sábado, 8 de junho de 2019

Bozo governa para o diabo


Bolsonaro brinca de carrinho nas ruínas do país brasildefato 8 de junho de 2019 08:00 Declarações e atitudes de Bolsonaro deixam claro como funciona este governo sui generis / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Adultos do governo seguem empenhados na agenda de desmonte do Estado brasileiro Geração de empregos e retomada da economia parecem assuntos muito complexos para a cabeça de Bolsonaro. Seu horizonte continua sendo apenas agradar sua base mais fanática, o que pode consolidar o bolsonarismo como força política, mas é preciso combinar com a economia. Para isso, os adultos do governo, do Congresso e até do STF apostam no austericídio como saída e seguem empenhados na agenda de desmonte do Estado brasileiro. Nesta edição, também falamos sobre os preparativos para a greve geral do dia 14 e da situação de Lula na prisão. Acenando à turba. Mais uma semana em que declarações e atitudes de Bolsonaro deixam claro como funciona este governo sui generis. No plano pessoal, Bolsonaro se comporta como um inimputável, que diz e faz coisas absurdas, sem sofrer consequências. No plano político, finge que sabe o que está fazendo na cadeira de presidente da República. Nesta semana, caminhou até o Congresso e apresentou um projeto que aumenta o número de pontos para a suspensão da CNH, abranda a punição para quem não usar a cadeirinha para crianças e acaba também com a exigência de exame toxicológico para motoristas profissionais. Falta noção de prioridade, como reclamou o presidente da comissão que analisa a Reforma da Previdência na Câmara, considerando que essa é a prioridade de quem sustenta o governo. Mas há um senso prático no devaneio bolsonarista: seu plano de aceleração da morte e suas declarações fazem barulho, pautam o debate público e mantêm acesa a sua base mais fiel – e impenetrável pela esquerda. Resta saber até quando: como mostra uma boa reportagem da revista Piauí, o típico eleitor de Bolsonaro anda se mostrando arrependido. Homens de 35 a 44 anos, com renda mensal de dois a cinco salários mínimos, escolaridade até o ensino médio e moradores da região Sul do país, não veem a economia melhorar e isso tem provocado descontentamento. É a economia, estúpido. De qualquer forma, fica cada vez mais nítida a separação entre um presidente mantido numa brinquedoteca dos costumes enquanto os adultos, fardados ou não, se ocupam daquilo que importa, como bem definiu Maria Cristina Fernandes no Valor. Congresso assume o vácuo. Ter um tiozão do churrasco na presidência pode ser útil. Ninguém entendeu isso melhor que Rodrigo Maia. Se ele pode criticar o governo por falta de uma agenda, é porque sabe que qualquer coisa mais moderada e cerebral que Bolsonaro tende a ganhar simpatia pública. No Senado, Davi Alcolumbre aprendeu rápido a lição e também cava o seu protagonismo. Como alerta Helena Chagas, o risco de Bolsonaro é “que, de tanto tratar de pautas supérfluas, acabe, ele próprio, se tornando supérfluo”. Prova disto é que Bolsonaro nem viu passar mais duas derrotas no Congresso: a Câmara retirou da presidência a exclusividade para decidir o que fazer com os recursos do pré-sal e a também aprovou a PEC que torna impositivas as emendas de bancadas estaduais. Tudo à venda. E os adultos no poder seguem firmes no propósito de desmontar o Estado brasileiro com o pretexto de recuperar a economia. Afinal, como lembra Nassif, o “objetivo final não é recuperar a economia, mas tirar o Estado definitivamente do jogo”.Nesta semana, depois que a MP que facilitava a privatização de serviços públicos de saneamento caducou, o Senado aprovou em regime de urgência um projeto idêntico apresentado por Tasso Jereissati (PSDB). Com o projeto, contratos entre prefeituras e estados passam a ser irregulares e devem deixar de existir. Ainda obriga as prefeituras a perguntar se empresas privadas querem assumir os serviços de água e esgoto. Em caso positivo, deve haver licitação. O site The Intercept mostra como foi a ação do lobby das empresas privadas para viabilizar o projeto em tempo recorde. Além disso, na quinta (6), o STF decidiu que a privatização de subsidiárias estatais não necessitam de autorização de Congresso, decisão que vale para prefeituras e governos estaduais. Já a venda das matrizes continua subordinada a aprovação do legislativo. A Petrobras tem 36 subsidiárias, a Eletrobras, 30, e o Banco do Brasil, 16. A BR distribuidora é uma destas subsidiárias que poderá ser privatizada sem aval do Congresso agora. Se isso acontecer, a Petrobrás perderia capilaridade para escoar a produção, se tornaria refém do mercado estrangeiro e deixaria de lucrar 9,6 bilhões de dólares, alerta Jean Paul Prates, na Carta Capital. Aliás, mal terminou a sessão do STF e Edson Facchin já autorizou a venda da Transportadora Associada de Gás, outra subsidiária da Petrobras. Qual é o plano dessa gente? Nesta semana, o mercado voltou a rebaixar a projeção do PIB, pela décima quarta vez consecutiva. A previsão de crescimento da economia era de 1,23%, agora caiu para 1,13%. A redução do Estado e o desmonte da proteção trabalhista não têm trazido melhoras na economia até agora, como aponta a economista Laura Carvalho. O governo aposta em soluções clichê do mágico mundo ultraliberal e as consequências podem ser catastróficas. RADAR Greve. A expectativa das centrais sindicais é de que a greve geral convocada para o próximo dia 14 deverá ser maior que a de abril de 2017.“Tenho percorrido muitos estados e percebo como a preparação está grande. Isso é resultado da unidade que temos construído desde o final do ano passado”, disse nesta semana o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre. Em São Paulo, entidades que representam trabalhadores dos transportes – aeroviários, aeroportuários, portuários, motoristas e cobradores rodoviários, além de metroviários e ferroviários – decidiram aderir à greve. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) também está otimista com a adesão da categoria à mobilização, motivada também pela contraproposta da empresa em relação ao acordo coletivo de trabalho. Até caminhoneiros estariam dispostos a parar por 24 horas, embora seja uma categoria difícil de ser compreendida e ainda muito ligada ao bolsonarismo. Sobre isso, a Fundação Perseu Abramo fez uma pesquisa com caminhoneiros e extraiu uma alta adesão da categoria à greve do dia 14. Lula. Um tema que alertamos em edições passadas veio à tona nesta semana: o MPF enviou parecer ao STJ afirmando que Lula já cumpriu um sexto da pena de 8 anos e 10 meses no caso do triplex do Guarujá e já poderia progredir para o regime semiaberto o que, na prática, se transformaria em prisão domiciliar. Segundo o parecer, ao reduzir a pena o STJ deveria já ter deliberado o eventual cumprimento da pena em regime semiaberto, mas foi omisso nesta questão. Lula e as pessoas mais próximas estariam reticentes e procurando não alimentar expectativas nem fazer especulações. Em entrevista concedida nesta semana, Lula disse ainda que não admitiria usar tornozeleira eletrônica. É possível que a quinta turma do STJ julgue o pedido de progressão ainda em junho, antes do recesso do judiciário. Porém, ministros ouvidos pelo Estado de São Paulo disseram que o tribunal deve rejeitar o pedido, alegando que o tema deve ser tratado antes em primeira instância. Vale lembrar que o TRF-4 está dando aquela acelerada no processo do sítio de Atibaia. Também sem surpresa nenhuma, Lula se tornou réu pela décima vez, agora nas investigações sobre a Odebrecht e, novamente, o processo não diz valores ou provas do que o ex-presidente teria recebido. Em outra frente, a defesa de Lula afirma que, além de ter feito interceptação telefônica do escritório de advocacia, a Lava Jato produziu relatórios que detalharam ao menos 14 horas de conversas entre os defensores do ex-presidente. Baseado nisso, a defesa tenta anulação do processo do triplex no STF. Paulo Guedes. Reportagem da Folha publicada nesta quinta (6) mostra que fundos de investimento em participações criados pelo ministro Paulo Guedes, ainda ativos no mercado, receberam do BNDES e da Previ R$ 227,1 milhões em aportes de dezembro de 2013 a março deste ano. Guedes deixou a Bozano, gestora desses FIPs, logo após a eleição de Bolsonaro. MPF e TCU investigam os negócios de Paulo Guedes com os fundos de pensão. Vamos ver até onde vão as investigações. ANAIS DA NOVA ERA Acabou a mamata, episódio CXVII. Vocês lembram do amigo que Bolsonaro queria emplacar na gerência executiva da Petrobrás em janeiro? Pois Carlos Victor Guerra Nagem foi nomeado assessor da presidência da estatal. O novo cargo tem salário de R$ 55.000 e não tem como pré-requisito a experiência em cargos de chefia, motivo de ter sido vetado no começo do ano. Sob alcunha de Capitão Victor, Nagem já tentou, sem sucesso, se eleger pelo PSC em eleições passadas no Paraná. No Rio de Janeiro, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL), aquele que quebrou a placa em homenagem a Marielle Franco, será alvo de sindicância da prefeitura de Mesquita, devido à suspeita de ter sido funcionário fantasma como Subsecretário Adjunto de Governo e Planejamento do município, entre os anos de 2015 e 2016. A lebre foi levantada pelo jornalista Ruben Berta em seu site. Na mais recente revelação, um documento obtido pelo jornalista mostra que Amorim exerceu uma função em Brasília em novembro de 2011 enquanto estava nomeado em prefeituras de duas cidades do Rio. Pra fechar o giro, na quarta (5) a Folha revelou que o policial militar reformado Wellington Sérvulo Romano da Silva, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, declarou em 2016 ter mais da metade de seu patrimônio em dinheiro vivo. Ele também teve salto patrimonial de mais de 1.000% no período em que atuou com o então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio. Atuou em termos, porque a suspeita do Ministério Público é de que Wellington era mais um funcionário fantasma da família. Exemplos de como a turma que acabaria com a corrupção no Brasil sempre foi, a seu modo baixo clero, corrupta. VOCÊ VIU? Contra o conhecimento. A Capes anunciou o corte de mais 2,7 mil bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Todos os cortes se aplicam em cursos com conceito nota 3 e valem para bolsas que ainda seriam futuramente concedidas. Enquanto isso, o ministro da Educação defendeu, em um congresso do ensino superior particular, um “ensino superior fortemente baseado na iniciativa privada”. Reitora. Finalmente, a professora Denise Pires de Carvalho foi nomeada como a nova reitora da UFRJ. Carvalho foi eleita em abril, mas havia um temor de que a escolha dos técnicos, professores e estudantes não fosse respeitada pelo governo. Ela é a primeira mulher à frente da UFRJ. A nova reitora tanto critica os cortes na educação, quanto o aumento de alunos sem que houvesse expansão física da universidade. O Nexo fez um perfil da primeira reitora nomeada pelo governo. A reitora já assume com uma bomba nas mãos: a UFRJ só tem recursos para funcionar até o final de junho. Auto-proclamada embaixadora. Contrariando a orientação dos assessores militares e seguindo o coração olavista, Jair Bolsonaro voltou atrás no “desconvite” e recebeu as cartas de indicação de Maria Teresa Belandria, a embaixadora nomeada pelo auto-proclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó. A ala militar considerava o gesto uma provocação desnecessária. O Brasil de Fato fez um detalhado perfil da “embaixadora” que despacha numa sala comercial alugada pela embaixada dos EUA. Brincando de governar. Para além dos retrocessos em diversas áreas e do desmonte do Estado brasileiro, o fato de o governo federal estar sendo comandado por um bando de malucos pode trazer prejuízos bem concretos e imediatos. Um exemplo é o Enem, marcado para novembro. Em outros tempos, o Enem era alvo de polêmica constante na grande mídia, mas parece que agora está tudo bem com o fato de . Lembrando que houve um problema com o sigilo da prova do Encceja deste ano. Enquanto isso, quatro técnicos do IBGE entregaram seus cargos em protesto contra os cortes no Censo 2020, acusando a direção de empurrar a redução dos questionários goela abaixo dos pesquisadores. Aliás, quem precisa de dados, quando o presidente anuncia que vai decidir uma política pública por uma enquete no Facebook? Malandro é malandro. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pretende trocar o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) por uma empresa privada para monitorar o desmatamento da Amazônia. Salles pretende contratar a empresa paulista de geoprocessamento Santiago & Cintra, que neste ano já esteve ao menos duas vezes no ministério para tratar do assunto. A empresa foi contratada pelo governo do Pará, que continua sendo o campeão de área desmatada. O argumento de Salles é a ineficiência do INPE para a fiscalização. O Instituto emitiu 3.860 alertas de desmatamento, porém apenas 850 foram efetivamente autuados. BOA LEITURA Guerras híbridas. O Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, instituição organizada por movimentos sociais, publica um volumoso dossiê sobre as chamadas guerras híbridas. O foco é na Venezuela, mas mostra como o método vem sendo replicado em outros países latino-americanos, Brasil incluído. Totalitarismo econômico. Em entrevista ao IHU, o economista Guilherme Delgado insiste que há alternativas ao “totalitarismo econômico” imposto pelo mercado e pela mídia. Para Delgado, a mobilização política pode levar a reestruturação do Estado democrático e o relançamento do desenvolvimento em novas bases de equidade, sustentabilidade e progresso técnico. O economista dialoga com as propostas do Papa Francisco na área, a chamada “economia de Francisco”, com conceitos de proteção social da economia do bem-estar e o resgate de capacidades humanas, e de inovação econômica de baixa entropia, ou baixa ?pegada ecológica?, com mínima dissipação de energia útil, poluição planetária e consumo de estoques finitos de bens da natureza. Futuro tenebroso. Em coluna para o 247, Paulo Moreira Leite alerta para o desastre que se aproxima com a decisão do STF em autorizar a privatização de subsidiárias sem o aval do Congresso. Além de colocar na mira do mercado, empresas que atuam em áreas estratégicas, como energia e finanças, a longo prazo, a decisão do STF implica “na redução do poder político da população para interferir no destino do Brasil”. Para Leite, a discissão no Supremo não teve nada de jurídico - “era política, no pior sentido da palavra. (…) Em vez de examinar o problema a luz da Constituição em vigor, procurou alinhar-se, muitas vezes de forma explícita, com as ideias de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro”. Árvore genealógica do laranjal. Para que você não se perca na lista de laranjas, funcionários fantasmas, milicianos que circundam a família Bolsonaro, a Agência Pública listou os 116 envolvidos em denúncias envolvendo a primeira família, divididos em cinco grandes grupos: Separamos os 116 nomes de pessoas e empresas em cinco grandes grupos que podem Fantasmas no gabinete de Jair Bolsonaro, Acusações no gabinete de Flávio Bolsonaro, Envolvidos com Flávio Bolsonaro com sigilo quebrado, Candidatas laranja no PSL e Suspeitas no gabinete de Carlos Bolsonaro. Ser ou não ser militar. Em entrevista ao IHU, o cientista social e professor do Colégio Militar de Belo Horizonte Cláudio Leite discute as transformações ocorridas na formação de oficiais do Exército nos últimos anos. Para Leite, os oficiais vivem uma contradição entre projetos coletivos e individuais, um antagonismo entre “sua missão como militar, envolvendo vários imperativos éticos, ou se engajar em prol de seu próprio bem-estar e prazer individual”. Caso Neymar. Reportagem de Beatriz Jucá para o El País traz o debate sobre o caso Neymar para outro patamar: “São de homens as principais vozes que têm contado os desdobramentos da acusação de estupro contra o atacante Neymar Júnior na imprensa brasileira. Da primeira declaração pública feita pelo pai do jogador sobre o caso em um programa de televisão até as mais recentes repercussões com autoridades do futebol e figuras públicas, se construiu uma narrativa dominantemente masculina e também cheia de machismos (…) a forma como o caso foi tratado já vem gerando outras violências e reforçando estereótipos de gênero”. PARA VER Segurança pública. O antropólogo e cientista político Luiz Eduardo Soares, especialista na área de segurança pública no Brasil, dá uma entrevista ao site Nexo em que fala sobre a atual política de segurança do governo, sustenta que o encarceramento em massa tende a fortalecer o crime organizado e defende a desmilitarização das polícias, tema de seu novo livro. Obrigado por nos acompanhar até aqui. Você pode recomendar o Ponto aos amigos: encaminhe este e-mail ou sugira a inscrição na newsletter. Bom fim de semana. Edição: Brasil de Fato Clique aqui para ver página original

Governo da Imprevisibilidade


Estilo de Bolsonaro produz incerteza e eleva protagonismo do Congresso Jornal do Brasil 7 de junho de 2019 16:44 A rejeição pelo presidente Jair Bolsonaro à política tradicional e seu consequente modus operandi com o Legislativo deverá ser um gerador de incertezas nos próximos anos, ao mesmo tempo que tende a aumentar o poder de agenda do Congresso. Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a escolha do presidente de dobrar a aposta no discurso que lhe deu a vitória eleitoral no ano passado tem potencial para seguir provocando episódios de tensão e até crises com o Parlamento, apesar de acenos pontuais --ao menos até agora sem consequências concretas-- do presidente em direção ao Legislativo. "Nos anos de Bolsonaro nós vamos ter uma relação que alterna maior ou menor proximidade de agenda entre os Poderes", disse à Reuters o analista da Tendências Consultoria Rafael Cortez, que avalia que os projetos enviados pelo governo tendem a ser aprovados cada vez mais com a marca do Legislativo. "O poder do Executivo de trazer uma agenda mais próxima às suas preferências é menor. Isso deve ser a marca de todo o mandato, com episódios de crise, fruto dessa retórica mais tosca, dessa contaminação entre agendas que aparece aqui e acolá", acrescentou. Assim como fez na campanha, Bolsonaro tem governado com foco nas redes sociais e com acenos popularescos, como contato frequente com simpatizantes, uso de camisas de times de futebol em eventos oficiais e, mais recentemente, uma caminhada a pé para o Congresso, mantendo sempre em evidência o discurso anti-sistema e contra o que chama de "velha política". Este modelo tem gerado turbulência, principalmente no Congresso que, depois de bate-bocas públicos com o Planalto, anunciou recentemente que se descolará do Executivo e terá sua agenda própria, inclusive em temas prioritários para o Planalto, como as reformas tributária e da Previdência. Mais que isso, o Parlamento tem aprovado matérias como a Proposta de Emenda à Constituição que amplia o Orçamento impositivo --e diminui a margem orçamentária do Executivo-- e a PEC que altera os prazos de tramitação de medidas provisórias --e aumenta o número de etapas em que uma MP pode caducar. Propostas enviadas pelo Executivo também já perderam validade ou têm sido aprovadas no limite do prazo. O próximo desafio será a votação de um crédito extra de 248,9 bilhões de reais, sem o qual o governo ou interrompe o pagamento de programas --como Bolsa Família e Plano Safra-- ou viola a chamada regra de ouro, o que implicaria em crime de responsabilidade passível de impeachment. "Qual o grande resultado desse processo? Num primeiro momento é uma imprevisibilidade quase insuportável do que vai acontecer no Congresso, do que vai acontecer em Brasília", disse o cientista político da Capital Político Leonardo Barreto. "Isso para o mercado, isso para a agenda econômica, é uma coisa muito ruim. E está forçando um processo de adaptação institucional entre os Poderes", avaliou. Barreto, por outro lado, aponta que o maior protagonismo dá ao Legislativo "uma grande oportunidade de restabelecer o nível de relação com a sociedade". "Agora, você tem um conjunto de parlamentares muito grande que não entende o jogo se não for da maneira que era jogado antes. Esses não conseguem mudar a chave e nem querem mudar a chave." GOVERNO DE MINORIA Em meio ao cenário de chuvas e trovoadas, Bolsonaro tem adotado em alguns momentos discurso dúbio em relação aos demais Poderes --no modelo morde e assopra-- e, na visão de analistas foi beneficiado por manifestações de rua realizadas em 26 de maio em apoio à sua gestão e a projetos de seu governo, como a reforma previdenciária e o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro. "Se construiu uma percepção, em paralelo, de que o governo estava isolado de maneira muito precoce. E isso se mostrou não verdadeiro com as manifestações de apoio ao governo", disse o cientista político da Universidade Católica de Brasília Creomar de Souza. Para ele, os atritos recentes decorrem de Bolsonaro. Embora tenha deixado claro que não jogará com as regras vigentes até então, o presidente ainda não conseguiu comunicar aos parlamentares em que bases se dará a nova relação. Logo após os atos favoráveis a ele, Bolsonaro realizou um café da manhã com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Ficou acertado que os chefes de Poderes trabalhariam na assinatura de um pacto --anteriormente já aventado por Toffoli-- em favor do país. Ainda não está claro se este pacto irá adiante, após ressalvas feitas por Maia, mas se ele não avançar, não será o primeiro aceno do presidente à classe política que carece de efeitos concretos. No início de abril, por exemplo, Bolsonaro recebeu vários presidentes e líderes de partidos e ventilou-se a criação de um conselho político, o que até agora não ocorreu. "O presidente tem uma narrativa e é a narrativa da pedra no sapato, de que ele foi eleito para ser a pedra no sapato do sistema político, que ele não abriria mão dessa disposição, disse Barreto. "O presidente Bolsonaro não tem uma base parlamentar não porque ele seja atrapalhado. Ele não tem uma base parlamentar porque ele não quer ter uma base parlamentar", acrescentou. Este cenário, no entanto, não é suficiente para soar alarmes sobre a continuidade do governo, apontaram os analistas. "Me parece que é um governo de minoria", disse Cortez, da Tendências. "Acho que a gente também tem que evitar alarmismos em face a que o governo não construiu uma coalizão. Isso gera efeitos negativos em termos de governabilidade, mas não necessariamente vai resultar na paralisia decisória por conta de ser um governo de minoria. Governos de minoria existem." Clique aqui para ver página original

sexta-feira, 7 de junho de 2019

O "ministro da educação" e Bolsonaro, assassino genocida "eleito" "presidente", impõem censura à educação brasileira


[Há uma trama assustadora em curso no MEC] http://www.topbuzz.com/article/i6699353571562881541?app_id=1197&gid=6699353571562881541&impr_id=6699538964648577285&language=pt®ion=br&user_id=6629035091002032134

quinta-feira, 6 de junho de 2019

Por que não Brasil?


Homepage Accessibility links Ir para o conteúdoAccessibility Help Menu Busca News Brasil BBC News Brasil Navegação Seções Por que a Alemanha decidiu investir 42 bilhões de euros em universidades Clarissa Neher De Berlim para a BBC News Brasil 1 junho 2019 Compartilhe este post com Facebook Compartilhe este post com WhatsApp Compartilhe este post com Messenger Compartilhar Direito de imagemGETTY IMAGES Image caption Ao formar novos pesquisadores e mão de obra qualificada, as universidades também são vistas na Alemanha como fundamentais para impulsionar o país no cenário internacional Robert Koch, Alois Alzheimer, Wilhelm Conrad Röntgen, Max Planck, Theodor Adorno, Jürgen Habermas, Carl von Martius são apenas alguns dos nomes da longa lista de pesquisadores alemães que contribuíram com trabalhos que revolucionaram a ciência. Todos têm algo em comum: se formaram e desenvolveram pesquisas em universidades na Alemanha. Ao formar novos pesquisadores e mão de obra qualificada, as universidades também são vistas na Alemanha como fundamentais para impulsionar o país no cenário internacional. Ranking lista melhores países para estudantes, empreendedores e imigrantes qualificados Renomadas e gratuitas, universidades alemãs atraem cada vez mais alunos estrangeiros Clique para assinar o canal da BBC News Brasil no YouTube "As universidades e a ciência, além da amplitude das disciplinas, são reconhecidas aqui. Em alguns países, já não é assim. Quando vejo a situação no Brasil, onde há ataques contra Filosofia e Sociologia, percebo que vivemos na Alemanha uma situação muito mais confortável", afirma à BBC News Brasil o presidente da associação de reitores da Alemanha, Peter-André Alt. Para ele, "quem aprende a pensar em métodos, a resolver problemas, se comunicar, tomar decisões e produzir rapidamente entendimento a partir de informações, pode atuar com sucesso em vários setores". Neste ano, a importância do ensino superior para o país cresceu também no âmbito orçamentário, com a aprovação recente de um pacto que estabelece regras para o financiamento do ensino superior entre 2021 e 2030. Segundo Alt, a medida garante repasses a longo prazo e cobre lacunas no financiamento do ensino superior gratuito que costumavam ser preenchidas com recursos vindos de programas especiais temporários. "Nos últimos dez anos, o número de alunos que entram anualmente no ensino superior na Alemanha passou de 370 mil para 500 mil. Esse já é um motivo para precisarmos de mais investimentos". Mas "as universidades não serão mais recompensadas por apenas aumentarem o número de vagas", afirma Alt. 'Escola sem Partido': como o ensino também virou polêmica na Alemanha Para o presidente da associação de reitores, um dos grandes diferenciais do pacto é inclusão de critérios como número de calouros, de egressos e de conclusões de curso no prazo previsto para a distribuição dos recursos, priorizando assim a qualidade do ensino. Com verba garantida a longo prazo, universidades poderão, por exemplo, contratar mais professores. Do total estabelecido no pacto, 41,5 bilhões de euros (cerca de R$ 183 bilhões) serão destinados ao ensino superior, com recursos vindos metade do governo federal e outra metade de Estados. Já os 120 bilhões de euros restantes serão aplicados em centros de pesquisa não universitários. O total desse valor corresponde, em média, a 2 bilhões de euros a mais por ano em relação ao investido em 2019. Segundo dados de 2017, a Alemanha possui 428 instituições de ensino superior, com mais de 2,8 milhões de estudantes matriculados. Estima-se que seis em cada dez jovens alemães entrarão numa universidade. Em 2016, 31% dos alemães entre 25 e 34 anos possuíam curso superior completo. Em comparação com a Alemanha, o Brasil possui menos universidades (197), porém, mais estudantes matriculados (8 milhões), segundo dados do MEC de 2016. No país, no entanto, apenas 15% da população entre 25 e 64 anos possuiu ensino superior completo. De acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Alemanha investiu 1,2% de seu PIB, em 2015, no ensino superior. Esse investimento é bem menor ao todo gasto com educação básica, que chegou a 3% do PIB. No Brasil, o cenário foi parecido, o investimento em ensino básico foi de 4,2% do PIB e 1,2% no ensino superior. Segundo os dados mais recentes do Banco Mundial de 2015, a Alemanha gastou 4,8% dos seus 3,38 trilhões de dólares de Produto Interno Bruto (PIB) em educação. Deste total, 26% foram destinados ao ensino superior. Já o Brasil gastou 6,2% do PIB de 1,8 trilhão de dólares, sendo 21,5% do total destinado ao ensino superior. Direito de imagemGETTY IMAGES Image caption Em 2015, Alemanha investiu 1,2% de seu PIB, em 2015, no ensino superior., menos que o destinado com educação básica, 3% do PIB A Alemanha gasta em média 10,7 mil dólares (cerca de 43,1 mil reais) por ano por aluno do ensino básico, segundo dados da OECD. Já com estudantes do ensino superior esse valor vai para 17,1 mil dólares (68,4 mil reais). O Brasil investe em média pouco mais da metade do que a Alemanha por aluno do ensino básico, apenas 5,6 mil dólares. No ensino superior, também é investido menos (11,7 mil dólares por estudante), mas a discrepância é menor. A taxa de empregabilidade de jovens entre 25 e 34 anos com diploma no ensino superior na Alemanha chega a 87% e entre aqueles com curso técnico alcança 86%. A diferença do diploma, porém, aparece em relação aos salários, que costuma ser 58% maior entre aqueles com curso superior. De acordo com um panorama do sistema de educação alemã de 2018, coordenado pelo Instituto de Alemão para Pesquisa sobre Pedagogia Internacional, as universidades têm um papel de destaque na formação de funcionários públicos, principalmente para o setor da educação. Atualmente, o setor público, em geral, emprega quase um terço dos formados. Mas o grande empregador continua sendo o setor privado, que absorve 50% dos estudantes que terminam o curso superior. Na vanguarda Saíram de universidades alemães as descobertas, por exemplo, do bacilo da tuberculose, do raio-x, da ligação entre o vírus HPV e o câncer de colo do útero, da tecnologia para o disco rígido, além da teoria crítica. Mas não só isso, nelas são formados professores, médicos, pesquisadores das mais diversas áreas, artistas e uma grande variedade de profissionais que são fundamentais para o funcionamento da sociedade. De acordo com Alt, as universidades são fundamentais para o desenvolvimento dinâmico e contínuo do conhecimento em todas áreas, além de trazerem da inovação, por meio da pesquisa, e estimularem a criação de empresas a partir de estudos gerados em seu âmbito. "Nelas são formadas pessoas que buscam soluções e podem resolver problemas", acrescentou. Barbara M. Kehm, coordenadora do projeto de pesquisa Futuro das Ciências Humanas, desenvolvido na Universidade Leibniz de Hannover, ressalta o papel das universidades para a produção e mediação de conhecimento em todas as áreas. "Sem isso não há desenvolvimento e progresso numa sociedade", afirma. Muito do conhecimento produzido no âmbito acadêmico é aplicado posteriormente na indústria, gerando desenvolvimento e contribuindo para o país se tornasse uma das maiores economias do mundo. Em 2018, a Alemanha ficou em terceiro lugar no Índice de Competitividade Global, do Fórum Econômico Mundial, somando 82,2, numa escala de zero a 100. Neste mesmo ranking, a Alemanha liderou no quesito inovação, alcançando 87,5 pontos, no geral. O Fórum Econômico Mundial destaca no relatório a inovação como o motor para o crescimento da produtividade e lembra que esse processo tem com um de seus pilares o desenvolvimento de ideias. No estudo, o país é elogiado pelos investimentos em pesquisa, pela qualidade dos institutos de pesquisa e pela interação entre aqueles que produzem conhecimento e empresas. A Alemanha fez 99,1 pontos na subdivisão pesquisa e desenvolvimento do quesito inovação. "O forte desempenho da competitividade global da Alemanha é também explicado por fundamentos muito sólidos, como um ambiente macroeconômico estável e uma população saudável, instruída e altamente qualificada", acrescenta o texto. Direito de imagemGETTY IMAGES Image caption 'Quem aprende a pensar em métodos, a resolver problemas, se comunicar, tomar decisões e produzir rapidamente entendimento a partir de informações, pode atuar com sucesso em vários setores', diz Peter-André Alt O desenvolvimento econômico de um país não depende somente de sua economia, mas também está ligado aos seus índices sociais. Kehm acrescenta que na Alemanha as pesquisas contribuem para buscar soluções, não são somente tecnológicas ou para questões ligadas à saúde, mas também para lidar com problemas gerais do país ao focar em temas como proteção ambiental, religião, família e instituições sociais. As universidades públicas são financiadas pelo Estado e não há cobrança de mensalidades, algo que a pesquisadora Kehm considera uma vantagem para atrair estudantes estrangeiros, que no futuro em seus países poderão estreitar as relações com a Alemanha, além de garantir de um tratamento igualitário a todos, independente da renda familiar. "A Constituição alemã estabelece o direito à educação gratuita. Além disso, a gratuidade significa um sistema mais justo e melhores chances para todos", acrescenta Kehm. As universidades e a história alemã As primeiras universidades alemães surgiram ainda na Idade Média, no final do século 14 e início do 15. Fundada em 1386, a Universidade de Heidelberg é a mais antiga do país. Por volta dos anos 1700, havia cerca 40 instituições de ensino superior em território alemão, atendendo a cerca de 8 mil estudantes. "A Alemanha surgiu como Estado-nação no final do século 19 e as universidades sempre foram consideradas um motor fundamental para o desenvolvimento do Estado e da sociedade", destaca Kehm. Foi então no século 19, com a fundação da Universidade de Berlim, em 1810 por Wilhelm von Humboldt, que foram lançadas as bases deste setor que se perpetuaram até os tempos atuais. Os princípios que deveriam reger aquela universidade eram a unidade da pesquisa e ensino, a educação pela ciência, a liberdade da ciência diante interesses de exploração política ou social e a unidade da ciência sob o teto da universidade, além da independência universitária para solucionar questões internas e acadêmicas e seu financiamento estatal. Humboldt criou, desta maneira, um marco para transformar a Alemanha numa nação da ciência no século 19 e desenvolveu um modelo de ensino superior que foi exportado e adaptado em diversos países europeus e nos Estados Unidos. Neste período, o número de universitários aumentou continuamente, no entanto, as universidades continuam sendo instituições de formação exclusiva da elite. Com a ascensão de Adolf Hitler ao poder, as universidades acabaram sucumbindo ao regime nazista entre 1933 e 1945 e à ideologia da extrema direita, obrigando muitos alunos e professores brilhantes, como Hannah Arendt e Albert Einstein, a abandoná-las. A fuga de cérebros, principalmente para os Estados Unidos, levou o país a perder a posição de liderança no campo científico que havia conquistado ao longo do século anterior. Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma expansão do ensino superior e a recuperação dos princípios perdidos durante o regime nazista. Neste período, houve também a popularização das universidades que passaram a receber estudantes de várias classes sociais. No decorrer da história, apesar de os investimentos no ensino superior variarem em decorrência de conjunturas econômicas, sempre houve um consenso sobre a importância destes setor. Segundo Alt, após a Reunificação alemã na década de 1990, houve um período de grandes cortes pois as universidades da antiga Alemanha Oriental foram integradas neste sistema, mas nos últimos dez anos a situação melhorou bastante. "Na Alemanha, temos uma consciência geral de que as universidades são importantes para prosperidade econômica, para o potencial futuro do país, não somente para produção industrial e técnica, mas também para a memória coletiva cultural e para a compreensão da história e sociedade", destaca Alt, que foi reitor da Universidade Livre de Berlim entre 2010 e 2018. Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal! Novidades por vir! Direitos da imagem BBC News BrasilBBC NEWS BRASIL Direitos da imagem BBC News BrasilBBC NEWS BRASIL Direitos da imagem BBC News BrasilBBC NEWS BRASIL Tópicos relacionados BrasilEnsino básicoEducaçãoEconomiaEnsino superior Compartilhar Sobre compartilhar Email Facebook Messenger Twitter WhatsApp LinkedIn Voltar ao topo Notícias relacionadas As lições para a Educação do país em que pedreiros estudam por até 4 anos e ganham salários de R$ 20 mil 24 setembro 2018 Destaques e Análises 'Meu nome é DeeDay’: o inglês batizado em homenagem ao Dia D Cientistas analisam esportes extenuantes e revelam até onde o corpo aguenta O artista que está criando um memorial para cada uma de milhares de vítimas do Holocausto Por que devemos focar no 'como' e não no 'por que' trabalhamos Por que o eusko, aceito em 17 municípios bascos, é micromoeda mais bem-sucedida da Europa De Oprah a Rihanna, como as mulheres mais ricas dos EUA fizeram suas fortunas A revolução dos robôs cuidadores está por vir? 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quarta-feira, 5 de junho de 2019

A Amazônia Vira Savana


Mídia desperta, enfim, para a grande tragédia da devastação amazônica Brasil 247 4 de junho de 2019 22:17 Seguindo A iminente possibilidade de a Amazônia virar um Cerrado ou uma Savana Africana começa a despertar, embora ainda timidamente, o interesse da mídia nacional em alertar os brasileiros para os graves riscos econômicos e socioambientais que ameaçam o grande diferencial que o país tem para mostrar e oferecer ao mundo, como é o caso da Amazônica, considerada a maior, mais rica e mais bonita floresta tropical do planeta. O despertar da mídia nacional para tal preocupação começa quando o país já apresenta desmatamento de mais de 20% de sua grande floresta, que há muito vem sendo considerada por cientistas de todo o mundo como essencial ao equilíbrio climático da Terra. Isso ocorre porque, além de deixar de absorver parte do gás carbônico produzido pelo resto do mundo, a eliminação da floresta por si só contribui para a emissão dos gases de efeito estufa, os responsáveis pelo aquecimento global. A mídia nacional também despertou para o gigantesco desastre ambiental que vai representar o fim da Amazônia só depois que os cientistas passaram a advertir ao mundo que se o desmatamento na grande floresta passar nos próximos anos dos 25% de sua área original de 500 milhões de hectares (59% do território brasileiro e 60% da Amazônia sul-americana), vai complicar muito a vida não só das 20 milhões de pessoas que moram na região, mas também das que habitam no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, onde vive a grande maioria da população brasileira. Essas regiões brasileiras, assim como as dos outros países do Cone Sul (Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai), ficariam sem água suficiente para beber e produzir alimentos porque as chuvas que chegam à região são formadas pelos "rios voadores" da Amazônia, como já são chamados popularmente os grandes cursos d'água atmosféricos originários da grande floresta brasileira. Nos últimos dias, a mídia nacional, a começar da Rede Globo, através de reportagens especiais no Jornal Nacional, publicou matérias de cunho científico mostrando que vários cientistas brasileiros estão fazendo um mapeamento bastante detalhado da região amazônica, tanto por terra quanto pelo ar, com o objetivo de avaliar o papel da gigantesca floresta brasileira no clima do planeta. Pesquisador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Paulo Barreto destaca que 42% de toda a poluição causada pelo Brasil, que influencia o clima, provêm do desmatamento. Em outra reportagem, o Jornal Nacional aponta que pesquisas conduzidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) demonstram que os cientistas já sabem da importância da grande floresta amazônica para o planeta e para as pessoas, pois ela absorve 10% do gás carbônico atualmente jogado no ar em todo o mundo. Intitulada "Desmatamento da Amazônia avança depois de anos em queda", matéria do site da revista Exame destaca que algo alarmante escapou à atenção de grande parte do mundo, que é o fato do desmatamento estar crescendo há anos. Na Amazônia brasileira, segundo a revista, o nível de desmatamento aumentou 73% entre 2012 e 2018, revertendo um esforço bem-sucedido para refrear a atividade de madeireiros, de pecuaristas e de agricultores ao longo de quase uma década. Ao lembrar que, no ano passado, houve desmates de quase 800 mil hectares de floresta, uma área maior que a de Xangai, a matéria da revista aponta como principais razões para o avanço do desmatamento a anistia a fazendeiros que desmataram ilegalmente a floresta, a criação de lei que facilitou a obtenção de direito de propriedade de terras ocupadas ilegalmente e a redução das inspeções ambientais na região. Por fim, a reportagem da revista prevê a ampliação do desastre ambiental na região com o plano do governo de Jair Bolsonaro de aumentar o acesso à Amazônia com iniciativas de afrouxar as restrições às atividades do agronegócio da soja, da pecuária e da mineração em áreas protegidas da região, inclusive em terras indígenas. "Para os ambientalistas que monitoram o aumento do aquecimento global, isso significa desastre", assinala a matéria. Reportagem publicada pelo Portal G1, da Globo.com, por sua vez, também divulga estudo apontando que o Brasil é de longe o país, entre os nove incluídos no bioma amazônico sul-americano, que mais alterou leis que deveriam proteger a Amazônia, promovendo 66 das 115 alterações legislativas ocorridas entre os anos de 1961 e 2017. Baseado em dados levantados por pesquisadores liderados pela ONG Conservação Internacional, o estudo intitulado "O futuro incerto das terras e águas protegidas" revela que dos 18 milhões de hectares da Amazônia que tiveram o status de conservação alterado entre 1961 e 2017, 11 milhões de hectares estão no território nacional. Artigos recentes Bolsonaro e seu governo estão simplesmente obcecados em colocar em prática tal hecatombe ambiental contra a última grande floresta tropical do mundo, nem que, para isso, tenha que enfrentar a fúria do mundo científico e das organizações internacionais da sociedade civil Revela o colega jornalista Marcelo Leite, especializado em ciência e meio ambiente, que corre no setor de sensoriamento remoto por satélites o rumor de que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles prepara um sistema alternativo para monitorar o desmatamento no país, com a assessoria de imprensa da pasta não confirmando e nem desmentindo a informação Corre no setor de sensoriamento remoto por satélites o rumor de que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles prepara um sistema alternativo para monitorar o desmatamento no país, com a assessoria de imprensa da pasta não confirmando e nem desmentindo a informação As comunidades tradicionais devem esperar mais algumas décadas para terem acesso aos benefícios da energia elétrica, de valor infinitas vezes menor que o papel que elas exercem, há séculos, de preservar a floresta que mais ajuda a equilibrar o clima do planeta, entre outros valiosos ativos ambientais que oferece ao mundo A regressão de até 100 anos prevista pelo economista Marcio Pochmann para a economia brasileira, durante o governo retrógrado de Jair Bolsonaro, deve começar a fulminar setores que o próprio presidente defende ardorosamente, como é o caso do agronegócio Clique aqui para ver página original

Terceirizando a Amazônia

P

Ricardo Salles quer terceirizar Amazônia Brasil 247 3 de junho de 2019 23:34 Seguindo O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles quer terceirizar o monitoramento do desmatamento da Amazônia; Salles recebeu representantes da Santiago & Cintra, empresa que ele pretende contratar para fazer o monitoramento realizado atualmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); o órgão é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, chefiado pelo astronauta Marcos Pontes Da Rede Brasil Atual - O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles pretende terceirizar o monitoramento do desmatamento da Amazônia. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo publicada hoje (3), Salles recebeu representantes da empresa paulista de geoprocessamento Santiago & Cintra, que ele pretende contratar para fazer o monitoramento realizado atualmente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O órgão é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, chefiado pelo astronauta Marcos Pontes. A reportagem da RBA apurou que a Santiago & Cintra, no entanto, é controlada pela Blackbridge Networks Ltd. Situada em Lethbridge, província de Alberta, Canadá, a companhia é uma das gigantes do setor de armazenamento de dados. Opera como um provedor de serviços de tecnologia e oferece serviços de replicação e backup, nuvem híbrida corporativa e rede a clientes em todo o mundo. Os dados coletados na Amazônia estariam sendo geridos por empresa que tem no setor uma de suas fontes de lucro. Segundo a Junta Comercial de São Paulo (Jucesp), a Blackbridge é sócia da empresa, com valor de participação na sociedade de R$ 600.000,00. Os dois outros sócios somam R$ 78.000,00. Ainda conforme a Folha, a Santiago & Cintra Amazônia foi contratada pelo governo do Pará para prestar serviço de fornecimento de imagens e dados de desmatamento. Iniciado em março de 2017 com a promessa de melhorar o combate ao desmatamento, mas o Pará continua sendo o estado mais problemático do país. AlertasDo começo do ano até 15 de maio, o Inpe enviou aos órgãos de fiscalização 3.860 alertas de desmatamento, obtidos por um sistema chamado Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter-B), do órgão. Ou seja, uma média de 28,6 alertas/dia. A reportagem da Folha informa que um novo monitoramento de desmatamento, a partir de um convênio sem custos, administrado por uma iniciativa que envolve ONGs, universidades e empresas de tecnologia para mapear o uso da terra – a MapBiomas – já forneceu ao Ibama 1.845 alertas de desmatamento, em março. Os dados resultam de diversos bancos de dados, como o Deter-B, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) e são acompanhados de laudos que incluem até imagens de alta resolução da área antes e depois do desmatamento. Apesar disso, o Ibama só aplicou 850 multas por desmatamento na Amazônia Legal no mesmo período, ou seja, 6,2/dia. O baixo número se deve à política de combate às fiscalizações e de punição aos agentes fiscalizadores implementada por Ricardo Salles, com aval do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Clique aqui para ver página original

terça-feira, 4 de junho de 2019

SEMPRE MENTINDO


CONTINUAM OS MESMOS!! Lembre-se Os políticos continuam os mesmo!! Pois os seus eleitores também continuam os mesmo!! E as promessas?! Sempre as mesmas!! Salvar o povo!! Salvar o Brasil!! ... (...) ... TUDO MENTIRAS!! Cadê os empregos anunciados e tão prometidos em 2017/18 aos brasileiros logo após a aprovação da reforma (extinção) trabalhista?! (A)onde/(a)donde vão achar os empregos agora tão prometidos após a reforma (extinção) da Previdência?! Nada mais descaradamente enganoso, mentiroso que as falas que expressam as necessidades de mudanças na previdência como sendo a grande tacada para retomar o crescimento da economia e, com isso, criar os milhões de empregos..., salvar as aposentadorias. E Salvar o Brasil!! De VERDADE MESMO é que estamos vivendo uma grande mentira bolsonarista dizendo ser a grade verdade de todos os séculos!! Mente e mentirá quem hoje promete e quem amanhã vai prometer empregos em quantidades suficientes para recuperar os 15 milhões de empregos perdidos. A resposta com o Modo de Produção (indústria, comércio...) 4.0!!

segunda-feira, 3 de junho de 2019

Governos Iliberais


Para filósofa húngara Ágnes Heller mundo passa por uma nova onda de tirania GGN 2 de junho de 2019 17:36 Ágnes Heller. Fonte da imagem: Political Critique Jornal GGN – Especialista em regimes autoritários, a filósofa húngara Ágnes Heller já vivenciou três deles. Hoje, aos 90 anos, a intelectual de renome e discípula do filósofo marxista György Lukács faz uma avaliação nada otimista para a história da humanidade: estamos diante de uma nova escalada da tirania no mundo. Em seu país, o primeiro-ministro Viktor Orbán, no final do ano passado, aumentou o controle sobre o Judiciário da Hungria. Mais um passo para sua autoproclamada “democracia iliberal”, mas que, na verdade, comprova as análises de Heller. A pensadora nasceu na ditadura de Almirante Horthy. Mais tarde escapou do Holocausto, fugiu de um regime comunista e exilou-se na Austrália em 1977. Em 1986 mudou-se para a New School de Nova York, onde assumiu a cátedra de Hannah Arendt. Hoje vive na sua terra natal onde defende fervorosamente a democracia liberal. Em entrevista ao Le Nouvel Observateur, em dezembro de 2018, reproduzida pelo jornal O Globo, Ágnes Heller pontuou que as tiranias não se parecem e que Orbán não havia instaurado um regime autoritário na Hungria. O que está em andamento, é “uma nova forma de tirania que se espalha hoje pelo mundo, onde um tirano é eleito, depois reeleito e novamente reeleito. Como Orbán, Putin [Rússia], Erdogan [Turquia]”. “O próprio Orbán descreve essa nova tirania como uma democracia iliberal. Democracia, pois o regime é fruto de uma votação majoritária. “Iliberal”, porque não há mais direitos humanos, nem pluralismo. É um governo totalmente centralizado: nada mais pode acontecer na Hungria sem que ele assim tenha querido”, completou a pensadora. Segundo ela, o fenômeno de eleição e reeleição de líderes autoritários está levando a uma “refeudalização” progressiva dos estados. “Falar sobre esses regimes como se falava do nazismo ou do stalinismo é não perceber o que está acontecendo, nem compreender os seus perigos”, pondera. “O poder transforma em renda o que dependia anteriormente do lucro redistribuído pelo capitalismo, e cria sua própria oligarquia”, explica a filósofa. “Vejam Matteo Salvini, na Itália. É um pequeno “Duce”, mas não vai marchar sobre Roma, nem tomará o poder pela força. Ele fará exatamente como fez Orbán. Chegar ao poder pelo voto majoritário, e lá permanecer, por meio de reeleição após reeleição”, já analisava Heller em dezembro de 2018. Salvini é hoje Vice Primeiro-Ministro e ministro do Interior na Itália. Seu partido foi o mais bem votado na Itália para ocupar as cadeiras do país no Parlamento Europeu, nas eleições que aconteceram entre 23 e 26 de maio. Após o resultado das eleições do Parlamento Europeu, Salvini, um dos eleitos, abradeceu aos eleitores em rede social que lhe deram à sua liga o primeiro lugar nas eleições européias. “Todos esses novos tiranos se escondem atrás do argumento poderoso do voto majoritário, apresentado como uma garantia da natureza democrática de seu regime. Mas não se trata disso! Esses regimes não se parecem em nada com aquilo que chamamos de democracia. Pois, desde a primeira emenda à Constituição dos Estados Unidos, a democracia moderna é sinônimo de democracia liberal”, reflete Heller. Ao ser perguntada como tantos países -puderam cair nessa nova forma de tirania, a pensadora explicou que o processo é progressivo, e faz parte da passagem da sociedade de classe para a sociedade de massas. “Hannah Arendt havia explicado como as classes sociais foram destruídas na União Soviética. Numa sociedade totalitária, isso ocorre de modo mais rápido; na sociedade tradicional, o processo é mais lento. Mas atualmente, entramos em toda parte na era das sociedades de massa”, destaca. “Esse processo é acompanhado pelo desaparecimento progressivo dos partidos políticos tradicionais, que representavam os interesses das classes”, continua. As ditadura tradicionais se apoiavam nas classes. O novo tipo de tirania nas sociedades de massa. “Caso não representassem esses interesses, os tiranos deveriam tomar o poder pela força. Porém, nas sociedades de massa, a maioria é formada pelas ideologias, e não pelos interesses de classe”, esclaresse Heller. “A sociedade de massa não determina que o governo seja tirânico. Mas torna mais fácil a eleição dos tiranos. Na Europa do Leste, isso fica ainda mais fácil, pois não existe uma tradição democrática. Na Hungria, de fato, nunca houve realmente uma democracia liberal propriamente dita”, completa. O que Heller está dizendo é que o que pensávemos ser uma democracia liberal depois de 1989 – ano que marca a queda do Muro de Berlim – na realidade nunca foi democracia liberal. “Após 1989, é verdade que tivemos enfim aquilo que se pode chamar de democracia liberal no governo e no parlamento. Nós, os intelectuais, podíamos falar o que quiséssemos. Era genial. Mas nós não entendemos que isso não bastava para atingir uma democracia real. Esta nunca conseguiu se enraizar no seio da população húngara”, pontua. E isso aconteceu porque, observa Heller, os húngaos nunca foram acostumados “a tomar em mãos seui próprio destino”, epenas em breves oportunidades de sua história. Algo muito semelhante ao que ocorreu com populações de outros países. A nova tirania tem traços ideológicos capazes de transformar um milionário capitalista em um cavaleiro satânico do comunismo. Isso explica porque Goerge Soros, milionário e filantropo americano de origem húngara e que investiu na instauração de uma democracia liberal na Hungria, na gestão de Orbán, foi transformado “na encarnação do diabo, em inimigo do povo húngaro”, destaca Heller. “O mesmo que fez Erdogan com Gülen. Isso é não somente absurdo, mas também é ridículo. Pois se Soros realizou muitas coisas problemáticas, fez também muitas coisas boas. Não se trata nem de um demônio nem de um anjo”, equilibra Heller. A nova tirania trabalha com outro instrumento apontado por Heller como ideologia do “nacionalismo étnico”. “Ele [Orbán] faz uso dela como um instrumento de poder”, acentua. “[Orbán] está interessado unicamente na maximização de seu próprio poder. Não promete mais nada, além de dizer que defende a população, sua identidade, a cristandade, a soberania húngara contra inimigos inventados. Contra os migrantes, mesmo que não existam migrantes na Hungria, contra as ONGs que os ajudam, a União Europeia, George Soros. É uma ideologia negativa, um tipo de niilismo”. Heller, entretanto, pede cuidado para que não se faça a confusão de que todas as ideologias positivas sejam sempre boas. “O fascismo era uma ideologia positiva que prometia alguma coisa, por exemplo”. Quando percuntada que outra ideologia poderia se contrapor ao nacionalismo étnico, Heller destaca que essa linha de poder operação como uma história. “Eis o que ele [nacionalismo étnico] conta; a União Europeia nos rouba nossa soberania, nossa identidade, nossa cultura, e nós nos defendemos. Mas nós poderíamos opor a isso uma outra história: o nacionalismo étnico nasceu com a Primeira Guerra Mundial e destruiu a Europa durante todo o Século XX. Devemos a ele três totalitarismos, o Holocausto, a Segunda Guerra Mundial, cem milhões de cadáveres. Vocês ainda desejam isso? Quantos cadáveres?”, rebate a pensadora. “A história que podemos contar é a seguinte: desejamos a união da Europa para que isso nunca mais se reproduza. Nossa única chance de sobreviver é preservar a democracia liberal”, defende. “Penso que o desenvolvimento da história europeia atingiu sua última fase com a democracia liberal. Não se pode ir mais longe. Podemos somente melhorá-la: a liberdade pode ainda ser explorada e desenvolvida em muitas direções”, conclui. Para ler a entrevista de Ágnes Helle na íntegra, clique aqui. Clique aqui para ver página original

domingo, 2 de junho de 2019

CONTINUAM OS MESMOS!!


Lembre-se Os políticos continuam os mesmo!! Pois os seus eleitores também continuam os mesmo!! E as promessas?! As mesmas!! Salvar o povo!! Salvar o Brasil!! ... (...) ... TUDO MENTIRAS!! Cadê os empregos anunciados e tão prometidos em 2017/18 aos brasileiros logo após a aprovação da reforma (extinção) trabalhista?! (A)onde/(a)donde vão achar os empregos agora tão prometidos após a reforma (extinção) da Previdência?! Nada mais descaradamente enganoso, mentiroso que as falas que expressam mudanças na previdência como sendo a grande tacada para retomar o crescimento da economia. De VERDADE MESMO é que estamos vivendo uma grande mentira bolsonarista dizendo ser a grade verdade de todos os séculos!! Mente e mentirá quem hoje promete e quem amanhã vai prometer empregos em quantidades suficientes para recuperar os 15 milhões de empregos perdidos. A resposta com o Modo de Produção (indústria, comércio...) 4.0!!

sábado, 1 de junho de 2019

Bolsonaro, um assassino genocida


Um desgoverno em estado terminal, por Fábio de Oliveira Ribeiro GGN 2 de março de 2019 19:41 Seguindo Um desgoverno em estado terminal por Fábio de Oliveira Ribeiro Após ter derrotado os romanos em três grandes batalhas campais (Trasimeno, Ticino e Canas), Hanibal acampou em frente às muralhas de Roma. Então o ilustre cartagines desistiu de atacar a cidade, razão pela qual um dos generais dele disse que ele sabia ganhar batalhas, mas não sabia tirar proveito das vitórias. O mesmo pode ser dito de Bolsonaro. Ele soube ganhar a presidência, mas em apenas dois meses ele desperdiçou todo capital político. Primeiro, o Exército deixou bem claro que não será comandado por Jair Bolsonaro ou pelos filhos dele. Depois os generais calaram a boca do chanceler amalucado que ele nomeou para o Itamaraty. Agora, o presidente fanfarrão que se veste como um Jeca Tatu será obrigado a ficar calado. Essas três “capitis diminutio” ou “interditos proibitórios” que limitam o poder presidencial transformaram Bolsonaro numa espécie de palhaço com a faixa. Ele é presidente porque não governa. Se tentar governar (coisa que ele não consegue fazer), o Bozo será substituído pelo vice. Em silêncio Bolsonaro é um gênio. Quando abriu a boca em Davos ele começou a se complicar. Sempre que coloca a ideologia na frente do pragmatismo, o presidente brasileiro causa um dano à economia e à imagem internacional do Brasil. Bolsonaro tentou mudar a embaixada brasileira para Tel Aviv e foi desautorizado. Mesmo assim os árabes impuseram sanções comerciais que afetaram negativamente os interesses dos produtores rurais que apoiaram o PSL. A importação de leite em pó da União Europeia não rompeu o isolamento diplomático do nosso país. Ela apenas causou danos aos próprios produtores de leite que ajudaram a eleger Bolsonaro. Por razões ideológicas, o novo presidente do Brasil aderiu à bravata de Guaidó na Venezuela. A instabilidade em nosso afeta negativamente interesses econômicos e estratégicos da China. Imediatamente os chineses resolveram comprar nos EUA todos os produtos que compram no Brasil. Esse será o golpe de misericórdia no regime que Bolsonaro e seus filhos queriam impor aos brasileiros. Enquanto o presidente afunda no pântanos que ele próprio criou o poder vai se transferindo para o general vice. Mourão parece ser mais preparado para exercer a presidência do que Bolsonaro. Mas assim que der o bote na faixa presidencial ele se tornará vidraça da oposição e dos fanáticos ligados à Bolsonaro dentro e fora do Congresso Nacional. Quem disse que era só tirar a Dilma que a economia melhorava está amargando prejuízos. Quem apostou suas fichas em Bolsonaro será levado falência pelo presidente que elegeu. O impasse criado pelo golpe de 2016 “com o Supremo com tudo” não foi solucionado. Tudo piorou, inclusive os indicadores econômicos. Se assumir a presidência Mourão não terá uma tarefa fácil pela frente. Nós precisamos de mais democracia e não de uma nova ditadura. Para sair da crise econômica/política/institucional que foi criada pela Lava Jato, agravada durante fraude do Impeachment e amplificada com a eleição “fake news” de Bolsonaro o Brasil precisa desesperadamente anular a eleição de 2018. Entretanto, não basta eleger apenas o novo presidente do país. Um novo Congresso Nacional também terá que ser eleito para substituir esse que nasceu maculado por fraudes financeiras e publicitárias. Clique aqui para ver página original