sexta-feira, 3 de abril de 2015

Unidade Comunista nos EUA

americanleftEstados Unidos - The Red Phoenix - [Nathaniel Downes] A esquerda nos EUA não apresentava uma frente de unidade por anos. Já ficaram num passado distante os discuros de W.E.B. DuBois e Eugene V. Debs. Desde a era Macartista e seu ruidoso ataque às forças de liberdade e igualdade neste país, rotulando de anti-americano tudo aquilo a que os soviéticos eram favoráveis, como uma variação das sátiras de Groucho Marx, a esquerda se fraturou, se dividiu, e mesmo ainda existindo em número significativo, de tão dividida se tornou inútil.

Foi uma surpresa então testemunhar dois dos mais ativos partidos da extrema esquerda, o Partido Americano do Trabalho e o Partido dos Comunistas, EUA, anunciarem que trabalharão em conjunto de agora em diante. Esta notícia, de dois partidos estadunidenses colocando de lado suas diferenças e focando em seus pontos em comum repercutiu em todo o mundo. Mas a mídia local se manteve em silêncio, tendo já se convencido desde há muito que a extrema esquerda estava morta, apesar do recente aumento de sua popularidade, o que se tornou ainda mais óbvio com a eleição de Kshama Sawant em Seatle, WA.
Em seu anúncio de fraternidade, as organizações unidas estenderam as mãos para que outras organizações da extrema esquerda se juntem a elas. Se alguém vai responder a este chamado ainda não se sabe, mas a simbologia e o movimento de reconciliação, fraternidade e unidade é precisamente o que tem faltado para a extrema esquerda neste país. A força política da extrema esquerda neste país se evaporou principalmente devido ao divisionismo dos grupos entre si. Apesar de terem um objetivo comum, eles tiveram uma história de longas décadas em serem mais propensos a atacar uns aos outros.
Apesar de existirem dúzias de grupos Tea Party, eles ignoram suas diferenças e focam em seus fatores comuns, que é o que lhes faz mais efetivos na arena política, apesar de serem superados numericamente pela esquerda neste país. Precisamos de mais cooperação entre a esquerda, entre os verdes e os comunistas, entre os socialistas e os progressistas. Se essas organizações podem andar juntas em irmandade, todos nós podemos.
É um lembrete do lema dos EUA, antes que deixemos os macartistas pisotear o que a América queria dizer com "E Pluribus Unum".
De muitos, Um.
Tradução de Glauber Ataide para o Jornal A Verdade.
Original em: The Red Phoenix.

A redução da Maioridade Penal

A hipocrisia de uma sociedade egoísta e dominada por uma mídia elitista: Luciano Martins Costa discute o grande passo para trás na redução da Maioridade Penal


 "Uma das características dos midiotas – aqueles cidadãos que se orgulham do pouco que sabem, e buscam consolidar sua ignorância em textos da imprensa – é acreditar em soluções mágicas para problemas complexos. A proposta de criminalizar a adolescência é parte desse rol de crenças, que, em grande medida, inclui ainda a convicção de que a pena de morte seria adequada para a redução da violência."

MAIORIDADE PENAL

Um grande passo atrás


Por Luciano Martins Costa em 01/04/2015 na edição 844 do Observatório da Imprensa
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 1/4/2015

Os jornais destacam, nas edições de quarta-feira (1/4), a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, da proposta de emenda constitucional que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos. As reportagens registram que a iniciativa foi apoiada majoritariamente pelos principais partidos da oposição – PSDB, DEM e Solidariedade – com adesão da maior parte da bancada do PMDB, que oficialmente ainda integra a aliança governista.

A primeira página do Estado de S. Paulo reflete não apenas o perfil típico do Congresso, tomado pelo obscurantismo – com grande número de parlamentares comprometidos com agendas reacionárias –, mas revela principalmente o caráter conservador que vem dominando a própria imprensa brasileira. A escolha editorial de completar o relato factual da decisão parlamentar com dois quadrinhos de texto, um a favor da proposta e outro contrário, é indicador da pobreza de raciocínio que orienta a mídia tradicional.

Uma das características dos midiotas – aqueles cidadãos que se orgulham do pouco que sabem, e buscam consolidar sua ignorância em textos da imprensa – é acreditar em soluções mágicas para problemas complexos. A proposta de criminalizar a adolescência é parte desse rol de crenças, que, em grande medida, inclui ainda a convicção de que a pena de morte seria adequada para a redução da violência.

O problema se torna uma questão de interesse nacional quando uma parte significativa do Congresso Nacional parece atacada da mesma síndrome, e a imprensa finge que uma questão como essa tem apenas dois lados.

O fato de a proposta de redução da maioridade penal ter partido de integrantes da chamada “bancada da bala” precisa ser destacado para lembrar que esse conjunto de parlamentares representa um resquício do que houve de mais deletério no período da ditadura militar. A eles se juntam líderes de seitas religiosas conhecidos pela similaridade com os grupos de militantes que pelo mundo afora são chamados, de modo tão genérico quanto equivocado, de “fundamentalistas”. Mas indivíduos que pregam a lei de talião, ou da retaliação, não podem ser chamados, como costuma dizer a imprensa, de “cristãos fundamentalistas”.

Os “humanos direitos”

Escudados na religião, recortam seletivamente os textos que os cristãos consideram sagrados para criar uma versão comercial do Evangelho. A esses personagens horroriza tudo que se refere aos direitos humanos, ainda que eles atuem na fronteira de tolerância da democracia, ou seja, agem constantemente contra a própria democracia – e, por extensão, contra seus próprios direitos. Entre as pérolas declamadas por esses atores e seus acólitos, em discursos na tribuna ou nas redes sociais, citam uma suposta contradição entre os “direitos humanos” e os “humanos direitos”.

A imbecilidade é uma debilidade mental que se caracteriza pela dificuldade do indivíduo em definir o território em que sua singularidade se mescla ao campo social. Assim, o midiota – expressão do imbecil em sua relação com o ambiente midiático – julga-se diferenciado da humanidade por ser, segundo seu próprio arbítrio, um ser humano “direito”, portanto, superior aos demais. Faltou a ele dar o passo definidor do processo civilizatório, entre o “eu” e o “outro”.

Pois é para esse cidadão sem cidadania que legisla a Câmara, ao admitir uma mudança na Constituição para criminalizar a adolescência. No entender dos parlamentares que votaram pela proposta, uma sociedade ideal deve armar seus cidadãos e estabelecer a punição como princípio basilar na relação entre o Estado e a sociedade.

Mas esses parlamentares não ganhariam um mandato se não tivessem sua popularidade amplificada pela mídia – em alguns casos, atuando como radialistas ou participantes de programas populares de televisão, em outros pregando sua visão de mundo retrógrada sob o manto da religião, e quase sempre ganhando espaços nobres para suas patacoadas maniqueístas.

A chamada mídia tradicional, aquela que precisa manter ao menos uma imagem de compromisso com o processo civilizatório e a modernidade, trata como iguais duas visões de mundo antagônicas e inconciliáveis. Uma delas puxa a sociedade para baixo, para o conflito, a intolerância e a barbárie. A outra luta desesperadamente para preservar e fazer avançar o que foi conquistado até aqui de civilizado no período que se sucedeu às trevas da ditadura militar.

Por que a imprensa não se engaja integralmente no campo democrático e progressista? Porque é entre os midiotas reacionários que encontra as bases de sua ação política.

“de tanto ver triunfar as nulidades… .”

Cunha, o ilibado, quer processar Nassif

Autor: Fernando Brito
cunhanassif
Como era mesmo aquela frase do Rui Barbosa sobre “de tanto ver….” Ah, sim:
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”

Pois não é que o pró-homem da República, Eduardo Cosentino Cunha, está processando o jornalista Luís Nassif  por dizer o que, há 20 anos, dele diz toda a imprensa brasileira, mas apenas quando lhe convém?
Cunha, é claro, não processa a Istoé, a Veja, a Folha, o Globo nem nenhum outro poderoso grupo de comunicação.
Valente como é, processa Nassif.
E Nassif reage de uma forma espetacular, bem inspirada neste mecanismo de participação coletiva que desenvolvemos nos blogs ditos “sujos” por gente como o Eduardo “Limpo”.
Chama a todos para ajudarem a recolher tudo o que a grande imprensa já publicou sobre as peripécias de Eduardo Cunha e reunir em um grande volume a ser usado na defesa.
Não apenas como prova dos fatos mas para que se mostre a hipocrisia de quem não se sente ofendido com o que dele dizem os grandes, mas estica as garras contra os pequenos, se valendo do seu poder.
Leia o post do Nassif:

Eduardo Cunha ameaça processar o Blog

O presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha pretende processar o Blog.
No mandado de citação, ele diz:
“O Autor, depois de vários anos de sua vida como administrador digno e honesto chegou ao elevado cargo de Presidente da extinta Telerj, no qual destacou-se sobremaneira» sendo que sua administração chegou a ser objeto de referência elogiosas na imprensa, como vê do incluso editorial do Jornal ‘V GLOBO” (Doe, 1)
Além disso, , face à sua comprovada honestidade e competência como administrador, o Autor chegou ao cargo de Presidente da Cehab (Doe. 2)
Posteriormente, por força do voto popular, foi levado à ALERJ, como Deputado Estadual (Doe. 3).
Hoje, ocupa uma honrosa cadeira na Câmara dos Deputados, para a qual também foi reeleito pelo voto popular nas últimas eleições, em um segundo mandato como Deputado Federal (Doe. 4).”.
Vou pedir uma ajuda para vocês, em uma pesquisa nos sites jornalísticos, especialmente no período 1990 a 2000.
Para os voluntários, o trabalho coletivo fica assim:
1.     Pesquisem nos sites. Na Folha tem muita matéria, assim como na Veja e na IstoÉ da época. Seria bom pesquisar em O Globo, já que Cunha invoca um editorial elogioso em seu favor.
2.     Selecionadas as matérias relevantes, copie o link e os trechos mais elucidativos.
3.     Podem também imprimir a página em PDF e, depois, anexar o arquivo nos comentários. Basta clicar no PRINT e, nas opções, selecionar gravar em PDF.
4.     À medida em que os trabalhos forem sendo levantados, vamos estruturá-los em uma série sobre o presidente da Câmara.
O material também poderá ser enviado para lourdes@jornalggn.com.br

A revista Veja se transformou num operador internacional

Para Veja, a realidade não existe

A Veja publicou denúncias contra o filho de Cristina Kirchner e a atual embaixadora argentina na OEA sem nenhuma prova e sem dar direito de resposta.

Marcelo Justo - na Carta Maior
reprodução
A revista Veja se transformou num operador internacional que, além de atacar o PT no Brasil, também tem o governo argentino, liderado por Cristina Kirchner, em sua mira. Dois artigos da revista foram publicados esta semana, com denúncias de supostas contas multimilionárias de Máximo Kirchner, filho de Cristina, e de Nilda Garré, sua ex-ministra de Segurança, hoje embaixadora na OEA (Organização de Estados Americanos), e rapidamente repercutidos pelos meios ligados ao Clarín, a Globo da Argentina, que promove uma violenta campanha midiática para deteriorar o governo visando as eleições presidenciais de outubro.


No dia 30 de março, uma segunda-feira, o jornalista Leonardo Coutinho, da Veja, escreveu que “Máximo Kirchner havia sido co-titular de contas milionárias nos Estados Unidos e nas Ilhas Cayman”. Coutinho cita uma fonte anônima, dizendo se tratar de um especialista norte-americano em investigações financeiras, que oferece um assombroso nível de detalhe sobre a conta do filho da presidenta argentina, que teria, em 2010, um saldo de 41,7 milhões de dólares, segundo o jornalista. “A primeira conta, de número 00049859852398325985, foi aberta em outubro de 2005 no Felton Bank, um banco americano, em nome da empresa Business andServices IBC, com sede no paraíso fiscal de Belize. Os donos da offshore eram Nilda Celia Garré, Henry Olaf Aaset e Máximo Carlos Kirchner”, diz o texto de Coutinho.

É lógico pensar que se alguém possui dados tão precisos tem que saber do que está falando, ainda mais quando, pouco depois, apresenta uma segunda conta, com o mesmo grau de detalhismo. “A segunda conta, de número 0004496857463059686359385, foi aberta em dezembro de 2006 a partir de Luxemburgo, na Europa, no Morval Bank & Trust Ltd., com sede nas Ilhas Cayman. Os correntistas eram Nilda Celia Garré, Maria Paula Abal Medina (filha de Nilda) e Máximo Carlos Kirchner. O saldo em abril de 2010 era de 19,8 milhões de dólares”.

Entretanto, o texto de Coutinho está cheio de condicionais e tem uma espécie de desmentido já no terceiro parágrafo, quando admite que “não foi possível confirmar de forma independente quem são os titulares dessas contas”. Para a imprensa argentina, esse detalhe não importou muito. Na mesma segunda-feira, a página do portal Clarín denunciava as contas de Máximo Kirchner, com chamadas falando sobre “a rota de dinheiro K” ou a “corrupção K”, duas denominações que vem sendo usadas há pelo menos quatro anos, como parte de sua estratégia de perseguição e desgaste do governo. Na quinta-feira (2/4), o semanário Noticias, de outro grupo editorial opositor, trouxe na capa uma montagem de mostrando Máximo Kirchner algemado, como um delinquente comum, com o título “A foto mais temida por Cristina”

A conexão estadunidense

A estratégia midiática é a de acosso permanente, abrindo todas as frentes possíveis e tecendo uma rede internacional de alianças.

Semanas atrás, no dia 18 de março, Coutinho publicou um informe escrito pelo Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, de iniciativa da direita republicana. Uns três dias antes, o mesmo jornalista denunciou na Veja que três ex-membros do governo de Chávez, que buscavam asilo nos Estados Unidos e cujos nomes não revelariam, supostamente por temer represálias, haviam denunciado um complô argentino-venezuelano-iraniano, que mesclava, como numa ótima trama de James Bond, dinheiro, sexo, armas nucleares e ditadores sul-americanos e muçulmanos num plano obscuro de dominação. O núcleo da denúncia era que o dinheiro das contas da ex-ministra Nilda Garré no banco Felton, nas Ilhas Cayman e em Luxemburgo provinham de fundos iranianos, que pagavam a Argentina pela suposta ajuda com seu programa nuclear militar.

Veja dá a entender que Garré não só foi seduzida pelo dinheiro, mas que também sucumbiu aos encantos fálicos de Hugo Chávez. "Era algo na linha ´50 Tons de Cinza´, diz o ex-funcionário chavista. De acordo com ele, quando Chávez e Garré se encontravam no gabinete do líder venezuelano, no Palácio de Miraflores, os sons da festa podiam ser ouvidos de longe.

Seguindo a mesma toada, a revista apresenta o seguinte diálogo, que parece ter saído de um roteiro de filme de mocinho e bandido: “um militar que testemunhou a reunião relatou à Veja o diálogo que se seguiu:

Ahmadinejad – É um assunto de vida ou morte. Preciso que intermedeie junto à Argentina uma ajuda para o programa nuclear de meu país. Precisamos que a Argentina compartilhe conosco a tecnologia nuclear. Sem a colaboração do país, será impossível avançar em nosso programa.

Chávez – Muito rapidamente. Farei isso, companheiro.

Ahmadinejad – Não se preocupe com os custos envolvidos nessa operação. O Irã respaldará com todo o dinheiro necessário para convencer os argentinos. Tem outra questão. Preciso que você desmotive a Argentina a continuar insistindo com a Interpol para que prenda autoridades de meu país”.

 

A realidade não existe
Não importa o fato de que, na época em que aconteceram os supostos fatos relatados por Coutinho, Cristina Kirchner estivesse dando duríssimos discursos de denúncia contra o Irã nas Nações Unidos, quando havia recém assumido seu primeiro mandato como presidenta, em dezembro de 2007. Tampouco explica como o pagamento se realizou em 2005 através do Memorando de Entendimento com o Irã, que só seria assinado em 2013 – é um caso único no mundo em que se paga um suborno multimilionário com oito anos de antecipação.
 
Também não interessa o fato de que Nilda Garré tenha solicitado direito de resposta à revista Veja, e que essa tenha se negado a lhe conceder esse direito. “Nunca tive uma conta em nenhum país estrangeiro. A única que conta que tive e ainda tenho é a do Banco Nación, através da qual recebo meu salário de embaixadora. Vou solicitar uma audiência com autoridades bancárias de Delaware, já que o Felton Bank foi absorvido pelo banco CNB nesse estado, e vou registrar uma queixa pelo fato de que nunca tive conta nesse banco”, afirmou Garré.

Mas nada disso interessa, porque o Clarín, a Veja e a direita republicana citam uns aos outros como fontes, numa triangulação usada para confirmar suas denúncias, uma aliança conveniente para todos. Nos Estados Unidos, a direita está furiosa com a negociação que os Estados Unidos promove com o Irã sobre o seu programa nuclear, e quer demonstrar que está invadindo o “pátio traseiro” norte-americano: Argentina, Brasil e Venezuela. Por sua parte, Clarín e Veja sabem que qualquer ataque contra Cristina Kirchner pode refletir indiretamente em Dilma Rousseff e vice-versa: tudo o que vier é lucro.
O que importa é produzir manchetes de efeito, e capas de revista. Na Argentina, o Clarín e a oposição estão desesperados, porque Alberto Nisman, aquele mesmo promotor que apareceu morto em seu apartamento, em janeiro, um dia antes de comparecer perante o Congresso para denunciar um acordo secreto entre o governo argentino e o Irã, deixou de ser o herói de Hollywood para ser um farsante de voudeville.
Nas últimas semanas, duas instâncias da Justiça argentina rejeitaram as denúncias formuladas pelo promotor, com termos duríssimos (“carente de qualquer fundamento”, “implicante”, “fora da realidade”). Além disso, também vieram a tona outras facetas de Nisman que estão longe de ser o exemplo de coragem e civismo que se tentou mostrar anteriormente: contratava call girls, gastava dinheiro público em viagens para Cancún acompanhado de belas e caras senhoritas, tinha uma conta de 600 mil dólares no exterior, e, principalmente, o fato de que embolsava metade do altíssimo salário de Diego Lagomarsino, o mesmo auxiliar de informática que lhe passou a arma com a qual se produziu a sua morte. (ver fotos de Nisman com call girls aqui: http://www.perfil.com/fotogaleria.html?filename=/contenidos/2015/03/19/noticia_0013.html&fotoNro=18)
 
Aos poucos, o Clarín vai abandonando o Caso Nisman, mas não sem deixar de denunciar uma suposta campanha de demonização da imagem do falecido promotor. A história já produziu o efeito que a empresa esperava: instalar a ideia de um governo inescrupuloso que pode chegar até as últimas consequências. No dia 18 de fevereiro, houve uma grande marcha opositora para pedir o esclarecimento de sua morte. Muitos dos que foram a essa marcha de boa fé, agora, se resistem ao fato de que apoiaram uma farsa. “Não pode ser. Existe algo estranho. De qualquer forma, eu acho que o governo tem que ter feito algo, tinha interesses  envolvidos nesse assunto”, me confessou, esta semana, um economista que participou da marcha.
 
Sendo efetiva na produção desse tipo de impacto no eleitorado, está claro que a campanha da dupla Clarín-Veja terá novos capítulos em breve.
 
Créditos da foto: reprodução

Pesticidas podem contribuir para surgimento da endometriose

Pesticidas podem contribuir para surgimento da endometriose, sugere estudo



As razões pelas quais algumas mulheres têm endometriose e outras não são desconhecidas. 
Entretanto, pesquisadores propõem que um possível fator contribuidor seja a intoxicação por pesticidas.
Os cientistas estudaram 248 mulheres com endometriose confirmada por cirurgia e 538 participantes saudáveis de controle.
Eles avaliaram os níveis sanguíneos de dois pesticidas, o mirex e o beta-hexaclorociclohexano, que permanecem em alguns peixes e laticínios, embora seu uso tenha sido proibido nos Estados Unidos há várias décadas.
O estudo foi publicado online no periódico Environmental Health Perspectives.
Os pesquisadores descobriram que o risco de ter endometriose aumentava 50% nas mulheres com níveis mais altos de exposição ao mirex e de 30 a 70% para as que tinham sido expostas a níveis altos de beta-hexaclorociclohexano.
A associação continuou mesmo após serem levados em conta fatores como idade, lipídios séricos, nível de escolaridade, raça, etnia, tabagismo e consumo de álcool, entre outros.
Kristen Upson, principal autora do estudo e que estava em fase de pré-doutorado no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson quando o estudo foi realizado, afirmou que as razões para a associação não estão claras.
No entanto, essas substâncias químicas demonstraram interferir na ação natural do estrogênio em estudos realizados em animais e tecidos, afirmou a autora, o que talvez explique o aparecimento da doença em humanos.
"As substâncias químicas que permanecem no ambiente", afirmou, "mesmo as substâncias que foram utilizadas no passado podem ter efeitos na saúde da geração atual de mulheres em idade reprodutiva".
Fonte:UOL Saúde

Lênin sempre teve razão

No Iêmen, o “Eixo da Gentileza” mostra a verdadeira cara do Império e comprova que Lênin sempre teve razão

2/4/2015, The SakerThe Vineyard of the Saker
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu
                    POSTADO POR CASTOR FILHO
The Saker

As manchetes sobre o Iêmen realmente dizem tudo:

Tudo isso pode ser assim resumido: os EUA converteram mais um país em ruínas e desgraças; foram os primeiros a fugir do local do crime, e, agora, todos estão fugindo, exceto os soldados russos e chineses que tentam evacuar seus cidadãos. Mas só se fala de mais um sucesso da política exterior de Obama, que havia apresentado o Iêmen como luminoso exemplo de antiterrorismo bem feito. A seguir discurso completo de Barack Obama MENTINDO desavergonhadamente sobre o Iêmen:

Entrementes, a franquia local da al-Qaeda está usando a agressão liderada pelos sauditas, para libertar da prisão os seus homens (assista vídeo da FoxNews no fim do parágrafo) os EUA continuam a fingir que bombardeiam a al-Qaeda no Iraque, ao mesmo tempo em que apoiam a mesma al-Qaeda na Síria e no Iêmen; Arábia Saudita e Israel, associados, bombardeiam os xiitas no Iêmen; e o Irã é acusado de interferir nos negócios do Iêmen. Será que as políticas anglo-sionistas ficaram completamente loucas, agora, de vez?!

Seria cômico, se não houvesse tanta gente sofrendo e morrendo. E ainda vai piorar muito, se os doidos wahhabistas em Riad levarem adiante seus planos para invadir o Iêmen, invasão suicida e absolutamente ilegal. Minha esperança é que os sauditas seguem a típica estratégia norte-americana, de só bombardear de longe, das mais altas altitudes, um país que só tem defesas aéreas primitivas (mesmo assim, os iemenitas conseguiram derrubar pelo menos dois, e talvez três aviões da “coalizão”, e um drone!).
Significa, pois, que temos mais um “bando de gângsteres” que se unem para atacar país pequeno: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, Kuwait, Qatar, Jordânia, Marrocos, Sudão, Egito e claro, EUA e Israel, apoiados pela al-Qaeda, e todos juntos contra os xiitas do Iêmen. E, claro, combater contra os xiitas iemenitas significa, objetivamente, apoiar a al-Qaeda no Iêmen. Por tudo isso, é perfeitamente justo dizer que Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, Kuwait, Qatar, Jordânia, Marrocos, Sudão, Egito e claro, EUA e Israel, todos esses, estão apoiando a al-Qaeda.
Claro que é possível um Oriente Médio sem al-Qaeda/ISIS – é o Oriente Médio que Irã, Síria e o Hezbollah lutam para criar. Mas são chamados “estados bandidos”, e membros do “eixo do mal”. Significa que a al-Qaeda, apoiada por uma coalizão multinacional, seria, suponho, o “eixo da gentileza”.
Repito mais uma vez e repetirei quantas vezes forem necessárias: no Iêmen estamos diante de mais um exemplo de como o Império Anglo-sionista está afinal mostrando a própria cara: não um rosto gentil de direitos humanos, democracia, lei internacional e progresso, mas a cara feia, brutal, estúpida, da violência ignorante e do apoio à escória do planeta (nazistas, sionistas e wahhabistas – o que poderia ser pior que isso?!) e ao imperialismo.
O período do “capitalismo com feições humanas” está claramente acabado; vivemos agora exatamente o que Lênin previu que viria: o imperialismo, etapa superior do capitalismo (e não, não sou nem leninista, nem marxista, mas nas palavras de Malcolm X, “sou pela verdade, não me importa quem a diga”.
Lênin em 1918
Os riscos de guerra ainda maior são realmente gigantescos. Que ninguém se engane: o Irã pode fazer picadinho dessa “coalizão de gentilezas”, e se chegar a conflito aberto, os EUA terão de resgatar os seus muito numerosos aliados na região: as elites comprador que venderam a própria religião, o próprio país e o próprio povo ao Império Anglo-sionista. [no Brasil essa elite comprador é representada pelos demotucanos, parte do PMDB/PSB e alguns partidos nanicos (Nrc)]
Quer dizer: não bastasse os EUA estarem assumindo o risco de iniciar vasta guerra continental na Europa, apoiando nazistas ucranianos, os EUA estão também assumindo o risco de iniciar outra vasta guerra regional no Oriente Médio, apoiando os wahhabistas sauditas e os sionistas israelenses.
Fico pensando quando nossa sociedade zumbificada acordará para os perigos que estão aí, diante de nós.
The Saker

Os 50 anos de poder e hegemonia da Rede Globo

Seminário discute os 50 anos de poder e hegemonia da Rede Globo

No mês em que a Rede Globo completa meio século de vida, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove, em São Paulo, um seminário dedicado a discutir os 50 anos de poder e hegemonia da empresa. A atividade ocorrerá no dia 27 de abril, das 9h às 18h, na sede da entidade. 


Ilustração: Andocides Bezerra
.
Impulsionada pelo projeto militar, a Globo tornou-se um verdadeiro império midiático, concentrando o setor das comunicações e agindo no sentido de uniformizar os corações e mentes dos cidadãos brasileiros em benefício de seus interesses políticos e econômicos.

Sua ligação com a ditadura militar e seu papel na formação da opinião pública somados aos escândalos de sonegação fiscal bilionária e outros episódios de corrupção - gente ligada à familia Marinho figura na recente 'lista negra' do HSBC, por exemplo - são elementos que tornam ainda mais importante a discussão sobre a liberdade e o poder sem limites da Rede Globo.



Para inscrever-se, basta escrever para contato@baraodeitarare.org.br. Confirme também sua presença no evento do Facebook.

Confira a programação completa e garanta a sua participação:

9h - A CONSTRUÇÃO DO IMPÉRIO GLOBAL

César Bolaño - Professor da Universidade Federal de Sergipe
Marcos Dantas - Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Susy Santos - Professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro

14h - TELEJORNAIS: INFORMAÇÃO E MANIPULAÇÃO

Rodrigo Vianna - Editor do blog "Escrevinhador"
Luciano Martins Costa - Editor do Observatório de Imprensa
Laura Capriglione - Movimento "Jornalistas Livres" e site A Ponte

Fonte: Barão de Itararé

Como fazer para o seu filho ser mais sociável

 
Como fazer para o seu filho ser mais sociável? Confira alguns livros que podem te ajudar >>>>> http://abr.ai/19hfV6c

 

HABILIDADES NÃO-COGNITIVAS

Você é responsável por quem cativa?

Sugestões de livros que como O Pequeno Príncipe valorizam a sociabilidade

13/03/2015 15:21
Texto Cynthia Costa
Educar
Foto: Thays Aguiar
Foto: Impedir seu filho de conviver com crianças da mesma idade é tirar a oportunidade de desenvolver uma sociabilidade saudável.
Impedir seu filho de conviver com crianças da mesma idade é tirar a oportunidade de desenvolver uma sociabilidade saudável.
A sociabilidade começa desde cedo, e é possível ensinar as crianças a serem mais sociáveis e extrovertidas. Uma das formas de fazer isso é por meio da literatura e seus personagens. O Patinho Feio, por exemplo, pode ser trabalhado para mostrar a importância de aceitar as pessoas como elas são e de conviver com as outras pessoas. Afinal, uma criança sociável é capaz de fazer e de manter amizades, de expressar e compreender sentimentos e opiniões e respeitar o outro.
Habilidades não-cognitivas Especial Habilidades não-cognitivas
Veja porque estimular competências como sociabilidade, curiosidade e dedicação no seu filho.
Nesta série especial do Educar, selecionamos livros que incentivam, de alguma forma, o desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais. Aproveite as dicas para ler junto com o seu filho: a leitura acompanhada - quando você lê para a criança - ou compartilhada - quando vocês leem o mesmo livro e depois o discutem - podem ser ferramentas fabulosas para reforçar os laços e aprender juntos. Aproveite a experiência para conversar sobre a mensagem da história, as personagens e qualquer outro tema decorrente da leitura.

A seguir, veja livros que incentivam o desenvolvimento da sociabilidade. Para ler, clique nos itens abaixo:
1. O Patinho Feio, de Hans Christian Andersen

Esse clássico da literatura infantil conta a história de um patinho não aceito e considerado feio pelos outros patos. Na verdade, porém, ele é apenas... diferente.

Palavra de especialista: "O patinho é diferente dos outros, o que impede que ele se sociabilize. Com um final surpreendente, o conto critica o modelo pela diferença", analisa o professor Thiago Veríssimo, pesquisador da área de literatura de Belém (PA) e defensor dos aprendizados por meio da fantasia - e os contos de fada e fábulas são perfeitos para isso. "O grande interesse das crianças pela literatura infantil é o imaginário. Trabalhar problemas reais de maneira simbólica é a grande vantagem", diz.

Converse com o seu filho: Será que ele conhece um "patinho feio" ou ele mesmo se sente assim às vezes? O conto parece ter sido feito sob medida para os nossos tempos, em que o bullying nas escolas tem sido tão discutido. Mais do que consolar uma criança que não se sente aceita, ele pode abrir os olhos dela para a sociabilidade: se ela aceitar os coleguinhas como eles são, certamente ela também será mais aceita.

Faixa etária: 6-7 anos
2. O Roubo do Arco-Íris, de Katia Canton

Quem tem amigos tem tudo, não é verdade? Nesta gostosa aventura, três crianças adoram o arco-íris e querem entender por que ele não apareceu desta vez. O trio fica bem unido na missão de desvendar o mistério e até faz uma nova amizade um tanto inesperada, mostrando que a sociabilidade é uma ferramenta importante para realizar uma grande tarefa.

Palavra de especialista: "Essa história fantasiosa, que tem até uma bruxa, pode servir como base para tratar da importância da amizade e da colaboração, além de introduzir questões de ciências na explicação sobre o arco-íris", indica a professora da Educação Infantil Andréia Riconi, que pesquisa literatura na Universidade Federal de Santa Catarina.

Converse com o seu filho: Uma história alegre e com uma boa mensagem, ideal para ler para o seu filho antes de dormir. Com quais amiguinhos será que ele gostaria de viver uma aventura como essa?

Faixa etária: 6-7 anos
3. Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque

A bela adaptação da Chapeuzinho Vermelho, toda em versos, fala de uma garotinha com muitos medos - principalmente de um lobo capaz de comer não só a vovozinha, mas também várias outras pessoas, além de muita comida. Trata-se de uma narrativa sobre a superação do medo, que pode fazer uma ponte com a questão da sociabilidade: afinal, muitas vezes não nos abrimos a novas amizades por puro receio.

Palavra de especialista: "As crianças têm medos, e um deles é o do desconhecido - no caso, o lobo, que simboliza isso", examina o professor Kall Sales, que também é colaborador do ENEM. Trabalhando a ideia do medo por meio do texto rimado e delicioso de Chico Buarque, indiretamente se trabalha também a abertura a novas experiências e ao conhecimento de novas pessoas. No livro, ao se defrontar com o lobo que tanto imaginara, a Chapeuzinho se dá conta de que não precisava ficar tão apavorada.

Converse com o seu filho: As outras pessoas lhe despertam medo? E será que esse medo tem fundamento? Incentive seu filho a se lembrar de alguma vez em que superou o receio de fazer amizade com um amiguinho após conhecê-lo melhor.

Faixa etária: 8/9 anos
4. A História de Fernão Capelo Gaivota, de Richard Bach

Perdão, amor e liberdades são os principais temas da história da gaivota Fernão, inconformada com a rigidez da vida de gaivota. Ao mudar de bando - passando a aprender com mestres gaivotas no novo grupo -, Fernão percebe que, acima de tudo, tem de ser fiel a si mesmo.

Palavra de especialista: O professor e pesquisador na área de literatura Davi Gonçalves ressalta que o livro mostra outro lado da sociabilidade - os limites entre os outros e a individualidade. "A lição que podemos depreender desse belo livro é que temos de dar atenção aos outros, mas não a ponto de abrir mão do que nos é essencial", diz.

Converse com o seu filho: Em que situação seu filho preferiu se manter diferente das outras crianças? Como foi a experiência?

Faixa etária: 10-12 anos
5. O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry

Perdão, amor e liberdades são os principais temas da história da gaivota Fernão, inconformada com a rigidez da vida de gaivota. Ao mudar de bando - passando a aprender com mestres gaivotas no novo grupo -, Fernão percebe que, acima de tudo, tem de ser fiel a si mesmo.

A celebrada narrativa poética do principezinho que mora sozinho em um asteroide e tem - a princípio - apenas uma rosa um tanto temperamental para lhe faze companhia.

Palavra de especialista: "Uma das famosas mensagens do livro é ‘essencial é invisível aos olhos’, o que nos leva a questionar pré-julgamentos e não se basear nas aparências", avalia o professor de língua e literatura Kall Sales, de Fortaleza (CE). Assim, com a história sensibilíssima do principezinho, podemos aprender que é preciso conversar com alguém e procurar conhecê-lo antes de se precipitar em julgamentos superficiais que podem até impedir a formação de grandes amizades.

Converse com o seu filho: "Para focar na sociabilidade, eu partiria de um recorte dos diálogos com a flor, a raposa e a cobra", sugere o professor. Com base nas interações do protagonista, é possível questionar como fazemos amigos e como podemos escolher os nossos amigos. A doçura do Pequeno Príncipe, sua atitude aberta e curiosa, é um exemplo interessante de sociabilidade.

Faixa etária: 10-12 anos
6. Insônia, de Marcelo Carneiro da Cunha.

Perdão, amor e liberdades são os principais temas da história da gaivota Fernão, inconformada com a rigidez da vida de gaivota. Ao mudar de bando - passando a aprender com mestres gaivotas no novo grupo -, Fernão percebe que, acima de tudo, tem de ser fiel a si mesmo.

A personagem Cláudia vive sob a ausência da mãe, que perdera quando criança. A partir disso, a adolescente é obrigada a amadurecer e adquirir autonomia, na medida em que seu pai se mostra um homem um tanto desorganizado. Apesar das responsabilidades, Cláudia mantém amizades, principalmente com Carla, porém, o curioso aqui será o vínculo estabelecido com uma mulher mais velha, de certa maneira suprindo uma necessidade de vínculo materno por parte da protagonista e revelando uma das curiosidades do livro quanto ao tema da sociabilidade.

Palavra de especialista: "Esta obra praticamente introduz na literatura brasileira o tema dos relacionamentos virtuais, uma vez que Cláudia mantém conversas na internet importantes para o enredo", ressalta Vinicius da Silva Rodrigues, professor de literatura do Colégio Santa Cecília e do curso pré-vestibular Fleming Medicina, ambos em Porto Alegre (RS). "Ainda que o romance seja um tanto datado nesse sentido (trata-se de um livro lançado no final dos anos 1990), é possível dialogar com o mesmo tranquilamente ainda hoje, mesmo em tempos de redes sociais bem mais evoluídas".

Converse com o seu filho: Como a personagem reage à ausência da mãe? Que papel as amizades desempenham nesse cenário. Em relação ao uso da internet, o livro é um bom ponto de partida para discutir como as relações mudaram ao longo desses últimos 20 anos.

Faixa etária: 15-17 anos
7. O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger

O jovem Holden Caulfield é expulso de um internato e empreende uma jornada de volta para casa, exprimindo seu olhar amargurado, mas também um tanto ingênuo, sobre sua família, seus amigos e seus antigos professores. Ele se lembra constantemente de uma cantiga, que se confunde em seus pensamentos com uma imagem de sonho, em que é um catcher de beisebol, tentando segurar crianças num campo de centeio para que elas não caiam num precipício. Com isso, Holden parece querer segurar sua própria inocência, evitando cair no "precipício" do mundo adulto, só encontrando a paz de espírito e o afeto em Phoebe, sua irmã mais nova, na medida em que sua jornada também parece ser, na verdade, em direção a ela.

Palavra de especialista: "Uma boa forma de discutir um conceito é analisá-lo às avessas: o clássico de J. D. Salinger mergulha nos pensamentos de Holden Caulfield, um rapaz de 17 anos nitidamente antissocial", apresenta o professor Vinicius da Silva Rodrigues. Sem dúvida, não faltam adolescentes que se identificam com essa "antissociabilidade" - e é justamente por isso, além de seu valor literário, que o livro de Salinger merece ser lido nessa fase da vida.

Converse com o seu filho: Esse clássico da leitura adolescente é tão cheio de nuances, que vale a pena permitir que o jovem expresse, por si mesmo, o que a leitura lhe provocou. A partir disso, vocês podem explorar temas como solidão, independência e perspectivas de futuro.

Faixa etária: 15-17 anos