segunda-feira, 24 de junho de 2019

Eleitores irresponsáveis elegeram assassinos

Bolsonaro quer trocar os quatrilhões da Amazônia em pé por ninharias do agronegócio


Após a maioria dos eleitores brasileiros eleger um presidente da República sem qualquer preparo ou conhecimento para a nobre e importante missão de governar um país de dimensões continentais, muitos se preocupam sobre o trágico destino que ele e seu governo já disseram pretender dar ao grande diferencial que o Brasil tem para mostrar e disponibilizar ao mundo.

Trata-se da Amazônia, a maior, mais rica e mais bonita floresta tropical do mundo, considerada essencial para o equilíbrio climático do planeta, entre outros ativos ambientais importantes que representa para o bem-estar da humanidade. Bolsonaro já disse, em alto e bom som, que quer, em parceria com os Estados Unidos, explorar a grande floresta brasileira ampliando o agronegócio da soja, da pecuária e da mineração. Nem que, para isso, tenha que derrubar florestas até em terras indígenas e em outras unidades de conservação da região.

Com a ajuda do Trump boquirroto, Bolsonaro ignorante pretende ajudar algumas dúzias de grandes empresas norte-americanas e brasileiras a ganharem centenas de bilhões de dólares, em cima dos quais pretende arrecadar gordos impostos para reduzir o déficit das contas públicas do país, mesmo sabendo que tais atividades, por agregarem bem mais máquinas do que mão-de-obra, não vão resolver o atual e gravíssimo problema social do Brasil.

Um problema que começa com os atuais 13 milhões de desempregados e se soma aos 37,3 milhões que viviam de trabalho informal mal remunerado até 2018, segundo dados do IBGE, o que fez o país entrar no ano de 2019 com mais de 50,3 milhões de brasileiros vivendo com algumas ou com todas as dificuldades do mundo, no caso dos desempregados. Essa população mal vivida equivale a nada menos que 55% dos 91,4 milhões de empregados formais do país. Sem a grande floresta, tal problema social só se agravaria com os milhões de índios, seringueiros e ribeirinhos sem terem mais o que extrair das matas para sobreviverem.

Em suma, o atual governo brasileiro quer trocar por alguns bilhões de dólares um dos maiores patrimônios naturais da Terra, cujo valor já é estimado na casa dos quatrilhões de dólares, segundo informa o economista Osíris Araújo da Silva, membro do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEAA), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Ou seja, a grande floresta amazônica em pé, mesmo já tendo sido desmatada nas últimas décadas em 20% (ou 66 milhões) de seus 330 milhões de hectares, representa um negócio de dimensão planetária porque inclui desde a sua essencialidade ao equilíbrio climático do planeta até água, ouro, diamante, madeira de manejo, essências florestais, cosméticos, turismo ecológico, petróleo e muitos outros minerais preciosos, entre outros valiosíssimos ativos ambientais.

Segundo o economista Osíris Silva, que também é consultor de empresas, ex-secretário de Fazenda do Amazonas e articulista econômico do jornal A Crítica, de Manaus (AM), os 264 milhões de hectares da floresta amazônica encerra uma riqueza da ordem de US$ 2 quatrilhões apenas em suas reservas de água subterrânea em 134 milhões de hectares de aquíferos porosos (dado de junho de 2011) existentes na região. Esse gigantesco valor equivale a 100 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 20,6 trilhões alcançados pelos Estados Unidos no ano passado e a 1.126 vezes o PIB de US$ 1,78 trilhão conquistado pelo Brasil no mesmo ano.

Para o economista, trata-se de um potencial econômico ainda não precisamente mensurado em sua totalidade, mas estimado em estudos empreendidos pela Coordenadoria de Sustentabilidade Ambiental, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), ligado ao Ministério da Economia. “A água, como se tem plena consciência, é o recurso mais importante para a sobrevivência humana. No entanto, dada sua escassez na maioria dos continentes, seus estoques mundiais encontram-se em situação crítica”, diz Silva, em artigo publicado na internet.

No artigo, o economista assinala que, além da água, a Amazônia tem reservas de petróleo, gás, ferro, alumínio, manganês, silvinita e outros minerais, grandes riquezas que podem, juntas, chegar ou até ultrapassar a casa dos US$ 20 trilhões. Osíris Silva informa que diversos estudos estimam uma capacidade da região em sequestrar carbono da ordem de US$ 379 bilhões.

O economista adverte, no entanto, que a conversão da riqueza natural em recursos financeiros só pode se concretizar se a maior floresta tropical do planeta permanecer de pé, segundo destaca o estudo denominado “Serviços Ambientais como Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Rural”, de autoria de Philip Fearnside, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Serviços Ambientais da Amazônia (INCT-Servamb).
Além de todos esses valores, de acordo com o economista, um relatório da Universidade de Utrecht, da Holanda, assinala que só a cobrança por serviços ambientais prestados por 219 milhões de hectares de florestas da Amazônia (a região tem o total de 264 milhões de hectares de florestas) pode render para o Brasil mais de US$ 50 bilhões por ano.
O pesquisador Philip Fearnside defende a tese de que o valor da Amazônia em pé tem o potencial de formar uma base econômica para sustentar a população no interior da região muito melhor do que a economia atual. Ele se baseia nos serviços ambientais que a floresta amazônica fornece aos seres humanos, ou seja, os benefícios que a sociedade recebe dela a partir das suas funções ecológicas, tais como a manutenção da biodiversidade, o ciclo hidrológico e o armazenamento de carbono, que evita o aquecimento global.
Atualmente, o Brasil já dispõe de recursos originários de países desenvolvidos preocupados com o aquecimento global para financiar projetos socioambientais na Amazônia que evitem novos desmatamentos na região e, por conseguinte, a emissão de mais gases de efeito estufa, como ocorre quando a floresta é derrubada e queimada. Em resumo, além de querer destruir a gigantesca riqueza dos ativos ambientais da Amazônia, ao por abaixo a sua imensa floresta, o governo Bolsonaro ainda quer dividir com os norte-americanos o que vier de lucro com o avanço, na região, do agronegócio concentrador de renda.
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Após a maioria dos eleitores brasileiros eleger um presidente da República sem qualquer preparo ou conhecimento para a nobre e importante missão de governar um país de dimensões continentais,...

O jagunço e se o dono

Caso Sergio Moro: procurador Dallagnol agia como "laranja" e jagunço do juiz de araque
cadaminuto23 de junho de 2019 01:29


O procurador do MPF Deltan Dallagnol foi apresentado ao Brasil como coordenador-chefe da força-tarefa da Lava Jato. Com esse título pomposo, ele se danou a aparecer em tudo o que era jornal, revista e emissoras de TV, como o implacável justiceiro a serviço de uma missão sagrada: o combate sem tréguas à corrupção que tanto infelicita o país. A imprensa tratou de vendê-lo como um herói, uma espécie de Robin, a cara-metade do Batman – que era o suposto juiz Sergio Moro.
A fama repentina abriu ao procurador uma janela de oportunidades em termos financeiros. Passou a ganhar boladas com convites para palestras pelo país afora. Virou estrela em palcos patrocinados por bancos, multinacionais e grandes veículos de comunicação. Esperto, o rapaz logo apareceu como o produto mais vistoso no portfólio de uma empresa especializada em comercializar a fala de charlatões tão afamados quanto ele. Com a capa de cavaleiro da ática, virou referência na gandaia.
No auge de sua atividade, ou seja, a de encantador de plateias formadas por convertidos abestalhados, a empresa que o agenciava negociava o rapaz como o “procurador das bochechas rosadas que usa óculos de aro fino”. Parece piada, mas eram esses os belos atributos do menudo de Curitiba. Quem ainda não sabe disso, ou não lembra, basta uma pesquisa no Google. Está tudo lá, ainda que o farsante negue hoje o que fazia ontem. O faturamento de seu negócio é uma caixa-preta.
Pois agora sabemos, graças ao The Intercepet, que Dallagnol era o chefe da Lava Jato apenas diante dos holofotes. Nas sombras, no ambiente secreto do Telegram, o elemento exercia a função de “laranja” do então juiz Moro. Este sim, na prática, comandava a operação com métodos atualizados do velho coronelismo, aquele grupo que agia acima das leis, decidindo quem vive e quem morre, a depender de seus interesses – e de quem o coronel de ocasião desejava (ou não) “melindrar”.
Com tais premissas à luz do sol, o procurador deve ser conceitualmente classificado, reitero, como um laranja do magistrado-coronel. Ao lado dessa categoria, pode-se acrescentar que Dallagnol desempenhou o papel de “jagunço” – o que também explica as estripulias deletérias ao Estado de Direito. A dupla maquinou o tempo todo em proveito próprio, de acordo com aspirações políticas.
Como já está amplamente demonstrado – e negar as evidências é coisa de fanáticos pelos heróis de araque –, Moro dava ordens que eram obedecidas com a fidelidade clássica da jagunçada. Assim os processos da Lava Jato foram sendo arrastados por esses depravados do ordenamento jurídico. O caso do ex-presidente Lula é o suprassumo dos atos inescrupulosos que marcam o conjunto da obra.
Mas a questão central não é Lula, não é o PT, ainda que sejam esses os inimigos declarados do juizinho e seu capanga, como resta provado nos diálogos que o Brasil hoje conhece. As grandes vítimas dessa turma somos todos nós, são os valores da democracia. Violentar as regras do processo contra um réu é uma barbaridade de alcance incalculável; é destampar, aí sim, a panela do diabo.
Moro (o poderoso chefão) e Dallagnol (o pistoleiro) cometeram um crime hediondo, porque rasgaram a Constituição e trataram as regras legais como se não valessem nada. Para eles, o certo é o que eles decretam que é certo, e errado é o que os dois decidem que é assim. Não há meio-termo, não há ressalvas a esse arranjo de pilantragens perpetrado por ambos. Que paguem por suas safadezas.

domingo, 23 de junho de 2019

Foi golpe slm


Brasil acorda dizendo que "foi golpe" disfarçado de impeachment
Blog do Esmael23 de junho de 2019 09:39




O humor do brasileiro está mudando à medida que novas informações do submundo da Lava Jato vêm à luz. Neste domingo (23), por exemplo, o País inteiro acordou dizendo que “foi golpe” disfarçado de impeachment o que ocorreu em 2016.
A frase “foi golpe” é um dos assuntos mais comentados na manhã de hoje no Twitter.
O contexto da discussão se dá nas intensas revelações do site Intercept que em parceria com a Folha trouxe à tona que a força-tarefa atuou fortemente para derrubar o governo constitucional de Dilma Rousseff; que o ex-juiz Sérgio Moro agiu em conluio com o Ministério Público para prender Lula e tirá-lo da disputa presidencial; que o ministro da Justiça xingou de “tontos” os meninos do MBL (Movimento Brasil Livre); o lançamento do filme Vertigem (Netflix); etc. e tal.
Restou evidente que acusador e julgador não só agiam em conluio, mas mantinham uma relação de “fidelidade canina” para enfrentar pressões externas, sobre tudo do ministro do STF Teori Zavaski.
O sistema penal acusatório previsto na Constituição Federal proíbe veementemente que o julgador atue para enfraquecer a defesa reforçando a acusação. A falta de imparcialidade do julgador causa nulidade absoluta da sentença.
São vários os pontos que deixam perigosa a volta de Moro para o Brasil. Ele viajou esta semana para os Estados Unidos com a promessa de depor novamente na Câmara dos Deputados sobre esses vazamentos antidemocráticos e antirrepublicanos.
Acerca das reportagens do Intercept
O combate à corrupção era feito com métodos corruptos, fora da lei, segundo revelou o site The Intercept ao Brasil e ao mundo.
1- juiz e acusação afastaram e escalaram procuradores para o caso Lula;
2- eles combinaram estratégia comum [julgador e MPF] para agravar a situação de acusado;
3- eles vazaram seletivamente para a velha mídia com a finalidade de prejudicar uma das partes;
4- eles protegeram político do PSDB que não queriam melindrar e, portanto, proteger de seus rigores midiáticos; e
5- aliás, eles faziam o plano de mídia conjuntamente contra adversários políticos e adversários.
Por isso tudo, nós do Blog do Esmael também concordamos: foi golpe, sim.

Como governa os homicidas

Teopolítica fundamentalista neoliberal: assim governam os perversos
domtotal20 de junho de 2019 06:39


Na 'teopolítica neoliberal', a religião e a economia se fundem no político. (Marcos Corrêa/ PR)
Por Élio Gasda*
O fundamentalismo parte de uma afirmação absoluta a respeito de sua própria verdade e rejeita os argumentos discordantes, considerando-os falsos. A aliança de dois fundamentalismos em torno do bolsonarismo desequilibrou a esfera política brasileira: fundamentalismo econômico e fundamentalismo religioso.
No fundamentalismo econômico, a existência humana gira em torno do dinheiro. A acumulação privada e ilimitada de riqueza é o eixo. Alguns sinais do neoliberalismo como fundamentalismo econômico: a imposição de uma verdade como absoluta, apoiada por uma ciência econômica como único caminho para o conhecimento da realidade e a intervenção sobre ela; a economia, como ciência exata, sobreposta à política; o pluralismo teórico e prático resignando-se à verdade das soluções econômicas; individualismo radical.
O sequestro da política é concretizado no papel do complexo transnacional financeiro/empresarial nas decisões do governo. O sequestro da política é traduzido por influência política desproporcional em relação a outros atores sociais. Segurança social, saúde, educação, são transformadas em fontes de acumulação de riqueza. O capital não tem função social.
O fundamentalismo religioso é constituído por uma mistura de moralismo (comportamento), tradicionalismo e meritocracia (teologia da prosperidade). A divindade se submete às ambições humanas. Deus é usado como elemento do discurso político. A "bandeira" política é identificada como vontade de Deus. Decisões políticas são "obras do Senhor". A ação política, as instituições públicas e os políticos devem ser guiados pelas verdades da religião. Os adversários ideológicos são inimigos de Deus. Na Igreja Católica, o fundamentalismo se transforma em movimentos neoconservadores que rejeitam o Concílio Vaticano II. No neopentecostalismo, por uma aliança do espiritual com o dinheiro e com o poder político. Teologia da prosperidade aplicada ao mercado (riqueza) e à política (conquista do poder).
Jair Messias Bolsonaro é o primeiro presidente com discurso evangélico neopentecostal. Em sua mensagem de vitória (28/11/18) citou Deus várias vezes e afirmou: “nosso lema fui procurá-lo no que muitos chamam de uma caixa de ferramentas para corrigir homens e mulheres, que é a Bíblia Sagrada”. Seu lema: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". Bolsonaro invoca a nação e o nome de Deus, colocando ambos na arena política ao lado de seu nome. Quem ataca Bolsonaro é um inimigo “da pátria” e de Deus. Deus, Brasil e Bolsonaro são um trio com uma mesma missão.
Bolsonarismo é a adesão à figura de Bolsonaro, “mito” para fiéis seus seguidores. Bolsocrentes, acreditam e defendem o modo de pensar e agir “bolsonariano”. O repertório varia de ataques à mendigos, indígenas, mulheres, negros e homossexuais a discursos fascistas, como o apoio a torturadores, militares e incitação à violência. O bolsonarismo estimula violações à Constituição e ao Estado de Direito.
Uma das primeiras regras da política de extrema direita é demonizar seu inimigo. Conta com aliados delinquentes no poder judiciário para fazer o trabalho sujo. Munido de um exército de robôs, o bolsonarismo invade perfis do Facebook, compra disparos no whatsapp, e abusa de fakes. As redes sociais são sua base de apoio. No Brasil, os jovens gastam, em média, mais de nove horas por dia navegando na Internet (Digital Global 2018). Isso é o dobro do tempo que passam na escola. Eles consomem informações através de mídias sociais. Qual é o impacto das grandes plataformas que dominam aplicativos de internet (Google/YouTube, Facebook/WhatsApp, Twitter) na política? O termo "seguidor" não tem nada de inocente. A fidelidade faz do “seguidor” um crente discípulo de figuras inqualificáveis tipo Olavo de Carvalho.
A aliança entre fundamentalismo econômico e fundamentalismo religioso reconfigura o cenário político. Nele, o "escolhido" Bolsonaro tem uma missão recebida de Deus e do mercado. Nessa "teopolítica neoliberal", a religião e a economia se fundem no político. Representantes de igrejas e do mercado são nomeados para funções executivas em todas as esferas do poder público. Mais preocupado com a tomada de três pinos, o bolsonarismo não tem nenhum projeto para combater a pobreza e o desemprego. A economia brasileira é administrada por operadores de sistemas financeiros sem qualquer visão de políticas públicas. Com o apoio da mídia, o plano é “uma economia para 30 milhões”. É um neoliberalismo radical que ignora as políticas sociais e favorece o aumento das desigualdades a níveis intoleráveis. A distância entre ricos e pobres está se movendo para novos extremos. O Brasil tem 52,2 milhões de pessoas vivendo na pobreza. Os 8% mais ricos têm 87% da riqueza. 30 milhões de trabalhadores não têm emprego.
Em meio a tudo isso, o bolsonarismo não esconde seu desprezo pela democracia. “Queremos jovens que não se interessem pela política” (Jair Bolsonaro). Obscurantismo é o alto preço da ignorância. Nada mais contrário à vontade de Deus: “Árvore má não produz fruto bom. É impossível colher figos de espinheiros, nem uvas de ervas daninhas. Uma pessoa boa produz o bem do bom tesouro do seu coração. Uma pessoa má produz todo tipo de coisas ruins a partir do mal que habita seu interior” (Lc 6, 43-45). O país está sob o desgoverno dos perversos. Qual será a sua próxima maldade?

sábado, 22 de junho de 2019

OTAN Teme Sistema Russo em Curso


Sistemas de defesa antiaérea russo S-400 Triumph durante desfile militar na Praça Vermelha, em Moscou, Rússia

Revista americana explica verdadeira razão pela qual OTAN deve temer sistemas russos S-400

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A revista americana National Interest explicou os motivos pelos quais os EUA e seus aliados da OTAN devem estar atentos aos sistemas russos de defesa antiaérea S-400.
A publicação salienta que a principal razão é devido ao seu potencial uso como meio de luta na guerra econômica, além, é claro, de uma série de vantagens estratégicas.
Em primeiro lugar está o lucro da venda desses sistemas, pois entre os compradores atuais e potenciais estão a China, Índia, Turquia, Arábia Saudita e Qatar. Isto contribui para a diversificação da economia e cria uma base para a modernização do armamento russo.
O segundo fator reside no fato de os S-400 gerarem prestígio e status mundial da Rússia como país desenvolvedor de sistemas avançados de armas.
Já o terceiro motivo é que esses sistemas proporcionam a criação e desenvolvimento de relações com os países compradores, pois, além da aquisição dos complexos, é necessário treinar militares para realizar a manutenção técnica.

Guerra híbrida?

A edição explica que existe a possibilidade de utilizar os sistemas de defesa antiaérea russos na "guerra híbrida", citando o exemplo da venda em curso dos S-400 à Turquia, que é membro da OTAN, e que conduziu a uma enorme divisão na aliança.
De acordo com a National Interest, caso o acordo se conclua, a Rússia obterá uma vitória significativa ao colocar os seus sistemas com radares poderosos em território da OTAN.
A publicação ainda sublinha que não é em vão que Washington ameaça Ancara com sanções e com a exclusão do programa F-35 devido à aquisição de armamentos russos.
As autoridades turcas sublinharam anteriormente que não abdicariam da compra dos S-400, sendo que o primeiro lote está previsto chegar ao país já no início de julho. Os EUA afirmam que os S-400 são incompatíveis com os padrões da OTAN, e têm repetidamente advertido que podem atrasar ou cancelar o processo de venda para a Turquia dos mais recentes caças F-35.
Complexos S-400 Triumph lançam mísseis durante treinamentos da Força Aeroespacial da Rússia
© SPUTNIK / RUSLAN KRIVOBOK
Complexos S-400 Triumph lançam mísseis durante treinamentos da Força Aeroespacial da Rússia
Em conexão a isso, o Pentágono anunciou que não aceitará pilotos turcos para pilotar os F-35, e que aqueles que já estão em formação nos EUA terão de deixar o país até 31 de julho.

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Tags:
guerra econômicaS-400OTAN


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