segunda-feira, 15 de julho de 2019

Bolsonaro pode. Deram o Brasil a ele

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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Tudo pelo e para os mais ricos


Ato falho ou desprezo pelos pobres?
Correio da Cidadania8 de julho de 2019 12:54




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Ainda é tempo de recordar que, ao discursar no Palácio do Planalto, no dia da posse, Bolsonaro leu o discurso, não falou de improviso. O texto original, distribuído previamente pelo novo governo, continha a afirmação de que investimentos em educação poderiam atenuar as diferenças entre ricos e pobres no Brasil.
Nosso país é o 9º mais desigual do mundo e o 1º na América Latina neste mesmo ranking. Ano passado, segundo a Oxfam, a parcela de 1% mais rica da população se apropriava de mais de 25% da renda nacional. E a soma da riqueza dos 5% mais ricos era igual à soma da riqueza dos demais 95% da população.
Entre a população, 80% (ou 165 milhões de pessoas) sobreviviam com uma renda inferior a dois salários mínimos por mês (R$ 1.996). E 0,1% da parcela mais rica concentrava em mãos 48% de toda a riqueza nacional. Além disso, o Brasil é o país mais violento do mundo. Em 2017, foram registrados 63.880 mil assassinatos. A principal causa da violência foi a desigualdade social.
Eis a versão do texto lido por Bolsonaro: “pela primeira vez, o Brasil irá priorizar a educação básica, que é a que realmente transforma o presente e o futuro de nossos filhos e netos, diminuindo a desigualdade social”.
Do alto do parlatório, na Praça dos Três Poderes, ele encerrou seu discurso em “filhos”. Omitiu a referência à redução da desigualdade social.
Assessores do presidente, questionados pela mídia, disseram ter sido um lapso. “Ele deve ter pulado, até porque seria bom fazer referência à desigualdade”, tentou explicar o general Heleno. “Não é fácil ler discurso assim. De repente, as letras começam a embaralhar...”, concluiu o militar.
Ora, Bolsonaro não trai o seu viés ideológico. Sabe ser real a desigualdade social, mas considera concessão ao “marxismo cultural” referir-se a esta realidade. Porque, segundo a lógica dessa ideologia, falar da desigualdade implica querer combatê-la. E para isso é preciso buscar as suas causas. E elas são óbvias: o sistema predatório que torna os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.
Na abertura de Davos, neste ano, a Oxfam noticiou que, em 2018, os mais ricos do mundo tiveram aumento de 12% em suas fortunas, enquanto os mais pobres uma diminuição de 11% em suas rendas.
Já que não se pretende reduzir a desigualdade social, nem mesmo pela melhoria da educação ou aumento da oferta de emprego (tema também omitido pelo presidente), há que tentar dissimulá-la. Para tanto há vários recursos ideológicos, já que não há milagre que faça desaparecer favelas, pedintes, moradores de rua, corpos caídos nas calçadas, enfim, os 165 milhões de brasileiros que sobrevivem com menos de dois salários mínimos mensais.
O recurso mais utilizado para naturalizar a pobreza é o religioso: “as coisas são assim porque Deus quer”. Porém, quem vive conforme os preceitos da fé alcança a prosperidade. Basta trabalhar arduamente, deixar de fumar e beber, limitar o número de filhos (de preferência, o homem fazer vasectomia) e, se necessário, praticar o aborto induzido, conforme defende Edir Macedo, cuja Igreja é a favor de sua descriminalização.
O importante nesse viés ideológico é aceitar que a riqueza é uma bênção divina e não se deve pretender reduzi-la através de políticas que propiciem distribuição de renda. E a pobreza é sinal de maldição...
O único grande problema é que não se conhece povo que tenha suportado a desigualdade por longo tempo. Há um momento em que a ostentação dos ricos é recebida como ofensa pelos pobres. Então estes descobrem que são maioria, e têm em mãos um poder que, até hoje, nenhuma força bélica foi capaz de superar.
Frei Betto é escritor, autor do romance policial “Hotel Brasil” (Rocco), entre outros livros.
Frei Betto
Assessor de movimentos sociais. Autor de 53 livros, editados no Brasil e no exterior, ganhou por duas vezes o prêmio Jabuti (1982, com "Batismo de Sangue", e 2005, com "Típicos Tipos")

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Traiu mesmo ou se deixaram enganar

O Bozo traiu a Polícia Federal e não só ela, por Armando Coelho Neto
GGN8 de julho de 2019 07:43


O Bozo traiu a Polícia Federal e não só ela

por Armando Rodrigues Coelho Neto

“Desculpas delegados da PF! Mas, foi Dilma quem fortaleceu vocês”. Este é o título de um texto que publiquei, em 04/09/2017. Sob pena disso e daquilo, respondi a uma interpelação extrajudicial. Motivo? Puxei a orelha dos policiais federais. Grande parte deles, por ignorância ou má fé, fizeram vistas grossas para o golpe de 2016. Era como se estivesse em curso a máxima do “polícia emburrece, embrutece, entorpece”. Cegos, não viam que a Farsa Jato era aquilo mesmo: farsa. The Intercept escancarou o que sempre se soube.
Engolfados de Fórum de S. Paulo, mamadeiras de piroca, Cuba, Venezuela e embriagados do falso moralismo, no qual até ladrões eram contra a corrupção (Bozo, Aécio, Cunha não me deixam mentir) nunca souberam explicar o ódio contra Dilma/Lula/PT. Como explicar o ódio contra quem lhes ofereceu historicamente os melhores salários, recursos materiais e humanos, sem contar o instrumental legal? Emburreceram.
Mediante conluio com procuradores e juízes, usaram o instrumental jurídico aprovado na era PT para prender, ao arrepio das leis e da tradição jurídica do país, o melhor presidente da história nacional. Embruteceram.
Entorpecidos de mentiras e valores medíocres que não conseguem explicar sem recorrer ao arsenal midiático (também golpista), bajularam o Coiso. Dele conseguiram a promessa de que receberiam tratamento igual ao que o golpe pretende dar aos nossos covardes militares (as exceções continuam caladas).
Derrotados em suas pretensões na questão da Previdência, chamaram a Mula-mor de traidora, ameaçam greve e enchem de lamúrias as redes sociais.
No texto citado acima, lembrei os colegas da PF sobre os cúmplices de Hitler: “Os que se pensavam arianos e jogaram as vítimas do nazismo nos fornos foram os últimos, mas também foram incinerados”.
Gostaria muito de olhar na cara da policial que postou no Facebook: “Polícia Federal a única e real oposição ao PT”. Justo ela, que do alto do feminino, ignorou lei aprovada por Dilma Rousseff, que reduzia em cinco anos o tempo para aposentadoria da mulher policial. Junto com ela, todos que embarcaram no “somos todos” (Cunha, Aécio, Japonês da Federal, Temer e finalmente a mula sem partido). Queria muito saber onde anda a PF republicana que falava grosso com Dilma/Lula/PT, hoje “tchu-tchuca” com o Coiso e mendigando votos petistas, das esquerdas satânicas.
Quem tem “tico e teco” funcionando sabe que nem o marreco de Maringá nem o DD são santos. A Farsa Jato, de tão política e a serviço da manga chupada (Trump), queria se imiscuir até na Venezuela. Ficou desmascarado que o golpe “com supremo e tudo” era aquilo mesmo: golpe. Quebrar a Petrobrás e o Brasil como um todo fazia parte do golpe. Derrubar Dilma, demonizar Lula e prendê-lo, criminalizar a política idem.
A imprensa, os comentaristas conservadores, os setores econômicos racharam. As contradições pela falta de perspectiva após três anos de golpe estão abertas. O Judiciário já desmoralizado entrou em inferno astral sob o signo do marreco. Quem sabe, agora, com os policiais federais tratados como povo na “deforma da previdência”, se sintam como tal, e passem a lutar ao lado dele. Quem sabe descubram a diferença entre um estado com direitos e sem. Que um estado com direitos não é pejorativamente comunista e sim democrático.
Policiais são, sim, uma categoria especial e diferenciada. Mas a própria natureza do serviço público como um todo está desqualificada. Todas as prerrogativas que fazem do servidor público um instrumento republicano estão sendo tratadas como privilégios. A própria ideia de servidor (servir) está deturpada.
O trabalhador comum está abandonado. O golpe mandou dialogar com o patrão, como se pescoço fizesse acordo com guilhotina. Qualquer manifestação de resistência do trabalhador será violentamente reprimida. Por quem?
Bozo não traiu apenas a PF, mas também o Brasil. Ele usou a PF para trair o Brasil, e nossa brasilidade para entregar o Brasil. O Brazil que o diga.
Corta!
Juiz ladrão! Não sei quem disse, nem contra quem, mas gostei muito. Estou de alma lavada. Um dia me roubaram a infância, minha alegria cidadã e, injustamente, a liberdade de algumas pessoas. Roubaram até o orgulho que eu tinha da bandeira nacional… Pode ter sido um juiz.
Armando Rodrigues Coelho Neto – jornalista e advogado, delegado aposentado da Polícia Federal e ex-integrante da Interpol em São Paulo.
e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

terça-feira, 9 de julho de 2019

A fraude o elegeu sim


TSE só não anula se não quiser. Folha descobre empresa que distribuiu milhões de mensagens ilegais pró Bolsonaro via Whatsapp
Ceilândia em Alerta7 de julho de 2019 12:56




A mesma Patrícia Campos Mello, que divulgou durante a campanha que empresários estavam pagando (o que é ilegal) o disparo de milhões de mensagens em favor da campanha de Bolsonaro, com ataques a Haddad e ao PT, com as famosas mamadeiras de piroca e kit gay, divulga agora o nome de uma empresa e de seu proprietário, que teria disparado alguns milhões dessas mensagens. O TSE agora só não anula a eleição se não quiser.
A informação, que aparece em gravações obtidas pela Folha, é do espanhol Luis Novoa, dono da Enviawhatsapps.
Nos áudios, ele diz que “empresas, açougues, lavadoras de carros e fábricas” brasileiros compraram seu software para mandar mensagens em massa a favor de Bolsonaro.
Além de obter o áudio, a Folha confirmou posteriormente detalhes da conversa.
De acordo com Novoa, ele não sabia que seu software estava sendo usado para campanhas políticas no Brasil e só tomou conhecimento quando o WhatsApp cortou, sob a alegação de mau uso, as linhas telefônicas de sua empresa.
A Folha teve acesso a uma gravação em que o empresário conta tudo. Grupos de empresários contrataram sua empresa para disparar mensagens via WhatsApp, sua especialidade.
Somente quando teve várias linhas bloqueadas é que ele veio a descobrir que elas estavam sendo utilizadas para campanha política de Bolsonaro à presidência da República.
Coisa que já foi divulgada pela mesma repórter ainda durante a campanha e pela mesma Folha, e que depois foi corroborada por várias outras reportagens, algumas aqui do blog, mostrando que Bolsonaro foi eleito mediante fraude.
Agora a bola está com a ministra Rosa Weber, atual presidente do TSE. É só botar o pessoal para trabalhar, porque o processo está lá no TSE, desde a eleição.
Bolsonaro vai destruindo o país e o TSE nada…
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segunda-feira, 8 de julho de 2019

Para o assassino que estar presidente deste país, o Papa é um tarado que quer prostituir o Brasil.

Para o assassino que estar presidente deste país, o Papa é um tarado que quer prostituir o Brasil.



Após apelo do Papa, Bolsonaro Rebate: "Brasil é a virgem que todo tarado quer"
Notícias do Último Segundo5 de julho de 2019 23:15






O presidente Jair Bolsonaro disse na noite deste sábado (06) que existe um interesse externo em se criar "novos países" dentro do Brasil - sem especificar a quem se referia - e que outros países ambicionam a preservação da Amazônia com o propósito de explorá-la no futuro - sem explicar o que quis dizer a respeito dessa exploração.
Montagem / Divulgação Jair Bolsonaro e Papa Francisco
Jair Bolsonaro e Papa Francisco
As afirmações foram feitas ao deixar o Palácio da Alvorada, num comboio rumo ao Clube da Marinha, onde participaria de uma festa junina."O Brasil é uma virgem que todo tarado de fora quer", disse , irritado com as perguntas dos jornalistas.
O líder da república fez as afirmações a partir de questionamentos relacionados a uma declaração do Papa Francisco neste sábado (06). Segundo o Papa Francisco , prevalece na Amazônia "uma mentalidade cega e destruidora que privilegia o lucro sobre a justiça", o que "coloca em evidência o comportamento predatório com o qual o homem se relaciona com a natureza"
"A Amazônia é do Brasil, me responda aí, na cabeça dos europeus? Não. Não. Você sabe o que é Triplo A? Andes, Amazônia, Atlântico. São 136 milhões de hectares. o Primeiro Mundo quer para eles a administração dessa área. Você quer perder a Amazônia?", reagiu Bolsonaro.

Interferência externa

Agência Ansa Papa Francisco
Papa Francisco
Na quinta (04), Bolsonaro disse que a interferência de autoridades estrangeiras na demarcação de terras indígenas e quilombolas e ampliação de áreas ambientais atrapalharam o progresso no Brasil. Ele também fez críticas ao presidente da França, Emmanuel Macron, e à chanceler alemã, Angela Merkel, com quem se encontrou na semana passada em Osaka, no Japão, durante a cúpula do G20.
Segundo o líder da república, as conversas com os dois líderes confirmaram o que ele pensava "no passado" sobre a interferência estrangeira na questão ambiental.
"Esses dois, em especial, achavam que estavam tratando com governos anteriores, que após reuniões como essa, vinham pra cá, demarcavam dezenas de áreas indígenas, demarcavam quilombolas, ampliavam área de proteção. Ou seja, dificultavam cada vez mais nosso progresso aqui no Brasil", disse.
Aos parlamentares, afirmou ter dado um "rotundo não" a Macron, que, na ocasião, pediu que as questões ambientais fossem tratadas em reuniões com o cacique Raoni, líder da etnia kayapó. Aos 87 anos, ele se tornou uma referência internacional nas últimas décadas em sua luta pela preservação dos povos indígenas e da Amazônia. Bolsonaro disse que não conhece Raoni como autoridade.

domingo, 7 de julho de 2019

O Peloponeso, a guerra do ódio há uns dois mil anos na Antiga Grécia. O Peloponeso hoje, no Brasil.

Análise: Brasil, Bolsonaro, Lula e a guerra do ódio que abate o país
PB Agora3 de julho de 2019 21:24


Imagine, leitor, que a Guerra do Peloponeso foi a Guerra Mundial da Antiga Grécia. Quase todas as cidades-Estado gregas se envolveram ou foram envolvidas no conflito, algumas se aliaram a Atenas, enquanto outras a Esparta.
A Guerra do Peloponeso durou 27 anos. Teve seu início no ano 431 a.C e terminou somente em 404 a.C., quando Atenas rendeu-se a Esparta.
Embora utilizassem a mesma língua, cultura e religião, os antigos gregos eram divididos politicamente. Frequentemente, uma cidade grega estava em guerra contra outra e as grandes potências, Atenas e Esparta, disputavam a hegemonia sobre a região.
Uma das consequências mais drásticas da Guerra do Peloponeso foi o extremo empobrecimento da população grega: os pobres ficaram ainda mais pobres e foram os que mais sofreram.
Para um efetivo “link” sobre o hoje, o ontem e o amanhã, recorro ao pensador e filósofo chamado Heródoto. Ele desenvolveu uma teoria histórica de relevante importância, que ficou conhecida como “teoria da história cíclica”.
Na prática, os fatos se repetem ao longo da trajetória humana nas mais diversificadas ares sociais, estando, nessa conjuntura, por exemplo, as ciências, religião e política. Também existe a perspectiva linear, mas dela trato depois.
Sigo, solicitando a devida licença do leitor, a observação da história cíclica, pondo o Brasil nessa teoria. Hoje vivemos uma convulsão social no país. Falamos a mesma língua, não há conflitos acentuados entre grupos religiosos e, embora, vivamos em uma nação com dimensões continentais, o caldeirão cultural é miscigenado, apontando elementos de unidade nessa bela miscelânea.
Mas a convulsão social brasileira existe, como a formadora da Guerra do Peloponeso, guardando, claro, as especificidades de cada uma. O que falo, de forma explícita, é um país dividido, e não há como esconder isso, havendo a polarização entre esquerda e direita, estando à frente dos embates, como os generais espartanos e atenienses, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e suas legiões petistas, lulistas e regimentos de outras agremiações políticas que cerram fileiras com a “causa”.
No outro front reside o presidente Jair Bolsonaro, seus aliados liberais e os que têm o pensamento anti-PT. Por, último, mergulhado nesse caos de vaidade, traições, prisões justas e injustas, grampos telefônicos e a discordância gritante entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, está o povo, negligenciado pelos atores de uma “guerra” que fere a estabilidade do país nos mais vários aspectos, penalizando, como na Antiga Grécia, os mais pobres.
Não há adversários e, sim, inimigos pessoais na política atual brasileira
Não se faz necessário um microscópio atômico ou lupa para enxergar que, comandado de forma irresponsável pelos “generais” do poder, o que se vê no Brasil, na macropolítica, é uma “transferência” do conceito adversário para inimigo.
Nitidamente há uma ala no Supremo Tribunal Federal, outra no Congresso, que busca acentuar o fosso da discórdia, consolidando seus pontos de vista “apaixonados”, muito em decorrência do fisiologismo. Os “paladinos” defendem ou são contrários a A ou B conforme o “Baile Perfumado” lhes beneficia em detrimento do bem comum.
A imparcialidade foi para o ralo há muito, se é que no Brasil República ela já existiu em algum efêmero momento. Chegamos a um ponto que um agente público, falo do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ser comparado por uma bela fatia da sociedade como o Super-Homem. No pólo antagônico, milhões de brasileiros o consideram pessoa arrogante, antiética e até messiânica. Uma espécie de Antônio Conselheiro fundido ao arquirrival do Batman, qual seja; o “risonho” Coringa.
E o que dizer sobre ódio, isso mesmo, ódio recíproco entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula? Para a minha pessoa, trata-se de movimentações e linhas de raciocínio egocêntricas, difusas e irresponsáveis. Não condizem com a postura política civilizada e a democracia. O que vemos são princípios constitucionais sendo “atropelados” por medidas provisórias absolutistas e uma turba exigindo a queda da “Bastilha”.
Observo, sem medo de errar, que, após o fim do regime militar, o país nunca esteve mergulhado em tamanha convulsão política e social. E tal crise de intolerância não está contida, apenas, no terreno minado do Palácio do Planalto, nas belas togas dos ministros do Supremo ou nas articulações escabrosas promovidas no Senado e Câmara Federal.
Ela atinge a malha social como todo. As relações familiares são afetadas, amizades desfeitas, discursos racistas e reacionários dos envolvidos, como massa de manobra, se propagam nas redes sociais. Fake news com poder atômico de implodir o Cruzeiro do Sul, gestos de “arminha” de um lado, e a defesa de um novo impeachment do outro, põem o Brasil de joelhos.
Não senhores e senhoras. O Brasil não aguenta ser mais fustigado. Ódio, desrespeito às leis advindas de bolsonaristas e lulistas radicais, eu disse radicais, fogem qualquer lógica e preceito do conviver com o contraditório de forma harmônica. E ainda temos os abutres do chamado “centrão”. Esses só esperam a carnificina para um banquete regado a ilicitudes.
Realmente, não enxergo gestos diplomáticos ou torniquetes que possam estancar a sangria da nossa agonizante democracia. Vejo, no fundo do baú, reservas de nitroglicerina e cicuta, nada mais. O que é lamentável.
PARLATÓRIO
Enquanto isso, na sala de “justiça”, os militares apenas ouvem e observam. Mas a insatisfação na caserna é nítida, afinal, respiramos o limiar da loucura. Uma hecatombe que pode, em gesto de história cíclica, levar o Brasil para a Idade das Trevas, caça às bruxas ou uma guerra civil. O Peloponeso é aqui. Alguém tem duvidas?
Eliabe Castor
PB agora

Bolsonaro envenena propositalmente a população brasileira


Lançado na Europa mapa do envenenamento de alimentos no Brasil
GGN2 de julho de 2019 19:16




O atlas de envenenamento foi lançado em Berlim, Alemanha, país que sedia as maiores empresas agroquímicas do mundo: a Bayer/Monsanto (incorporada pelo grupo Bayer) e a Basf, que dominam a produção de toda a cadeia alimentar – sementes, fertilizantes e agrotóxicos | Fotomontagem: Moisés Dorado
Um ousado trabalho de geografia que mapeou o nível de envenenamento dos alimentos produzidos no Brasil foi lançado em maio, em Berlim, na Alemanha, país que contraditoriamente sedia as maiores empresas agroquímicas do mundo. Quem estava presente no lançamento do atlas Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia ficou perplexo com a informação sobre o elevado índice de resíduos agrotóxicos permitidos em alimentos, na água potável, e que, potencialmente, contamina o solo, provoca doenças e mata pessoas. A obra, que já foi publicada no Brasil, é de autoria da geógrafa Larissa Mies Bombardi, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
O Brasil é campeão mundial no uso de pesticidas na agricultura, alternando a posição dependendo da ocasião apenas com os Estados Unidos. O feijão, a base da alimentação brasileira, tem um nível permitido de resíduo de malationa (inseticida) que é 400 vezes maior do que aquele permitido pela União Europeia; na água potável brasileira permite-se 5 mil vezes mais resíduo de glifosato (herbicida); na soja, 200 vezes mais resíduos de glifosato, de acordo com o estudo, que é rico em imagens, gráficos e infográficos. “E como se não bastasse o Brasil liderar este perverso ranking, tramita no Congresso nacional leis que flexibilizam as atuais regras para registro, produção, comercialização e utilização de agrotóxicos”, relata Larissa.
A pesquisadora explica que o lançamento do atlas na Europa se deu pelo fato de a Alemanha sediar a Bayer/Monsanto e a Basf, indústrias agroquímicas que respondem por cerca de 34% do mercado mundial de agrotóxicos. A Monsanto, recentemente incorporada ao grupo Bayer, é a líder mundial de vendas do glifosato, cujos subprodutos têm sido associados a inúmeras doenças, incluindo o câncer e o Alzheimer. “Queríamos promover discussão sobre a contradição de sediarem indústrias que controlam toda a cadeia alimentar agrícola – das sementes, agrotóxicos e fertilizantes – e serem rigorosos quanto ao uso de mais de um terço dos pesticidas que são permitidos no Brasil. Eles são corresponsáveis pelos problemas gerados à população porque vendem e exportam substâncias sabidamente perigosas, porém, proibidas em seu território”, diz.
Geógrafa Larissa Bombardi, autora da pesquisa que deu origem ao atlas da Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil – Foto: Cecília Bastos / USP Imagens
Intoxicação e suicídios
Segundo a geógrafa, as perdas não se limitam à contaminação de alimentos e dos cursos d’água. O atlas traz informações de que, depois de extensa exposição aos agrotóxicos, ocorrem também casos de mortes e suicídios associados ao contato ou à ingestão dessas substâncias.
Atlas: Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia, de Larissa Mies Bombardi – Laboratório de Geografia Agrária da FFLCH – USP, São Paulo, 2017
Entre 2007 e 2014, o Ministério da Saúde teve cerca de 25 mil ocorrências de intoxicações por agrotóxicos. O atlas mapeia as regiões mais afetadas: dos Estados brasileiros, durante o período da pesquisa, o Paraná ficou em primeiro lugar, com mais de 3.700 casos de intoxicação. São Paulo e Minas Gerais ficaram na segunda colocação, com 2 mil. Das 3.723 intoxicações registradas no Paraná, 1.631 casos eram de tentativas de suicídio, ou seja, 40% do total. Em São Paulo e Minas gerais o porcentual foi o mesmo. No Ceará, houve 1.086 casos notificados, dos quais 861 correspondiam a tentativas de suicídio, cerca de 79,2%. Os mapas de faixa etária mostram que 20% da população afetada era composta de crianças e jovens com idade até 19 anos. Segundo Larissa, no Brasil, há relação direta entre o uso de agrotóxicos e o agronegócio. Em 2015, soja, milho e cana de açúcar consumiram 72% dos pesticidas comercializados no País.
O atlas Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia, em português, foi lançado no Brasil em 2017 e traz um conjunto de mais de 150 imagens entre mapas, gráficos e infográficos que abordam a realidade do uso de agrotóxicos no Brasil e os impactos diretos deste uso no País. A pesquisa que deu origem à publicação teve o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Em Berlim, o lançamento aconteceu na sede do ENSSER (European Network of Scientists for Social and Environmental Responsability), rede europeia sem fins lucrativos que reúne cientistas ativistas responsáveis ambiental e socialmente, em Glasgow, Escócia. O suporte financeiro para o lançamento do atlas na Europa foi da FFLCH e da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP.
Entre 2000 e 2010, o Brasil aumentou em 200% o consumo de agrotóxicos. A soja foi a cultura que mais consumiu pesticidas
Mapa de intoxicação por agrotóxicos de uso agrícola (2007-2014)
Uso de malationa (inseticida) na cultura do feijão – Limite máximo de resíduos permitido no Brasil e nos países da comunidade europeia
e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

sábado, 6 de julho de 2019



Análise: Brasil, Bolsonaro, Lula e a guerra do ódio que abate o país
PB Agora3 de julho de 2019 21:24






Imagine, leitor, que a Guerra do Peloponeso foi a Guerra Mundial da Antiga Grécia. Quase todas as cidades-Estado gregas se envolveram ou foram envolvidas no conflito, algumas se aliaram a Atenas, enquanto outras a Esparta.
A Guerra do Peloponeso durou 27 anos. Teve seu início no ano 431 a.C e terminou somente em 404 a.C., quando Atenas rendeu-se a Esparta.
Embora utilizassem a mesma língua, cultura e religião, os antigos gregos eram divididos politicamente. Frequentemente, uma cidade grega estava em guerra contra outra e as grandes potências, Atenas e Esparta, disputavam a hegemonia sobre a região.
Uma das consequências mais drásticas da Guerra do Peloponeso foi o extremo empobrecimento da população grega: os pobres ficaram ainda mais pobres e foram os que mais sofreram.
Para um efetivo “link” sobre o hoje, o ontem e o amanhã, recorro ao pensador e filósofo chamado Heródoto. Ele desenvolveu uma teoria histórica de relevante importância, que ficou conhecida como “teoria da história cíclica”.
Na prática, os fatos se repetem ao longo da trajetória humana nas mais diversificadas ares sociais, estando, nessa conjuntura, por exemplo, as ciências, religião e política. Também existe a perspectiva linear, mas dela trato depois.
Sigo, solicitando a devida licença do leitor, a observação da história cíclica, pondo o Brasil nessa teoria. Hoje vivemos uma convulsão social no país. Falamos a mesma língua, não há conflitos acentuados entre grupos religiosos e, embora, vivamos em uma nação com dimensões continentais, o caldeirão cultural é miscigenado, apontando elementos de unidade nessa bela miscelânea.
Mas a convulsão social brasileira existe, como a formadora da Guerra do Peloponeso, guardando, claro, as especificidades de cada uma. O que falo, de forma explícita, é um país dividido, e não há como esconder isso, havendo a polarização entre esquerda e direita, estando à frente dos embates, como os generais espartanos e atenienses, o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e suas legiões petistas, lulistas e regimentos de outras agremiações políticas que cerram fileiras com a “causa”.
No outro front reside o presidente Jair Bolsonaro, seus aliados liberais e os que têm o pensamento anti-PT. Por, último, mergulhado nesse caos de vaidade, traições, prisões justas e injustas, grampos telefônicos e a discordância gritante entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, está o povo, negligenciado pelos atores de uma “guerra” que fere a estabilidade do país nos mais vários aspectos, penalizando, como na Antiga Grécia, os mais pobres.
Não há adversários e, sim, inimigos pessoais na política atual brasileira
Não se faz necessário um microscópio atômico ou lupa para enxergar que, comandado de forma irresponsável pelos “generais” do poder, o que se vê no Brasil, na macropolítica, é uma “transferência” do conceito adversário para inimigo.
Nitidamente há uma ala no Supremo Tribunal Federal, outra no Congresso, que busca acentuar o fosso da discórdia, consolidando seus pontos de vista “apaixonados”, muito em decorrência do fisiologismo. Os “paladinos” defendem ou são contrários a A ou B conforme o “Baile Perfumado” lhes beneficia em detrimento do bem comum.
A imparcialidade foi para o ralo há muito, se é que no Brasil República ela já existiu em algum efêmero momento. Chegamos a um ponto que um agente público, falo do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ser comparado por uma bela fatia da sociedade como o Super-Homem. No pólo antagônico, milhões de brasileiros o consideram pessoa arrogante, antiética e até messiânica. Uma espécie de Antônio Conselheiro fundido ao arquirrival do Batman, qual seja; o “risonho” Coringa.
E o que dizer sobre ódio, isso mesmo, ódio recíproco entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula? Para a minha pessoa, trata-se de movimentações e linhas de raciocínio egocêntricas, difusas e irresponsáveis. Não condizem com a postura política civilizada e a democracia. O que vemos são princípios constitucionais sendo “atropelados” por medidas provisórias absolutistas e uma turba exigindo a queda da “Bastilha”.
Observo, sem medo de errar, que, após o fim do regime militar, o país nunca esteve mergulhado em tamanha convulsão política e social. E tal crise de intolerância não está contida, apenas, no terreno minado do Palácio do Planalto, nas belas togas dos ministros do Supremo ou nas articulações escabrosas promovidas no Senado e Câmara Federal.
Ela atinge a malha social como todo. As relações familiares são afetadas, amizades desfeitas, discursos racistas e reacionários dos envolvidos, como massa de manobra, se propagam nas redes sociais. Fake news com poder atômico de implodir o Cruzeiro do Sul, gestos de “arminha” de um lado, e a defesa de um novo impeachment do outro, põem o Brasil de joelhos.
Não senhores e senhoras. O Brasil não aguenta ser mais fustigado. Ódio, desrespeito às leis advindas de bolsonaristas e lulistas radicais, eu disse radicais, fogem qualquer lógica e preceito do conviver com o contraditório de forma harmônica. E ainda temos os abutres do chamado “centrão”. Esses só esperam a carnificina para um banquete regado a ilicitudes.
Realmente, não enxergo gestos diplomáticos ou torniquetes que possam estancar a sangria da nossa agonizante democracia. Vejo, no fundo do baú, reservas de nitroglicerina e cicuta, nada mais. O que é lamentável.
PARLATÓRIO
Enquanto isso, na sala de “justiça”, os militares apenas ouvem e observam. Mas a insatisfação na caserna é nítida, afinal, respiramos o limiar da loucura. Uma hecatombe que pode, em gesto de história cíclica, levar o Brasil para a Idade das Trevas, caça às bruxas ou uma guerra civil. O Peloponeso é aqui. Alguém tem duvidas?
Eliabe Castor
PB agora