quinta-feira, 18 de junho de 2015

Caráter, Nobreza...

...coisas raras nos dias de hoje


A família mais rica do mundo



 

Esqueça por um momento de todas aquelas listas dos maiores bilionários do mundo. Se você tivesse que adivinhar qual é a família mais rica do planeta, qual seria o seu palpite? Você chutaria por alguma família real europeia, como a britânica, por exemplo? Ou, quem sabe, pela família do Bill Gates ou do Elon Musk? Pois sentimos informar que não se trata de nenhuma dessas opções, e é provável que você nunca tenha ouvido falar sobre estes ricaços.   
De acordo com Matt Blitz do site Today I Found Out, a família mais rica do mundo é a Rothchild,  Descendentes de Mayer Amschel Rothschild, se estima que os integrantes da família atualmente somem juntos mais de um trilhão de dólares, constituindo a maior fortuna privada da História.

A construção de uma fortuna

Ilustração que mostra um antigo cambista judeu
Segundo Matt, a ascensão da família começou com Mayer Amschel Rothschild, que nasceu em meados do século 18 em um gueto judaico de Frankfurt, na Alemanha, e assumiu os negócios da família ainda jovem, após a morte de seu pai. Os Rothschild se dedicavam a operações de câmbio, e esse ramo de atividade evidentemente exigia que Mayer entendesse muito a respeito de diferentes tipos de dinheiro, moedas e valores.
Com o tempo, Mayer se tornou um especialista em moedas raras e, para complementar a renda familiar, começou a negociar com colecionadores. Pois um ávido colecionador da época era o Príncipe Herdeiro de Hesse — um território alemão —, que mais tarde se tornou Guilherme I de Hesse-Cassel, o primeiro príncipe-eleitor da região, o que significa que ele se tornou governador do território sob o comando do Sacro Imperador Romano-Germânico.
 
Mayer Amschel Rothschild
Basicamente, Guilherme era um homem poderoso, e como os negócios com Mayer iam bem, ele decidiu contratar o cambista como “Hoffaktor”. Sendo assim, Mayer se tornou o responsável por administrar as finanças, cobranças de impostos e operações relacionadas com empréstimos feitos a outras casas reais europeias — e era pago uma considerável soma em dinheiro por suas atividades.
De acordo com Matt, a influência de Mayer continuou aumentando, e durante a Revolução Francesa, que durou de 1789 a 1799, ele lidava com praticamente todos os aspectos financeiros relacionados com a guerra. Como? Durante períodos de conflito, todos os governos precisam de dinheiro para alimentar e armar soldados. E, na época, Mayer estava lá, para oferecer empréstimos, negociar taxas e fazer ofertas.

Dinheiro em família

Amschel Mayer Rothschild, um dos filhos de Mayer
Apesar da turbulência vivida na Europa, Mayer logo se tornou um dos homens mais ricos de Frankfurt, e ele se certificou de que seus cinco filhos, todos dedicados ao negócio do pai, fortalecessem a base de seu império. Assim, ele enviou os jovens para prestar seus serviços em cidades estratégicas, como Nápoles, Paris, Viena e Londres, e garantiu que todos se tornassem indispensáveis para os governos desses locais — ao passo que aumentavam a fortuna familiar.
Além disso, Mayer também deu um jeito de fazer com que o dinheiro continuasse circulando entre os integrantes da família, arranjando os casamentos de seus filhos, quase todos com primas. O cambista morreu em 1812, e além das “tramoias” para não dividir a fortuna com outras pessoas, as guerras que ocorriam pela Europa na época engordaram ainda mais as contas dos Rothschild, assim como aumentaram ainda mais sua influência.
Segundo Matt, na virada do século 20, os Rothschild já haviam se estabelecido com o os mais influentes e ricos banqueiros do mundo. E foi Lorde Rothschild — também conhecido como 1º Barão Rothschild — quem iniciou a fazer empréstimos a países fora da Europa, especialmente os Estados Unidos.

Expandindo riquezas

Além de dominar o mundo das finanças, ao longo dos anos os Rothschild também se tornaram grandes colecionadores de arte — e de propriedades espetaculares. Algumas delas, localizadas na França, foram transformada em vinícolas mundialmente famosas, e os vinhos produzidos atualmente estão, evidentemente, entre os mais caros do planeta. Confira alguns dos casarões a seguir:

Com respeito às coleções de arte, segundo Matt, os Rothschild acumularam uma incrível variedade de esculturas, pinturas, peças de mobiliário, cerâmicas e até de equipamentos científicos de valor inestimável. Só como curiosidade, quando as tropas nazistas invadiram a Áustria, as residências dos Rothschild foram ocupadas, e todas as obras de arte pilhadas porque Hitler pretendia criar um museu em Linz, e as peças seriam expostas lá.
Assim, até que o Führer pudesse dar continuidade ao projeto do museu, as obras tomadas dos Rothschild ficaram escondidas em um resort de esqui nos Alpes. A coleção foi descoberta por soldados norte-americanos quando a guerra terminou, mas as peças só foram devolvidas pelo governo austríaco — que mantinha quase tudo exposto por diversos museus do país — aos donos em 1999.

Mais curio$idade$:

Batalha de Waterloo

  • O Rothschild mais controverso — e podre de rico — foi, sem dúvida Nathan, um dos filhos de Mayer, o que ele mandou para Londres. Quando as Guerras Napoleônicas começaram, foi Nathan quem, sozinho, ajudou a financiar as investidas do Duque de Wellington, o famoso general britânico que ajudou a derrotar Napoleão na Batalha de Waterloo;
  • Nathan também fez vasto uso da rede de agentes, informantes e mensageiros — incluindo pombos-correios — mantida pelos Rothschild para ficar por dentro de tudo o que estava rolando financeiramente durante a guerra. E ele aproveitou essa vantagem para, por exemplo, espalhar o rumor de que os britânicos tinham perdido a guerra, mesmo sabendo que era mentira, só para manipular os valores de ações nas bolsas para ganhar muito dinheiro;
 
Nathan Mayer Rothschild

  • Mas Nathan também tinha bom coração! Abolicionista confesso, ele trabalhou duro para erradicar o comércio de escravos no Reino Unido, batalhou para que a abolição fosse promulgada e ajudou a financiar a compra de plantações britânicas — cujo valor hoje seria de R$ 8,25 bilhões — que empregavam escravos;
  • E Lionel, um dos sete filhos de Nathan — que também permaneceram no negócio familiar —, foi o primeiro judeu a ser aceito na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico, e ele ajudou a financiar os esforços voltados para ajudar às vítimas da Grande Fome na Irlanda;
Memorial da Grande Fome em Dublin, na Irlanda

  • Pulando algumas décadas para o futuro, depois de o governo austríaco devolver as obras de arte dos Rothschild que haviam sido roubadas pelos nazistas durante a guerra, a família decidiu doar e vender quase toda a coleção;
  • A família também doou várias de suas magníficas propriedades, como a Waddesdon Manor e a Ascott House, localizadas na Inglaterra, e a Schloss Rothschild, situada na Áustria — as quais você conferir a seguir:

  • A família Rothschild existe até hoje, e continua escandalosamente rica. No entanto, os integrantes tentam levar uma vida discreta e, em vez de se dedicar exclusivamente ao mundo financeiro, atualmente os Rothschild estão mais focados na produção de vinhos, no mercado imobiliário, na gestão de ativos, no trabalho com organizações de caridade e no ativismo social.

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quarta-feira, 17 de junho de 2015

Ateu Racional e Livre pensar um blog ateu para livre pensadores: O humano ainda me parece distante

Ateu Racional e Livre pensar um blog ateu para livre pensadores: O humano ainda me parece distante: A nossa humanidade é basicamente a mesma ao longo dos anos. Somos aqueles mesmos pretensiosos que nos víamos como auge da evolução, somos...

A riqueza é uma qualidade do ser

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Liberte Sua Mente
Compartilhada publicamente  -  21:48
 
" Você tem de ser rico, mas não próspero.
Riqueza é outra coisa. Um mendigo pode ser rico, e um imperador pode ser pobre. A riqueza é uma qualidade do ser.
Alexandre, o Grande, encontrou Diógenes, que era um mendigo, nu, com apenas uma lamparina, seu único bem.
E ele mantinha sua lamparina acesa até durante o dia. Obviamente ele se comportava de maneira estranha; o próprio Alexandre teve de lhe perguntar: "Por que você mantém essa lamparina acesa durante o dia?"
Ele levantou a lamparina, olhou para o rosto de Alexandre e disse: "Estou procurando pelo verdadeiro homem dia e noite, e não o encontro".
Alexandre ficou chocado porque um mendigo nu falara daquela maneira com ele, o conquistador do mundo.
Mas percebeu que Diógenes era muito belo em sua nudez.
Seus olhos eram tão silenciosos, sua face tão pacífica, suas palavras tinham tanta autoridade, sua presença era tão calma, tranquila e suave que, embora Alexandre se sentisse insultado, não pôde retrucar.
A presença do homem era tanta que o próprio Alexandre pareceu um mendigo a seu lado.
Em seu diário ele escreveu: "Pela primeira vez senti que a riqueza era algo mais do que ter dinheiro. Vi um homem rico".
A riqueza é sua autenticidade, sua sinceridade, sua verdade, seu amor, sua criatividade, sua sensibilidade, sua meditatividade. Essa é sua verdadeira prosperidade."
Foto do perfil de Liberte Sua MenteFoto do perfil de Professor Negreiros
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GRITO DA TERRA!!

E Você NÃO OUVE!! Quando ouvir! Se chegar a ouvir! Será muito tarde!!
 
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O grito da Terra - (NOVO)

O grito da Terra! .. “Envenenar a Terra, é o mesmo que envenenar a Placenta, que está alimentando teu filho”. Transição automática dos slides


GRITO DA  AMAZÔNIA

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AMAZÔNIA
AMAZÔNIA AMAZÔNIA PLANETA Clique para passar

Greenpeace Brasil
Tá difícil explicar pro seus amigos a importância das florestas? Vem cá com a gente! participe do Desafio Salve As Florestas, descubra como explicar para as pessoas a importância de proteger as florestas e ainda de quebra concorrer a uma viagem para a Amazônia ➢➣ http://bit.ly/1Cb5FnT
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ONU Brasil
'Se não mudarmos a forma como usamos a nossa terra, vamos ter de converter uma área do tamanho da Noruega em solo arável a cada ano para atender às necessidades futuras', disse Ban Ki-moon.

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No Dia de Combate à Desertificação, ONU cobra ação para proteger cada hectare de terra fértil
'Se não mudarmos a forma como usamos a nossa terra, vamos ter de converter uma área do tamanho da Noruega em solo arável a cada ano para atender às...



Compartilhada publicamente  -  16:30
Ciência e fé do mesmo lado: com sua encíclica sobre mudanças climáticas, Para Francisco se torna mais um líder religioso a defender a ação pelo clima, destacando que toda a sociedade tem a ganhar com isso - e criticando governantes e outros atores que freiam avanços em defesa de seus interesses privados. Confira a encíclica do Papa Francisco: http://bit.ly/1TxyxRU
Foto do perfil de Professor Negreiros
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DW: Papa pede ação rápida para salvar planeta e critica consumismo
Na primeira encíclica papal dedicada ao meio ambiente, Francisco defende fim da "cultura do consumo descartável" e chama aquecimento global de um dos principais desafios da humanidade. DW - 18/06/2015 O papa Francisco apresentou nesta quinta-feira (18/06) a...

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DW: Papa pede ação rápida para salvar planeta e critica consumismo
Na primeira encíclica papal dedicada ao meio ambiente, Francisco defende fim da "cultura do consumo descartável" e chama aquecimento global de um d...

DW: Papa pede ação rápida para salvar planeta e critica consumismo

Na primeira encíclica papal dedicada ao meio ambiente, Francisco defende fim da "cultura do consumo descartável" e chama aquecimento global de um dos principais desafios da humanidade.
O papa Francisco apresentou nesta quinta-feira (18/06) a primeira encíclica dedicada ao meio ambiente, na qual exige dos líderes globais uma ação rápida para salvar o planeta da destruição e defende uma mudança no que chamou de "cultura do consumo descartável" dos países desenvolvidos.
Na encíclica Laudato si – Sobre o cuidado da casa comum, Francisco defende "ações decisivas, aqui e agora," para interromper a degradação ambiental e o aquecimento global e apoia explicitamente os cientistas que afirmam que o planeta está se aquecendo principalmente por causa da ação humana.

Ele afirma que se baseia "nos resultados da melhor investigação científica disponível" e chama o aquecimento global de "um dos principais desafios que a humanidade enfrenta em nossos dias", destacando que os países pobres são os mais afetados.
"A humanidade é chamada a reconhecer a necessidade de mudanças de estilo de vida, produção e consumo, a fim de combater este aquecimento ou, pelo menos, as causas humanas que o produzem ou agravam", afirma.
Sacrifício dos mais ricos
Francisco defende que os países ricos devem sacrificar parte do seu crescimento e assim liberar recursos necessários aos países mais pobres. "Chegou a hora de aceitar crescer menos em algumas partes do mundo, disponibilizando recursos para outras partes poderem crescer de forma saudável", escreveu o papa.
Ele apela às potências mundiais para salvarem o planeta, considerando que o consumismo ameaça destruir a Terra – transformada num "depósito de porcarias" – e denunciando o egoísmo econômico e social das nações mais ricas. "Hoje, tudo o que é frágil, como o ambiente, está indefeso em relação aos interesses do mercado divinizado, transformado em regra absoluta."
No texto, Francisco critica um sistema econômico que aposta na mecanização para reduzir custos de produção e faz com que "o ser humano se vire contra si próprio", defendendo que o valor do trabalho tem que ser respeitado numa "ecologia integral".
Ele rejeita o argumento de que a tecnologia vai resolver todos os problemas ambientais (e que) a fome e a pobreza serão eliminadas simplesmente pelo crescimento do mercado. "Uma vez mais, temos de rejeitar uma concepção mágica de mercado, que sugere que problemas possam ser resolvidos simplesmente por meio de um aumento nos lucros de empresas ou indivíduos."
O papa estabelece uma relação íntima entre os pobres e a fragilidade do planeta. "A convicção de que tudo está estreitamente interligado no mundo, a crítica do paradigma que deriva da tecnologia, a busca de outras maneiras de entender a economia e o progresso, o valor próprio de cada criatura, o sentido humano da ecologia, a grave responsabilidade da política, a cultura do descartável e a proposta de um novo estilo de vida são os eixos desta encíclica, inspirada na sensibilidade ecológica de Francisco de Assis", lê-se no 16.º parágrafo do documento papal.
Energias renováveis e transgênicos
O papa também aborda diretamente alguns dos principais tópicos ambientais. Ele defende que o consumo de combustíveis fósseis seja banido o mais depressa possível em favor das energias renováveis. Essa mudança, porém, não será possível sem que os países mais ricos aceitem ajudar os mais pobres, escreve.
Francisco alerta para o perigo de dar o controle da água às multinacionais, manifestando-se contra a privatização do que chama de direito humano básico. "Enquanto se deteriora constantemente a qualidade da água disponível, em alguns lugares avança a tendência para privatizar este recurso escasso, convertido numa mercadoria que se regula pelas leis do mercado", critica.
O líder da Igreja Católica refere-se ainda aos "pulmões do planeta", repletos de biodiversidade, como a Amazônia, a bacia hidrográfica do Congo e outros grandes rios ou os glaciares, todos eles lugares importantes para "todo o planeta e para o futuro da humanidade".
Francisco propõe ainda que se comece uma "discussão científica e social responsável e ampla" sobre o desenvolvimento e a utilização dos organismos geneticamente modificados para alimentação ou medicina.
"Embora não haja provas definitivas sobre eventuais malefícios dos cereais transgênicos para os seres humanos e estes tenham provocado um crescimento econômico que ajudou a resolver problemas, há dificuldades importantes" sobre o uso destes organismos que não podem ser esquecidas, alerta.
Segundo ele, o uso de transgênicos levou a que haja "concentração de terras produtivas nas mãos de poucos e o progressivo desaparecimento de pequenos produtores, que, tendo perdido as suas terras, tiveram que se retirar" da agricultura.
O papa também critica o uso excessivo das redes sociais. "A verdadeira sabedoria, produto da reflexão, do diálogo e do encontro generoso entre as pessoas, não se consegue com uma mera acumulação de dados que acabam em saturação e embaçamento, numa espécie de poluição mental", escreve.
O pronunciamento papal mais controverso em meio século já despertou a ira de setores conservadores, incluindo vários candidatos presidenciais republicanos dos Estados Unidos, que criticaram Francisco por se aprofundar em questões científicas e políticas. O apelo papal, porém, ganhou amplos elogios de cientistas, das Nações Unidas e de ativistas ambientais.

MAIS SOBRE ESTE ASSUNTO

Em artigo escrito para a DW, o teólogo Leonardo Boff comenta a encíclica "verde" escrita pelo papa Francisco. Brasileiro destaca que documento é inspirado em teólogos latino-americanos que ficaram ao lado dos pobres. (18.06.2015)

"O modus operandi das sociedades do capital, baseia-se nitidamente num pensamento reducionista e padronizador. O que provoca uma tentativa constante de silenciar algumas coletividades humanas que se afastam do paradigma hegemônico delineado..."

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carta aberta à humanidade
Quando paramos de nos perceber como iguais? Como humanos e indivíduos integrais? Será que a racionalização nos empurrou para um estágio a menos na ...





Carta aberta à humanidade



Quando paramos de nos perceber como iguais? Como humanos e indivíduos integrais? Será que a racionalização nos empurrou para um estágio a menos na cadeia evolutiva? Nos aceitar enquanto qualidade de bicho-homem-mulher, talvez, seja a única saída pra nos tirar desse vale escuro pelo qual tem caminhado a humanidade.

Os operários.jpg
Bom dia a todos os seres humanos, habitantes deste planeta azul.
Juntos, hoje em dia, somamos mais de 7 bilhões de pessoas ao redor do mundo. Imaginar isso, até nos dá um certo grau de segurança, estabilidade e confiança, desperta-nos um sentimento de pertencimento, como se sentíssemos que os espaços estão sempre sendo preenchidos e que ao mesmo tempo a solidão de existir é compartilhada com tantos outros indivíduos de nossa espécie. Ledo engano.
Mesmo compreendendo (ou buscando compreender) que fazemos parte de um mesmo clã, nesta grande aldeia global, há forças obscuras que nos impelem a desaproximação. Os espaços de convivência e relacionamento estão povoados por um senso de diferenciação. Ao homo sapiens não é bastante o fato de ser bicho homem, de pertencer a uma massa uníssona; carregar um único título – o de ser: ser humano – é pouco demais pra sua elevada capacidade “racionalista”. Eis que surgem os nomes, números, rótulos, cargos, cores, gêneros e o dinheiro como parâmetros qualificadores.
Assim, pertencer a um determinado grupo, reunir características físicas e seguir um tipo de doutrinamento, passa para os demais entes vivants uma ideia de importância.
Tolice! Não é preciso muito conhecimento para ver que essa maquete que montamos para nos mesmos, isso que chamamos de civilização, nada mais é do que um jogo de luzes, teatro, cena, ilusionismo. Que nos bastidores há controladores, que os poderes estão nas mãos de poucas pessoas e que os fios que movimentam as marionetes são parte de uma estrutura malévola. Então, não adianta se achar especial por atender aos requisitos desses padrões que estão estabelecidos por aí. Não há nada de especial neles. Foram forjados por anos e anos de dominação, joguetes políticos, corrupção, sujeira e sangue.
Dizer que não existem diferenças, que vivemos num mundo monocromático e que todos os seres humanos são genuinamente idênticos, seria não apenas uma ingenuidade, como também, uma mentira absurda. Porém, o ponto de vista sobre as diferenças é que dá o eixo do pensamento. Pois, é a partir do momento em que usamos essas diferenças como artifícios para depreciar, humilhar, segregar e subjugar o outro, é que corrompemos a beleza da diversidade e destruímos os laços universais que nos unem. Pondo em xeque os vínculos supremos que a natureza nos impôs.
O modus operandi das sociedades do capital, baseia-se nitidamente num pensamento reducionista e padronizador. O que provoca uma tentativa constante de silenciar algumas coletividades humanas que se afastam do paradigma hegemônico delineado, buscando reduzir as diversidades (simbólicas, religiosas, culturais) a um padrão único e narcisista.
Boa parte dos choques que vemos hoje em dia são decorrentes do confronto entre os polos opostos dessa disputa insensata, em que as minorias são obrigadas a resistir e lutar bravamente pelos seus espaços e direitos e os opressores se impõem cada vez mais, sempre com novas armas, instrumentos e ferramentas (a internet, inclusive, é uma das mais violentas e sanguinárias).
É uma verdadeira máquina de coisificar pessoas, as suas engrenagens trabalham dia e noite, com o propósito de transformar a natureza em produto, a comunidade em mercado e o outro em si mesmo. Um rito devorador, que carrega em seu jugo uma imensa trama de paradoxos e contradições.
E como se freia essa máquina?
Diminuindo-se os usos diários de adjetivos sujos, qualificadores depreciativos, olhares pejorativos, dedos ridicularizadores, piadinhas nefastas, socos em becos escuros, tiros gratuitos e principalmente tirando esse maldito espelho que temos na frente das nossas caras. Precisamos começar a enxergar os outros, nas suas individualidades, completos, inteiros, não parcelados ou embalados por um rótulo fabricado pela indústria dos preconceitos. Somos vermelhos, pretos, mulheres, amarelos, homens, índios, gays, meninos, pardos, brancos, castanhos, meninas, crespos, lisos, morenos, loiros, ondulados, ricos, gordos, altos, pobres, bonitos, magros, baixos, feios, mas, antes de qualquer coisa, bem antes de qualquer adjetivo, qualificativo ou pedaço: somos humanos (em nossa integralidade). É tudo gente, tudo povo, massa pronta, feita de água e carbono.
Nossa existência temporal representa só alguns minutos, diante de todo o tempo do planeta terra. Somos muita coisa. Poeira cósmica, por que não? O universo é muito maior que nossos umbigos. Então, por que perder tanto tempo com discriminação, com ódio, xingamentos e massacres?
Há tantas tragédias diárias acontecendo, a cada segundo alguém é morto ou vítima de algum tipo de violência e vilipendiosidade. Acho que um mínimo de reflexão nos faria repensar: “Será que eu também quero ser protagonista desse grande horror?”. Se a resposta for não, então, peço que sejamos humanizados, humanitários ou só humanos mesmo, já seria suficiente para pisar no freio do mal.
Um abraço, de um terráqueo, incrustado na litosfera da vida. 

Noédson Santos

Acadêmico em Direito pela Universidade Federal da Bahia, em Regime de Dupla Titulação com a Universidade de Coimbra (Portugal). Vivo entre o chão e o céu. Jogo a vida com calma. Brinco de ser sério. Nego as certezas, eu ando na pista..
Saiba como escrever na obvious.




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Desmatamento ZERO!!
É de que precisa a NATUREZA para nos salvar da extinção até 2199!!