terça-feira, 31 de março de 2015

OS TRÊS PRESIDENTES QUE DE FATO ESTAO GOVERNANDO

Temer, Cunha e Renan: a nova junta governativa

Eles são o terror e o grande trunfo de Dilma. Veja por quê

Numa das fases mais obscuras da ditadura militar que infernizou o Brasil entre 1964 e 1985, o país foi governado por uma junta militar, integrada pelos comandantes de cada uma das três Forças Armadas.
No Brasil mais ou menos democrático de hoje (porque eta democracia de baixa qualidade, sô!), estamos sob a batuta de outro trio: Temer, Cunha e Renan. Eles são um grande problema para Dilma. Mas também são seu maior trunfo. No vídeo, a gente explica.


Páscoa para o Capitalismo

O significado da Páscoa para o Capitalismo



Carlos Antonio Fragoso Guimarães

Tanto quanto o Papai Noel, estranho personagem popularizado pela Coca-Cola e encampado pelo "mercado" que tanto fez para encobrir o significado do Natal, também a Páscoa há muito deixou de ter qualquer sentido de reflexão espiritual.

Deixou de ser um momento de reflexão/meditação sobre o significado de uma vida exemplar e do sacrifício por uma idéia, por uma visão de humanidade, para uma esperança de vida, para se tornar puramente festa (para supermercados, agências de viagens e lojas) comercial... Então, dentro do espírito do capitalismo (tão associado com a ética calvinista que tanta influencia exerce nas seitas midiáticas pentecostais e mercantis de hoje), nada melhor que retirar o sentido espiritual em prol de um comercial... Mais uma tática mercadológica dentre tantas outras...

E um Coelho aparece "pondo ovos", que na verdade é uma imbecilização mercadológica, já que são comprados a preços absurdos (pelos que podem) para ajudar no aumento do colesterol, assim como os vinhos importados vendidos no período podem igualmente ajudar nosso trânsito tão harmonioso... E onde fica Cristo? Bem, não se deve pensar nele nem nesta época, e melhor ainda se não se pensar sempre... vai que pensar e refletir em seu exemplo humano e espiritual faça questionar a febre de consumo vazio, não é verdade?

desmonte o ódio social

Como desmontar ódio social?

30/03/2015

Estamos constatando que vigora atualmente muito ódio e raiva na sociedade, seja pela situação particular de corrupção  no Brasil, seja  pela situação geral de insatisfação que perpassa a humanidade, mergulhada numa profunda crise civilizacional, sem que ninguém nos passa dizer como seria a sua superação e para onde este voo cego nos poderia conduzir. O inconsciente coletivo detecta este mal-estar como já antes Freud o descrevera em seu famoso texto O mal estar na cultura (1929-1930) e que, de alguma forma, previa os sinais de uma nova guerra mundial.

O nosso mal-estar é singular e se deriva das várias vitórias do PT com suas políticas de inclusão social que beneficiaram 36 milhões de pessoas e elevaram 44 milhões à classe média. Os privilegiados históricos, a classe alta e também a classe média se assustaram com um pouco de igualdade conseguida por aqueles que estavam fora. O fato é que, por um lado vigora uma concentração espantosa de renda e, por outro, uma desigualdade social que se conta entre as maiores do mundo. Essa desigualdade, segundo Marcio Pochmann no segundo volume de seu Atlas da Exclusão social no Brasil (Cortez 2014) diminuiu significativamente nos últimos dez anos mas é ainda muito profunda, fator permanente de desestabilização social.

Como notou bem o economista e bom analista social, do partido do PSDB, Luiz Carlos Bresser Pereira, o que foi assumido em sua coluna dominical ((8/3) por Verissimo, tal fato “fez surgir um fenômeno nunca visto antes no Brasil, um ódio coletivo da classe alta, dos ricos a um partido e a um presidente; não é preocupação ou medo; é ódio…; a luta de classes voltou com força; não por parte dos trabalhadores, mas por parte da burguesia insatisfeita”.

Estimo correta esta interpretação que corrobora o que escrevi neste espaço com dois artigos”O que se esconde atrás do ódio ao PT”. É a emergência de milhões que eram os zeros econômicos e que começaram ganhar dignidade e espaços de participação social, ocupando os lugares antes exclusivos das classes beneficiadas. Isso provocou raiva e ódio aos pobres, aos nordestinos, aos negros e aos membros da nova “classe média”.

O problema agora é como desmontar este ódio? Uma sociedade que deixa esse espírito se alastrar, destrói os laços mínimos de convivência sem os quais ela não se sustenta. Corre o risco de romper o ritmo democrático e instaurar a violência social. Depois das amargas experiências que tivemos de autoritarismo e da penosa conquista da democracia, devemos, por todos os modos, evitar as condições que tornem o caminho da violência incontrolável ou até irreversível.

Em primeiro lugar, na linha sábia de Bresser Pereira, faz-se urgente um novo pacto social que vá além daquele criado pela constituição de 1988, pacto que reuna empresários, trabalhadores, movimentos sociais, meios de comunicação, partidos e intelectuais que distribua melhor os onus da superação da atual crise nacional (que é global) e que, claramente convoque os rentistas e os grandes ricos, geralmente articulados com os capitais transnacionais a darem a sua contribuição. Eles também devem ser um Simão Cireneu que ajudou o Mestre a carregar a cruz.

Deve-se mudar não apenas a música mas também a letra. Em outras palavras, importa pensar mais no Brasil como nação e menos nos partidos. Estes devem dar centralidade ao bem geral e unir forças ao redor de alguns valores e princípios fundamentais, buscando convergências na diversidade, em função de um projeto-Brasil viável e que torne menos perversa a desigualdade, outro nome, para a injustiça social.

Estimo que amadurecemos para esta estratégia do ganha-ganha coletivo e que seremos capazes de evitar o pior e assim não gastar tempo histórico que nos faria ainda mais retardatários face ao processo global de desenvolvimento social e humano na fase planetária da humanidade.

Em segundo lugar, creio na força transformadora do amor como vem expresso na Oração de São Francisco:”onde houver ódio que eu leve o amor”. O amor aqui é mais que um afeto subjetivo; ele ganha uma feição coletiva e social: o amor a uma causa comum, amor ao povo como um todo, especialmente, àqueles mais penalizados pela vida, amor à nação (precisamos de um sadio nacionalismo), amor como capacidade de escutar as razões do outro, como abertura ao diálogo e à troca.

Se não encontrarmos nem escutarmos o outro, como vamos saber o que pensa e pretende fazer? Então começamos a imaginar e a projetar visões distorciadas, alimentar preconceitos e destruimos as pontes possíveis que ligam as margens.

Precisamos dar mais espaço à nossa “cordialidade” poisitiva (pois há também a negativa) que nos permite sermos mais generosos, capazes de olhar para frente e para cima e deixar para trás o que ficou para trás e não deixar que o ressentimento alimente a raiva, a raiva o ódio e o ódio, a violência que destrói a convivência e sacrifica vidas.

As igrejas, os caminhos espirituais, os grupos de reflexão e ação, oz partidos especialmente a midia e todas as pessoas de boa-vontade podem colaborar no desmonte desta carga negativa. E contamos para isso com a força integradora dos contrários que é o Espírito Criador que perpassa a história e a vida pessoal de cada um.

Leonardo Boff escreveu: A oração de São Francisco: uma mensagem de paz para o mundo atual, Vozes 2013.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Por que a Folha criticou a maneira amiga como a Justiça trata o PSDB?

Paulo Nogueira: Por que a Folha criticou a maneira amiga como a Justiça trata o PSDB?

O marketing em primeiro lugar
O marketing em primeiro lugar
Ora, e então vemos um alvoroço na internet com um editorial em que a Folha admite que a Justiça favorece o PSDB.
A razão do editorial foi o completo abandono do chamado Mensalão Tucano.
Bonito isso.
Agora, para ficar completo, só falta a Folha fazer um segundo editorial em que denuncie a proteção, pela mídia, do PSDB.

Ambas as proteções, a jurídica e a jornalística, caminham alegremente de mãos dadas, e servem para que milhões de analfabetos políticos sejam manipulados e acreditem que a corrupção é monopólio do PT.
Servem, também, para desviar o foco da sociedade. Nosso maior problema, uma real tragédia, é a desigualdade social, e a mídia e a Justiça se combinam para que ingênuos sejam levados a crer que o mal maior é a corrupção.
A mídia favorece o PSDB de diferentes formas.
A Veja é descarada, escandalosa, despudorada. É aquela marafona que anda pelas ruas com um cartaz no qual anuncia seu preço e condições.
Não pretende enganar ninguém.
A Globo é a marafona que faz algum esforço para disfarçar a sua atividade, e às vezes chega mesmo a vestir roupa de colegial, mas que mesmo assim deixa claro seu ofício e suas intenções.
Quer enganar, mas não engana ninguém.
A Folha é a marafona que se faz de virtuosa. Chega a dar lições de moral.
É, talvez, o pior tipo. Pois acrescenta hipocrisia ao vício.
Leva na bolsinha nomes como Josias de Sousa, Reinaldo Azevedo, Pondé, Ferreira Gullar, Demétrio Magnolli e editores capazes de dar uma manchete errada com Dirceu e repará-la, aspas, com uma nota de rodapé num espaço que ninguém lê.
De vez em quando, a Folha faz um editorial como este em que critica um antigo descalabro brasileiro – o caráter partidário da Justiça, algo que mina a crença da sociedade nos bons propósitos dos senhores magistrados.
Virou uma coisa tão indecente que já nem causa surpresa descobrir nas redes sociais juízes fazendo, ostensivamente, agressivas campanhas políticas antipetistas.
A Folha, eu dizia, de tempos em tempos, faz um editorial daqueles.
Mas apenas para que possa continuar a usar o marketing que diz que o jornal “não tem rabo preso com ninguém”, e por nenhuma outra razão que mereça algum tipo de elogio.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

domingo, 29 de março de 2015

A ESCRAVIDÃO MENTAL

A ILUSÃO PERSISTENTE - ESCRAVIDÃO MENTAL

Por Jean Bispo
Nosso mundo é controlado por forças invisíveis que manipulam a humanidade há cerca de 6000 mil anos. Depois que descobri como o carrocel da matrix funciona, tenho gradualmente me libertado.

A CHACOTA
Mesmo que você não acredite, isso não faz diferença alguma, pois nesse exato momento você está sendo controlado e manipulado, e especialmente para não acreditar nessas palavras, pois o tolo sempre rirá daquilo que desconhece.
A ILUSÃO PERSISTENTE
Você olhar para seu mundo em volta e crer que o que você está vendo é puramente real. No entanto, você está vivendo em uma bolha de ilusão - uma ilusão persistente e projetada com o único objetivo - mantê-lo preso mentalmente, emocionalmente e espiritualmente.
HOLLYWOOD
Hollywood se especializou em projetar na tela tramas intrínsecas sobre o emaranhado jogo da vida. A maioria dos filmes que envolve a Terra estão sempre voltado para catástrofes que abala a estrutura capaz de sustentar a vida humana nesse Planeta. Outro ponto destacado por Hollywood é a questão de controle das massas.
A MÍDIA
A mídia tanto da a forma como molda as opiniões e atitudes das pessoas, e dessa feita, define o que é normal e aceitável dentro da sociedade. Mas o que é a mídia?
MÍDIA - Religião, política, televisão, cinema, rádio, jornais, revistas, livros, gravações musicais, jogos de computador e a Internet. A mídia usa a ciência das Comunicações, que é usada no marketing, nas relações públicas e especialmente na política.
No prefácio da edição de 1958 do livro Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley pinta um retrato bastante sombrio da sociedade. Ele acredita que ela é controlada por uma "força impessoal", uma elite governante que manipula a população usando vários métodos:
"Forças impessoais sobre as quais não temos praticamente controle algum parecem estar nos empurrando na direção do pesadelo do Admirável Mundo Novo; e essa pressão impessoal está sendo conscientemente acelerada por representantes das organizações empresariais e políticas que desenvolveram diversas técnicas novas para manipular, de acordo com o interesse de alguma minoria, os pensamentos e emoções das massas." [Aldous Huxley, prefácio de Admirável Mundo Novo].

Não há nada de paranóico nem teorias de conspiracionistas. São fatos documentados e apresentados em estudos mais importantes do mundo sobre a mídia de massa.
A mídia de massa e a propaganda são, portanto, ferramentas que precisam ser usadas pelo senhores do de destino, para governar o público sem o uso da coerção física. Segundo o pensador Walter Lippmann, um conceito importante, é a "fabricação do consentimento", que é, em resumo, a manipulação da opinião pública a aceitar os planos da elite. Isso acontece porque o público não está qualificado para refletir e tomar suas próprias decisões.
FABRICAÇÃO DO CONSENTIMENTO
"Que a fabricação do consentimento é capaz de grandes refinamentos, acho que ninguém nega. (O processo pelo qual as opiniões do público surgem certamente não é menos intricado do que já foi mostrado nesta página, e as oportunidades para a manipulação aberta são bastante claras para qualquer um que compreenda o processo...) como um resultado da pesquisa psicológica, acoplada com os meios modernos de comunicação, a prática da democracia mudou de rumo. Uma revolução está ocorrendo, infinitamente mais significativa que qualquer mudança de poder econômico... Sob o impacto da propaganda, não necessariamente no significado sinistro da palavra sozinha, as antigas constantes do nosso pensamento se tornaram variáveis. Por exemplo, não é mais possível acreditar no dogma original da democracia; que o conhecimento necessário para o gerenciamento dos assuntos humanos apareça espontaneamente a partir do coração humano. Onde atuamos com base nessa teoria nos expomos ao autoengano e às formas de persuasão que não podemos verificar. Já foi demonstrado que não podemos confiar na intuição, na consciência ou nos acidentes da opinião casual se quisermos lidar com o mundo que está além do nosso alcance."
- Walter Lippmann, Public Opinion; tradução nossa.
O GOVERNO
O inconsciente coletivo se expressa por meio de símbolos similares e figuras mitológicas em diferentes civilizações, o que pode facilmente ser observado na "linha do tempo".
"A manipulação consciente e inteligente dos hábitos organizados e das opiniões das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Aqueles que manipulam esse mecanismo oculto da sociedade constituem um governo invisível que é o verdadeiro poder governante no mundo. Somos governados, nossas mentes são moldadas, nossos gostos são formados e nossas ideias são sugeridas, em grande parte, por homens sobre os quais nunca ouvimos falar".
- Edward Bernays
Sua religião, suas crenças e as políticas de governos que lhe parecem tão sólidas, foram engenhosamente projetadas para lhe condicionar e governar a sua vida de forma tão sutil, que os escravos lutaram para defender sua escravidão mental....
Continua...
https://www.facebook.com/jeanbispoPorqueAvidaPodeSerLEVE

A ligacão entre o vemprarua e a Stratfor, a "CIA do B"


O que fazia o líder do “Vem pra Rua” na lista da Stratfor, que o Wikileaks vazou em 2012?
Por Fernando Brito, editor do Tijolaço
Em fevereiro de 2012 – muito antes que nascesse o “Vem pra Rua” – o nome de Rogério Chequer apareceu na lista de e-mails da empresa de “inteligência global” Statfor, conhecida como “the Shadow CIA”.
A lista foi hackeada dos computadores da empresa  e divulgada peloWikileaks e, é claro, sua autenticidade nunca foi confirmada. O arquivo do Wikileaks onde consta seu nome pode ser baixado do site do Wikileaks aqui.
Chequer, que até então não teria nenhuma razão para ser envolvido em assuntos políticos, está na 13a. linha do arquivo e  aparece identificado com a companhia “cyranony”.
E existe, de fato, uma companhia Cyrano NY, LLC , registrada como “companhia estrangeira” no Estado de Delaware, um paraíso fiscal dentro do  território americano, e assim reconhecido até pela Receita Federal brasileira.
Não é possível saber, por isso, se a empresa tem a algo a ver com Chequerpara ser assim mencionada nos arquivos da Stratfor.
Portanto, de nada o se acusa, embora ele, como figura pública que é, agora, talvez pudesse explicar o que fez desde que seus negócios saíssem de um estado glorioso que tinha como dono de um fundo de investimento nos EUA e viesse, em 2012, ser sócio dos primos numa agência de publicidade especializada em produzir  apresentações de “power point”.
Porque, até 2008, tudo ia de vento em popa para Chequer nos EUA, que lançava novos produtos financeiros e apresentava um categorizado “Advisory Board” de sua Atlas Capital Manegment, que tinha entre os integrantes até um ex-diretor do Banco Central, Luiz Augusto de Oliveira Candiota, que se demitiu do cargo rebatendo denúncias, feitas pela Istoé, de ter uma conta não declarada no exterior.
Mas neste meio tempo, algo aconteceu e não sei se por razões econômicas ou por saudades do Brasil, Chequer se desfez de tudo, inclusive de sua bela mansão de cinco quartos no chique entorno de Nova York, em White Plains, considerado um dos dez melhores lugares para se viver perto da Big Apple.
Repito: ao contrário do que a mídia costuma fazer, aqui não se acusa de nenhuma ilegalidade o sr. Rogério Chequer. Tudo o que está publicado aqui está em documentos públicos, oficiais, na Internet, ao alcance de qualquer cidadão.
Não é transparência o que o “Vem pra Rua” apregoa?

Riqueza dividida institucionalmente com os corruptos

28/3/2015 às 09h55 (Atualizado em 28/3/2015 às 10h17)

Bancos e empresas são alvo da operação Zelotes, que apura desvios de R$ 19 bilhões na Receita

Petrobras também está entre as empresas investigadas

Agência Estado
Polícia Federal e Receita apuram desvios de R$ 19 bilhões Reprodução/PF
Os bancos Bradesco, Santander, Safra, Pactual e Bank Boston, as montadoras Ford e Mitsubishi, além da gigante da alimentação BR Foods são investigados por suspeita de negociar ou pagar propina para apagar débitos com a Receita Federal no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). Na relação das empresas listadas na operação Zelotes também constam Petrobras, Camargo Corrêa e a Light, distribuidora de energia do Rio.
"Aqui no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) só os pequenos devedores pagam. Os grandes, não", resumiu um ex-conselheiro do Carf, com cargo até 2013, numa conversa interceptada com autorização da Justiça, segundo relato dos investigadores. Procuradas pela reportagem, a maioria das empresas informou não ter conhecimento do assunto.
A fórmula para fazer o débito desaparecer era o pagamento de suborno a integrantes do órgão, espécie de "tribunal" da Receita, para que produzissem pareceres favoráveis aos contribuintes nos julgamentos de recursos dos débitos fiscais ou tomassem providências como pedir vistas de processos.
Leia mais notícias de Brasil no Portal R7
PF apreende R$ 1,25 milhão em espécie na operação Zelotes
Desvios na Operação Zelotes podem superar os da Lava Jato
Empresas dizem não saber de investigação da PF sobre fraude na Receita
O grupo de comunicação RBS é suspeito de pagar R$ 15 milhões para obter redução de débito fiscal de cerca de R$ 150 milhões. No total, as investigações se concentram sobre débitos da RBS que somam R$ 672 milhões, segundo investigadores. O grupo Gerdau também é investigado pela suposta tentativa de anular débitos que chegam a R$ 1,2 bilhão. O banco Safra, que tem dívidas em discussão de R$ 767 milhões, teria sido flagrado negociando o cancelamento dos débitos.
Estão sob suspeita, ainda, processos envolvendo débitos do Bradesco e da Bradesco Seguros no valor de R$ 2,7 bilhões; do Santander (R$ 3,3 bilhões) e do Bank Boston (R$ 106 milhões).
A Petrobras também está entre as empresas investigadas. Processos envolvendo dívidas tributárias de R$ 53 milhões são alvo do pente-fino, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e as corregedorias da Receita Federal e do Ministério da Fazenda.
Os casos apurados na Zelotes foram relatados no Carf entre 2005 e 2015. A força-tarefa ainda está na fase de investigação dos fatos. A lista das empresas pode diminuir ou aumentar. Isso não significa uma condenação antecipada. A Camargo Corrêa é suspeita de aderir ao esquema para cancelar ou reduzir débitos fiscais de R$ 668 milhões. Também estão sendo investigados débitos do Banco Pactual e da BR Foods. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As empreiteiras, o PSDB, PT e PMDB

O clube das empreiteiras e a política

DANIEL BRAMATTI | 28/03/15
As empresas investigadas na Operação Lava Jato foram responsáveis, em média, por 40% das doações privadas de recursos para o PT, o PMDB e o PSDB no período de 2007 a 2013

sábado, 28 de março de 2015

“Investimentos” das negociações secretas do Acordo TPP

Capítulo “Investimentos” do Acordo (secreto) da Parceria Trans-Pacífico (TPP)

25/3/2015, WikiLeaks (press-release)
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
                     POSTADO POR CASTOR FILHO
WikiLeaks publica hoje (25/3/2015) o Capítulo “Investimentos” das negociações secretas do Acordo TPP (Parceria Trans-Pacífico). O documento se soma às publicações anteriores de WikiLeaks, dos capítulos “Direitos de Propriedade Intelectual” (Intellectual Property Rights, novembro de 2013) e “Ambiente” (janeiro de 2014).
O Capítulo Investimentos do Acordo TPP publicado hoje, é datado de 20/1/2015. O documento é sigiloso, para ser mantido secreto por quatro anos depois de o acordo TPPentrar em vigência ou, no caso de não chegar a haver acordo, por quatro anos depois de encerradas as negociações.
Para Julian Assange, editor de WikiLeaks,
A “Parceria Trans-Pacífico” cria, em segredo, uma corte judicial supranacional, absolutamente sem qualquer obrigação de prestar contas a quem quer que seja, para que empresas multinacionais processem estados. Esse sistema é aberto desafio a soberania parlamentar e judicial das nações. Tribunais semelhantes a esse já conseguiram impedir que se adotassem políticas públicas de proteção adequada ao meio ambiente, para melhoria da saúde e do transporte público em vários países.
Atualmente, permanecem como estados membros que participam das negociações para chegar à Parceria Trans-Pacífico, os EUA, Japão, México, Canadá, Austrália, Malásia, Chile, Cingapura, Peru, Vietnã, Nova Zelândia e Brunei. A Parceria Trans-Pacífico está prevista para ser o maior tratado econômico na história, incluindo países que representam mais de 40% do PIB mundial.
TPP - Países participantes (até hoje)
O capítulo “Investimentos” destaca a intenção dos países que estão discutindo a formação de uma Parceria Trans-Pacífico, liderados pelos EUA, de gerar vastíssimos novos poderes para empresas multinacionais, criando um tribunal supranacional, no qual empresas globais poderão processar estados e obter compensações, a serem pagas com dinheiro dos contribuintes, sempre que alguma ação-desejo dos próprios contribuintes dificultar alguma operação de alguma empresa multinacional, acarretando “perda de lucros futuros esperados”.
Esses tribunais para decidir disputas entre investidores e estados [orig. Investor-state dispute settlement (ISDS) tribunals) estão sendo concebidos para se sobrepor à competência dos sistemas judiciais nacionais. Esses tribunais ISDS introduzem um mecanismo mediante o qual corporações multinacionais podem forçar estados e governos a pagar compensações, caso o tribunal decida que leis ou políticas nacionais, num dado país, afetam “lucros futuros” que a empresa contava receber. Em troca, os estados signatários contam com que as multinacionais investirão sempre mais.
Já existem e foram usados mecanismos semelhantes. Por exemplo, a Phillip Morris, gigante norte-americana do tabaco serviu-se de um tribunal desse tipo para processar a Austrália (Junho de 2011 – em andamento) por o estado australiano ter obrigado a empresa a publicar alertas de risco à saúde pública nas embalagens de cigarros (ing. plain packaging of tobacco products, lit. [obrigação de usar] embalagens feias para cigarros); e a gigante do petróleo, Chevron, contra o estado do Equador, tentando escapar da obrigação de pagar ao Equador uma “compensação” multibilionária, que o país exige da empresa por poluir o meio ambiente. A ameaça-chantagem de novos processos fez parar todo o movimento a favor de leis de proteção ao meio ambiente no Canadá, depois que o país foi processado por empresas fabricantes de pesticidas em 2008/9.
CHEVRON no Equador - Crime Ambiental Impune
Os julgamentos nesses tribunais ISDS são quase sempre secretos, não há mecanismo de apelação contra as “sentenças”, o tribunal declara-se não submetido a leis de proteção a direitos humanos nem ao interesse público e os meios pelos quais as partes “processadas” podem manifestar-se são muito restritos.
A negociações do TPP vêm sendo feitas, em segredo, há cinco anos; agora, estão chegando aos estágios finais. Nos EUA, o governo Obama planeja fazer avançar com rapidez a tramitação no Congresso, dado que deputados e senadores não poderão discutir ou votar medidas isoladas. Essa atitude vem encontrando crescente oposição, resultado de a opinião pública estar sendo afinal mais bem informada graças aos documentos divulgados por WikiLeaks sobre também outras etapas dessa negociação.
Esse acordo Trans-Pacífico, discutido também secretamente, é o primeiro que virá na sequência, entre EUA e a União Europeia – a Parceria Trans-Atlântico, para Comércio e Investimento [orig. (Transatlantic Trade and Investment Partnership, TTIP).
As negociações para a Parceria Trans-Atlântico foram iniciadas pelo governo Obama em janeiro de 2013. Combinados, os dois acordos, Trans-Pacífico (TPP) e Trans-Atlântico (TTIP) cobrirão mais de 60% do PIB global.
TPP - WikiLeaks
O terceiro tratado desse mesmo tipo, também negociado em segredo, é o Trade in Services Agreement (TiSA), sobre comércio de serviços, incluindo os setores financeiro e de saúde. Cobre 50 países, inclusive EUA e todos os países da União Europeia. WikiLeaks publicou um rascunho secreto do anexo financeiro do TiSA, em junho de 2014.
Todos esses acordos/tratados ditos “de livre comércio” são negociados à margem da Organização Mundial do Comércio. Muito sintomaticamente, estão excluídos desses tratados o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, países BRICs.

CINISMO | A Filosofia do Cachorro Louco