domingo, 3 de maio de 2015

A grande mídia e veículos de comunicação a servico do mal

Carlos Antonio Fragoso Guimarães
Carlos Antonio Fragoso Guimarães
Compartilhada publicamente00:29
 
Entenda os motivos da ligação simbiótica entre a grande mídia e veículos de comunicação com a direita mais sórdida e fascista
Donos de empresas de comunicação figuram nas listas de famílias mais ricas do Brasil e representam interesses de anunciantes. Isso explica posições editoriais como as em defesa do PL 4330, que abre caminho para redução de direitos trabalhistas, redução da m...
Donos de empresas de comunicação figuram nas listas de famílias mais ricas do Brasil e representam interesses de anunciantes. Isso explica posições editoriais como as em defesa do PL 4330, que abre caminho para redução de dir...

sábado, 2 de maio de 2015

O que é o Estado?

 -  17:17
 
Uma reflexão sobre Leviathan: http://rafael.reinehr.org/2015/05/o-que-e-o-estado/
Em tempos de repressão policial e estatal, é sempre bom refletir e estar atento aos fatos. Tradução livre de artigo retirado da “Irish Anarchist Review”, edição 11, retirado de postagem ao Moviment...

Bertolt Brecht

 
Intertexto

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertolt Brecht

Interpretação: Silvio Matos

PANTEISMO - Minha identificação filoreligare


muito alem
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muito alem

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PANTEISMO
Panteísmo é uma compreensão que identifica o Universo, a totalidade, como Deus. É a certeza religiosa, ou a teoria filosófica, de que Deus é o Universo, junto com as forças e leis, no sentido mais amplo, são idênticos. Aqui o Universo (com ‘U’ maiúsculo) é ...
Panteísmo é uma compreensão que identifica o Universo, a totalidade, como Deus. É a certeza religiosa, ou a teoria filosófica, de que Deus é o Universo, junto com as forças e leis, no sentido mais amplo, são idênticos. Aqui o...

Panteismo - Minha identificação filoreligare


http://muitoalem2013.blogspot.com.br/2015/05/panteismo.html

sábado, 2 de maio de 2015

PANTEISMO


Panteísmo é uma compreensão que identifica o Universo, a totalidade, como Deus. É a certeza religiosa, ou a teoria filosófica, de que Deus é o Universo, junto com as forças e leis, no sentido mais amplo, são idênticos. Aqui o Universo (com ‘U’ maiúsculo) é entendido como sendo a própria divindade por possuir todo o poder – um absoluto e ilimitado poder criador – por ser infinito e eterno, transcendente, misterioso e onipresente.

O panteísmo é a crença de que absolutamente tudo e todos compõem um Deus abrangente, e imanente, ou que o Universo (ou a Natureza) e Deus são idênticos.


Toda forma de vida, toda matéria, toda energia, a natureza, planetas e galaxias, são expressões divinas.

Sendo assim, os adeptos dessa posição, os panteístas, não acreditam num deus pessoal, antropomórfico ou criador. 

A expressão ‘Panteísmo’ deriva do grego ‘pan’, que tem o sentido de ‘tudo’; e de ‘theos’, que significa ‘Deus’. Desta forma este termo se traduz aproximadamente por ‘tudo é Deus’. Segundo esta doutrina, Deus está presente em todo o Universo, em cada elemento.


Deus, o próprio Universo, é o conjunto de tudo o quanto existe, ou seja, é o explosivo e luminoso conjunto das 30 bilhões de galáxias observáveis, cada uma com cerca de 100 bilhões de estrelas, e, todo o desconhecido, incluindo o tempo e espaço, toda a matéria/energia existindo nas suas diversas fases e estados. 

Nada existe antes, depois e fora do Universo e dele somos inseparáveis. O Universo existe, na sua plenitude, sujeito absoluto, objeto de si mesmo, além do alfa e ômega; ilimitado e inato, por nada e por ninguém determinado, ele apenas existe, sem autorização, sem mandato, sem obrigação, propósito ou objetivo.

Embora existam divergências dentro do panteísmo, as ideias centrais dizem que deus é encontrado em todo o cosmos como uma unidade abrangente. 

Ao longo da história, o panteísmo fez a apologia de formas doutrinárias ligeiramente diversas. Por exemplo, o panteísmo clássico considerava Deus a única realidade e o universo uma mera manifestação, emanação ou realização de Deus; o estoicismo identificou Deus com o Universo, considerando-O como a força vital e inteligência cósmica que o governa; no neoplatonismo e, mais tarde, com Giordano Bruno, Deus é causa e princípio do universo. O panteísmo materialista ou naturalista vê no universo a própria realidade de Deus. 

O filósofo holandês, de origem judia e portuguesa, Baruch Spinoza (Bento de Espinosa - 1632-1677) considerava que "Só o mundo é real, sendo Deus a soma de tudo quanto existe". 

O conceito de panteísmo não pode ser conotado com o teísmo nem com o ateísmo, embora o panteísta não acredite num Deus transcendente ou pessoal, criador do Universo, considerando que este sempre existiu ou se originou a si mesmo. 

Atualmente, existe o panteísmo científico que assume a convicção de que o cosmos é divino e a terra é sagrada.


O panteísmo foi popularizado na era moderna tanto como uma teologia quanto uma filosofia baseada na obra de Bento de Espinosa, que escreveu o tratado Ética, uma resposta à teoria famosa de Descartes sobre a dualidade do corpo e do espírito.

Espinosa declarou que ambos eram a mesma coisa, e este monismo terminou sendo uma qualidade fundamental de sua filosofia. Ele usava a palavra "Deus" para descrever a unidade de qualquer substância. Para Espinosa só existe uma única substância ilimitada que se manifesta numa infinidade de forma e com infinitos atributos. 

Embora o termo "panteísmo" não tivesse sido inventado durante seu tempo de vida, hoje Espinosa é considerado como um dos mais célebres defensores da crença.

De acordo com os panteístas, Deus seria, em relação ao todo, a cabeça, enquanto o Cosmos seria seu aspecto corporal. E convivem igualmente a crença em um único Ser Supremo, e a certeza da existência de conexão aos elementos naturais. Esta doutrina conjuga a esfera mental à dimensão material, e percebe nesta identidade a natureza divina.

O perecível e o eterno se confundem, pois são redutíveis um ao outro, embora se manifestem de forma diferente no plano da realidade, como faces distintas do mesmo evento. 


O universo, para o Panteísmo, não tem princípio, sendo assim auto-existente; mas pode, com certeza, sofrer transformações. O principal aspecto desta doutrina, porém, é que Deus existe em tudo, em todas as coisas, permeando completamente a sua Criação.

Por outro lado o Panteísmo também se traduz por uma visão mais objetiva, a qual acredita que o mundo tem uma alma, ou um sistema inerente a ele. Normalmente a doutrina panteísta se identifica com o ponto de vista místico, pois seus seguidores nada mais desejam do que se conjugar à Divindade.

"Somos Natureza, interdependência absoluta e infinda." - Régis Alain Barbier

Segundo os panteístas: viemos, junto com toda a matéria/energia do planeta, da luz de estrelas distantes e da escuridão dos espaços infinitos. Nada é mais misterioso de que a “matéria/energia”, o binômio essencial e irredutível da criação, transformando-se incessantemente, gerando tudo quanto existe, da poeira interestelar à inteligência e consciência humana.

A palavra ‘panteísta’ foi utilizada originalmente pelo filósofo inglês John Toland (1660-1722) em 1705.  Algum tempo depois, porém, esta denominação foi contestada por Fay, que preferiu batizá-la de ‘Panteísmo’, expressão até hoje adotada por quem se refere a este corpo teórico.  Significa a doutrina segundo a qual Deus é o Hen kai Pan, o “Um e o Todo” da filosofia grega. 

Diversos filósofos antigos e modernos  formularam de variadas maneiras: “tudo é Deus e Deus é tudo”, ou “Deus é a alma do mundo” ou “o princípio imanente que dá subsistência ao mundo”. Qualquer dessas fórmulas implica que Deus é identificado, totalmente ou em parte, com a natureza posta em evolução.


Deus seria a única realidade existente, da qual o mundo, espiritual e material, se teria originado por emanação. A “substância divina” seria impessoal, neutra, sempre em via de evolução no decorrer da história, concebida geralmente como uma “energia”, “força” ou “destino” cegos; em cada indivíduo humano ela estaria paulatinamente tomando consciência de si mesma, até chegar à plenitude ou à perfeição. 

O panteísta é aquele que acredita e/ou tem a percepção da natureza e do Universo como divindade. Ao contrário dos deístas, ele não advoga a existência nem de um Deus criador do Universo, tão pouco das divindades teístas intervencionistas, mas simplesmente especula que tudo o que existe é manifestação divina, autoconsciente.


Os panteístas não pregam a crença em um Deus que criou o Cosmos, nem vê Nele um Ser que em tudo intervém. Eles apenas percebem na realidade a expressão divina. O homem seria, assim, uma manifestação da divindade, manifestação identificada com a divindade.
O Panteísmo é uma das diretrizes religiosas vigentes no Ocidente que mais se identificam ao pensamento filosófico oriental, como o Budista, o Janista, o Taoísta e o Confucionista. O Panteísmo não explica os eventos aparentemente naturais, como a Criação do Universo, o princípio da existência, como provindos de um Ser Supremo.


Para esta doutrina, Deus se identifica com o Cosmos. Os panteístas não adotam locais sagrados e a única norma que seguem é a Lei Natural, vigente também no âmbito da Ciência.
Contudo, o panteísta não vê a Ciência de maneira diversa de um ateu, não atribuindo a nenhum tipo de divindade fatos como a origem do Universo, da Vida e da espécie Humana. Deus, no panteísmo, é todo o Universo. O seu templo é qualquer lugar e sua lei é a das Ciências Naturais, a lei natural.
"Contra o panteísmo, sustento principalmente que ele não diz nada. Chamar Deus ao Mundo não significa explicá-lo, mas apenas enriquecer a língua com um sinônimo supérfluo da palavra Mundo. Se dizeis “o Mundo é Deus” ou “o Mundo é o Mundo”, dá no mesmo." -  Arthur Schopenhauer


Reconhecendo o Universo como sendo a divindade, é natural do Panteísmo cultivar sentimentos de reverência, amor, aceitação e respeito para todos os seres em geral e para a Natureza como um todo. 

Compreender, aceitar e admirar a supremacia do Universo induz ao desejo de tratar com cuidado e zelo a Natureza (plantas, animais e nossos semelhantes).

Em muitas dimensões, a natureza resplandece grandeza, mistérios, diversidade e beleza. Magnífico nos céus estrelados, nas ondas do mar, nas cores das flores e no cantar dos pássaros, o Universo inspira a humanidade, fazendo brotar no coração sentimentos de paz, harmonia, respeito, alegria e amor.

Consagrando a natureza, o panteísmo retifica importantes divisões conceituais – entre o sagrado e o mundo, a religião e a ciência – possibilitando, uma vez bem assimilado e compreendido, o surgimento de três tendências em direção à unificação, criatividade e ética.

UNIFICAÇÃO, pelo reconhecimento intuitivo e direto (o “religare” místico) da nossa unidade com o Universo divino e todos os seres.

CRIATIVIDADE, pela nossa absoluta e imediata integração e identificação com o Universo divino e criador.

ÉTICA, pela compreensão de que somos simplesmente parte da natureza e certamente não o seu centro, finalidade, motivo e propósito.


O panteísmo tem estado em voga nas correntes filosóficas e religiosas mais recentes; vem a ser uma forma de religiosidade que não “escraviza” o homem. Com efeito, o panteísmo, fazendo coincidir Deus com a natureza, emancipa o homem de qualquer força superior, pois o próprio homem vem a ser uma centelha ou uma parcela da divindade.



Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Pante%C3%ADsmo
http://www.infoescola.com/religiao/panteismo/
http://www.panhuasca.org.br/

quinta-feira, 30 de abril de 2015

SER PARDO! SER NEGRO!!

Daniela Dias
Fez referência a você: +Professor Negreiros  Obrigada por ter passado por aqui.
Dan iela Dias
Compartilhada publicamente 11:48
 
Crítica

(Eu nasci em 1985, parda, filha de pardos, que são filhos de pardos e negros, que são filhos negros, filhos negros, filhos da África onde tudo começou...)

Os Negros

Outro dia estive pensando calculadamente, nas raízes e origens do nosso país.
Fiz um resgate gigante de memórias usando exemplos do que aprendi nas aulas de história,  do que aprendi lendo livros e do que aprendi
vendo a vida, resolvi escrever esta crítica.
Programei meu cérebro para ser justo durante o desenvolvimento do texto. Afinal dentro de mim tem sangue negro...

Ainda no ensino fundamental lá nas aulas de história, eu aprendi que os negros vieram da África.
Erroneamente os professores daquela época não estavam preparados para dizerem a verdade para nós pequeninos.
Ou talvez eles não tivessem mesmo o conhecimento correto sobre o tema envolvido.

Hoje sei que eles não eram escravos, eles eram escravizados.
A expressão nasceu escravo não deveria existir em sala de aula.
Naquela mesma época, aprendi que não vieram por livre vontade.
Eles vieram amarrados em condições desumanas, jogados no fundo dos navios sem esperanças, eles cruzavam os oceanos.
Nos tais navios negreiros, assim chamados.

E aprendi que eles morriam de fome, de calor e atacados por doenças.
E aprendi que aqueles que morriam eram jogados ao mar.
Sinceramente não sei se morrer era um castigo, um motivo de tristeza ou alívio para eles.

Fui crescendo e aprendendo que eles; os negros, homens e mulheres eram escravizados, e eles já nasciam com este destino só por causa da cor de sua pele.
E eles eram vendidos como mercadorias e eram açoitados, você sabe o que é açoitado?

Açoitado/ Açoite/ Açoitar/ Pesquise

E na medida em que eu fui crescendo e passando de série na escola, eu fui aprendendo mais e mais sobre o povo negro principalmente nas aulas de história.
Os professores não conseguiam responder a todos as minhas perguntas.
Eu perguntava muitas coisas complexas, por que em meu coração eu não conseguia aceitar aquela verdade tão cruel!

Então eu comecei a pesquisar um pouco mais sozinha em busca de respostas. Isso é claro, de acordo com minha maturidade na época.
Aprendi sentindo um gosto amargo no saber, como eles sofreram, como eles viveram.

Descobri que os negros ainda que escravizados, não desistiam do sonho de liberdade.
Eles inventaram uma dança que escondia uma luta para se defenderem dos capatazes e dos capitães do mato, era a tal (Capoeira).

Aprendi sobre seus conhecimentos medicinais das ervas, sobre suas crenças, ainda que escravizados eles não perdiam a fé, tanto que suas crenças culturais permanecem até hoje, (Candomblé e Umbanda).

 Aprendi sobre suas comidas. A que comida que lhes era permitido comer. E eles foram astutos também nisso.
Pesquise que comidas eles comiam, e como foram espertos para adaptar suas receitas nativas, garanto que você comeu e come comidas que se originaram por meio das mãos deles.

Na medida em que eu fui crescendo, eu fui descobrindo e imaginado a dor de ser um negro naquela época, sem entender direito por que uma pessoa era tratada assim, só por causa da cor da pele eu fui crescendo.

E quanto mais eu aprendia, mais eu sentia tristeza e orgulho!
Vontade de aprender mais.
E sinceramente eu aprendi.
Aprendi estudando sozinha, nas aulas de história ou no dia a dia que mesmo as pessoas são muito menos do que deveriam ser.
Menos humanas e menos humanizadas.
Menos amáveis e menos amadas.
E eu me surpreendo toda vez que me deparo com situações que denigrem a imagem do negro.

A história deste país é banhada de dor, o sangue dos NEGROS e NEGRAS, ainda choram nas veias de quem é descendente.
E isso é triste!
Quem é negro sabe bem a que dor me refiro.
Sabe aquela dor na alma, no sangue, a dor da servidão.

Não se consegue ser patriota num país onde o passado é cheio de dores, sangue e mortes, política e religião andaram lado a lado, escravizando pessoas.
E isso eu aprendi também em aulas de história.
Ainda hoje o povo negro sofre por ser negro...

Com o tempo eu tive tanto interesse em relação aos assuntos que diziam a respeito deles,  que me dediquei a buscar mais afundo a intensidade do assunto.
Quis conhecer mais, saber mais, entender mais.
E assim o fiz por um longo tempo, na verdade, ainda o faço.

O que descobri nos livros, nas pesquisas era um pouco pior do que as coisas que eu aprendi nas aulas de história do ensino fundamental e médio:

Aprendi como eram vendidos, como eram utilizados em escambo, como eram avaliados,
como eram tratados divulgados em jornais feito objetos mesmo.
Ainda que eu estude a vida inteira, não saberei de fato como foi ter vivido no tempo deles.
No tempo dos escravizados, mesmo assim estudar meu deu uma ideia mínima de como foi.
De como viviam...
E isso ainda me entristece!

Não é de se espantar que tenham inventado a capoeira, nem que tenham se rebelado, formando quilombos.
Que tenha escolhido um líder para se espelharem em esperança de liberdade. Eles sentiam a dor de ter uma pele.
Uma pele com uma sentença.
-Escravidão!
Esta era a sentença de ser negro.

(Escravo/ Escravizado/Escravidão) – Pesquise.

Talvez você não saiba dessa herança que tem, eu vou te contar uma coisa muito verdadeira e séria, já que você leu até aqui. Dentro de você existe sangue e DNA do povo negro.
Nos seus genes, sangue e DNA foi já foi sentenciado, mesmo que sua pele seja branca, albina, laranja, roxa, azul seu sangue é negro.

Mesmo que você seja rico, pobre, gari ou juiz de direito eu tenho uma verdade para você. Você carrega genes de um povo negro.
É isso mesmo, você é filho deste país que derramou o sangue dos seus antepassados, que no chão ainda chora.

‘’ Você Luta capoeira, capoeira é a luta dos negros, com dança.
Você segue o Candomblé, a Umbanda, ou faz simpatias e toma chás, isso é herança dos negros.
Você toca tambor, dança um samba, trança os cabelos isso é herança dos negros.
 Você come um monte de comidas e usa um monte de temperos que você não sabe, mas são heranças dos negros.
E você faz artesanato, ou gosta de usar, e você acende velas para Deus e ao mesmo tempo tem medo do Diabo, isso é herança dos negros.
Você que gosta de imagens, que gosta de conchas e usa turbantes nos cabelos, isso é herança dos negros.
Você que trabalha duro e reclama o salário, isso é seu sangue gritando, por você vive a herança de ser negro. De ter um negro nas veias. ’’

Todas essas coisas que estou escrevendo agora, são coisas que aprendi em pesquisas,  em alguns anos de pesquisas.
Livros, revistas, jornais, inclusive se você pesquisar anúncios de jornais publicitários antigos, você vai ver que eles, os nossos pais de sangue eram vendidos como mercadorias, em anúncios de jornais.
Não há como não entristecer...

Por fim, pela jornada da vida aprendi e tenho aprendido cada vez mais, que a escravidão ainda existe para este povo, no qual pertenço por bem querer pertencer.
*Desigualdade salarial entre brancos e negros ainda existe.
*Piadas de negros existem aos montes.
*As piores comparações de cheio, higiene são feitas a negros.
*No futebol! Até o futebol o negro de hoje está sendo humilhado.
Entre estas coisas tantas outras que eu poderia citar a ponto de formar um livro.

E eu poderia citar mais, mais, e mais exemplos de preconceito, de desigualdade racial, em relação a este povo maravilhoso, quem alguém um dia teve a péssima ideia de tornar escravo da própria cor.
Fizeram deste povo um povo marcado pela escravidão de sua condição humana de nascer e nascer negro.

E eu fico sensibilizada e indignada, por que não bastasse o passado, e as mentiras que contam para as crianças nas escolas, ainda hoje existe um governo que não luta pelo direito deste povo, que ainda vive que ainda sofre nas margens da sociedade.

Todo mundo sabe que preconceito racial é crime.
Mas eu deixo estas perguntas:
- Quantas condenações você já viu, por discriminação racial?
- Quantas pessoas você já viu sofrendo preconceito?

Quando participei do provão nacional ENEM, na minha turma tinha apenas uma negra.
Na sala inteira, apenas uma negra.
E eu sei que isso se deu por conta da margem social em que os negros se encontram até os dias de hoje.
Quando acompanhei uma amiga até um feirão de negociação de final de ano SPC/ SERASA, não me surpreendi com o que vi, numa multidão de mais ou menos três mil pessoas, podia se contar os brancos entre os negros.
E eu também sei o porquê disso, por que negros estão afundados em SPC SERASA?
Por que eles estão na margem da sociedade até os dias de hoje.
Quando eu passo por moradores de rua nas madrugadas, moradores de rua que hoje são na verdade os usuários de crack, posso contar os brancos, são os negros que eu vejo, isso por que aquele povo negro que foi levado da África, assim como seus descendentes ainda estão na margem da sociedade.
É impossível não lamentar estes fatos...

Este país não é livre de verdade!
Eu em particular não conheci até hoje  nenhum brasileiro patriota, daqueles que morreriam pela bandeira brasileira ou pelo país.
Só vejo brasileiros usando roupas e acessórios verdade e amarelo durante as copas.
E isso não é ter amor a pátria.
Se eu os condeno?
Não!
Não os condeno, por isso vem de um povo com sangue sofrido nas veias.

Somos um povo que vive das sobras até hoje, um povo que sofre por melhorias.
Viver com um salário mínimo, viver sem ter sequer a dignidade de um atendimento de saúde, isso não é ser livre.
Ainda somos como aqueles negros escravizados.
Sinceramente, acredito que poucos dos amigos que tenho irão me dar à honra de ler esta crítica.
Mas eu vou escrever mesmo assim.
Eu estou a escrevendo.

Estou escrevendo estas palavras com coerência.
Isso por que me sinto no dever para com a verdade sobre este tema.
Isso por que acredito em cada palavra deste texto, por que se uma pessoa ler esta crítica ainda que não concorde, eu sentirei paz.
Paz e sensação de dever cumprido, por que escrever sobre o povo negro está sendo uma questão de honra para mim.

Mostrar o que muita gente não vê ou não sabe.
E dizer que leu isso aqui, muito obrigada!
E tenha orgulho de carregar um sangue tão forte.
Não deixe de acreditar no amanhã melhor.
Eles morreram acreditando nisso.
E deixaram esta cultura maravilhosa que vivemos e nem conhecemos de onde vem.

Aqui na despedida do que considero importante deixar escrito, com os olhos marejados, escreve uma menina de pele parda, que cresceu numa família cercada de brancos de olhos verdes e um Avô Negro, o ser humano responsável por todas as sementes boas que levo no coração.

Então sempre que eu me pergunto quem eu sou, e qual a minha origem, eu sei a resposta, sou negra, filha de negros.
E não só este, mas todos os povos merecem ser respeitados.
Você ficaria surpreso se pesquisasse sobre a teoria do evolucionismo.
- Somos filhos da mãe África!

Por: Daniela Dias.

UM CRIMINOSO A MENOS

Liberte Sua Mente
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UM CRIMINOSO A MENOS: MUITOS SE ENGANAM QUANTO A ESSA IRREALIDADE.



UM CRIMINOSO A MENOS: MUITOS SE ENGANAM QUANTO A ESSA IRREALIDADE.

"Um criminoso foi executado: as pessoas devem saber que só se viram livres dele no plano físico; na realidade, ele continua a viver nos planos subtis, pois a sua alma, habitada por maus instintos, continua a existir. Depois de morto, esse criminoso vai para os planos astral e mental inferiores e alimenta o mal infiltrando-se na cabeça e no coração daqueles que, na terra, estão ligados a ele pelas mesmas afinidades criminosas. Através desses seres, ele esforça-se por continuar a realizar os seus projetos malfazejos. De certo modo, ele tem até mais possibilidades de ação do que antes da sua morte, pois já não está limitado pelo corpo físico.
E acontece o mesmo quando se massacra seres justos, santos, profetas, todos os que se puseram ao serviço do bem, do amor, da luz. Só o seu corpo é destruído, o seu espírito não. Também
eles, no além, continuam a alimentar as mesmas convicções, o mesmo desejo de esclarecer os humanos, de os libertar. Eles prosseguem, pois, o seu trabalho penetrando nas cabeças e nos
corações de todos aqueles que, no mundo, são capazes de os compreender e de os seguir. A sua morte não para a propagação
das suas ideias."


Omraam Mikhaël Aïvanhov.

DOIS SERVOS, NENHUM SENHOR!

Liberte Sua Mente
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Compartilhada publicamente28 de abr de 2015
 
DOIS SERVOS, NENHUM SENHOR!
DOIS SERVOS, NENHUM SENHOR! Havia nas extremidades da Terra dois servos fieis. Um servia a Deus e outro servia ao Diabo. Ambos serviam com desvelo e sofreguidão, e espalhavam migalhas dos seus
conhecimentos aos famintos criando viciados em paliativos. Enqu...
DOIS SERVOS, NENHUM SENHOR! Havia nas extremidades da Terra dois servos fieis. Um servia a Deus e outro servia ao Diabo. Ambos serviam com desvelo e sofreguidão, e espalhavam migalhas dos seus conhecimentos aos famintos criando

O que somos na verdade?

Liberte Sua Mente 
Liberte Sua Mente
Compartilhada publicamente28 de abr de 2015
 
O que somos na verdade? Onde começa o ser humano e onde começa a sociedade?
O que somos na verdade? Onde começa o ser humano e onde começa a sociedade?  Sei que vivemos condicionados… somos produtos do sistema, alienados,
cegos, seguindo conceitos que nem sabemos de onde saiu… O que somos na
verdade? apenas produto do meio? neste...
O que somos na verdade? Onde começa o ser humano e onde começa a sociedade?  Sei que vivemos condicionados… somos produtos do sistema, alienados, cegos, seguindo conceitos que nem sabemos de onde saiu… O que somos na verdad...

8 trechos de livros que mudaram a vida de nossos leitores

Revista Galileu

http://revistagalileu.globo.com/blogs/estante-galileu/noticia/2015/04/8-trechos-de-livros-que-mudaram-vida-de-nossos-leitores.html#
http://revistagalileu.globo.com/

8 trechos de livros que mudaram a vida de nossos leitores

28/04/2015 - 09H04 - por André Jorge de Oliveira
 (Foto: Paul Bence/flickr/creative commons)
Que trecho de livro mudou a sua vida? Com essa pergunta, estimulamos nossos leitores a compartilharem indicações através do Facebook e, abaixo, reunimos algumas das melhores. Confira:
Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe
É uma coisa bastante uniforme a espécie humana. Boa parte dela passa seus dias trabalhando para viver, e o poucochinho de tempo livre que lhe resta pesa-lhe tanto que busca todos os meios possíveis para livrar-se dele. Oh, destino dos homens! - Por Layla Malvares
A Revolução dos Bichos, de George Orwell
Doze vozes gritavam, cheias de ódio, e eram todos iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir, quem era homem, quem era porco - por Angélica Stefanelo

A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente
Mais vale um asno que me carregue do que um cavalo que me derrube - por Samanta Lemos Öz
Ferreira Gullar
Como dois e dois são quatro, sei que a vida vale a pena, embora o pão seja caro e a liberdade pequena - por Jailma Araujo
Primo Basílio, de Eça de Queiroz
Tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações! - por Mari Cardoso
Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle
Eu sou um cérebro, Watson. O resto é mero apêndice - por Enthony Stevie
Memórias de Minhas Putas Tristes, de Gabriel Garcia Marquéz
Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do zodíaco - por Cecys Cecys
Versos Íntimos, de Augusto Dos Anjos
Toma um fósforo acende teu cigarro, o beijo amigo é a véspera do escarro. A mão vil que te afaga é a mesma que apedreja, se alguém causa ainda pena à tua chaga, apedreja essa mão vil que te afaga, escarra nessa boca que te beija - por Josemar Peterle

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Vitória da liberdade de expressão na internet

segunda-feira, 27 de abril de 2015

PHA: Vitória da liberdade de expressão na internet !

Os blogs sujos vão criar a jurisprudência da liberdade no novo veículo de comunicação!



Conversa Afiada reproduz e-mail que recebeu de seu (excelente) advogado Cesar Marcos Klouri sobre a mais recente vitória que obteve – clique aqui para ler sobre a surra que ele acaba de dar em Daniel Dantas e aqui para ler sobre a outra surra que sua (excelente) advogada Maria Elizabeth Queijo aplicou no Gilberto Freire com “ï” (ver noABC do C Af), que manda muito na Globo mas nada, fora dela…


(O Conversa Afiada dedica essa histórica vitória da internet a um certo Bajulador Jurídico – ler nem em casa o Gilmar vence – e a seus discípulos Ilustres na Fel-lha – também no ABC do C Af).

Observe, amigo navegante, o que a Dra Acacia Soares de Sá registra, com agudos argumentos:

- assim como a liberdade de expressão não tem direitos ilimitados, muito menos ilimitados são os direitos à privacidade e à intimidade (especialmente de homens públicos, como Gilmar Mendes, Daniel Dantas e similares… – PHA);

- pedir indenização excessiva – como fazem Daniel e Gilmar – é uma inibição da liberdade de imprensa, assegurou o Min. Ayres Britto;

- um blog só pode ser imputado se desrespeitar o estado de Direito ou causar prejuízo à Paz Social;

- é impossível ao responsável pelo blog avaliar o conteúdo de todos os comentários efetuados por terceiros;

- é inexequível tentar obter o IP (Internet Protocol – a carteira de identidade do internauta – PHA) dos comentaristas;

(Daniel Dantas já obrigou o ansioso blogueiro a gastar uma fortuna com um perito juramentado, porque tentou identificar os comentaristas do Conversa Afiada…! Para que? Para vender cotas do banco Opportunity em Cayman? Não conseguiu!);

-  o blogueiro não pode se responsabilizar pela opinião dos comentaristas;

- o direito de resposta continua a existir (Constituição Federal, art 5.o, V e o Pacto de São José da Costa Rica), mas não respalda a vingança privada ou uma contra-ofensa.

Navalha
Os blogs sujos foram implacavelmente submetidos a uma censura judicial – e, portanto, monetária -, mas conseguiram ampliar o conceito de liberdade de expressão na internet !
No início, lembra Klouri, nas primeiras ações – das dezenas – que o Daniel Dantas movia contra o ansioso blogueiro, os juízes, aparentemente, ainda não se tinham dado conta do alcance da liberdade de expressão, diante do fim da Lei de Imprensa.
O fim da Lei de Imprensa, disse o ansioso blogueiro, numa recente audiência, no Crime, em ação que Daniel Dantas lhe move (e certamente perderá…) deixou um vácuo que só beneficiou os patrões, porque tornou mais difícil o acesso ao direito de resposta.
Mas, não protegeu a liberdade de expressão dos blogueiros.
Foi preciso esperar que a força da Constituição se estabelecesse.
Mas, a Constituição se impôs !
Com as sucessivas vitórias – veja na aba “Não me calarão” -, passo a passo, de cada blogueiro sujo, essa luta consegue desenhar uma nova arquitetura jurídica.
E isso se deverá aos blogs sujos !
E a seus (excelentes) advogados !



Paulo Henrique Amorim


Abaixo, o e-mail do Dr. Cesar Klouri e a íntegra da decisão:


Caríssimo Paulo,

Mais uma vitória consagrando a liberdade de expressão !

A Exma. Juíza da 29a. Vara Cível de Brasília – DF – Dra. Acacia Regina Soares de Sá julgou improcedentes os pedidos indenizatórios formulados por Sergio Barboza Menezes, afirmando em sua irretocável sentença a incorrência de ilícito civil praticado por vc no CAF.

Abs,

Cesar Klouri


Circunscrição :1 – BRASILIA
Processo :2011.01.1.145266-5
Vara : 219 – DÉCIMA NONA VARA CÍVEL DE BRASÍLIA


SENTENÇA 

Trata-se de ação de indenização por danos morais movida por SÉRGIO BARBOZA MENEZES em face de PAULO HENRIQUE AMORIM.

Alega o autor que o réu, após solicitação de esclarecimentos quanto a documentos enviados para investigação criminal, fez ofensas desonrosos em seu blog, as quais renderam comentários que ofenderam a sua honra junto à instituição onde trabalha, como frente à sociedade e sua família.

Aduz ainda que todos os comentários publicados no blog são previamente analisados pelo proprietário da referida mídia, assim, caberia a este impedir a publicação de comentários ofensivos por parte dos leitores, o que não o fez.

Ao final, requereu a condenação do réu ao pagamento de compensação financeira, a título de danos morais e o direito de resposta.

Acostou aos autos documentos de fls. 25/43.

Citado, o réu apresentou contestação e documentos de fls. 104/121, na qual alegou, em apertada síntese, a ausência do dever de compensação civil, causa excludente de ilicitude, liberdade de expressão e pleiteou, ao final, a improcedência dos pedidos formulados na exordial.

Em réplica, o autor rechaçou os argumentos da defesa (fls. 129/142).

Na fase de especificação das provas, nada foi requerido pelo autor (fl. 145), tendo o réu pleiteado a produção de prova testemunhal (fls. 146/147).

Rejeitada a exceção de incompetência (fls. 160/160v).

Em decisão saneadora de fl. 162/163, este juízo indeferiu o requerimento de produção de prova testemunhal formulado pelo réu, não havendo interposição de recurso.


É O RELATÓRIO. DECIDO.

Trata-se de ação de indenização por danos morais onde o autor requer a condenação da do réu em face da divulgação de comentários ofensivos à sua honra.

Estão presentes os pressupostos de existência e validade do processo, não havendo nulidades processuais e tampouco irregularidades a sanar.

Promovo o julgamento antecipado da lide, a teor do art. 330, I do CPC, tendo em vista que o conjunto probatório carreado aos autos é suficiente para a formação do convencimento do juízo. Nos termos dos artigos 130 e 131, ambos do CPC, o juiz é o destinatário da prova, sendo o julgamento antecipado da lide não uma faculdade do magistrado, mas sim uma imposição constitucional e legal, nos moldes dos arts. 5º, LXXVIII, da Constituição da República de 1988 e 125, II do CPC.

O direito à reparação dos danos ganhou proteção constitucional, conforme se infere do art. 5º, incisos V e X, da Constituição da República de 1988.

Nesse diapasão, a responsabilidade civil pressupõe um ato humano que, de alguma forma, cause a outrem um dano injusto. E a conseqüência imediata desse ato injusto é, exatamente, o dever de indenizar.

Com a entrada em vigor do Novo Código Civil, percebeu-se que o legislador buscou proteger sobremaneira os abusos cometidos contra a pessoa e a sua dignidade, estabelecendo em seu art. 927 que “aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”.

Por ato ilícito, é o próprio Código Civil que conceitua, mormente em seu art. 186, in verbis:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligencia ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

A culpa, de inspiração moral de culpabilidade, não ocorre só com uma violação de regra de conduta, mas também perante a possibilidade do agente de prever, de agir diversamente, impedindo, se lhe fosse possível, a configuração do dano.

No caso em tela, pelos elementos coligidos nos autos, não houve qualquer ato ilícito perpetrado pelo réu. 

É certo que nos meios de comunicação não é raro de se ver matéria jornalística com duplo sentido ou mesmo que produza junto ao leitor algum sentimento de dúvida ou desconfiança acerca da pessoa ou objeto ao qual se refere o texto. Todavia, para se falar em responsabilidade civil, o texto deve conter ofensa direta à pessoa, de modo a atingir, efetivamente, a sua honra.

Ainda que os comentários apontados pelo autor acarretem ao mesmo certo desconforto – e isso há de se respeitar, pois diz respeito ao íntimo da pessoa e ao seu autoconhecimento – não são capazes de lhe atingir os direitos da personalidade, que são os fundamentos para a reparação civil por danos morais.

Com efeito, não há, dentro do sistema jurídico brasileiro, direitos absolutos, podendo, todos eles, conforme o caso, sofrer limitações. Da mesma forma que a liberdade de expressão (artigos 5º, IV, IX, XIII, XIV e 220, ambos da Constituição Federal de 1988) não se afigura como direito ilimitado, assim também não os são os direitos à privacidade e intimidade (art. 5º, X, da Constituição da República de 1988).

Em tais casos, entrando em rota de colisão direitos fundamentais, deve o magistrado se valer do princípio da proporcionalidade. Para tanto, a forma de solução do conflito perpassa pelas chamadas máximas parciais (Robert Alexy).

Para Alexy (Teoria dos Direitos Fundamentais. Tradução de Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 90), princípios “são normas que ordenam que algo seja realizado na maior medida possível dentro das possibilidades jurídicas e fáticas existentes”, e, portanto, mandamentos de otimização, cuja concretização irá variar em graus, conforme as possibilidades fáticas e jurídicas.

Nessa toada, a máxima da proporcionalidade possui três máximas parciais: adequação, necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito. Assim, o meio utilizado deve ser o mais adequado para se alcançar o fim almejado (adequação); o meio utilizado para alcançar o objetivo deve ser o menos oneroso possível (necessidade); deve se fazer um juízo de ponderação entre os danos causados e os objetivos alcançados (proporcionalidade em sentido estrito). Logo, o benefício alcançado deve ser maior que o ônus imposto. 

In casu, tendo em vista que não houve qualquer imputação ao autor pelo réu, os direitos de informação e liberdade de imprensa devem prevalecer.

Nesse diapasão, impende destacar brilhante passagem do voto do Min. Ayres Britto, na ADPF 130-7:

“Sem embargo, a excessividade indenizatória é, em si mesma, poderoso fator de inibição da liberdade de imprensa, em violação ao princípio constitucional da proporcionalidade. A relação de proporcionalidade entre o dano moral ou material sofrido por alguém e a indenização que lhe caiba receber (quanto maior o dano maior a indenização) opera é no âmbito interno da potencialidade da ofensa e da concreta situação do ofendido. Nada tendo a ver com essa equação a circunstância em si da veiculação do agravo por órgão de imprensa, porque, senão, a liberdade de informação jornalística deixaria de ser um elemento de expansão e de robustez da liberdade de pensamento e de expressão lato sensu para se tornar um fator de contração e de esqualidez dessa liberdade”. 

Por fim, registra-se que ocupando o autor, à época dos fatos, uma função na administração pública, estava ele muito mais exposto do que qualquer outro cidadão, situação esta que acarreta uma mitigação no seu direito de privacidade.

Nesse sentido é a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, vejamos:

BLOG DE INTERNET. REPORTAGENS. DIREITOR DE AUTARQUIA. CRITICAS DESFAVORÁVEIS E DESRESPEITOSAS. OBRIGAÇÃO DO BLOG DE RETIRÁ-LAS DO AR. DIREITO A OBTENÇÃO DO IP.RECONHECIMENTO DO DANO OCORRIDO. RESSARCIMENTO MORAL. DIREITO DE RESPOSTA. PROIBIÇÃO DE PUBLICAÇÕES FUTURAS.

1-Blog que divulga reportagem sobre Diretor de Autarquia, o qual é criticado por comentadores do referido blog, só pode ser responsabilizado se a crítica denota discriminação, ou tem intenção de desrespeitar o Estado de Direito, ou possui intenção de causar prejuízo à paz social.
2- Impossível ao responsável pelo blog avaliar todo o conteúdo dos comentários efetuados por terceiros. Deveria ele se valer de uma política controladora, mas não de censura, a ponto de não permitir a publicação de comentários deselegantes e de baixo calão, ou retirar do sítio aquilo que fosse denunciado .
3-A obtenção do IP dos computadores utilizados pelos comentadores do blog se afigurará inexeqüível, na medida em que o apelado retirar do ar os comentários em questão.
4-Não é possível exigir do apelado a responsabilidade moral pelas opiniões de terceiros, até porque a internet é um veículo rápido, assim, seria impossível ao dono do blog aferir tudo que ali é colocado.
5-O apelante não fez prova nos autos da negativa do blog no sentido de publicar a sua manifestação. Por outro lado, o referido blog é um espaço livre de acesso a todos que tenham interesse em fazê-lo, logo o próprio apelante pode acessar o sítio em comento e se manifestar, bastando que se cadastre.
6-Não há como o Judiciário reconhecer a obrigação do apelado em não permitir publicações maliciosas ou ilícitas em seu blog, quanto à pessoa do apelante, posto que é um ônus do próprio blog, o qual deveria retirar do ar qualquer matéria jocosa, sobretudo se instado a assim proceder pela parte interessada.

(Acórdão n.694013, 20110111289470APC, Relator: GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, Revisor: FLAVIO ROSTIROLA, 1ª Turma Cível, Data de Julgamento: 10/07/2013, Publicado no DJE: 18/07/2013. Pág.: 62)



DOS COMENTÁRIOS DE TERCEIROS EXPOSTOS NO BLOG DO RÉU

No caso em análise, o réu, ao organizar seu ‘blog’, permite que terceiros postem comentários sobre as notícias ali veiculadas. 

Assim, resta investigar, portanto, se o réu pode ser responsabilizado pela ofensa que, eventualmente, terceiros cometam contra o autor. Nesse campo, na ausência de legislação específica, deve-se entender que a velocidade própria da ‘internet’ não possibilita que um gestor do ‘blog’ previamente filtre e investigue todas as opiniões e comentários postados por terceiros, apesar da advertência constante na sua página inicial. Assim, não estava no campo da possibilidade do réu, censurar previamente as opiniões de terceiros postadas em seu ‘blog’.

No entanto, deve-se convir que, ao ser notificado de que as mensagens podem violar direitos particulares de terceiros, caberá a ele, em primeiro lugar, suspender a divulgação e, caso não suspenda, responder por danos. Se o gestor do ‘blog’ ou ’site’ é notificado sobre o potencial danoso de notícia postada por terceiro e se omite da sua supressão ou suspensão, tem-se que ele, gestor, omite-se de maneira culposa, contribuindo para a divulgação de informação danosa.

Nesse sentido é a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça – STJ:

DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. INTERNET. BLOGS. RELAÇÃO DE CONSUMO. INCIDÊNCIA DO CDC. GRATUIDADE DO SERVIÇO. INDIFERENÇA. PROVEDOR DE CONTEÚDO. FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TEOR DAS INFORMAÇÕES POSTADAS NO SITE PELOS USUÁRIOS. DESNECESSIDADE. MENSAGEM DE CONTEÚDO OFENSIVO. DANO MORAL. RISCO INERENTE AO NEGÓCIO. INEXISTÊNCIA. CIÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE CONTEÚDO ILÍCITO. RETIRADA IMEDIATA DO AR. DEVER. DISPONIBILIZAÇÃO DE MEIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE CADA USUÁRIO. DEVER. REGISTRO DO NÚMERO DE IP. SUFICIÊNCIA.

1. A exploração comercial da Internet sujeita as relações de consumo daí advindas à Lei nº 8.078/90.
2. O fato do serviço prestado pelo provedor de serviço de Internet ser gratuito não desvirtua a relação de consumo, pois o termo “mediante remuneração” contido no art. 3º, § 2º, do CDC, deve ser interpretado de forma ampla, de modo a incluir o ganho indireto do fornecedor.
3. A fiscalização prévia, pelo provedor de conteúdo, do teor das informações postadas na web por cada usuário não é atividade intrínseca ao serviço prestado, de modo que não se pode reputar defeituoso, nos termos do art. 14 do CDC, o site que não examina e filtra os dados e imagens nele inseridos.
4. O dano moral decorrente de mensagens com conteúdo ofensivo inseridas no site pelo usuário não constitui risco inerente à atividade dos provedores de conteúdo, de modo que não se lhes aplica a responsabilidade objetiva prevista no art. 927, parágrafo único, do CC/02.
5. Ao ser comunicado de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, deve o provedor agir de forma enérgica, retirando o material do ar imediatamente, sob pena de responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.
6. Ao oferecer um serviço por meio do qual se possibilita que os usuários externem livremente sua opinião, deve o provedor de conteúdo ter o cuidado de propiciar meios para que se possa identificar cada um desses usuários, coibindo o anonimato e atribuindo a cada manifestação uma autoria certa e determinada. Sob a ótica da diligência média que se espera do provedor, deve este adotar as providências que, conforme as circunstâncias específicas de cada caso estiverem ao seu alcance para a individualização dos usuários do site, sob pena de responsabilização subjetiva por culpa in omittendo.
7. O montante arbitrado a título de danos morais somente comporta revisão pelo STJ nas hipóteses em que for claramente irrisório ou exorbitante. Precedentes.
8. Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp 1192208/MG, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 12/06/2012, DJe 02/08/2012)


RESPONSABILIDADE CIVIL. INTERNET. REDES SOCIAIS. MENSAGEM OFENSIVA. CIÊNCIA PELO PROVEDOR. REMOÇÃO. PRAZO.

1. A velocidade com que as informações circulam no meio virtual torna indispensável que medidas tendentes a coibir a divulgação de conteúdos depreciativos e aviltantes sejam adotadas célere e enfaticamente, de sorte a potencialmente reduzir a disseminação do insulto, minimizando os nefastos efeitos inerentes a dados dessa natureza.
2. Uma vez notificado de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, o provedor deve retirar o material do ar no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de responder solidariamente com o autor direto do dano, em virtude da omissão praticada.
3. Nesse prazo de 24 horas, não está o provedor obrigado a analisar o teor da denúncia recebida, devendo apenas promover a suspensão preventiva das respectivas páginas, até que tenha tempo hábil para apreciar a veracidade das alegações, de modo a que, confirmando-as, exclua definitivamente o perfil ou, tendo-as por infundadas, restabeleça o seu livre acesso.
4. O diferimento da análise do teor das denúncias não significa que o provedor poderá postergá-la por tempo indeterminado, deixando sem satisfação o usuário cujo perfil venha a ser provisoriamente suspenso. Cabe ao provedor, o mais breve possível, dar uma solução final para o conflito, confirmando a remoção definitiva da página de conteúdo ofensivo ou, ausente indício de ilegalidade, recolocando-a no ar, adotando, nessa última hipótese, as providências legais cabíveis contra os que abusarem da prerrogativa de denunciar.
5. Recurso especial a que se nega provimento. (REsp 1323754/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 19/06/2012, DJe 28/08/2012)

Assim, verifico que, no caso em análise, o réu foi notificado a retirar as opiniões de seus leitores de seu ‘blog’. Não há que se falar, portanto, em omissão culposa de sua parte ou de responsabilidade.


DO DIREITO DE RESPOSTA

Mesmo diante do julgamento da ADF nº 130/STF, no sentido de que a Lei de Imprensa não foi recepcionada pela CF/88, tem-se que o Direito de Resposta continua a existir no ordenamento pátrio, por tanto em razão da eficácia direta dos direitos fundamentais (art. 5º, V, CF), quanto por força do artigo 14 do Pacto de São José da Costa Rica.

Nesse diapasão, o direito de resposta não dá ao suposto ofensor a faculdade de impor ao veículo utilizado a publicação daquilo que bem entender. Resposta não respalda a vingança privada ou uma contraofensa e, por isso, o suposto lesado deve apenas retificar informações que considere adequadas.

Ante o exposto e pelo que consta dos autos, JULGO IMPROCEDENTES OS PEDIDOS formulados na inicial, o que faço com julgamento de mérito, nos termos do art. 269, I, do Código de Processo Civil – CPC.

Condeno o autor ao pagamento das custas e honorários advocatícios, os quais fixo em R$ 3.000,00 (Três mil reais), nos termos do art. 20, § 4º, do Código de Processo Civil – CPC

Transitada em julgado, sem requerimento de cumprimento de sentença, dê-se baixa e arquivem-se.

Publique-se. Registre-se. Intimem-se
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Wanderley Liberato via Google+
32 minutos atrás  -  Compartilhada publicamente
 
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