domingo, 29 de março de 2015

A ESCRAVIDÃO MENTAL

A ILUSÃO PERSISTENTE - ESCRAVIDÃO MENTAL

Por Jean Bispo
Nosso mundo é controlado por forças invisíveis que manipulam a humanidade há cerca de 6000 mil anos. Depois que descobri como o carrocel da matrix funciona, tenho gradualmente me libertado.

A CHACOTA
Mesmo que você não acredite, isso não faz diferença alguma, pois nesse exato momento você está sendo controlado e manipulado, e especialmente para não acreditar nessas palavras, pois o tolo sempre rirá daquilo que desconhece.
A ILUSÃO PERSISTENTE
Você olhar para seu mundo em volta e crer que o que você está vendo é puramente real. No entanto, você está vivendo em uma bolha de ilusão - uma ilusão persistente e projetada com o único objetivo - mantê-lo preso mentalmente, emocionalmente e espiritualmente.
HOLLYWOOD
Hollywood se especializou em projetar na tela tramas intrínsecas sobre o emaranhado jogo da vida. A maioria dos filmes que envolve a Terra estão sempre voltado para catástrofes que abala a estrutura capaz de sustentar a vida humana nesse Planeta. Outro ponto destacado por Hollywood é a questão de controle das massas.
A MÍDIA
A mídia tanto da a forma como molda as opiniões e atitudes das pessoas, e dessa feita, define o que é normal e aceitável dentro da sociedade. Mas o que é a mídia?
MÍDIA - Religião, política, televisão, cinema, rádio, jornais, revistas, livros, gravações musicais, jogos de computador e a Internet. A mídia usa a ciência das Comunicações, que é usada no marketing, nas relações públicas e especialmente na política.
No prefácio da edição de 1958 do livro Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley pinta um retrato bastante sombrio da sociedade. Ele acredita que ela é controlada por uma "força impessoal", uma elite governante que manipula a população usando vários métodos:
"Forças impessoais sobre as quais não temos praticamente controle algum parecem estar nos empurrando na direção do pesadelo do Admirável Mundo Novo; e essa pressão impessoal está sendo conscientemente acelerada por representantes das organizações empresariais e políticas que desenvolveram diversas técnicas novas para manipular, de acordo com o interesse de alguma minoria, os pensamentos e emoções das massas." [Aldous Huxley, prefácio de Admirável Mundo Novo].

Não há nada de paranóico nem teorias de conspiracionistas. São fatos documentados e apresentados em estudos mais importantes do mundo sobre a mídia de massa.
A mídia de massa e a propaganda são, portanto, ferramentas que precisam ser usadas pelo senhores do de destino, para governar o público sem o uso da coerção física. Segundo o pensador Walter Lippmann, um conceito importante, é a "fabricação do consentimento", que é, em resumo, a manipulação da opinião pública a aceitar os planos da elite. Isso acontece porque o público não está qualificado para refletir e tomar suas próprias decisões.
FABRICAÇÃO DO CONSENTIMENTO
"Que a fabricação do consentimento é capaz de grandes refinamentos, acho que ninguém nega. (O processo pelo qual as opiniões do público surgem certamente não é menos intricado do que já foi mostrado nesta página, e as oportunidades para a manipulação aberta são bastante claras para qualquer um que compreenda o processo...) como um resultado da pesquisa psicológica, acoplada com os meios modernos de comunicação, a prática da democracia mudou de rumo. Uma revolução está ocorrendo, infinitamente mais significativa que qualquer mudança de poder econômico... Sob o impacto da propaganda, não necessariamente no significado sinistro da palavra sozinha, as antigas constantes do nosso pensamento se tornaram variáveis. Por exemplo, não é mais possível acreditar no dogma original da democracia; que o conhecimento necessário para o gerenciamento dos assuntos humanos apareça espontaneamente a partir do coração humano. Onde atuamos com base nessa teoria nos expomos ao autoengano e às formas de persuasão que não podemos verificar. Já foi demonstrado que não podemos confiar na intuição, na consciência ou nos acidentes da opinião casual se quisermos lidar com o mundo que está além do nosso alcance."
- Walter Lippmann, Public Opinion; tradução nossa.
O GOVERNO
O inconsciente coletivo se expressa por meio de símbolos similares e figuras mitológicas em diferentes civilizações, o que pode facilmente ser observado na "linha do tempo".
"A manipulação consciente e inteligente dos hábitos organizados e das opiniões das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Aqueles que manipulam esse mecanismo oculto da sociedade constituem um governo invisível que é o verdadeiro poder governante no mundo. Somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos são formados e nossas ideias são sugeridas, em grande parte, por homens sobre os quais nunca ouvimos falar".
- Edward Bernays
Sua religião, suas crenças e as políticas de governos que lhe parecem tão sólidas, foram engenhosamente projetadas para lhe condicionar e governar a sua vida de forma tão sutil, que os escravos lutaram para defender sua escravidão mental....
Continua...
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A ligacão entre o vemprarua e a Stratfor, a "CIA do B"


O que fazia o líder do “Vem pra Rua” na lista da Stratfor, que o Wikileaks vazou em 2012?
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Em fevereiro de 2012 – muito antes que nascesse o “Vem pra Rua” – o nome de Rogério Chequer apareceu na lista de e-mails da empresa de “inteligência global” Statfor, conhecida como “the Shadow CIA”.
A lista foi hackeada dos computadores da empresa  e divulgada peloWikileaks e, é claro, sua autenticidade nunca foi confirmada. O arquivo do Wikileaks onde consta seu nome pode ser baixado do site do Wikileaks aqui.
Chequer, que até então não teria nenhuma razão para ser envolvido em assuntos políticos, está na 13a. linha do arquivo e  aparece identificado com a companhia “cyranony”.
E existe, de fato, uma companhia Cyrano NY, LLC , registrada como “companhia estrangeira” no Estado de Delaware, um paraíso fiscal dentro do  território americano, e assim reconhecido até pela Receita Federal brasileira.
Não é possível saber, por isso, se a empresa tem a algo a ver com Chequerpara ser assim mencionada nos arquivos da Stratfor.
Portanto, de nada o se acusa, embora ele, como figura pública que é, agora, talvez pudesse explicar o que fez desde que seus negócios saíssem de um estado glorioso que tinha como dono de um fundo de investimento nos EUA e viesse, em 2012, ser sócio dos primos numa agência de publicidade especializada em produzir  apresentações de “power point”.
Porque, até 2008, tudo ia de vento em popa para Chequer nos EUA, que lançava novos produtos financeiros e apresentava um categorizado “Advisory Board” de sua Atlas Capital Manegment, que tinha entre os integrantes até um ex-diretor do Banco Central, Luiz Augusto de Oliveira Candiota, que se demitiu do cargo rebatendo denúncias, feitas pela Istoé, de ter uma conta não declarada no exterior.
Mas neste meio tempo, algo aconteceu e não sei se por razões econômicas ou por saudades do Brasil, Chequer se desfez de tudo, inclusive de sua bela mansão de cinco quartos no chique entorno de Nova York, em White Plains, considerado um dos dez melhores lugares para se viver perto da Big Apple.
Repito: ao contrário do que a mídia costuma fazer, aqui não se acusa de nenhuma ilegalidade o sr. Rogério Chequer. Tudo o que está publicado aqui está em documentos públicos, oficiais, na Internet, ao alcance de qualquer cidadão.
Não é transparência o que o “Vem pra Rua” apregoa?

Riqueza dividida institucionalmente com os corruptos

28/3/2015 às 09h55 (Atualizado em 28/3/2015 às 10h17)

Bancos e empresas são alvo da operação Zelotes, que apura desvios de R$ 19 bilhões na Receita

Petrobras também está entre as empresas investigadas

Agência Estado
Polícia Federal e Receita apuram desvios de R$ 19 bilhões Reprodução/PF
Os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pactual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, além da gigante da alimentação BR Foods são investigados por suspeita de negociar ou pagar propina para apagar débitos com a Receita Federal no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Na relação das empresas listadas na operação Zelotes também constam Petrobras, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio.
"Aqui no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) só os pequenos devedores pagam. Os grandes, não", resumiu um ex-conselheiro do Carf, com cargo até 2013, numa conversa interceptada com autorização da Justiça, segundo relato dos investigadores. Procuradas pela reportagem, a maioria das empresas informou não ter conhecimento do assunto.
A fórmula para fazer o débito desaparecer era o pagamento de suborno a integrantes do órgão, espécie de "tribunal" da Receita, para que produzissem pareceres favoráveis aos contribuintes nos julgamentos de recursos dos débitos fiscais ou tomassem providências como pedir vistas de processos.
Leia mais notícias de Brasil no Portal R7
PF apreende R$ 1,25 milhão em espécie na operação Zelotes
Desvios na Operação Zelotes podem superar os da Lava Jato
Empresas dizem não saber de investigação da PF sobre fraude na Receita
O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores. O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão. O banco Safra, que tem dívidas em discussão de R$ 767 milhões, teria sido flagrado negociando o cancelamento dos débitos.
Estão sob suspeita, ainda, processos envolvendo débitos do Bradesco e da Bradesco Seguros no valor de R$ 2,7 bilhões; do Santander (R$ 3,3 bilhões) e do Bank Boston (R$ 106 milhões).
A Petrobras também está entre as empresas investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de R$ 53 milhões são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.
Os casos apurados na Zelotes foram relatados no Carf entre 2005 e 2015. A força-tarefa ainda está na fase de investigação dos fatos. A lista das empresas pode diminuir ou aumentar. Isso não significa uma condenação antecipada. A Camargo Corrêa é suspeita de aderir ao esquema para cancelar ou reduzir débitos fiscais de R$ 668 milhões. Também estão sendo investigados débitos do Banco Pactual e da BR Foods. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As empreiteiras, o PSDB, PT e PMDB

O clube das empreiteiras e a política

DANIEL BRAMATTI | 28/03/15
As empresas investigadas na Operação Lava Jato foram responsáveis, em média, por 40% das doações privadas de recursos para o PT, o PMDB e o PSDB no período de 2007 a 2013

sábado, 28 de março de 2015

“Investimentos” das negociações secretas do Acordo TPP

Capítulo “Investimentos” do Acordo (secreto) da Parceria Trans-Pacífico (TPP)

25/3/2015, WikiLeaks (press-release)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
                     POSTADO POR CASTOR FILHO
WikiLeaks publica hoje (25/3/2015) o Capítulo “Investimentos” das negociações secretas do Acordo TPP (Parceria Trans-Pacífico). O documento se soma às publicações anteriores de WikiLeaks, dos capítulos “Direitos de Propriedade Intelectual” (Intellectual Property Rights, novembro de 2013) e “Ambiente” (janeiro de 2014).
O Capítulo Investimentos do Acordo TPP publicado hoje, é datado de 20/1/2015. O documento é sigiloso, para ser mantido secreto por quatro anos depois de o acordo TPPentrar em vigência ou, no caso de não chegar a haver acordo, por quatro anos depois de encerradas as negociações.
Para Julian Assange, editor de WikiLeaks,
A “Parceria Trans-Pacífico” cria, em segredo, uma corte judicial supranacional, absolutamente sem qualquer obrigação de prestar contas a quem quer que seja, para que empresas multinacionais processem estados. Esse sistema é aberto desafio a soberania parlamentar e judicial das nações. Tribunais semelhantes a esse já conseguiram impedir que se adotassem políticas públicas de proteção adequada ao meio ambiente, para melhoria da saúde e do transporte público em vários países.
Atualmente, permanecem como estados membros que participam das negociações para chegar à Parceria Trans-Pacífico, os EUA, Japão, México, Canadá, Austrália, Malásia, Chile, Cingapura, Peru, Vietnã, Nova Zelândia e Brunei. A Parceria Trans-Pacífico está prevista para ser o maior tratado econômico na história, incluindo países que representam mais de 40% do PIB mundial.
TPP - Países participantes (até hoje)
O capítulo “Investimentos” destaca a intenção dos países que estão discutindo a formação de uma Parceria Trans-Pacífico, liderados pelos EUA, de gerar vastíssimos novos poderes para empresas multinacionais, criando um tribunal supranacional, no qual empresas globais poderão processar estados e obter compensações, a serem pagas com dinheiro dos contribuintes, sempre que alguma ação-desejo dos próprios contribuintes dificultar alguma operação de alguma empresa multinacional, acarretando “perda de lucros futuros esperados”.
Esses tribunais para decidir disputas entre investidores e estados [orig. Investor-state dispute settlement (ISDS) tribunals) estão sendo concebidos para se sobrepor à competência dos sistemas judiciais nacionais. Esses tribunais ISDS introduzem um mecanismo mediante o qual corporações multinacionais podem forçar estados e governos a pagar compensações, caso o tribunal decida que leis ou políticas nacionais, num dado país, afetam “lucros futuros” que a empresa contava receber. Em troca, os estados signatários contam com que as multinacionais investirão sempre mais.
Já existem e foram usados mecanismos semelhantes. Por exemplo, a Phillip Morris, gigante norte-americana do tabaco serviu-se de um tribunal desse tipo para processar a Austrália (Junho de 2011 – em andamento) por o estado australiano ter obrigado a empresa a publicar alertas de risco à saúde pública nas embalagens de cigarros (ing. plain packaging of tobacco products, lit. [obrigação de usar] embalagens feias para cigarros); e a gigante do petróleo, Chevron, contra o estado do Equador, tentando escapar da obrigação de pagar ao Equador uma “compensação” multibilionária, que o país exige da empresa por poluir o meio ambiente. A ameaça-chantagem de novos processos fez parar todo o movimento a favor de leis de proteção ao meio ambiente no Canadá, depois que o país foi processado por empresas fabricantes de pesticidas em 2008/9.
CHEVRON no Equador - Crime Ambiental Impune
Os julgamentos nesses tribunais ISDS são quase sempre secretos, não há mecanismo de apelação contra as “sentenças”, o tribunal declara-se não submetido a leis de proteção a direitos humanos nem ao interesse público e os meios pelos quais as partes “processadas” podem manifestar-se são muito restritos.
A negociações do TPP vêm sendo feitas, em segredo, há cinco anos; agora, estão chegando aos estágios finais. Nos EUA, o governo Obama planeja fazer avançar com rapidez a tramitação no Congresso, dado que deputados e senadores não poderão discutir ou votar medidas isoladas. Essa atitude vem encontrando crescente oposição, resultado de a opinião pública estar sendo afinal mais bem informada graças aos documentos divulgados por WikiLeaks sobre também outras etapas dessa negociação.
Esse acordo Trans-Pacífico, discutido também secretamente, é o primeiro que virá na sequência, entre EUA e a União Europeia – a Parceria Trans-Atlântico, para Comércio e Investimento [orig. (Transatlantic Trade and Investment Partnership, TTIP).
As negociações para a Parceria Trans-Atlântico foram iniciadas pelo governo Obama em janeiro de 2013. Combinados, os dois acordos, Trans-Pacífico (TPP) e Trans-Atlântico (TTIP) cobrirão mais de 60% do PIB global.
TPP - WikiLeaks
O terceiro tratado desse mesmo tipo, também negociado em segredo, é o Trade in Services Agreement (TiSA), sobre comércio de serviços, incluindo os setores financeiro e de saúde. Cobre 50 países, inclusive EUA e todos os países da União Europeia. WikiLeaks publicou um rascunho secreto do anexo financeiro do TiSA, em junho de 2014.
Todos esses acordos/tratados ditos “de livre comércio” são negociados à margem da Organização Mundial do Comércio. Muito sintomaticamente, estão excluídos desses tratados o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, países BRICs.

A PETROBRAS E OS ENTREGUISTAS


Imprensa tucana (até no exterior!)

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FHC: fomos surpreendidos novamente!
O constrangedor episódio em que a sucursal brasileira da agência de notícias britânica Reutersdeixou escapar, no meio de um texto publicado na internet, um recado do editor para alguém, consultando se uma informação desfavorável a Fernando Henrique Cardoso deveria ser suprimida(veja reprodução do texto publicado no fim desse post), confirmou aquilo que todos - pelo menos todos os jornalistas - já sabiam: o dedo do PSDB pesa na pauta, no conteúdo e na edição final do que é produzido por muitos meios de comunicação. Não, não é delírio de petista, mania de perseguição ou teoria da conspiração. Pra começar, o dito texto é uma entrevista com o citado morto-vivo FHC, que nada influi na política nacional (e nem mesmo em seu partido) desde que saiu da presidência da República para o lixo da História - e a publicação de (dispensáveis e inúteis) declarações suas na imprensa corrobora a influência tucana sobre a mídia. Segundo, a tal entrevista foi feita por Brian Winter, coautor de um livro exatamente com o entrevistado (!). E, por fim, o vazamento do comentário, que dá ideia do nível de vassalagem de nossa mídia ao PSDB e que atinge até (financeiramente?) uma sucursal de agência estrangeira. Delírio? Paranoia? Mistificação?

Goebbels: 'mentor' da mídia tucana
Com 21 anos de profissão, ao bater o olho no recado esquecido no meio da entrevista ("Podemos tirar, se achar melhor"), referindo-se a possível e "apropriado" corte da informação de que "o esquema de pagamento de propinas na Petrobras começou em 1997, no governo tucano [de FHC]", me pareceu um caso clássico de "acordo" em matéria "encomendada". Comecemos assim: um veículo de comunicação toma a iniciativa ou é pautado por "instâncias superiores" (PSDB?) a publicar textos/reportagens/entrevistas/notícias/notinhas maldosas/entrevistas insinuando que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (provável e temido candidato em 2018) é o principal responsável pela roubalheira na Petrobras. A ordem é bater nessa tecla diariamente, por meses (ou anos) a fio, até que se concretize a máxima de Joseph Goebbels, ministro da propaganda no regime nazista de Adolph Hitler, de que "uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade". Para estrear a série, fica acertada uma entrevista com FHC - até porque, inativo e pouco lembrado em seu ostracismo eterno, ele está sempre a postos e disponível para se prestar a esse tipo de coisa (disparar acusações sem provas). Mas há condições pré-combinadas num "negócio" desses.

Livro de Winter, 'submetido' a FHC
Uma delas é a escolha, a dedo, do entrevistador. Nada mais garantido, amigável e confortável do que um jornalista que escreveu, em coautoria com FHC, um (obviamente favorável!) livro sobre as memórias do ex-presidente tucano. Aliás, o método de produção dessa obra nos remete diretamente ao episódio grotesco do recado que escapou na edição da Reuters(o grifo é meu): "O autor da versão original, Brian Winter, entrevistou, pesquisou e submeteu o texto a Fernando Henrique" - de acordo com revelador texto de David Hulak, da Revista Será, que tem o mais do que sugestivo slogan "Penso, logo duvido". Então retornemos ao que eu disse sobre "acordo" em matéria "encomendada". É simples: você ouve o "cliente", digo, o entrevistado, e se compromete a só publicar o texto depois que ele leia a versão editada, ordene alterações ou não, e autorize a publicação. Nas redações, num código informal entre os profissionais, isso é totalmente proibido e, caso aconteça e seja flagrado, geralmente causa a demissão do jornalista. Porém, se os proprietários do veículo de comunicação têm interesse no "negócio" e autorizam tal "acordo" (tucanamente falando), resta apenas aos subordinados o cumprimento das ordens. Mas sem vazar recadinhos, de preferência!

PSDB manda e desmanda na mídia
A empresa britância tentou justificar dizendo que a frase, "publicada acidentalmente", é uma "pergunta" de um dos editores do serviço brasileiro da agência "ao jornalista que escreveu a versão original da matéria em inglês". Não convence ninguém - pelo menos entre os que têm décadas de experiência em redações. Porém, mesmo aceitando essa desculpa, o procedimento continua sendo aviltante e injustificável. Porque a consulta (seja lá de quem pra quem) é se uma informação negativa e comprometedora contra FHC e o PSDB deve ser suprimida da versão publicada para o leitor. E, não por acaso, a única informação ruim contra os tucanos num texto que detona o Lula e o PT pela mesmíssima denúncia da Petrobras. Agora, pra encerrar, deixo minha opinião: o tom do recado, com o verbo no plural ("Podemos tirar"), e com o destinatário no singular ("se [você] achar melhor"), me sugere fortemente que os editores finais do "trabalho sujo", digo, da entrevista, estavam cumprindo o acordo de submeter o texto ao "cliente" - FHC ou alguém do PSDB incumbido de resolver o assunto. Assim como Brian Winter, como observei no parágrafo acima, "submeteu o texto [do livro sobre FHC] a Fernando Henique". A gafe da Reuters taí, pra que não restem quaisquer dúvidas.

Mas, como diria Rita Lee, "quando a gente fala mal/ a turma toda cai de pau/ dizendo que esse papo é besteira". No que Raul Seixas complementaria: "eu não preciso ler jornais/ mentir sozinho sou capaz/ não quero ir de encontro ao azar". Nem eu!

P.S.: Antes que alguém me acuse de "paranoia, delírio e mistificação", adianto que as imagens acima não foram publicadas à direita por acaso, nem por mera coincidência.


A 'prova do crime': editores consultam alguém (FHC? PSDB?) sobre informação negativa e comprometedora

Quanto Custa o Brasil pra Você?

Cy de Aquino

Compartilhada publicamente18:35
Quanto Custa o Brasil pra Você? - Campanha Justiça Fiscal 2012 - Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional. Participe do abaixo-assinado pela Reforma Tributária.

Professor foge do simplismo para discorrer sobre corrupção

Doutor em Ciência Política fala, ao vivo, na Globo, o que a emissora não queria ouvir

Professor foge do simplismo para discorrer sobre corrupção e manifestações, ao vivo, na Rede Globo. Ao dispensar o script da moralidade seletiva e tratar os meandros da política profissional com racionalidade, Vitor Amorim incomodou a emissora

Casos de convidados da Rede Globo que fogem do script da emissora para tratar de temas delicados não são comuns – previamente selecionados, os convidados, normalmente, reforçam os posicionamentos da maior rede de TV da América Latina. O mais recente caso de fuga de script aconteceu no Bom Dia ES, programa de afiliada da Globo no Espírito Santo exibido pela manhã [vídeo acima].
O professor Vitor Amorim de Angelo foi confrontado, ao vivo, com temas que envolviam desde a corrupção na Petrobras até as manifestações do último dia 15/03. Abriu mão do simplismo e teve a ousadia de discordar de Míriam Leitão – jornalista referência na emissora – quando questionado sobre a possível participação de eleitores de Dilma nos protestos pró-impeachment.

Corrupção

“A corrupção é um problema complexo e, como tal, merece ser tratada com complexidade […] atinge todas as esferas do poder: Executivo, Legislativo, setor público e setor privado”, disse Vitor, causando algum desconforto em um apresentador que carregava consigo a missão de reforçar maniqueísmos políticos e responsabilizar um único partido por tudo de ruim que há no Brasil.
O acadêmico destacou ainda a importância das manifestações populares, mas mandou um recado para aqueles que nutrem uma sanha golpista: “A democracia é um regime de confiança, não de adesão. Portanto, não é uma opção aderir ou não ao resultado. Você faz parte desse sistema político no qual ela é presidente. O inverso também é verdadeiro: você venceu, mas não pode deixar de governar para aqueles que não te elegeram”.
Ao dispensar o script da moralidade seletiva e tratar os meandros da política profissional com racionalidade, Vitor Amorim incomodou a Rede Globo.
*Vitor Amorim de Angelo é professor de Sociologia, formado em História, com mestrado e doutorado em Ciência Política, membro do Laboratório de Estudos de História Política e das Ideias, com passagem pelo Centre d’Histoire do Institut d’Études Politiques de Paris(SciencesPo) e pesquisador do Institut des Sciences Sociales du Politique da Université de Paris Ouest-Nanterre La Défense.
Pragmatismo Político
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Pobre o país cujos filósofos mais conhecidos são Pondé e Olavo de Carvalho

Pobre o país cujos filósofos são Pondé e Olavo de Carvalho



Postado em 27 out 2013
Nosso filósofo
Nosso filósofo
Pobre o país cujos filósofos mais conhecidos são Pondé e Olavo de Carvalho.  Não peço Sêneca, não peço Montaigne, não peço Zenão.
Mas Carvalho e Pondé?
Um leitor reclamou de Pondé, vi no Twitter da Folha esta manhã. Fui verificar. Ele se queixava de uma frase de Pondé que dizia o seguinte, mais ou menos: “Os Estados Unidos são a melhor democracia do mundo e ninguém vai para as ruas protestar.”
Não vou discutir a idolatria de Pondé pelos Estados Unidos. Mas, como estranhou o leitor, não existem protestos lá?
Como os negros conquistaram direitos? Sentados nos cantos nos quais eram discriminados? Como a sociedade exigiu o fim da Guerra do Vietnã: vendo televisão e comendo pipoca?
E agora: o que foi o movimento Ocupe Wall Street?
Fui ler o texto de Pondé. Se entendi bem, havia lá uma tese segundo a qual a Revolução Francesa foi um equívoco da história.
Bem, este é nosso filósofo. Danton, Robespierre simplesmente são ilusões de ótica. No mundo ideal, estaríamos sob o Luís 150 na França.
Não existe maior demonstração de conservadorismo do que repudiar protestos. São eles que movem o mundo e reequilibram situações de enorme disparidade e injustiça.
Nada, rigorosamente nada, cai no colo de quem está por baixo. Ou, já que falamos dos OWS, dos 99%. Nos Estados Unidos mesmo, os debates sobre a iniquidade só ganharam a agenda nacional depois do OWS. Obama se reelegeu, mesmo com a economia em pedaços, porque usou a questão da desigualdade contra Mitt Romney, seu adversário.
Romney foi flagrado dizendo a portas fechadas que não se importava com os “47%” mais pobres entre os americanos. A campanha de Obama martelou essa fala de Romney nos americanos.
Pondé acha que é “moderno” ao repetir lugares comuns do thatcherismo e do reaganismo, mas não existe nada mais obsoleto e mais fracassado historicamente do que a doutrina de Thatcher e de Reagan.
Pondé quer parecer Paulo Francis com isso. Mas tudo que ele consegue é ser um cruzamento bizarro de Olavo de Carvalho e Rodrigo Constantino.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.