sábado, 29 de março de 2014

O "deploma" em detrimento da Experiência



Experiência x Diploma - O que é mais importante?!

Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunitiesPrincipal contribuidor
Prezados, bom dia!
Gostaria de abrir esse debate e que vocês participassem!
Eu, Lucianna Cabral, ainda não possuo o diploma, em virtude de ter que entregar minha monografia e cursar adaptações que foram incluídas por conta da mudança da grade curricular. (Mas estou cursando)!
Tenho 10 anos de experiência em mercados, o seja, sou realmente uma profissional, formadora de opinião, o que exige alto nível de conhecimentos.
Recebo ligações, participo de entrevistas com profissionais de alto padrão, e tenho ouvido:
" Você realmente está dentro dos padrões que procuramos, mas o fato de não ter o diploma, impede a sua realocação."

Quando se é formado, a resposta é que não possui experiência. Quando possui experiência, é pq não está formado! E o tempo vai passando... até uma hora que chegará a resposta: Vc tem tudo, mas, passou da idade!
Muitos podem falar, ah, pq vc não entra como estagiário ou trainee?! Simples, pq já possuo alto nível de conhecimento. Infelizmente, não posso sobreviver com um salário de estagiário!

Diante destes fatos, gostaria sinceramente de entender o que o mercado realmente quer de um profissional: Diploma ou experiência e saber dar o resultado esperado?!

Comentários

  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Luciana, acho que sua pergunta tem uma resposta bem fácil. Definitivamente o mercado não sabe o que quer. O mercado se preocupa com protocolos e não com a produtividade, mas se vc não produz não leva em conta o protocolo. Desde de quando diplomas mostram sua produtividade? Sou formado em Administração e sinceramente não usei nem 1% que aprendi em sala de aula. Leio de 8 a 10 livros por ano de diversas áreas e se não fosse assim não adiantaria nada. MBA´s e faculdades fazemos todos os dias, trabalhando, lendo e estudando. O mercado baliza a todos por baixo, ja que todos sem o protocolo não servem.
    Ainda existe uma questão de CLT nisso, que pelo CBO rege que essa ou aquela profissão precisa de curso superior nisso ou naquilo. Se todos focassem em produtividade. Desejo a vc uma boa sorte e que encontre um recrutador de bom senso.
     Sidnei L. P.Lucianna C. e 2 outras pessoas gostaram disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Exatamente: Bom Senso! Obrigada pelo seu comentário Frederico! Excelente!
     Frederico F. gostou disto.
  • Sergio Korytowski
    Sergio
    Consultor Financeiro e de Negócios
    Com certeza que resultados de produtividade (experiência) deveriam ser a chave de ouro. Mas a incerteza de quem contrata, acaba o fazendo agir, de forma que ele/ela possa ter uma testemunha, que nada mais é do que o seu diploma. Se o contratador amanhã for interpelado do porque daquela contratação, ele/ela vai sempre poder-se defender mostrando o "valioso" diploma do contratado. Porém a verdade é uma só: a maioria não sabe contratar, não é auto-suficiente para tomar uma decisão, mesmo que esta - vez ou outra - possa ser errada, o que obviamente pode acontecer.
     Giuliano T.Frederico F. e 1 outra pessoa gostaram disto.
  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Caro Sergio, muito bom seu comentário. Tenho certeza que verificar histórico e realizações em empregadores anteriores da muito mais trabalho, porém se não nos da a certeza do sucesso é uma testemunha muito melhor que o "valioso" diploma.
  • Sergio Korytowski
    Sergio
    Consultor Financeiro e de Negócios
    Frederico, estamos falando na mesma linha! Claro que concordo plenamente com as suas palavras. O problema é que a maioria dos contratadores vagam pela linha do mais fácil, ou como você mesmo muito bem diz, verificar histórico dá muito mais trabalho. A verdade também é que existem mil efeitos diretos e colaterais, que acabam surtindo em efeitos negativos na seleção dos candidatos.
     Sidnei L. P.Frederico F. gostaram disto.
  • MAURICIO LACERDA
    MAURICIO
    Analista de Negócios at Brookfield Incorporações
    Eu acho que as empresas no Brasil ainda dão mais peso para títulos acadêmicos do que para experiência profissional e pessoal. Leio em média 60 livros por ano, fora artigos e engajamento em debates online, além de ter 10 anos de experiência profissional, mas já fui desconsiderado de processos seletivos antes mesmo da entrevista, só por não possuir MBA. O problema é que estes "achievements" são pessoais, e você acaba não podendo colocá-los no currículo, e falar deles na entrevista pode soar como discurso auto-congratulatório.
     Alexandre H. gostou disto.
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Simples responder Luciana.
    isso é fruto de uma mentalidade retrógada d tempo do Imperio. em que tudo tinha que ter um carimbo real, uma chancela um atestado.para dar existência a qualquer coisa. a pouco tempo ainda existia um documento que era um atestado de vida. acredite.
    era como estar vivo não bastasse . tinha que vir acompanhado de um documento que certificasse o fato de. e dava prova da sua existência.e infelizmente o pessoal de RH que parece ser tanto de vanguarda adota os mesmos princípios e métodos do tempo do império.
    E isso só vai mudar no dia em que os gestores de RH no Brasil tomarem coragem e bom senso e aplicarem as metodologias que tanto admiram quando participam de seminários, congressos de RH , mostrando as novas formas de recrutamento seleção de profissionais.aplicadas nos países de primeiro mundo
    ora bolas hoje as pessoas já se formam por cursos on-line.e tem gestor de Rh que torce o nariz para esse tipo de formação.
    persistem em aplicar normas do século 19.
    .já passou da hora de manda-los para fogueira.
     Luiz Antonio D.Frederico F. e 2 outras pessoas gostaram disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Excelente palavras! Obrigada pelo comentário!
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Somente agora carregou a participação dos outros colegas.
    Acredito que realmente o mercado está mais dinâmico e precisa de uma reforma nos critérios de avaliação dos profissionais, e não apenas o diploma. Acho que este debate tem muito a rendet e quem sabe chamarmos mais atenção em que país vivemos e o que as empresas realmente precisam!
    Bons diplomas ou fazer acontecer!

    Obrigada a todos pela participação!
     Frederico F. gostou disto.
  • HÉLIO TEIXEIRA JR
    HÉLIO
    Business Consultant
    Luciana,
    Ambas são importantes, tanto a Qualificação e Experiência Acadêmica, quanto a Profissional.
    Os processos de seleção em geral tem preferencia as especialidades, mas nem sempre atendem a necessidade da vaga, outras Competências são Importantes em relação ao perfil do candidato e a necessidade da Empresa, o Ambiente, o Modelo de Gestão , as Politicas e outras ...
    A Preferencia pelo modelo da Qualificação e Experiência Profissional é regimental, e mais confortável para justificar as escolhas, e as falhas no caso de insucesso.
    Porém o que mais dificulta a recolocação é que são poucas vagas para muitas opções /concorrência. O excesso de opção ....aumenta o nível de exigência e diminui as chances tal como as condições salariais.
    Desejo que você continue na busca pelo seu desenvolvimento e entendimento até encontrar a sua oportunidade....

    Boa Sorte !
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Obrigada pelas pslavras Helio!
  • Alexandre Horimi
    Alexandre
    Infrastructure Manager
    Lucianna, estou no mesmo dilema que você, tenho mais de 20 anos de experiência e vivência em gestão de diversas áreas, tais como, administrativo, recursos humanos, infraestrutura e tecnologia da informação, porém, deixei a graduação em segundo plano, para me dedicar à carreira. Pedi para sair da empresa, para buscar outros rumos autônomos, atualmente estou buscando recolocação e me deparei com o mesmo problema, falta o título! Mesmo tendo uma vasta vivência, por ter passado por diversas situações em que a faculdade não ensina, estou enfrentando algumas dificuldades quando o meu curriculum tem Superior Incompleto. Voltei a estudar e agora o meu curriculum está Superior graduando. É importante DESTACAR que quem não tem diploma universitário, não significa que NUNCA estudou, ao contrário, realiza muitos estudos e pesquisas para fins específicos para poder desempenhar suas atividades. Finalizando e não banalizando nenhuma profissão: O que as pessoas preferem? Voar num avião em que o piloto tem 500mil horas de voo, sem ter um diploma ou com um piloto que tem 5 diplomas e só voou em simuladores? Isso é vivência x estudo. Entendo que os dois são importantes, porém, com pesos bem diferentes.
     Adriana E.Frederico F. gostaram disto.
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Alexandre. E o que é pior , se voce conseguir uma graduaçao proximo dos 40 anos de idade ou após . tambem nao vai servir pra muita coisa nao.

    o pessoal de recrutamento de RH , os head hunters.as empresas de colocaçao.
    acham que acima dos 40 voce esta morto. sem levar em conta que ainda faltam 25 anos para poder se aposentar. é o como eu digo. tudo muda no mundo
    menos a mentalidade do pessoal da area de RH.
    Eu nao estou de implicancia com o pessoal de RH , só gostaria que atualizassem seus relogios e calendarios com o seculo 21.
     Adriana E. gostou disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    vc me entende Alexandre! Histórias parecidas!
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    exatamente Ruy!
  • Sergio Korytowski
    Sergio
    Consultor Financeiro e de Negócios
    Estou de acordo com os comentários aqui postados. As dificuldades expostas são verdadeiras. Pelo outro lado nenhum candidato à vagas deve-se render ao "terror" dos maus recrutamentos. O certo é ir em frente, enfrentar as situações... e acima de tudo não se sentir vencido!
     Lucianna C.Frederico F. e 2 outras pessoas gostaram disto.
  • Elvys Henrique
    Coordenação na Auto Peças Elvys
    Isso é simples, depende da sua área de atuação! Na minha área por exemplo (Engenharia Ambiental) Sou engenheiro lembrando a todos se precisarem estou aí. Enfim! É muito difícil conquistar um emprego sem experiência na área de engenharia ambiental, porém se for graduado em Engenharia Civil a conquista é muito mais rápida e muito ampla no Mercado. Na minha opinião, no geral a experiência é o que vale muito se não tiver...
     Lucianna C. gostou disto.
  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Alguém poderia indicar alguém de RH para participar da discussão? Seria interessante, pois até agora não tivemos um parecer de alguém da área.
     Lucianna C.Ruy A. gostaram disto.
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Seria interessante mesmo Frederico, mais acho dificil que apareça.
    e se aparecer vao divagar , fugir do tema
    por uma razao simples
    teriam que admitir estarem subordinados a uma logica preconceituosa.
    e ai como ficaria todo o discurso de motivaçao e modernidade equidade, que sempre apregoam
    dentro das grandes corporaçoes e ate mesmo nas pequenas empresas.
     Frederico F. gostou disto.
  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Seria a cereja do bolo.
     Lucianna C. gostou disto.
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Claro que é,
    e não ´so pra você mais para milhares de profissionais que passam
    pelo mesmo problema.
    e se ninguém falar nada. vai ficar tudo no mesmo.
    e olha esse problema não é de hoje.
    Eu poderia acrecentar muito mais reclamações dos processos de seleçao e recrutamento.
    que muitas veses não faz o menor sentido com a vaga
    por exemplo exigir fluência em inglês para um cargo ou uma empresa que não exporta não tem filial nem matriz no exterior.
    secretaria que tem que ter aparência de Miss.
    As malditas dinâmicas de grupo
    que no final você já sabe que a coordenadora vai escolher o mais bonitinho
    e você soh serve para justificar o processo. é como aquelas licitações publicas marcadas,.viciadas.
    eu já vi muita coisa, já ouvi muita coisa. e já sofri muita coisa também
    se de alguma forma a gente puder mudar esse estado de coisa.ficarei feliz
    embora hoje graças a Deus não preciso mais me submeter a tudo isso.
    tenho minha empresa. foi a forma que achei para ficar longe desses processos.
     Lucianna C. gostou disto.
  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Bom dia Ruy e Luciana. A coisa esta ficando interessante. Ruy, sua ideia de levar esses comentários a uma associação de classe é ótima. Ja convidei alguns amigos de RH para participar também e ate agora ninguém se manifestou. Acho que pisamos no pé do calo, kkk. Que tal expandirmos a discussão e para outros assunto ligados a área? Vamos abrir outro debate solicitando casos de todos? O que vcs acham? Acho que isso interessa a todo mundo.
     Ruy A.Verônica M. gostaram disto.
  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Mais um guru querendo que façamos o impossível.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Esta ficando muito melhor do que imaginava. ..
    o engraçado é justamente ainda estarmos sem respostas. ...
    Ruy?!
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Isso só mostra que estamos no caminho certo.
    todas as categorias profissionais são questionadas ou elogiadas.
    seja OAB, CREA, CRM etc...alguns questionamentos são justos outros nem tantos quanto seus procedimentos e condutas.
    Por que não questionar os critérios de avaliações e recrutamentos de todos os profissionais responsaveis por esse trabalho. que reputo importantíssimo tanto para os profissionais quanto para as empresas.pois afinal não é com os melhores que se obtem os melhores resultados ???
    Ou sera que é com os mais bonitinhos e bonitinhas, os mais jovens.
    ou os que ostentam um diploma de grife. chamadas (universidades de primeira linha)
    ta ai outra questão para se debater Luciana
    Se é o MEC que aprova e avalia os cursos universitários e a grade escolar é a mesma.
    Por que?? o diploma de um estudante da USP, UNICAMP, FGV. etc. tem peso maior que outras??? quando avaliados pelos recrutadores de RH.
    .
     Frederico F. gostou disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Uau! Quantas coisas!!! Daqui a pouco vamos pedir para a @Exame nos ajudar! rs
     Frederico F. gostou disto.
  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Quem se habilita a postar ? Ruy, vamos botar lenha na fogueira? Agente pode fazer juntos?
     Ruy A. gostou disto.
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Ok. Luciana e Frederico..WELCOME TO THE NEW AGE.
     Frederico F. gostou disto.
  • Sergio Korytowski
    Sergio
    Consultor Financeiro e de Negócios
    Considerando que a Robert Half é a maior empresa de recrutamento especializado do mundo, segundo informações do Google, e com mais de 350 escritórios e 9.000 colaboradores em 21 países, acredito que poderíamos contar com a valiosa colaboração da mesma, o que ao meu ver seria uma grande honra, já que - nada mais e nada menos - este debate nasceu dentro da casa brasileira da Robert Half.
     Ruy A.Frederico F. gostaram disto.
  • Edson Nascimento
    Edson
    Profissional de Engenharia Elétrica
    Cara, Luciana, (desculpe o cara, para não dizer putz) falou tudo. Parabéns! Há tempo que não via (lia) um comentário tão centrado. Parabéns mesmo!!!!!!!!!!
    Então, para mim, esta incógnita existirá sempre, e, como todos sabem da matemática, a solução de uma equação com 3 incógnitas, tem solução, mas é mais complexa.

    abs

    Em tempo: Profissional de Engenharia de Segurança do Trabalho (faz tempo que não atualizo o meu cadastro)
     Lucianna C. gostou disto.
  • Therezinha Souza de Almeida Baptista
    Therezinha
    General Counsel for Latin American Region
    Os 2, concordo, mas, se cada caso é um caso, cada vaga uma vaga. Há vagas onde a formação é mais relevante, outras em que a experiência se sobressai, parafraseando Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra......
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Hello prezados!

    o meu intuito realmente ao postar na RH, foi com que além do desabafo, as pessoas se manisfetarem e que alguém nos respondesse!
    Mas, mais um dia, sem retornos...
    Eu agradeço sinceramente a participação (ate aqui) de todos!! E conclui, que não somente eu passava por isso.
    Eu concordo plenamente em nós levarmos esse debate a diante, e principalmente que tenha o lado do RH.
    Infelizmente, não consigo marcar pessoas neste debate. Topam compartilhar com outros grupos de RH/ Recrutamento?!
    Precisamos de uma resposta e mais depoimentos de pessoas que passam ou passaram algo do tipo.
    PS: No meu caso, o fato de ter a certificação, já me habilita.
     Frederico F. gostou disto.
  • Verônica A Amiuna
    Verônica
    Public Relations
    Prezada Luciana espero este debate levar a um ponto importante e sério: a urgente revisão dos mecanismos, propostas de dinâmicas e de exigências curriculares versus as reais necessidades da organização contratante e sobretudo a sua capacidade de remunerar a altura das solicitações, tanto acadêmicas quanto de experiências. O tempo passou mas dado o que acompanho neste e em outros debates sobre o tema, o "querer um profissional pronto ( experiente ), completo: entenda-se com diploma (citou o colega no debate ) de faculdades de primeira linha ( ao menos o que se convenciona por tal ), bem como idade "adequada" ( se mascara, mas na prática. a partir de 40 ???..), local em que se reside ( afinal tem o custo do transporte e o status ), enfim, esses pontos que servem por "filtro" continuam os mesmos; não percebo trabalho inovador dos RH's em idenficar o perfil adequado: traços de comportamento, expectativas, perspectivas e o harmônico alinhamento com os atributos da empresa contratante. Uma entrevista pessoal para detalhar pontos importantes do curriculo apresentado, me parece simples e de extrema valia bem como diálogo profícuo. O que vivenciei na prática: Se temos qualificação que se considera grande, it's over, passou dos 40 (?) , não se fala diretamente, mas se sugere não ser a oportunidade de fato interessante, uma vez não parecer desafiadora para esta faixa... se tem experiência ampla , o CV está sem foco...enfim(!!) depreendo que muito se deseja, muito se copia sobre procedimentos e muito pouco se contribui para uma adequada colocação tanto para o profissional quanto para as empresas que tanto falam sobre a importância da inovação, qual seja o porte . Não podemos esquecer das costumeiras indicações que , dependendo da qualificação de quem indica, nada do citado, me parece ser relavante para impedimento à contratação. A OMC (Organização Mundial da Saúde ) cita insanidade como ".. desejar resultados diferentes fazendo as mesmas coisas ..(?)"
     Lucianna C. gostou disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Continuando: a ser profissional, independente do fator diploma.
    Essas certificações, que acredito que cada um em sua determinada área, são pagas, e exigem muito esforço e amor ao que faz.
    É decepcionante quando vc tem a profissão por amor e este não ser correspondido. ( Leve sátira).
    Acredito que todos entenderam minha intuição e mei desabafo!
    É pedir demais apenas um representante do outro lado?! Ou será que o outro concorda conosco?! ...
     Frederico F. gostou disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Verônica, parabéns pelas palavras! Falou tudo!
     Frederico F. gostou disto.
  • Frederico Ferreira
    Frederico
    Gestão Administrativa e Financeira
    Verônica Parabéns. Acho que temos mais uma para o time daqueles que entendem que foco é necessário e protocolos podem ser ou não. Acho que ao postar sua mensagem a Lucianna trouxe a baila um descontentamento de muitos profissionais que não entenderam sua demissão ou sua rejeição num processo seletivo e como bem falou o Ruy com dinâmicas estranhas que só quem aplica é que sabe para que serve. Mais uma vez reitero minha posição: O mercado não sabe o que quer e, do que isso, não sabe procurar. Abraços a todos.
     Lucianna C.Ruy A. e 1 outra pessoa gostaram disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Frederico, Ruy, Verônica e todos que participaram. Acabei de fazer um apelo em minha página a respeito do nosso debate. Fiz minha parte, pois se tornou sim, um debate de como somos avaliados. Espero que tenhamos um retorno, pois vale a pena abrir os olhos a respeito do assunto.
  • Katia Werneck T. Homem
    Katia
    Consultora de RH na KW gestão RH
    Luciana, todos nós temos responsabilidades sobre o gerenciamento da carreira que pretendemos atuar. Muitas vezes somos obrigados a mudar o percurso ou nos mantemos acomodados a uma situação que em um determinado momento parece suficiente e que nos faz aprender muita coisa, mas é importante reconhecermos que como as empresas não são uniformes e cada forma de trabalho é apreendida muito especificamente, a graduação existe para criar um padrão, uma base, um ponto de partida para uma atuação que, aí sim, ao longo da vida profissional será acrescentada, adaptada, inovada ou transformada, mas sempre partindo de um esboço.
    Caso contrário, estaríamos diante de um profissional perfeitamente competente para uma empresa mas inadaptável em outra.
    Por outro lado, reconheço que a qualidade de ensino, na maioria dos casos, mesmo que a nível superior ou de especialização, deixa muito a desejar e não cumpre com a sua parte dando margem a esse tipo de debate. Muitas vezes mais vale comprar bons livros e fazer uma imersão do que frequentar uma universidade ou ainda, em outra hipótese, simplesmente arregaçar as mangas e aprender na prática. Mas como provar à não ser já trabalhando?
    Portanto o ideal é que elas se complementem.
    Além disso, existem as leis trabalhistas, os registros, os conselhos de classes das profissões que estão em cima das empresas e dos cargos que ela disponibiliza. Isso para evitar as fraudes nas contratações, como por exemplo, a contratação de um auxiliar administrativo quando na verdade executa função de um profissional qualificado.
    Portanto, existem muitas coisas entre o céu e o inferno.
    Para finalizar, existe também a questão do tempo, uma grande cruz para todos, e não poderia deixar de ser para as empresas também. Um candidato pode transmitir num processo seletivo confiança a ponto de ser superada a exigência da graduação, pela experiência que ele diz ter, mas há um grande risco disso não ser verdade e a empresa exige do profissional de RH uma solução imediata e "certeira", Há muita pressão.
    De qualquer forma, o que gostaria de dizer (ou divagar), como profissional de RH, é que acredito que trazemos de nossas experiências profissionais incríveis descobertas,, atuações fantásticas, como também trazemos erros que nos fizeram aprender e muitas coisas! Mas ninguém os viu. São "diplomas" nossos, pessoais, que carregaremos em silêncio pois dificilmente conseguiremos transmitir com tanta veracidade.
    Por isso, para que nos abram a porta e para que nos conheçam, precisamos comprar o ingresso, por mais que vc mereça sentar na primeira fila de graça.
    Luciana, desejo a você muita sorte na sua caminhada!
    Um grande abraço!
     Lucianna C. gostou disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Kátia,

    Obrigada pela sua participação como consultora de RH. Exatamente isso que queríamos ouvir, uma resposta!
    Concordo com você, porém, meu exemplo em específico:
    * Curso o último ano de graduação ( Vou a universidade apenas 2x por semana);

    * Possuo CPA 20 - A certificação é como uma OAB do mercado financeiro, ou seja, o fato de tê-la, significa que você está apto e possui conhecimentos para atuar no mercado financeiro( Necessário assertividade de 70% da prova, com 60 questões);

    * Possuo AAI - Certificação necessária para atuar como agente de investimentos preposto de instituição financeira, corretoras( Necessário 65% de assertividade na prova com 60 questões);

    * Início da carreira em 2005, como estagiária em um dos principais bancos mundiais e saí de lá como Officer ( Gerente) e toda a minha carreira profissional na área do Mercado Financeiro.

    Sinceramente, todas elas superam um diploma de formação, pois exige alto nível de estudos e conhecimentos específicos da área, informações em que uma universidade não as dará.
    Entendi que o diploma é apenas uma burocracia, ou até mesmo, um " álibe" para o HeadHunter.
    Mas vamos ser racionais... Munido de tantas informações de credibilidade de órgãos regulamentadores da profissão, não poder e não ter a oportunidade de pelo menos participar de um processo, é indignante......

    Agradeço novamente a sua participação!

    Forte abraço!

    Lucianna
     Ruy A. gostou disto.
  • Sergio Korytowski
    Sergio
    Consultor Financeiro e de Negócios
    Há dois dias atrás eu aqui escrevi "Se o contratador amanhã for interpelado do porque daquela contratação, ele/ela vai sempre poder-se defender mostrando o "valioso" diploma do contratado". É assim também que eu interpreto as recentes palavras da consultora de RH Katia Werneck, quando diz, "Um candidato pode transmitir num processo seletivo confiança a ponto de ser superada a exigência da graduação, pela experiência que ele diz ter, mas há um grande risco disso não ser verdade e a empresa exige do profissional de RH uma solução imediata e "certeira", Há muita pressão". Ou seja, voltamos à fórmula inicial desta discussão, onde se demonstra claramente, que o diploma é mais importante do que a experiência. Vejo também que são inúmeros os fatores de descontentamento, porém o que mais me choca é a não transparência dos órgãos contratantes com o candidato. Consigo entender as explicações aqui dadas por parte da profissional Katia Werneck, mas não vou negar que me assusta ter de perceber, que o diálogo entre empresa e responsável pela contratação (consultor de RH) ainda é uma panela de pressão, e com isso, por muitas vezes, não permitindo ao consultor de RH poder agir mais pelo seu próprio intuito.
     Lucianna C. gostou disto.
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Quero congratular e agradecer a entrada da Katia do setor de RH. nessa debate,e dizer que concordo com alguns argumentos seus, mais o problema é muito mais amplo
    envolve uma questão de culturas das empresas e um certo acomodamento do setor de RH
    É necessário ousar, afinal esse setor é composto por profissionais de varias áreas humanas.
    mais observe, tudo muda no mundo corporativo, as tecnologias, os processos
    e só o setor de RH que continua como se fosse um capataz.subordinado as pressões ,
    e para se garantir mantem alguns procedimentos absurdos , como usar o diploma do candidato com desculpa para uma contratação equivocada..
    isso é falta de criatividade , coragem . esse setor tem que sair da zona de conforto.o mundo mudou e vai mudar muito ainda;
    algumas profissões estão sendo extintas e outras nascendo. algumas não precisarao de bacharelado , outras exigirão doutorado , mestrado especializações. etc..
    e a bem da verdade as empresas contam com algumas ferramentas para testar seus candidatos na pratica. além do período legal de experiência, tem os estágios . os programas de trainees;com certeza é puro comodismo e medo de atritos com administyraçao geral das empresas..
     Sergio K. gostou disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Ai será muito divertido, confesso! rs
    #crossfingers!
    Obrigada Katia!
  • Katia Werneck T. Homem
    Katia
    Consultora de RH na KW gestão RH
    Luciana, não atentei para o seu perfil apenas li o enunciado. Certamente os certificados, cursos e registros que você possui é um enorme diferencial e uma prova concreta que, dependendo do cargo, será mais do que suficiente para passar por uma triagem. Entretanto não tenho dados suficientes para avaliar as necessidades da empresa e do cargo oferecido, pois se falamos de um profissional regulamentado, o registro é obrigatório. Portanto, a graduação também.
    Não estamos falando de escolhas do RH nem da empresa mas sim de legislação.
    O exemplo que falei anteriormente foi de pessoas que exercem funções específicas de uma profissão, adquirem enorme experiência mas não possuem nenhum documento ou registro que comprovem as suas atividades na(s) empresa(s). Normalmente essas pessoas são contratadas com cargos generalistas, administrativos e de difícil comprovação.
    Quanto às mudanças no mercado de trabalho, da entrada de novas profissões e extinção de outras tantas, estaremos sempre obedecendo a legislação e as normas trabalhistas, como qualquer profissional o faz em sua área.
    A graduação veio, de certa forma, acabar com essa fraude.
     Rosemary D. gostou disto.
  • Guilherme Penna
    Guilherme
    Gestor e Especialista em Logística e Planejamento com mais de 20 anos de experiência em busca de novas oportunidades
    Principal contribuidor
    Lucianna,

    Tive um diretor de origem europeia, extremamente competente, que não tinha diploma de graduação e era dono de um negócio de muitos milhões de R$. Atualmente ele está na Europa cuidando de uma operação de muitos milhões de Euros e continua sem o diploma. Trabalhei com vários outros profissionais que também não possuíam diploma mas detinham conhecimento prático invejável e apresentavam resultados excelentes. Diploma não é sinônimo de competência muito menos de resultados, porém é um paradigma que está sedimentado no mundo corporativo de tal forma que não vejo como nos livrar dele. Concordo que há sim uma acomodação do RH, mas vamos nos colocar no lugar deles, se a contratação de um profissional sem diploma falha quem se responsabiliza? O gestor direto que também participou do processo seletivo e provavelmente dirá que o candidato apresentou os requisitos técnicos requeridos? O status quo precisa ser mudado mas a realidade hoje é: se você não tem o diploma fatalmente você será preterida nos processos seletivos.

    Parabéns pela sua trajetória!
     Rosemary D.Ruy A. gostaram disto.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Grandes palavra Guilherme!!!

    Obrigada!
  • Rosemary Dourado
    Rosemary
    HR ADMINISTRATIVE COORDINATOR
    Digamos que hoje você precisa do(s) diploma(s) e certificado(s) para entrar no mercado, pois realmente se você não possuir fica difícil até passar na seleção do RH para participar do processo seletivo, sabemos também que toda essa papelada é importante para você comprovar seus conhecimentos e mostrar que você não esta parado, acomodado, esta se reciclando... é um fator bem importante. Agora o que vai fazer esse candidato se manter no emprego é o seu conhecimento técnico, sua experiência, desempenho e os resultados apresentados.
    Abraços!
  • Ruy Arthur
    Ruy
    Manager World Cleaning Cards
    Um comentário bem ponderado o seu Rosemary,no qual eu concordo o que esta em questão é a supervalorização somente de um quisito para contratação,.ou seja o diploma
    Eu não estou vendo nada de novo vindo do setor de RH nos últimos 20 anos.
    O que eu vejo sim é um monte de apadrinhado ,e jovenzinhos recém formados.
    que parece que o único quisito a mais além do diploma foi a jovialidade.
    o setor de RH tem muito a explicar sobre isso.
    Alem de uma serie de outros fatores preconceituosos, dentro do RH.
    Como Racismo, machismo, exigências esdruchulas, como exigência de fluência em idiomas por empresesas que não tem nenhuma relação com comercio exterior, não tem matriz nem filial la fora, não exportam, não importam.(pura frescura) , criadas sim dentro do RH.
    Vou fazer uma pergunta> se estou errado ... como explicar a diferença de salários entre os profissionais do mesmo setor na mesma empresa entre homens e mulheres
    é sabido que gira em torno de 30% essa diferença.
    Outro ponto.
    como explicar o baixo numero de funcionários negros em shoppings centers pelo pais todo
    e o numero de cargos de comando e gerencia para negros ???e em alguns casos ate mesmo nas áreas de produção???
    Não vou ser injusto e por tudo na conta do setor de RH.
    Mais não vemos vocês fazendo nada para mudar esse tipo de comportamento.
    quando foi a ultima ves que esse setor inovou???
    E os salários ??? cade as politicas de RH para valorização e retenção de funcionários.
    Já ouvi gerente de RH dizer que salario não é fator motivacional... parece piada.
    num pais onde os sindicatos todos estão vendidos ou atreladados a partidos políticos.
    e o setor de RH se coloca no mínimo omisso a todas essas questões;
    eu pergunto:
    E quem poderá nos salvar????
    A meu ver. o setor de RH a muito tempo se coloca como leao de chácara de boite chique.
    ´so entra pro baile quem for .. branco , jovem, com formação universitária em faculdade dito de primeira linha.e ai de você se tiver seu nome por algum motivo negativado no serasa, ate mesmo de forma injusta por uma operadora de telefonia, ou um cheque roubado..
    ]mais uma coisa por que meu CPF é mais importante para a documentação do RH do que meu RG????
    tentem se cadastrar numa empresa de consultoria de RH sem esse documento e você vera;voce sera excluído do processo automaticamente
    e olha isso é uma pratica ilegal , e comum no setor de RH.
    ou alguém vai me desmentir.????
    vou parar por aqui.
    ainda teria um monte de perguntas ; eu e milhões de brasileiros que esperamos um trabalho mais honesto , ético desse setor que reputo muito importante . para a sociedade




    .
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Faço das suas palavras Ruy, as minhas.
    Parece sim, que querem mais uma boutique de funcionários. Como uma vitrine mesmo, igual a de um shopping, do que realmente funcionários que queren apenas trabalhar.
    Acho que ainda não perceberam que estamos no Brasil, onde recentemente li um artigo da qual falava que apenas uma parte da população consegue ingressar na universidade. Que precisamos trabalhar desde cedo, para mantermos um nível de sobrevivência. Aqui não é a Europa e muito menos EUA para vc realmente medir a capacidade de um profissional apenas pelo diploma e seu historico até de crédito, o que é um ponto destacou.
  • Lucianna Cabral
    Lucianna
    Profissional de Mercado de Capitais/ Private Banking- Looking for opportunities
    Principal contribuidor
    Ps: Saiu queren errado por conta do teclado do celular.
Professor NEGREIROS, Deuzimar Menezes

estimulação elétrica

Cientistas afirmam que corrente elétrica leve pode ajudar você a aprender mais rápido (se aplicada do jeito certo) http://ow.ly/v92lA
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Corrente elétrica aplicada no cérebro pode aumentar a velocidade do aprendizado
Estudo sugere que estimulação elétrica potencializa ou diminui a capacidade de aprendizado - resultado depende da dir...

o caminho que ignoramos...

diariodasgemeas paraenses:
Boa Tarde!
Lindo post do autor...

Abs das gêmeas paraenses 

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sem importância...

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A Falsidade do ativista

Texto de Luiz Fernando Pondé

Que Deus tenha piedade de nós num mundo tomado por pessoas que se julgam retas.
Dias sombrios. Nesses momentos, volto às minhas origens filosóficas, o jansenismo francês do século 17 e seu produto essencial, "les moralistes" (que em filosofia nada tem a ver com "moralista" no senso comum). Os moralistas franceses eram grandes especialistas do comportamento, da alma e da natureza humana. Nietzsche, Camus, Bernanos e Cioran eram leitores desses gênios da psicologia. Pascal, La Rochefoucauld e La Bruyère foram os maiores moralistas.

O Brasil, que sempre foi violento, agora tem uma nova forma de violência, aquela "do bem". E, aparentemente, quase todo mundo supostamente "inteligente" assume que é chegada a hora de quebrar tudo. Nada de novo no fronte: os seres humanos sempre gostaram da violência e alguns inventam justificativas bonitas pra serem violentos.

Impressiona-me a face de muitos desses ativistas que encheram a mídia nas ultimas semanas. Olhar duro, sem piedade, movido pela certeza moral de que são representantes "do bem". Por viver a milhares de anos-luz de qualquer possibilidade de me achar alguém "do bem", desconfio profundamente de qualquer pessoa que se acha "do bem". Quando o país é tomado por arautos do "bem social", suspeito de que chegue a hora em que a única saída seja fugir.




A fuga do mundo ("fuga mundi") sempre foi um tema filosófico, inclusive entre os jansenistas, conhecidos como "les solitaires" por buscarem viver longe do mundo. Eles tinham uma visão da natureza humana pautada pela suspeita da falsidade das virtudes. O nome "jansenista" vem do fato de eles se identificarem com a versão "dura" (sem a graça de Deus, o homem não sai do pecado) da teoria da graça agostiniana feita pelo teólogo Cornelius Jansenius, que viveu no século 16.

Pascal, La Fontaine e Racine eram jansenistas. Aliás, grande parte da elite econômica e intelectual francesa da época foi jansenista. Por isso, apesar de Luís 13 e 14 (e de seus cardeais Richelieu e Mazarin) e da Igreja os perseguirem, nunca conseguiram de fato aniquilá-los.

Hoje, por termos em grande medida escapado das armadilhas morais do cristianismo (não que eu julgue o cristianismo um poço de armadilhas, muito pelo contrário), tais como repressão do outro, puritanismo, intolerância, assumimos que escapamos da natureza humana e de sua vocação irresistível à repressão do outro, ao puritanismo e à intolerância.

Elas apenas trocaram de lugar. A face do ativista trai sua origem no inquisidor.

Uma das maiores obras do jansenismo é "La Fausseté des Vertus Humaines" (a falsidade das virtudes humanas), de Jacques Esprit, do século 17. Ele foi amigo pessoal do Conde de La Rochefoucauld. Alguns especialistas consideram o conde um discípulo de Esprit. A edição da Aubier, de 1996, traz um excelente prefácio do "jansenista contemporâneo" Pascal Quignard.

O pressuposto de Esprit é que toda demonstração de virtude carrega consigo uma mentira e que as pessoas que se julgam virtuosas são na realidade falsas, justamente pela certeza de que são virtuosas.

A certeza acerca da sua retidão moral é sempre uma mistificação de si mesmo. Os jansenistas sempre disseram que os que se julgam virtuosos são na verdade vaidosos. Suspeito que o que vi nos olhos desses ativistas nessas últimas semanas era a boa e velha vaidade.

Mas hoje, como saiu de moda usar os pecados como ferramentas de análise do ser humano e passamos a acreditar em mitos como dialética, povo e outros quebrantos, a vaidade deixou de ser critério para analisarmos os olhos dos vaidosos. Melhor para eles, porque assim podem ser vaidosos sem que ninguém os perceba. Vivemos na época mais vaidosa da história.

"A verdade não é primeira: ela é uma desilusão; ela é sempre uma desmistificação que supõe a mistificação que a funda e que ela (a desmistificação) desnuda", afirma Pascal Quignard no prefácio do livro de Esprit. Eis a ideia de moral no jansenismo: a verdade moral é sempre negativa, sempre ilumina a sombra que se esconde por trás daquele que se julga justo.

Que Deus tenha piedade de nós num mundo tomado por pessoas que se julgam retas.

Observação: Eu tento não gostar de Pondé e seguir a linha de pensamento que diz que ele próprio não passa de um intelectual fantasioso e hipócrita. Eu juro, eu tento, mas cada texto que eu leio, concluo que ele é mais perfeito. A bem da verdade, durante as ondas e manifestos que ocorreram nos últimos tempos em nosso país e toda aquela corja de adolescentes e afins (chamo afins aqueles supostos adultos ) publicando no Facebook o cliché: "Basta, o gigante acordou" quebrando lojas, apedrejando uns aos outros com o desculpa esfarrapada de luta contra a corrupção, me fatigou imensamente. Coisas assim me faz desconfiar dessa benevolência mascarada, que aliás, as mulheres (principalmente as mulheres) dominam planamente: o dom de fazer todos se sentirem culpados pelo triste destino de ser mãe e mulher. Por detrás dessa "realidade" feminina está a vaidade de se ser santificada, crucificada, de se ser santa. Não obstante, os homens parecem ter aprendido, mas de uma forma mais máscula, operante. Nada como ser um ativista e exercer a violência, a vaidade mascarado com o bem estar social. A luta pelas massas. Nós, seres humanos, somos todos iguais, baixamente dominados pela vaidade, ainda que ela venha em forma de crucificação moderna. Todos nós, intelectuais, prostitutas, advogados, médicos....todos fazem parte do mesmo nível penoso das mazelas humanas. O que muda, a bem da verdade, é a forma com que cada um consegui dissimular suas próprias mazelas. Alguns são tão astutos que conseguem se passar de Cristo, outros se passam de intelectuais equilibrados, outros de Madre Tereza de Calcutá. Mas todos no mesmo nível de miserabilidade, sendo que o que muda na verdade, é apenas a forma de cada um de se dissimular. 


9 comentários:

  1. Uaaaauuu!!! Que sopro de agradável de iluminação...

    Delícia de texto, esse do Pondé... fiquei chapado.

    Alguns trechos impactantes:

    Pondé
    “- Quando o país é tomado por arautos do "bem social", suspeito de que chegue a hora em que a única saída seja fugir.”
    “- A certeza acerca da sua retidão moral é sempre uma mistificação de si mesmo.”
    “- A verdade moral é sempre negativa, sempre ilumina a sombra que se esconde por trás daquele que se julga justo.”
    “- Que Deus tenha piedade de nós num mundo tomado por pessoas que se julgam retas.”

    Sabrina
    “- Nós, seres humanos, somos todos iguais, baixamente dominados pela vaidade, ainda que ela venha em forma de crucificação moderna. Todos nós, intelectuais, prostitutas, advogados, médicos... todos fazem parte do mesmo nível penoso das mazelas humanas.” Essa foi a melhor.

    Esse texto me fez lembrar e sentir profunda saudade da obra “Os Miseráveis”, de Victor Hugo. Nesta obra, VH demonstra de maneira primorosa como todos nós, independentemente da classe social ou nível cultural, somos afetados pela miséria. Ele sugere que “ser santo é exceção; a regra é ser justo. Errem, pequem, caiam em tentação, mas sejam justos”.

    Rousseau, em “Discurso Sobre A Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens”, também sugeriu essa condição vaidosa apontada no texto do Pondé, destacando que as posições moralistas do homem organizado em sociedade promoveram, com o passar dos séculos, não a perfeição do indivíduo, como sempre se acreditou, mas sim, “outros tantos passos para a decrepitude da espécie”.

    Sinto medo só de pensar que estou cercado de pessoas que acreditam piamente estarem do lado “certo” da força, confiantes de que sua fé as liberta do “mal”, e crentes de que todo aquele que pensa de modo diferente certamente será um dia “condenado”.

    Mas sinto muito mais medo em considerar que eu, de alguma forma, e apesar de todo meu esforço de libertação, por vezes sou dominado pelo espírito vaidoso, e me separo da massa por considerar que estou em uma “condição melhorada de entendimento”.

    Todos somos miseráveis, e aqueles que creem cegamente na própria salvação pautada em uma posição excessivamente moralista, estes são ainda mais miseráveis, creio eu.

    Obs.: Sabrina, eu também resisto bastante ao pensamento do Pondé, o criticismo dele às vezes é irritante... mas admito que concordo com muitas ideias que ele divulga.

    Mineirinha terrível, seu blog é delicioso. Parabéns. Beijos.
    Responder
    Respostas
    1. Ahhh, você só citou meus autores favoritos: Rousseau, Vitor Hugo....
      Muito obrigada pelo comentário Isaqueal e fico imensamente feliz de encontrar pessoas que comungam com o mesmo pensamento que eu, uma vez que eu tenho mais facilidade de conhecer pessoas que são totalmente alheias ao que eu penso e digo.
      Sua atenção é apaixonante e guardo suas observações com profundo carinho.
      Um abraço forte!
    2. É para mim uma satisfação enorme saber que minha contribuição te agrada. ;)
  2. Boquiaberto; Parabéns pelo texto linda amiga e que realmente "Deus tenha piedade de nós num mundo tomado por pessoas que se julgam retas." 
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    1. Obrigada Arckangelo!!! Amei o cachorrinho que aparece na sua fotinha de perfil. Como ele se chama?
  3. ^^ Chamasse "Tyson", era um filhote ainda nessa foto, agora já esta enorme :D
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  4. Decidi fazer psicologia porque sou apaixonada pelas ideias desses caras. Não esses citados no texto, nem sei quem foram, mas os 'pais' da psicologia e que contribuíram para a formação dessa ciência têm esses pensamentos que me dão inveja. Sempre me sinto meio iluminada quando leio algo assim, ah é meio dificil de explicar...

    Nunca confiei em pessoas que se dizem certas, santas ou o que for. Não tenho nada a dizer depois desse texto perfeito, então vou acabar meu comentário por aqui. Só queria dizer que estou adorando seu blog, e sempre que entro aqui viajo de postagem em postagem procurando mais.

    Abraços!
    Responder
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    1. Marina, eu também gosto muito, apesar de ser mais fascinada por filósofos do que por psicanalistas ou cientistas políticos.
      É sempre bom ler textos desses caras, porque eles sabem muitíssimo e mesmo quando a opinião deles é bem divergente da nossa, sempre aprendemos e retiramos proveito. Eu amooo muito tudo isso! :)
      Você pode até gostar do meu blog, mas aposto que gosto mais dos seus comentários! kkkkkk
      Bjo linda!
Atenção: Caso tenha blog, deixe o endereço do link sempre que comentar. Assim, todos os outros leitores curiosos podem visitar sua página.

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Quando você comenta, me deixa muito feliz! Sua opinião é muito importante.
Tanto que vou até cantar uma canção: Você é lindo (a), mais que demais, você é lindo (a) sim, onda do mar.... (lá, lá, lá, láaaaaaa)
Lene Dann
Resultado da nossa péssima educação?
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Chaplin

Pensamos demasiadamente
Sentimos muito pouco
Necessitamos mais de humildade
Que de máquinas.
Mais de bondade e ternura
Que de inteligência.
Sem isso,
A vida se tornará violenta e
Tudo se perderá.

Charles Chaplin
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Advogando para o diabo


sexta-feira, 28 de março de 2014
Sheherazade: PGR investigará o SBT
Do sítio Vermelho:

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou nesta quinta-feira (27), a representação da bancada do PCdoB contra os crimes de incitação ao ódio, praticados pela apresentadora do programa SBT Brasil, Rachel Sheherazade. Em audiência com a líder do partido na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), Janot concordou com os argumentos expostos, pediu celeridade ao caso ao subprocurador responsável e disse que analisará os vídeos que fazem menção ao episódio "Adote um bandido."

Para Jandira, o discurso de ódio não pode legitimar atos contra o Estado democrático. "A sociedade está cansada da inoperância dos governos e da morosidade do judiciário, sabemos disso. Mas as pessoas não podem se sentir legitimadas por um discurso neofascista e sair por aí julgando e executando outros cidadãos. E no geral, os executados em sua maioria são os mais pobres e negros. Isso vai contra o mais básico e precioso princípio de nossa democracia", disse.

Ainda segundo a deputada, a representação tem o objetivo também de prevenir que outros veículos de comunicação preguem discursos de intolerância e preconceito no Brasil. "A opinião jornalística é livre e a defendemos, mas não se pode criar um paradigma na televisão de incitação à violência na busca da audiência e do lucro. É pra ter uma algema em cada poste? E a polícia? A justiça? É preciso repensar o que está sendo feito e disseminado na sociedade", criticou.

O procurador-geral da República concordou com a preocupação da parlamentar e afirmou que não se pode pregar contra o Estado democrático. “Isso é muito sério. Vamos agilizar o caso junto ao subprocurador responsável pela representação", afirmou, acrescentando que irá reunir esta semana a equipe da PGR para colher informações e analisar o material audiovisual de Sheherazade no SBT.

De acordo com Janot, um veículo de comunicação não tem controle do discurso que emite em massa. "Se você faz um discurso de ódio para a sociedade, não há como controlar o que ocorre depois por aí, como isso se dá", concluiu.

A representação contra a jornalista e a emissora por crime de apologia e incitação ao crime, à tortura e ao linchamento – tipificado no artigo 287, do Código Penal foi apresentada ao MPF no início de março. Além da investigação, o documento sugere o corte de verba pública de publicidade à emissora, caso seja constatada a violação à Constituição.
Postado por Miro às 11:44   
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Comentário do Professor Negreiros
Quem, neste país, mais incentiva e faz apologia ao crime de incitação ao ódio, é esta senhora, apresentadora do programa do SBT Brasil, Rachel Sheherazade, com sua opinião, que é a opinião de cada brasileiro honesto e sofredor deste país, ou são as pratica de corrupção, roubalheira, chantagens, sabotagens e crimes das mais variadas natureza de banditismo desses do PCdoB {Partido Capitalista do Brasil] e todos os outros parasitas do estado que fazem parte dos governos, desde os municípios, passando pelos estados e findando no Congresso Nacional??!!
Afirmo que, sem erro, não ser o que disse esta senhora jornalista.

Já esta senhora Jandira, como legisladora, falta com a verdade quando usa da falácia: "A sociedade está cansada da inoperância dos governos e da morosidade do judiciário, […] …” porque se ela é realmente uma legisladora, principalmente ela, não pode em nenhum momento dizer e concordar que é  culpa da “inoperância dos governos e da morosidade do judiciário”. Ela tem a obrigação e o dever constitucional de saber e dizer à população que se a polícia prende e a justiça solta, como pensa e diz a população leiga neste assunto, que  não é bem assim. Assumir a responsabilidade para si e seus pares de que quem prende e quem solta é a LEI que ela ajuda a fazer com cada um dos seus pares deputados e senadores instalados no congresso nacional.

Repetindo: Se existe um culpado ou culpados, esse os esses culpados são os senadores e deputados federais. Foram eles que criaram essa lei [criam e criarão outras] e não os juízes e desembargadores de justiça.

Os legisladores brasileiros [deputados e senadores] conseguiram introduzir na Constituição Brasileira de 1988 o princípio "da presunção da não-culpabilidade ou presunção da inocência", ou seja, mesmo que existam provas cabais da culpa do réu ele não pode ser preso antes do "trânsito em julgado" que é quando o réu foi declarado pela justiça, com fundamento na LEI, como culpado (ou inocente) e não existem mais chances de recursos no processo e a decretação da prisão poderá finalmente ser expedida.

Mesmo neste caso o réu pode não ir para a cadeia se sua pena for menor que 4 anos, assim decreta a LEI que é feita pelos congressistas.

Desta forma, a frase "A polícia prende e a justiça solta." é falsa; é só mais uma falácia; não é verdade que é a justiça que solta, quem solta é a lei. Assim como quem deve prender é também a Lei.

Professor Negreiros