domingo, 20 de outubro de 2019

TEXTO VERDADE

Uma mídia que se alimenta do ódio: do antipetismo ao antibolsonarismo
revistaforum19 de outubro de 2019 22:10


Em vez de assumirem que o Brasil de hoje foi um projeto da mídia, que incutiu o antipetismo na população, os jornalistas de aluguel, bancados pelos investidores, agora destilam todo o seu ódio e rancor contra Bolsonaro e seu governo.
Após promover a imagem diabólica de Lula, entregando o país para o que há de mais obscuro na política, a corporação midiática da família Marinho quer limpar a sujeira que ajudou a fazer. Jornalistas do porte de Merval Pereira, que afirma que “Bolsonaro é um político de baixo clero, que nunca deveria ter assumido a presidência”, foram contumazes militantes na construção do ódio ao PT, concentrando toda a corrupção existente no país na sigla.
É uma imprensa que se alimenta do ódio.
A Globo foi a corporação midiática que contribuiu na disseminação da maior fake news de todas: a de que o PT quebrou o Brasil. E os eleitores de Bolsonaro (alvos dessa lavagem cerebral) devem agradecer muito a ela, caso contrário, o seu “mito” jamais chegaria onde chegou.
Foi o conglomerado da família Marinho que criou o monstro que os empresários e o Judiciário ajudaram a crescer solto. Até porque “o autoritarismo não surge do nada. Os demagogos não podem florescer no meio de instituições funcionais, justas e imparciais”, já destacavam Glenn Greenwald e Victor Pougy. E a nossa mídia, aliada a um Judiciário que não pune certos políticos por racismo, por incitar o ódio, por candidaturas laranjas ou por envolvimento com milícias, revela sua parcialidade forjando, na cara dura, tiranos.
“A crise de vários megatons que explodiu no PSL é a prova mais clara da incapacidade política do presidente Jair Bolsonaro”, diz agora Miriam Leitão. Em 2015 ela dizia que “o pântano em que estamos foi provocado por barbeiragem do governo” (1). Leitão é uma das principais protagonistas da edificação desse governo incompetente, ao denegrir com afinco uma política econômica que – infimamente, vale lembrar – abria espaço para a grande parcela da população desprivilegiada. Mas os lucros deveriam vir na frente.
À época, Miriam Leitão dizia: “Mesmo depois de quebrarem o país, não se dão conta do que fizeram”. Parece exatamente com o que ela e outros jornalistas do grupo Globo estão fazendo: ajudaram a colocar o Brasil nesse abismo e fingem não terem nada a ver com isso.
Em 2018, Carlos Alberto Sardenberg buscava passar um verniz na face fascista de Bolsonaro, devido ao desempenho ridículo do PSDB, partido de preferência da Globo (2). Hoje, já chama o presidente de “grotesco” (3).
Vão tentar limpar a sujeira que fizeram apoiando Doria ou Luciano Huck. Inclusive, já fizeram pesquisa que mostram Huck vencendo Haddad e empatando com Bolsonaro. São sujos e manipuladores. A vitória de Luciano Huck seria a ampliação dos tentáculos do grupo Globo na política, hoje influenciada por membros de outras emissoras.
Além disso, a meta é dar prosseguimento, de forma mais “competente”, à política econômica de Paulo Guedes de destruição do setor público e maximização dos lucros empresariais.
De certa forma, portanto, o ódio fomentado por essa imprensa, tanto contra o PT quanto contra Bolsonaro, serve de véu para esconder/promover o projeto econômico de leilão do país. Primeiro, demonizaram o PT por este não ter posto em prática o que os investidores queriam. Agora, demonizam Bolsonaro pela incompetência de seu governo em realizar o que tanto almejam.
Tomara que a esquerda não se seduza com as críticas da Globo feitas a Bolsonaro e, levianamente, esqueça do que a corporação fez com o Brasil. Após apoiarem a ditadura militar, pediram desculpas, agora querem se livrar da monstruosidade política que ajudaram a criar.
(1)http://www.psdb.org.br/rs/modelo-economico-do-pt-quebrou-o-pais-por-miriam-leitao/
(2)https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-detox-ideologico-de-bolsonaro-feito-por-sardenberg-escalado-para-normalizar-a-violencia-na-globo-por-tiago-barbosa/

domingo, 13 de outubro de 2019

AS CORPORAÇÕES

AS CORPORAÇÕES SÃO AS QUE REALMENTE GOVERNAM

Richard Sennett: "As instituições que se apresentavam como libertadoras se transformam em controladoras. Em nome da liberdade, o Google e o Facebook nos levaram pelo caminho em direção ao controle absoluto"#arquivoelpais


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Estamos vivendo em uma nova época em que os governos não controlam os destinos dos homens, das nações.
O mundo em que vivemos é comandado por corporações, oligarquias dos muito ricos e poderosos. Não por governos.
Donald Trump é o presidente oficial dos EE.UU., mas antes, durante e depois do governo, ele é uma organização. É dono de uma das maiores organizações dos EE.UU. No momento ele manda como organização usando a oficialidade do governo, depois, como antes, ele continuará mandando conforme os interesses de sua organização e das demais, colegiadamente. Cada uma funcionando como um sindicato.
Portanto, corporações como as empresas são quem controlam o mundo, o destino das pessoas como, por exemplo, as que representam a produção de medicamentos, de alimentos, de moradia, de finanças, de informações...
Não se pode ganhar a guerra contra essas organizações. Isso é fato!!
Quem colocou o PT no governo, aqui no Brasil, foram as organizações. Quem tirou o governo petista foram as organizações. Quem colocou o bolsocanalha foram as organizações e quem os tirará será as organizações.
Os gringos sabem e utilizam isso para ter o controle de países como o nosso em toda a terra e fora dela... Isso, porque os EE.UU. são a serpente das organizações...
Corta a cabeça, e a serpente morre!!
E quem vai cortar a cabeça?!
..........
Quem acha que pode enfrentar – ir contra – os grupos organizados, a policia, os militares, o governo dessas corporações utilizando uma escola, um jornal, um partido..., deve ser um idealista!!
Só que isso não vai durar por muito tempo.
O comando será de organizações eficazes e focadas no bem comum e ambiental, não de governos!!
Mesmo existindo governos!!

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Bolsonaro não liberou 8 bilhões para a educação.

Bolsonaro liberou 8 bilhões para a Educação?

Não. Até o presente momento, o desbloqueio de R$ 1,9 bilhão previsto no decreto 10.028/2019 foi a única ação recente do presidente no sentido de reverter os contingenciamentos no MEC anunciados pelo governo.




Texto enganoso quadruplica valor liberado por Bolsonaro para a Educação






É falsa a informação que circula nas redes sociais de que o governo Jair Bolsonaro tenha liberado R$ 8 bilhões para a Educação no início de outubro. O texto confunde valores desbloqueados em despesas para todos os ministérios e superestima em mais de 300% a parcela de fato destinada ao Ministério da Educação (MEC), de R$ 1,9 bilhão.
O conteúdo verificado pelo Comprova foi publicado em perfis no Twitter e no Facebook. As publicações acusam críticos do governo e estudantes que protestaram contra cortes na área de “silenciar” diante de um suposto desbloqueio de R$ 8 bilhões para a Educação. “Cadê a mídia pra dar uma nota sobre isso? Percebam que só falam coisas ruins?”, questiona um dos textos que viralizaram.
Na realidade, o que ocorreu foi o desbloqueio, segundo o decreto 10.028 de 26 de setembro de 2019, de cerca de R$ 12,46 bilhões sobre todo o Orçamento da União para 2019. Desse total, R$ 8,3 bilhões foram para todas as pastas do Executivo (além de Educação, Defesa, Infraestrutura, etc), com apenas R$ 1,9 bilhão destinado ao MEC.
Como a pasta já somava R$ 6,1 bilhões em congelamentos feitos em março e em julho, o R$ 1,9 bilhão liberado não representou “bônus”, mas apenas um “alívio” diante da situação anterior do MEC, que ainda opera R$ 4,19 bilhões abaixo do previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019 para despesas discricionárias – aquelas não obrigatórias, como custeio e investimento.
Para o Comprova, enganoso é o conteúdo que confunde ou que seja divulgado para confundir, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.
O Comprova verificou conteúdos publicados pelo perfil @NinaCarmona2 no Twitter e e m um perfil pessoal no Facebook.

Como verificamos

Para esta verificação, o Comprova consultou o último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, documento do Ministério da Economia que baseia as mudanças no contingenciamento, assim como os decretos de controle do orçamento e notas oficiais tanto do MEC quanto da Empresa Brasil de Comunicação — empresa pública federal.
  • Avaliação de Receitas e Despesas Primárias PDF
  • Decretos PDF
No relatório original, o trecho que destaca a possibilidade de ampliações em R$ 12,4 bilhões do orçamento da União – o que inclui Executivo e todos os demais poderes – se encontra na página nove. Já os demais números foram, além de confirmados nas notas oficiais destacadas acima, esclarecidos em entrevista com o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, por telefone.
Você pode refazer o caminho da verificação do Comprova usando os links para consultar as fontes originais ou visualizar a documentação que reunimos.

Bolsonaro liberou 8 bilhões para a Educação?

Não. Até o presente momento, o desbloqueio de R$ 1,9 bilhão previsto no decreto 10.028/2019 foi a única ação recente do presidente no sentido de reverter os contingenciamentos no MEC anunciados pelo governo.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, 58% desse recurso (R$ 1,15 bilhão) será utilizado para cobrir despesas de custeio como água, energia elétrica e materiais de consumo, de universidades e institutos federais. O restante deverá ser distribuído entre programas de aquisição de livros e bolsas de pós-graduação.
No início de setembro, o MEC chegou a receber outro R$ 1,6 bilhão, como parte dos R$ 2,6 bilhões recuperados por multas da operação Lava Jato junto à Petrobras. O envio do dinheiro para a Educação, no entanto, não partiu de uma escolha do Executivo, mas sim de um acordo homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vale lembrar que várias das áreas beneficiadas pela liberação do último mês, como universidades, compra de livros didáticos e bolsas de pós-graduação, já tinham sido algumas das mais afetadas pelo contingenciamento inicial na pasta.
Usando dados equivocados, o texto que circula nas redes tenta dar a impressão de que todo o dinheiro liberado em setembro para o Executivo foi destinado ao MEC.

O que é contingenciamento?

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, o contingenciamento de recursos do orçamento não ocorre por “opção” da equipe econômica, mas por exigência da Lei Orçamentária Anual (LOA), que fixa receitas e despesas do governo para 2019.
Secretário do Tesouro, Mansueto Almeida Foto: Amanda Perobelli/ Reuters
Contingenciamento e remanejamentos no orçamento são parte da rotina orçamentária de qualquer governo, no entanto, a escolha de quais áreas ganham ou perdem recursos depende das prioridades estabelecidas pelo Executivo.
Em entrevista ao Comprova, o economista Wellington Leonardo da Silva, presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), afirmou que o problema está em contingenciar verbas das áreas sociais. “O que falta ao governo é estabelecer prioridade decente. Só penalizam as áreas da Educação, da Saúde, da infraestrutura brasileira”, afirma.
De acordo com Mansueto, o bloqueio de gastos ocorre a partir do momento em que a expectativa de arrecadação diminui, como uma forma de equilibrar o volume de receitas e despesas. O secretário afirma que, sem isso, a União pode descumprir a meta de resultado primário – a diferença entre receitas e despesas do governo –, hoje fixada em um déficit de R$ 139 bilhões.

Bloqueios poderiam ser feitos em outras áreas?

Mansueto Almeida admite que o governo é livre para escolher de quais áreas deverá cortar mais, podendo poupar, por exemplo, a Educação, mas destaca que há “pouca opção” no caso brasileiro. “Hoje, 93% das despesas são obrigatórias, então só 6% ou 7% do orçamento fica livre, então é muito pequena a parcela que pode ser segurada”. Ele destaca que em outras grandes democracias, como nos Estados Unidos, os gastos não obrigatórios chegam a mais de 30% do orçamento. “Dá para ver a diferença”.
Wellington Leonardo da Silva, no entanto, destaca que outras áreas poderiam ser contingenciadas pelo governo, como taxas dos bancos, o orçamento do Congresso ou mesmo do Ministério Público.
Em agosto, por exemplo, Bolsonaro enviou um projeto de remanejamento de R$ 3 billhões do Orçamento, dos quais R$ 926 milhões seriam cortes da Educação e R$ 842 milhões, valores extras para a Defesa.
“Todo ano, seja governo federal, estadual ou municipal, tem que cumprir esse ritual. Perdeu receita, tem que fazer contingenciamento”, afirma Mansueto. “Se não faz esse contingenciamento e entrega um resultado primário abaixo da LDO, pode levar à responsabilização de todo mundo, ministros, técnicos, até o presidente”, diz.

Perda de receita

Mansueto afirma que perdas de receitas previstas, como consequência da queda do preço do petróleo, motivaram inclusive os contingenciamentos feitos no início do ano. “Quando fizeram o orçamento, o barril de petróleo custava 74 dólares. Agora, caiu para 60 dólares.
Então a arrecadação com isso é menor”. Outra perda de receita ocorreu, segundo o secretário, pela desistência de privatizar a Eletrobrás neste ano: “Só nisso aí já perdeu R$ 12 bilhões”.
Em julho e agosto deste ano, no entanto, o movimento ocorreu no sentido contrário, com melhora do resultado primário. Com isso, o governo pode novamente “abrir a torneira” de gastos, no volume total de R$ 12,4 bilhões. Segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, que baseia a decisão, a melhora no período foi puxada por reduções em R$ 5,7 bilhões em gastos de pessoal e R$ 1 bilhão em subsídios e subvenções.
“Tem estudantes que estão abandonando as universidades públicas porque não têm mais as bolsas de estudos, que não é uma bolsa faraônica, como a dos deputados. É uma bolsa que permitia comer um sanduíche, pagar sua passagem de ônibus na periferia. Por que não corta o orçamento do Congresso, do Ministério Público?”, questiona o economista Wellignton Leonardo da Silva.
De acordo com ele, o resultado dos contingenciamentos é que “as universidades estão quebradas”. “O que está acontecendo na universidade pública brasileira é que há muito tempo se usa terceirizados para as áreas de limpeza. Com a retirada de recursos das universidades públicas, os reitores estão tendo que encerrar o contrato com a terceirizada e contratar uma outra por preço mais baixo ainda. Ou seja, o terceirizado vai ganhar menos ainda do que ganhava antes”, afirma.

Contexto

O governo havia anunciado em março deste ano um bloqueio de R$ 30 bilhões no Orçamento da União. Inicialmente, a ideia era que os ministérios da Educação e da Saúde ficassem de fora dos cortes. As outras pastas sofreriam redução de 21% nos gastos. No entanto, o que ocorreu foi que a Educação foi o maior alvo da tesourada, perdendo R$ 5,8 bilhões de recursos. A Saúde foi mais preservada — com cortes de R$ 599,9 bilhões — pois já tinha orçamento perto do piso constitucional.
No início de abril, assumiu um novo ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub. No final daquele mês, ele afirmou em entrevista ao Estado que a pasta cortaria recursos de universidades que estivessem promovendo “balbúrdia” e que não tivessem desempenho acadêmico esperado. Entre as instituições que se encaixariam nesses critérios, de acordo com Weintraub, estariam a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A repercussão negativa fez com que o ministro recuasse da fala no mesmo dia em que a entrevista foi publicada.
Em São Paulo, alunos ocupam pista da Avenida Paulista no sentido Consolação e devem seguir em direção à República Foto: TABA BENEDICTO / ESTADAO
Em maio, o orçamento da Educação sofreu novo aperto, quando o governo remanejou R$ 3,6 bilhões para atender a demandas de outros ministérios; para isso, foi tirado mais R$ 1,59 bilhão do MEC, aumentando o contingenciamento total para R$ 7,4 bilhões.
O contingenciamento provocou protestos em massa em cerca de 250 cidades nos 26 Estados e no Distrito Federal. As manifestações organizadas por estudantes fizeram com que o governo reduzisse em R$ 1,59 bilhão os cortes orçamentários da Educação.

Qual a origem da informação falsa?

O Comprova entrou em contato com o perfil do Twitter @NinaCarmona2, pertencente à autora da publicação em análise, mas o pedido de entrevista não foi respondido. A imagem utilizada pela conta é uma foto da modelo e atriz norte-americana Marisa Berenson, tirada pelo lendário fotógrafo de celebridades Slim Aarons em 1968, durante uma viagem à ilha italiana de Capri. No Twitter, o perfil se dedica a republicar conteúdo em defesa de Jair Bolsonaro.
A mensagem original, no entanto, não parte do perfil analisado. Pesquisando nas redes sociais, publicações semelhantes aparecem no Facebook desde 5 de outubro. Já no Twitter, a primeira mensagem neste sentido, também sem fontes, foi feita em 7 de outubro, às 11h15min, também por um perfil dedicado a divulgar conteúdo positivo ao governo Jair Bolsonaro.
Outra informação presente no texto, de que a liberação dos recursos para a educação teria sido ignorada pela imprensa, também é falsa. Após o anúncio, diversos dos maiores veículos de imprensa do País, inclusive a Rede Globo, a maior rede de televisão do Brasil, noticiaram o caso.

Repercussão

O Comprova verifica conteúdos duvidosos sobre políticas públicas do governo federal que tenham grande potencial de viralização.
O tuíte de Nina Carmona teve 64 retweets e 154 curtidas até o dia 9 de outubro. No Facebook, um perfil pessoal com o mesmo conteúdo teve mais de 21 mil compartilhamentos desde o dia 5 de outubro.
Os sites Aos Fatos e Agência Lupa também checaram este conteúdo.

Deus... Cristo... Existem para isto...

A família do diabo
Diário do Poder11 de outubro de 2019 02:00


Quem se der ao trabalho ou ao prazer de assistir o documentário “A Família”, produzido pela Netflix com base no livro do jornalista norte-americano Jeff Shattel, vai ter uma compreensão mais clara e profunda da atuação política das igrejas evangélicas no mundo, principalmente em países chaves da periferia como o Brasil, na América do Sul, e a Nigéria, na África.
Tudo começou no pós-guerra, na década de 50, com uma espécie de máfia informal que reuniu os principais homens de negócios da cidade de Seattle, sob a liderança ideológica de um imigrante norueguês, Abraham Vereide.
Para Vereide, a evangelização em nome de Jesus de Nazaré deveria ser direcionada prioritariamente às elites norte-americanas e mundiais, com um pensamento e um objetivo único: tomar e manter o poder político e econômico nas mãos desses iluminados seguidores de Jesus mundo afora.
Vereide foi sucedido por um dos homens mais poderosos e invisível do cenário político e ideológico dos Estados Unidos: Douglas Coe, conhecido como Doug Coe, organizador do “National Prayer Day” em Washington, prestigiado e assistido por todos os presidentes norte-americanos, de Dwight Eisenhower a Donald Trump, incluindo também todos os presidentes democratas, inclusive Barack Obama.
Doug Coe tinha por parâmetros para sua organização a invisibilidade, o direcionamento para as elites políticas e empresariais; a mundialização do controle ideológico pela disseminação de grupos poderosos e influentes no estilo centralizado e hierarquizado da máfia italiana e do partido nazista alemão, suas principais referências organizacionais. É o que ele diz e repete em vários momentos de sua atuação mostrados pelo documentário.
Sem viés ideológico era a pregação de Doug Coe. Jesus e apenas Jesus. A conquista do mundo se daria apenas com o nome do pobre e maltratado líder popular, Jesus. Por isso foi pessoalmente a Trípoli em jato privado para se encontrar com Muammar Khadaff e oferecer o apoio de sua associação.
O mesmo repetiu com o sanguinário ditador da Nigéria, Sani Abacha, e com o também presidente de Uganda, Museveni, que aproveitou as ideias de Coe sobre a família para implantar a pena de morte para homossexuais em seu país.
O trabalho iniciado por Vereide nos anos 30 e continuado por Doug Coe a partir dos anos 50, espalhou missionários que trabalham para conversão há mais de 70 anos, mundo afora, construindo o partido invisível de Jesus, destinado ao controle ideológico global do planeta. Sem viés ideológico. Tanto faz ser Obama ou Trump, Lula ou Bolsonaro, não importa. O que importa é a adesão à Jesus. Condição única para fazer parte da “familia”.
Na ideologia de Coe, quanto mais pecador e mais sacripanta for o ser humano que lidera uma comunidade ou um país, mais merecedor de conversão e de integração à “família“. A família de Jesus.
Dougla Coe faleceu em 2017 e foi sucedido por Douglas Burleigh, quem recepcionou Donald Trump no último “National Prayer Day” em Washington e o influenciou para adotar a prática de orações diárias permanentes na Casa Branca.
Para a “familia”, Trump é a melhor recompensa que obtiveram até agora nos seus propósitos de dominação ideológica mundial.
Este documentário me fez recordar as centenas de missionários “crentes” que perambulavam pelas periferias secas e miseráveis do meu Nordeste, nos anos 50 e 60, espalhando as boas novas de Jesus e plantando as sementes do enorme poder político das igrejas evangélicas no Brasil, que agora já penetram e se consolidam na cobiçada Amazônia.
Douglas Coe, invisível e agora etéreo, ainda deve puxar os cordéis viajando nas nuvens que cruzam céus e terras.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Finanças globais

Boletim de atualização nº 1271 - 10/10/2019 leia no navegador




Finanças globais: antes da tempestade, o mormaço

No Ocidente, Estados salvaram bancos da crise. Para isso, emitiram oceanos de dinheiro. Mas riqueza permanece empoçada: as políticas pós-2008 empobreceram as sociedades – e ninguém quer investir. Sobressalto de setembro sugere: caos surgirá do marasmo
Por Eric Toussaint, do CADTM



O flerte do "lugar de fala" com a brutalidade israelense

Indignação moral não depende de compartilhar identidade: é urgente assumir a luta contra os crimes à humanidade cometidos por Tel Aviv. A justiça com o povo palestino, vítima de genocídio há 71 anos, é também nossa responsabilidade
Por Berenice Bento


O amargo sabor da fruticultura brasileira

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Coquetel de 27 agrotóxicos foi encontrado na água de 1 em cada 4 municípios brasileiros. Mas problema pode ser maior: amostragem aponta que mais da metade das cidades do país, ou não realizam os testes, ou escondem os dados
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