e os planetas que, a exemplo de seus pais, não demoraram a dizer sim às outras fusões. Com o tempo, o acaso se fez presente e a filha mais amada foi criada: a Terra. Ela, assim como a maioria dos seus irmãos cósmicos, ficou exposta ao calor e ao frio extremos e, agora, abriga mais de 8,7 milhões de espécies diferentes de vida. Dentre tantas, uma delas tenta se sobrepor às outras, pois se tornou um mártir: é a única capaz de existir.
Existir, pois, é o que nos difere dos demais seres vivos do planeta. Viver é mecânico e instintivo. Existir é pensado e racional; viver é a morfologia em formato de existência. Existir é a sintaxe da vida, com todas suas regras e lógicas e pausas e inversões e pontos-finais. E, como toda oração, há um verbo que tem de concordar com a sua conjugação e o seu acompanhamento. Se, sozinha, a oração já tem sentido completo, é uma oração coordenada; se precisa de outra para ter esse sentido, é dita subordinada. A primeira vive. A segunda existe - e não é pura carência dos gramáticos.
É tentador levar essa reflexão ao âmbito amoroso - não me entenda mal, mas essa não é minha intenção. Não quis dizer que aqueles que vivem sozinhos(e estão bem com isso) são mais completos que os que vivem acompanhados, ou vice-versa - minha escrita não está nas entrelinhas como a de Clarice ou a de Drummond. Quando digo subordinado, quero dizer no sentido de absorver as dores e as angústias das pessoas e do mundo exterior, fazendo do seu estado de espírito um fator dependente do meio em que se encontram. Alguns outros são menos sensitivos que estes, agem conforme seus interesses ou mesmo suas necessidades diferentes que lhes provocam ações diferentes - é muito relativo, e não cabe a ninguém bater na tecla dos gostos ou das prioridades alheias.
 Para os que se escondem atrás de máscaras de satisfação, a escolha não faz tanta diferença ao mundo exterior, seja a pessoa coordenada, seja ela subordinada
Entretanto, alguma hora definimos nossas próprias prioridades e, nem sempre cientes, mostramos aos outros aquilo que somos. Nascemos coordenados. Vivíamos no útero de nossas mães, sozinhos e inócuos. De repente, o mundo se expande, e vários rostos felizes nos encaram com olhos surpresos e amorosos. Então ficamos com fome e choramos, o que pode parecer subordinação, mas é apenas um ato instintivo. E seguimos nosso caminho pelos anos, conhecemos mais pessoas e vislumbramos novas perspectivas. Subitamente, nos descobrimos com uma personalidade formada, mesmo que nunca ninguém tenha perguntado: "Quereis liquidez disfarçada ou solidez genuína?"; "Traçarás teu caminho ignorantemente ou notarás o mundo a tua volta?".
Caso escolhêssemos o primeiro, não teria problema. A Terra é grande, cheia de desafios a serem vencidos, contatos a serem estabelecidos e diversão a preço de dinheiro. O mundo exterior não teria muito impacto sobre nossas vidas, uma vez que nossos objetivos seriam mais fortes e nossa vontade de viver intensamente nos ludibriaria da realidade que nos circunda. Seríamos coordenados. Leríamos os livros mais populares, assistiríamos ao blockbuster da semana e nos permitiríamos ter uma infinidade de amigos dos quais teríamos certeza que seriam para a vida toda. Seríamos maiores que o mundo e contaríamos nossas histórias aos nossos netos como qualquer avô de filme americano. Estaríamos livres para viver nossas vidas.
Se escolhêssemos a subordinação, no entanto, seríamos sempre inquietos. A fragilidade das relações humanas e os dilemas existenciais mexeriam mais conosco; saídas para baladas e conversas de autoafirmação não nos entreteriam como necessitaríamos; a ânsia de vomitar a agonia de viver nesse universo superficial e frio seria constante nos nossos cotidianos, solitários, à espera de alguém com quem partilhar do enjoo e da náusea sepulcral que tanto nos permeia. Não seríamos indivíduos leves; alguns, no entanto, saberiam fingir muito bem uma leveza quase insustentável de se carregar todos os dias. Seríamos muito menores que o mundo e absorveríamos todo o seu sentimento e sua incerteza. Construir uma família já não seria garantido. Estaríamos vivos para o mundo.

De fato, a decisão não é tão inteligível quanto parece. É viver para Nós em vez de para Si. É absorver o momento e não conseguir seguir em frente em seu egoísmo sem levar em conta suas responsabilidades sociais. É dizer não ao garantido e sim à incerteza. Pensar é complicado demais e exige tempo demais. Mecanizar é prático. Certamente, não tem como sermos apenas um tipo de oração - aos que conseguem, aqui exponho minha admiração. Há momentos em que não podemos esquecer dos nossos sonhos e objetivos em prol do bem-estar social vitalício ou virarmos os olhos da pobreza e da desigualdade em troca do seu afeto.
Assim, somos compostos - por subordinação, por coordenação ou mistos - dependerá de quem escolhermos para completar o sentido das nossas orações. Dá-se, então, o equilíbrio diversificado da linguagem e da vida.
Que tipo de oração é você?

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Invenções Inovadoras

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O MUNDO VARIÁVEL
A água, bem fundamental.

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5 Invenções Inovadoras

Blog do Liberato: Mauro Santayana: O CONTO DO LIVRE COMÉRCIO

Blog do Liberato: Mauro Santayana: O CONTO DO LIVRE COMÉRCIO: Postado por Mauro Santayana - 21/06/2015 (Hoje em Dia) - Se há um “conto do vigário” recorrente, no qual temos caído, sempre, histó...

Verdades...


– algumas até filosóficas – que não conseguimos (ou não queremos) vê-las...

Primeiro...
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Nos falta...
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No Brasil... Tá assim, né!!
 









"Os médicos cubanos podem ser vaiados que tá tudo lindo. Mas vaiaram os senadores tucanos que foram causar um problema diplomático nos país dos outros, desafiando a soberania do lugar... ahhhh não, aí não pode.
Quem foi hostilizado de maneira injusta, o médico ou o senador?"


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Nos falta...
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É o que falta ao povo brasileiro... Não apenas uma leitura vaga, superficial, mas algo mais aprofundado. Visite: www.escritoraadriana.com
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Problemas são para ser resolvidos, não ache que você é o centro do universo, para que um salvador resolva por você.imagem não exibida

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sábado, 20 de junho de 2015

PSDB promete entregar Petrobrás aos norte americanos

Vazam documentos em que PSDB promete entregar Petrobrás aos norte americanos


As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB) Aécio (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.


Por redação

Telegramas enviados da embaixada americana para o Depto. dos Estado dos EUA, vazado pelo Wikileaks, denunciam que José Serra (PSDB-SP) prometeu entregar o pré-sal às petroleiras do exterior.
Segundo a organização internacional, responsável por divulgar telegramas confidenciais de governos e instituições multinacionais, o candidato a presidência do Brasil na época pelo PSDB, José Serra, afirmou por meio de telegrama enviado à Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil dizendo: “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, afirmava o tucano.
“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, respondeu a diretora, sobre o assessor da presidência Marco Aurelio Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da legislação. Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras
se fosse eleito presidente. A diretoria ainda ousou acusar o governo brasileiro de fazer uso “político” do modelo de partilha de exploração do Pré-sal e afirmou “As regras sempre podem mudar depois”, sobre o modelo adotado pelo Governo.
“A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”
Este é o título de um extenso telegrama enviado pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro de 2012. Como ele, outros cinco telegramas publicados no WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos interesses das petroleiras.
Os documentos revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.
É que, para o pré-sal, o governo brasileiro mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um deteminado tempo. No pré-sal, elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.
Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobrás terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos. Outra decisão bastante criticada foi a criação da estatal PetroSal para administrar as novas reservas.
Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia, chega a dizer ao representante econômico do consulado americano que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”,afirmou.
Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro. Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, obtido pelo site WikiLeaks (WWW.WIKILEAKS.CH). A organização teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado à divulgação no site do WikiLeaks.
“Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama.
Um dos responsáveis pelo programa de governo de Serra, o economista Geraldo Biasoto confirmou que a proposta do PSDB previa a reedição do modelo passado.
“O modelo atual impõe muita responsabilidade e risco à Petrobras”, disse Biasoto, responsável pela área de energia do programa. “Havia muito ceticismo quanto à possibilidade de o pré-sal ter exploração razoável com a mudança de marcos regulatórios que foi realizada.”
Segundo Biasoto, essa era a opinião de Serra e foi exposta a empresas do setor em diferentes reuniões, sendo uma delas apenas com representantes de petroleiras estrangeiras. Ele diz que Serra não participou dessa reunião, ocorrida em julho deste ano. “Mas é possível que ele tenha participado de outras reuniões com o setor”, disse.

SENSO DE URGÊNCIA

O despacho relata a frustração das petrolíferas com a falta de empenho da oposição em tentar derrubar a proposta do governo brasileiro.
O texto diz que Serra se opõe ao projeto, mas não tem “senso de urgência”. Questionado sobre o que as petroleiras fariam nesse meio tempo, Serra respondeu, sempre segundo o relato: “Vocês vão e voltam”.
A executiva da Chevron relatou a conversa ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio.
A mudança que desagradou às petroleiras foi aprovada pelo governo na Câmara no começo deste mês.
Desde 1997, quando acabou o monopólio da Petrobras, a exploração de campos petrolíferos obedeceu a um modelo de concessão.
Nesse caso, a empresa vencedora da licitação ficava dona do petróleo a ser explorado -pagando royalties ao governo por isso.
Com a descoberta dos campos gigantes na camada do pré-sal, o governo mudou a proposta. Eles serão licitados por meio de partilha.
Assim, o vencedor terá de obrigatoriamente partilhar o petróleo encontrado com a União, e a Petrobras ganhou duas vantagens: será a operadora exclusiva dos campos e terá, no mínimo, 30% de participação nos consórcios com as outras empresas.
A Folha teve acesso a seis telegramas do consulado dos EUA no Rio sobre a descoberta da reserva de petróleo, obtidos pelo WikiLeaks.
Datados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2009, mostram a preocupação da diplomacia dos EUA com as novas regras. O crescente papel da Petrobras como “operadora-chefe” também é relatado com preocupação.
O consulado também avaliava, em 15 de abril de 2008, que as descobertas de petróleo e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) poderiam “turbinar” a candidatura de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil.
O consulado cita que o Brasil se tornará um “player” importante no mercado de energia internacional.
Em outro telegrama, de 27 de agosto de 2009, a executiva da Chevron comenta que uma nova estatal deve ser criada para gerir a nova reserva porque “o PMDB precisa de uma companhia”.
Texto de 30 de junho de 2008 diz que a reativação da Quarta Frota da Marinha dos EUA causou reação nacionalista. A frota é destinada a agir no Atlântico Sul, área de influência brasileira.

Blog do Liberato: Maior escândalo de corrupção da História do Brasil...

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INSURGE-TE: KARL MARX - ONTEM COMO HIJE...:      Karl Marx – carta aos trabalhadores ingleses reunidos em Manchester (1854)   A Grã...

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O mal e o mau causados pela manipulação da grande Mídia

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Calvin e a crítica à manipulação da grande Mídia


Sátira certeira sobre o poder manipulador e alienador da grande Mídia, pelo personagem Calvin, de Bill Watterson:
















A indignação seletiva não serve mais para o Brasil

Por Márcio Pozzer

Fonte: Cidade Aberta


A corrupção é um mal crônico da sociedade brasileira. E, mais uma vez, vivemos a oportunista tentativa de se fazer uso político dela.

Ainda que, “nunca antes na história deste país”, tenham se apurado tanto as suspeitas de corrupção no setor público federal, a realidade é que, infelizmente, apuram-se as responsabilidades de uns e se toleram as de outros.

O setor privado, que é o grande gerador deste mal, fruto de uma cultura patrimonialista, passa despercebido deste processo. Com isso, cria-se a falsa ilusão de que o maior problema da sociedade são os políticos, criminalizando a política de maneira geral e fazendo com que os mesmos grupos e as mesmas famílias de sempre se beneficiem da falta de participação e controle social.

A democratização dos meios de comunicação é um fator determinante para se cultivar uma sociedade com valores democráticos e republicanos, não sendo saudável que 6 ou 7 famílias detenham o “monopólio” da comunicação do país.

A matéria veiculada pelo Blog do jornalista Fernando Rodrigues, segundo o qual 22 empresários de mídia e 7 jornalistas têm seus nomes nas listas divulgadas de pessoas que possuem contas irregulares na Suíça, foi rapidamente “escondida” pelos principais portais de notícia e não recebeu nenhuma atenção dos veículos tradicionais de comunicação, deixando a parcialidade da mídia evidente. Eles informam o que querem e como querem. Esta prática antiética, somada ao monopólio da informação pode levar a população a virar simples massa de manobra de seus interesses.

http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2015/03/14/22-empresarios-de-midia-e-7-jornalistas-estao-na-lista-do-hsbc/

As mobilizações sociais em torno de mais democracia, maior participação, melhor qualidade dos serviços públicos, combate à corrupção e melhor gasto do dinheiro público são legitimas e devem estar presentes nas ruas sempre. Contudo, o receio da parte progressista da população é que seja feito uso político das manifestações, com a sua captura por grupos e partidos conservadores. Vale lembrar que tais grupos não detêm uma cultura democrática e, principalmente, republicana, estando imersos em denúncias de corrupção em diversos governos estaduais e locais, como é o caso do governo do estado de São Paulo.

O anseio da população é de que se punam de maneira exemplar todas as formas de corrupção. Que se punam os empresários envolvidos, inclusive os donos da mídia. Que se punam os políticos envolvidos de todos os partidos. Que se apurem todos os escândalos: o da Petrobras, mas também os dos trens e metros de São Paulo, bem como o descaso com a crise hídrica. Que se punam todos os responsáveis pelo mensalão, incluindo o mensalão mineiro do PSDB.

A mídia não pode ser o árbitro do que se apura e de quem se pune, assim como nenhum partido político ou governo. O certo é que a indignação seletiva não serve mais para o Brasil.

* Márcio Pozzer é Gestor de Políticas Públicas, mestre em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo, doutorando pelo Instituto de Iberoamerica da Universidade de Salamanca, na Espanha, e da Universidade de São Paulo, e professor do Centro Universitário SENAC-SP.