quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

ATURANDO O GENOCIDA "PRESIDENTE", ATÉ QUANDO?!!

Brasil, um país cujas raízes escravocratas e colonialistas legaram ao início do alvorecer republicano uma taxa de 75% de analfabetismo.
E que hoje, ainda, amarga os graves índices de quase 7% de analfabetismo absoluto e 29% de analfabetismo funcional.


Bolsonaro, minha avó e muita coisa escrita…
revistaforum16 de janeiro de 2020 01:01

“Os livros hoje em dia, como regra, é um amontoado. Muita coisa escrita, tem que suavizar aquilo”, disse o presidente, em entrevista concedida na saída do Palácio da Alvorada. “ (Veja, 3 de janeiro)
A epígrafe, publicada e repercutida em vários veículos da mídia grande, é da fala do atual ocupante do cargo de Presidente da República do Brasil.
Brasil, um país cujas raízes escravocratas e colonialistas legaram ao início do alvorecer republicano uma taxa de 75% de analfabetismo.
E que hoje, ainda, amarga os graves índices de quase 7% de analfabetismo absoluto e 29% de analfabetismo funcional.
Há uma tarefa imensa a ser cumprida e ela depende de esforço, persistência e investimento da nação brasileira.
Mas, fundamentalmente, depende de vontade política e firme propósito.
Contudo, quando o ocupante do cargo de presidente acha que os livros têm muita coisa escrita, ele revela não só um profundo desprezo com a cultura letrada, mas especial e, fundamentalmente, um escárnio para com todos aqueles que desejariam muito poder decifrar, compreender e transitar naquele universo do “amontoado de coisa escrita”.
Quem conviveu com gente analfabeta pode entender o quão cruel é a fala do atual presidente; quem já alfabetizou e viu o brilho nos olhos da primeira leitura pode divisar o quanto é obtusa esta declaração do presidente de ocasião.
Tal fala afrontosa me choca não somente como professora e pesquisadora de políticas educacionais mas, cala fundo na memória de um dos maiores traumas inscritos na minha história familiar.
Minha avó foi impedida pelos pais de ir à escola e castigada quando tentou driblar a proibição. Possivelmente, por conta disto, nem minha mãe, nem eu e minha irmã –todas pedagogas- conseguimos alfabetizá-la.
Possivelmente, também, pela força desta dor nos tornamos militantes e profissionais da educação.
Entre tantas histórias gravadas da limitação que o analfabetismo trazia à minha avó, não obstante sua galhardia e criatividade para superar os obstáculos, uma delas é a mais forte no painel das minhas lembranças.
Estava eu no primeiro ano da graduação de Pedagogia e havia feito o primeiro trabalho de mais fôlego teórico, que até hoje guardo. Recebera um 10 e mostrava a todos os familiares com orgulho.
Ao longe, minha avó ucraniana, que imigrara para este país na infância, observava meu entusiasmo com o texto nas mãos.
Eis que ela pede para vê-lo. Eu o mostro, meio constrangida, pois sabia que ela não poderia ler ou entender.
Ela toma o trabalho encadernado nas mãos, folheia e comenta:
“Que bonito! É bem limpo”.
Era o que ela podia dizer do “amontoado de letras” que a neta escrevera.
Ainda assim, ela queria compartilhar da admiração e da comemoração e o fez do lado de fora de um universo que ela não habitava: o da cultura letrada.
Como ela, muitas senhoras e senhores, ainda hoje, são alijados deste mundo.
Muitos deles vão buscar as classes de educação de jovens adultos e entre tantos estão os que têm como motivação primeira a leitura da bíblia, aquele amontoado de coisa escrita. Outros, chegam lá pelas mãos dos filhos e netos.
Para quem é analfabeto/a, o mundo das muitas coisas escritas é o universo a ser explorado, desvendado e conquistado.
E por isto mesmo, é tão doloroso e repugnante ver que alguém que ocupa uma condição que poderia prover meios hábeis para permitir que este universo seja acessível a todos, escarneça e despreze a importância da cultura letrada e dos livros.

MEDO D'O QUÊ?!

O vertiginoso destino de um presidente fake
sul2115 de janeiro de 2020 16:57


Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Sergio Araujo (*)
Petra Costa – Democracia em Vertigem
O que a ausência de Jair Bolsonaro em Davos, onde a devastação da mata amazônica será uma das pautas, e o filme Democracia em Vertigem tem em comum? Em ambos os casos o presidente brasileiro classifica-os como ficção. Pior, nega suas existências, no caso a exploração predatória da imensa floresta e o golpe que desencadeou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Nada de surpreendente, aja visto ter feito o mesmo por diversas vezes, sendo o de maior destaque a negação ao golpe militar de 64.
Nessa lógica narcisista de achar feio o que não é espelho, Bolsonaro só vê e acredita naquilo que é do seu interesse. Por isso age como um inquisidor que não se importa em jogar o país numa era de trevas. Por isso idolatra torturadores como Brilhante Ustra e abomina defensores ambientais como a “piralha” Greta Thunberg que, responsável e destemidamente, já garantiu presença em Davos.
Ao tentar ridicularizar junto a sua bolha de fanáticos seguidores o documentário produzido pela cineasta Petra Costa, dizendo que a película “para quem gosta do que urubu come é um bom filme”, Bolsonaro procura minimizar sua grotesca participação na obra cinematográfica. Livrar a sua cara, é só isso que ele se preocupa. Tudo o mais no filme é secundário.
Obcecado pela reeleição e cada vez mais encastelado pelos seus temores e pelos “débitos” assumidos com seus apoiadores, Bolsonaro se comporta como um medroso metido a valentão que morre de inveja dos corajosos, por ver neles virtudes que não encontra em si.
Por isso ele chama o documentário de Petra de carniça. Por não aceitar o papel de vilão num filme onde os protagonistas são Lula e Dilma. Por isso não concorda em dividir o debate sobre questões ambientais com quem domina o assunto melhor do que ele, mesmo que seja uma adolescente sueca. Por isso parte para o ataque pessoal sempre que se considera afrontado por perguntas indigestas, praticadas por representantes da imprensa.
Tal qual o irmão caçula que chama o irmão mais velho para defendê-lo numa briga de rua, Bolsonaro se cerca de generais no primeiro escalão do seu governo, privilegia as bancadas do boi, da bala e dos evangélicos, e se esconde sob o topete de Donald Trump, para se proteger e garantir que não será deposto do cargo.
Esta sim é a verdade disfarçada de ficção. Essa é que é a dissimulação promovida pelo presidente que ele procura transferir para outros agentes. Ele sabe das suas graves limitações e faz um esforço hercúleo para se mostrar maior do que efetivamente é. Até quando e a que custo não se sabe. O certo, porém, é que numa democracia a falsidade e a desfaçatez tem pernas curtas e a queda, inevitável, quando acontece, é sempre vertiginosa.
Para quem não assistiu “Democracia em Vertigem” transcrevo a narrativa final do documentário. Vale a pena ler até o fim.
“Um escritor grego disse que uma democracia só funciona quando os ricos se sentem ameaçados, caso contrário a oligarquia toma o poder. De pai para filho, de filho para neto, de neto para bisneto e assim sucessivamente.
Somos uma República de famílias. Umas controlam a mídia. Outras, os bancos. Elas possuem a areia, o cimento, a pedra e o ferro. E de vez em quando acontece delas se cansarem da democracia e do estado de direito.
Como lidar com a vertigem de ser lançado a um futuro que parece tão sombrio quanto nosso passado mais obscuro?
O que fazer quando a máscara da civilidade cai e o que se revela é uma imagem mais assustadora de nós mesmos?
De onde tirar forças para caminhar entre as ruínas e começar de novo?”
(*) Jornalista
§§§
As opiniões emitidas nos artigos publicados no espaço de opinião expressam a posição de seu autor e não necessariamente representam o pensamento editorial do Sul21.

COMUNISMO É...

Comunista vem de comum, de coletivo, de comunhão, de comunitário
vermelho15 de janeiro de 2020 20:26


Foto: Aldarey Tamandaré
Comunista vem de comum, do latim communis que também quer dizer universal.
Comum vem de pertencente a todos ou a muitos.
Comum tem por sinônimos: coletivo, conciliatório, conjunto.
Comum é a origem de comungar, comunhão, comunicação, comunitário.
Comunismo pode ser participação, copropriedade (aí mora o medo!), cooperativismo, colaboração, solidariedade, condomínio (quem diria), segundo o precioso “Dicionário Analógico da Língua Portuguesa”, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo.
Os primeiros comunistas da história são da pré-história: os caçadores-coletores, aqueles valentes que viviam do que caçavam e colhiam. São os tataravós da humanidade, que tanto têm pra nos ensinar.
Os homo sapiens foram caçadores-coletores durante 90% da sua existência. Somos geneticamente comunistas, portanto.
Os povos indígenas isolados são comunistas e mesmo os que mantêm cuidadoso e restrito contato com os não-índios (nós), mesmo eles vivem em estado de comunismo.
No tempo histórico, só a meros 20 mil anos deixamos de ser comunistas – por isso, muito cuidado da próxima vez que olhar no espelho, vai que encontra o comuna que se esconde dentro de você? Ele está louco pra se libertar, não aguenta mais a pressão de ter que ser o que não é, de querer ter o que não precisa e de sacrificar a vida para deixar os ricos mais ricos. E de, podre de rico, ter milhões de infelicidades.
Comunista não tem propriedade. O que é dele é de todos. E cada um ganha de acordo com a sua necessidade.
O mérito, no comunismo, é um valor coletivo. Não tem essa de “eu mereço”. Todos merecem.
No comunismo, o trabalho é a afirmação do prazer.
Tudo ia maravilhosamente bem, apesar dos trancos da vida (e da Terra bravia), até que um dia um infeliz decidiu que era preciso parar, dominar a natureza e acumular – com a desculpa de que era razoável guardar provisões para os dias de seca, de chuva, de neve. (Parece que a preguiça inventou o capitalismo, olha a contradição).
Muito tempo depois, um francês chamado Jean-Jacques Rousseau disse que o grande erro dos nossos tataravós pré-históricos foi não impedir o primeiro homem de cercar um terreno e dizer “é meu”. Alguém tinha de ter levantado e gritado: “Defendei-vos de ouvir esse impostor, estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém” (Rosseau).
Mais adiante, outro esperto acreditou que a tecnologia iria nos salvar do trabalho. A roda, a máquina, o computador ralariam por nós, a produção de bens aumentaria e todos iríamos ter mais tempo para o melhor da vida.
Quando viu o que a tecnologia tinha feito com os humanos, que tinha nos transformado em escravos das máquinas, um barbudo chamado Karl Marx imaginou que era possível mudar o jogo, criar uma sociedade igualitária, sem classes sociais, sem Estado, sem propriedade privada.
Voltaríamos a ser caçadores-coletores, só que com roupas, carros, computadores, passagem aérea e hospedagem em igualdade de condições para todos. E uns pajés pra nos conectar com o mistério e a natureza para nos alumbrar. Não deu certo.
E pensar que nós, os homo sapiens, fomos tão felizes e por uns 180 mil anos!
Conceição Freitas é repórter, cronista e dona de uma banquinha de afetos brasilienses.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

De direita, nem papa se salva

"Bento XVI demonstra que os conservadores não se convertem nem têm jeito. Nem como papa se salvam!" Acesse e compartilhe somente  o link do Cartas Proféticas:  http://cartasprofeticas.org/bento-xvi-demonstra-que-os-conservadores-nao-se-convertem-nem-tem-jeito-nem-como-papa-se-salvam/

4 Lições de Platão | Filosofia #1

COMO APRENDER TUDO QUE QUISER - TÉCNICA FEYNMAN (5 PASSOS)

Os Causos Engraçados de ARIANO SUASSUNA

Ariano Suassuna • Visitas Chatas

Jessé: classe média pensa que é elite

Os Lugares Mais Raros da Terra Que São Extremamente Limpos