quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Finanças globais

Boletim de atualização nº 1271 - 10/10/2019 leia no navegador




Finanças globais: antes da tempestade, o mormaço

No Ocidente, Estados salvaram bancos da crise. Para isso, emitiram oceanos de dinheiro. Mas riqueza permanece empoçada: as políticas pós-2008 empobreceram as sociedades – e ninguém quer investir. Sobressalto de setembro sugere: caos surgirá do marasmo
Por Eric Toussaint, do CADTM



O flerte do "lugar de fala" com a brutalidade israelense

Indignação moral não depende de compartilhar identidade: é urgente assumir a luta contra os crimes à humanidade cometidos por Tel Aviv. A justiça com o povo palestino, vítima de genocídio há 71 anos, é também nossa responsabilidade
Por Berenice Bento


O amargo sabor da fruticultura brasileira

Relatório aponta: produção de frutas é bilionária, mas superexplora trabalhadores no Nordeste. Empregos temporários e exposição a venenos são práticas comuns. Redes como Carrefour e Pão de Açúcar fazem vista grossa às violações…
Por Rôney Rodrigues


Como afundamos no submundo das milícias

Elas são uma nova fase da violềncia nos porões da ditadura. Agora, já não é o Estado quem reprime de modo direto -- mas criminosos, que agem em seu nome e do poder econômico. Regressão é resultado do abismo social aberto pela crise
Por Marildo Menegat, no Blog do Arlindenor



O Mugica que era padre

Argentino, dedicou sua vida ao trabalho nas comunidades pobres. Debatia imperialismo e desigualdade social, e defendia o peronismo -- por isso era detestado pelo poder estabelecido. Foi morto em 1974, por grupo anticomunista
Por Rafael Molina Vita



Equador: os componentes da rebeldia andina

Insurgência retoma revoltas que derrubaram, desde os anos 1990, governos neoliberais. Cólera anticolonial indígena, combinada com politização dos governos bolivarianos, tem resultado explosivo: população já não aceita os retrocessos e sai às ruas
Por Almir Felitte



Água envenenada: milhões estão bebendo sem saber

Coquetel de 27 agrotóxicos foi encontrado na água de 1 em cada 4 municípios brasileiros. Mas problema pode ser maior: amostragem aponta que mais da metade das cidades do país, ou não realizam os testes, ou escondem os dados
Por Luana Rocha e Mariana Della Barba, no Repórter Brasil


OUTRA SAÚDE

Como fazer da Yoga algo “sombrio e distópico”

Com técnicas de “atenção plena” e meditação, empresas combatem reivindicações trabalhistas e tentam criar funcionários-modelos: focados, dóceis e submissos. Leia também: Bolsonaro veta garantia de atendimento psicológico em escolas
Por Maíra Mathias e Raquel Torres



Coringa: quando os vilões são os bilionários

Filme de Todd Phillips é um blockbuster que, surpreendentemente, resgata a tradição do realismo social. Sua Gotham City é síntese dos EUA: premia as elites, cultua as celebridades, corta serviços sociais e joga os excluídos na sarjeta ou no crime
Por José Geraldo Couto



OUTROS QUINHENTOS OFERECE:

Leituras para compreender o Equador

Editora Elefante propõe livros como “O Bem Viver” e “O Equador é verde” com desconto de 25% para quem sustenta Outras Palavras
Por Simone Paz


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OUTRAS PALAVRAS
Rua Conselheiro Ramalho, 945 - Bixiga, São Paulo

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

BOLSONARO E A RÃ

Mito Chinês
Bolsonaro e a rã
A rã presa no poço não entende o mar.
Bolsonaro, e grande maioria dos brasileiros, não entendem o mar.

Há um provérbio chinês que costuma ser usado para satirizar a falta de visão e de perspicácia no individuo.

Segundo um mito chinês, uma rã, que morava num poço abandonado próximo ao mar, só podia movimentar-se no limitadíssimo espaço que era o fundo do poço e, conseqüentemente, o que via não passava de um pequeno pedaço do céu. Nada conhecia lá fora, e nada sabia sobre a existência de um imenso mundo.

Bolsonaro viveu 30 anos abandonado no fundão da câmara legislativa, coincidentemente como a rã no fundo do poço.

Certa vez, uma tartaruga do mar apareceu à beira do poço, e a rã, lá do fundo, apressou-se a vangloriar-se:
– Vê, amiga tartaruga, que linda e confortável residência é a minha! Aqui, eu salto livremente e descanso num buraco na parede do poço quando me apetece. Se quero nadar, a água cobre-me as pernas e chega-me ao queixo. Passeios? Passear aqui nesta terra pantanosa é uma verdadeira delícia! Garanto que tu, minha amiga tartaruga, nunca tiveste uma vida tão feliz como esta! Vem, vem ver o meu paraíso!
Levada pela curiosidade, a tartaruga do mar deu um passo em frente e, mal viu o “paraíso” da rã, recuou, dizendo:
– Sabes uma coisa, minha amiga rã? O mar é tão imenso que tem milhares e milhares de quilômetros de extensão, e milhares e milhares de braças de profundidade… Dez anos de inundações consecutivas não conseguiriam aumentar nem um centímetro o nível das suas águas, e dez anos consecutivos de seca não lograriam baixá-lo. Ali sim, é vida!

Desta lenda provém o provérbio: A rã no fundo do poço, para fazer referência às pessoas de visão curta e com falta de perspicácia, e do qual derivam algumas expressões de uso corrente, como “opinião de rã no fundo do poço”, “ponto de vista de rã do poço”, “contemplar o céu do fundo do poço”.

É esta a postura de Bolsonaro e de grande maioria do povo brasileiro numa comparação com a rã neste artigo. Ele é a rã do poço juntamente com a maioria dos brasileiros que vivem num poço, próximo ao oceano, que ali nasceram e dali nunca saíram, pois não conseguem saltar tão alto. Mesmo porque desconhecem o mundo ao redor do poço, pois, como nunca o viram. Para essas pessoas, assim como para a rã, não hã nada além das paredes de pedra de seu poço. Desta forma, ignoram o imenso oceano ao seu redor e que dele somente ouvem o seu som, ignorando por completo o que realmente é. Não só ignoram o oceano, ou seja, a condição do mundo onde vivem, mas também ignoram sua própria condição de “rã presa no poço”.

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Bolsonaro, o soldado recrutado de D. Trump

A multinacional que a Lava-Jato destruiu
Blog Altamiro Borges7 de outubro de 2019 10:44


O juiz ladrão, que a jugar por algumas pesquisas ainda continua enganando boa parte do nosso povo, foi recompensado pelo líder da extrema direita com o Ministério da Justiça e a vaga promessa de uma futura indicação para o Supremo Tribunal Federal.
Para quem tem olhos críticos a submissão a Bolsonaro, que mais de uma vez expôs Moro à humilhação pública para mostrar a ele e a quem mais de direito quem é que manda, ilumina o caráter do político curitibano, que outrora desfilou fantasiado de magistrado.
As conversas comprometedoras divulgadas pelo The Intercept revelam a farsa montada com o propósito político de derrubar o governo do PT, prender o maior líder popular da história brasileira, impedindo-o de participar do pleito presidencial de 2018 e impor ao país uma política abertamente antinacional, antidemocrática e antipopular.
Ligações perigosas
Resta esclarecer muitos aspectos da controvertida operação, especialmente sobre as ligações perigosas entre os heróis da Lava Jato e os EUA. Tais relações ainda permanecem na obscuridade. Lembremos que Moro, quando foi a Washington junto com Jair Bolsonaro, fez questão de visitar a sede da CIA.
A sinistra agência de espionagem do imperialismo, hoje aparentemente ofuscada pela NSA (Agência Nacional Segurança dos EUA, que espionou Dilma, a Petrobras e a Odebrecht), esteve envolvida em golpes de Estado no Irã (1953), no Brasil (1964) e Chile (1973), entre muitos outros.
As digitais do imperialismo também ficaram impressas no golpe de 2016. É notório que os EUA são os principais beneficiários da deposição de Dilma Rousseff e da prisão de Lula. A agenda de restauração do neoliberalismo, inaugurada por Temer e radicalizada por Bolsonaro, contemplou uma mudança radical da política externa do Brasil, novamente submissa aos desígnios de Washington.
A política entreguista em relação ao pré-sal e às estatais, alvos de sucateamento e privatização, também servem ao mesmo propósito reacionário. O amor do Clã Bolsonaro ao chefe da Casa Branca não faz bem ao Brasil, é uma afronta à soberania nacional.
A serviço do imperialismo
A destruição da maior construtora brasileira foi outro grande favor da República de Curitiba ao império. Moro e a força tarefa da Lava Jato, sempre em conluio com a Rede Globo e outros veículos da mídia burguesa e a cumplicidade do STF e líderes militares, armaram um circo em torno da prisão de altos executivos da empresa para corroborar a narrativa de que a caça aos corruptos não poupou a grande burguesia brasileira.
Ocorre que os “poderosos” eleitos pelos mocinhos da Globo contribuíram para as campanhas petistas (e também de outras legendas), estavam afinados com a política externa altiva e ativa do Itamaraty, liderada por Celso Amorim, e em confronto, objetivo, com os interesses de multinacionais estadunidenses na América Latina, África e Oriente Médio.
A concorrência no exterior é dura e a Odebrecht, um conglomerado gigante, tocava obras em 28 diferentes países. Os magnatas do ramo estão dando gargalhada nos EUA com mais esta obra da Lava Jato, um duro golpe na engenharia nacional, na economia e na projeção do Brasil no mundo.
Em julho de 2017 o então vice-procurador geral adjunto do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), Kenneth Blanco, escancarou as relações perigosas ao enaltecer o sucesso da Lava Jato, com a prisão de Lula, e o “relacionamento íntimo”, à margem das formalidades legais, entre os procuradores e o departamento que dirigia.
“Dado o relacionamento íntimo entre o Departamento de Justiça e os promotores brasileiros, não dependemos apenas de procedimentos oficiais como tratados de assistência jurídica mútua, que geralmente levam tempo e recursos consideráveis para serem escritos, traduzidos, transmitidos oficialmente e respondidos”, revelou.
A nação só tem a perder com a falência da Odebrecht. A classe trabalhadora talvez seja a principal vítima. A empreiteira empregava 276 mil trabalhadores em 2014, quando teve início a Lava Jato. Hoje tem apenas 48 mil funcionários, segundo informações divulgadas recentemente pela direção da empresa. Um corte de 82%.
Demissões em massa não ocorreram apenas na Odebrecht, mas em várias empresas abatidas pela operação que, sob a máscara do combate à corrupção, provocou um rombo estimado por alguns economistas em cerca de 2% do PIB brasileiro.
Não tenho dúvidas de que a Lava Jato fez o jogo do imperialismo e das multinacionais estadunidenses, perpetrando o que podemos classificar de crime de lesa pátria, com respaldo das classes dominantes, do Judiciário e do Congresso Nacional. Um crime que devia ser rigorosamente apurado e punido.
Reproduzo a este respeito as reflexões do saudoso historiador Moniz Bandeira que citei no livro “O golpe do capital contra o trabalho”:
“A quem serve o juiz Sérgio Moro, eleito pela revista Time um dos dez homens mais influentes do mundo? A que interesses servem com a Operação Lava Jato? A quem serve o procurador-geral da República, Rodrigo Janot? Ambos atuaram e atuam com órgãos dos Estados Unidos, abertamente, contra as empresas brasileiras, atacando a indústria bélica nacional, inclusive a Eletronuclear, levando à prisão seu presidente, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Os prejuízos que causaram e estão a causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam, em uma escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles alegam combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e África.”

SÓ SEI QUE NADA SOU

Quem sou (eu)?!
Quem é você?!
Quem és tu?!
Quem sois vós?!
Quem somos (nós)?!
......
Cronologicamente
(no tempo do tempo)
Ninguém é!!
Daí o problema (existencial)
Achar que é...!!
É o que(ê)?!
NADA!!
......
As pessoas foram...
E em que estaram se transformando... ou continuando como foram...
......
Psicologicamente
Faz-se com que se viva em permanente estado de crise existencial (crise de identidade).
......
Se não foi (foste...) um ser realmente humano e cristão, poderá se transformar em humano e cristão.
......
Só sei que nada sou
Fui e serei aquilo em que irei me transformando e que irão me transformando.
Professor Negreiros, Deuzimar Menezes 7/10/2019.

AntiCristo, antiDeus

AntiCristo, antiDeus é quem é antiAmazônia, AntiEcologia, AntiMeioAmbiente, antiNatureza. É antiCriação.


Anticristo usa jovens desinformados para acelerar implantação de seu reino

domingo, 6 de outubro de 2019

O boi, a causa da desigualdade entre os homens.

Pesquisas apontam novo "divisor de águas" da história da Riqueza humana: os bois
Gazeta do Povo6 de outubro de 2019 09:46


A palavra “desigualdade” traz à mente todo tipo de tentações da riqueza e luxo modernos: mansões, iates, jatos particulares e ilhas paradisíacas. Mas as raízes dessa desigualdade têm um fundamento bem menos glamuroso, segundo um novo estudo publicado na revista Antiquity por pesquisadores das Universidades de Oxford, Bocconi e Santa Fe Institute.
De acordo com a pesquisa, os bois de carga teriam sido os principais impulsionadores da concentração de renda nos primórdios da desigualdade. Os autores do estudo examinaram registros arqueológicos deixados por 150 sociedades antigas de ambos os lados do Atlântico. As descobertas se baseiam, em parte, nos novos métodos para medir a desigualdade em diferentes pontos do desenvolvimento das sociedades humanas.
A narrativa tradicional sustentava que o desenvolvimento da agricultura, que permitiu às pessoas estocar grandes quantidades de grãos e outros alimentos, foi a força motriz da divisão quase global das pessoas entre as que têm e as que não têm. Mas os pesquisadores constataram que a desigualdade só ganhou contornos nítidos milhares de anos depois do estabelecimento da agricultura. O ponto de ignição, argumentam, foi justamente quando os bois de carga se tornaram populares, por volta de 4.000 a.C.
As juntas de arado revolucionaram a agricultura ao dar escala ao trabalho humano. Antes, os agricultores tinham que revirar o solo com as mãos, enxadas e outros instrumentos simples. Mas um boi amarrado ao arado tornou possível realizar o mesmo trabalho em apenas uma fração do tempo consumido anteriormente.
A autora do estudo pela Universidade de Oxford, Amy Bogaard, estima que antes da chegada das cangas de bois, uma família típica da antiguidade conseguia administrar um sítio de cerca de um hectare, pouco mais do que um campo de futebol. Com o apoio dos bovinos para o trabalho pesado, essa produtividade foi multiplicada “por 2,5 vezes ou até 10 vezes”, dependendo de fatores como a condição da terra e dos animais.
Os bois foram, em outras palavras, uma das primeiras formas de capital – um ativo que poderia gerar valor econômico para seus proprietários. Os autores do estudo comparam aqueles animais aos robôs usados hoje nas fábricas: "uma tecnologia que economiza trabalho e levou à dissociação entre riqueza e mão-de-obra - dissociação fundamental para o estágio da desigualdade moderna da riqueza".
Quanto mais bois você tivesse, mais terras você poderia cultivar - e quanto mais terras você cultivasse, mais bois poderia comprar, na versão neolítica de uma equação bem conhecida do capitalismo.

A força capitalista dos bois

Uma das evidências “fumegantes” em favor da hipótese da força capitalista dos bois está na diferença de desigualdade entre sociedades antigas da Europa e Eurásia, onde os bois eram difundidos, e aquelas do outro lado do Atlântico, nas Américas, onde os animais não foram introduzidos até a época de Cristóvão Colombo. Essas sociedades pré-colombianas não possuíam animais de carga equivalentes capazes de lidar com trabalhos agrícolas pesados, e o novo estudo constatou que a desigualdade nessas sociedades era tipicamente menor do que no Velho Mundo.
Para possibilitar tais comparações, os autores analisaram quatro tipos de riqueza familiar que são visíveis no registro arqueológico: terra, espaço de armazenamento doméstico, espaço de moradia e bens enterrados nos túmulos do falecido. Trata-se de um registro necessariamente quebrado e incompleto: certas mercadorias se deterioraram ao longo do tempo, foram destruídas ou roubadas. Alguns indivíduos, como líderes tribais ricos ou padres, eram mais propensos a deixar uma pegada arqueológica do que um trabalhador comum que morresse sem um tostão.
Grande parte do foco da pesquisa estava em corrigir, na medida do possível, os vieses divergentes inerentes a esses registros. Isso foi feito examinando aspectos presentes em alguns dos locais e registros mais completos de habitação, bem como em alguns espaços modernos, como Florença do século 15 e partes da Alemanha do século 17.
O resultado final não é perfeito - os espaços em branco no registro histórico nunca podem ser realmente preenchidos - mas os autores escrevem que suas estimativas são compatíveis com achados anteriores, usando uma metodologia diferente, publicada em 2017 na revista Nature.
"Havendo oportunidades para monopolizar terras ou outros ativos importantes em um sistema de produção, as pessoas irão fazê-lo", disse Bogaard em comunicado. "E se não houver mecanismos institucionais ou outros mecanismos redistributivos, a desigualdade é sempre onde vamos acabar".

Brasil em transe religioso

Quando você condena a religião do outro, você deixa de praticar a sua
Revista Pazes5 de outubro de 2019 23:04


Atire a primeira pedra quem nunca criticou a religião alheia e colocou a sua crença como a única verdade… absoluta! Mas quando você condena a religião do outro, você deixa de praticar a sua! Mesmo quando vivemos uma vida pautada no respeito às diferenças e a tolerância, ainda assim, inconscientemente, acabamos julgando o posicionamento do outro quando o assunto é religião.
INFELIZMENTE MUITAS GUERRAS ACONTECERAM, AINDA ACONTECEM E ACONTECERÃO POR CONTA DAS DIVERGÊNCIAS RELIGIOSAS.
O amor ensinado por Cristo e por tantos líderes espirituais acabou sendo transformado em ódio por alguns fanáticos religiosos que defendem a intolerância crescente no ser humano. As religiões surgiram com o intuito de religar o ser humano com a sua essência divina. Mas o homem, envolto em suas certezas irracionais, acabou transformando, o que era inicialmente, uma obra de amor ao próximo, em algo que destrói, separa, e em muitos casos até mata.
Sem condenar as religiões em si, mas sim, aqueles que pregam o ódio a outros modos de enxergar a vida, e o pós morte, poderemos algum dia, desvincular o conceito de um Deus, criador, a figura de um inquisidor que impõe as suas verdades.
SOMOS DIVERSOS E PERFEITOS EM NOSSAS DIFERENÇAS.
Um Deus justo jamais deixaria seus filhos criarem tantos deuses diferentes se ele não quisesse, de alguma forma, nos ensinar algo com isso. E com certeza, ele não aprovaria uma guerra em seu nome. Mas para mim isso está muito claro! Para você está Convenhamos, Deus é amor. Jesus pregou a caridade, a compaixão e o perdão, além de inúmeras outras coisas positivas.
Em nenhuma página de nenhum livro pode-se encontrar algo que remeta a Jesus algum ato de violência ou crueldade com qualquer forma de vida que cruzou o seu caminho. Nem mesmo as religiões que não seguem literalmente os ensinamentos de Cristo, conseguem ficar totalmente desconectados dos seus ensinamentos.
Gandhi disse certa vez que acreditava no Cristo dos Evangelhos, mas não no Cristo dos cristãos. Segundo ele, os “cristãos” do seu tempo distorciam a mensagem de Jesus através de suas atitudes e preconceitos. E perguntou: Como alguém que ama a Deus e ao próximo poderia aceitar que seres humanos fossem divididos em castas e tratados sem qualquer dignidade?
E eu lanço a mesma pergunta a vocês: Como alguém que prega a palavra de Jesus ou de qualquer outro que diz ser uma figura representativa das palavras de Deus, pode, em sã consciência e com o coração voltado ao amor, julgar e condenar outro ser humano por conta das suas crenças e de sua fé?
Cada religião nessa Terra, existe por um motivo, como também existem pessoas das mais diversas culturas e níveis evolutivos.
CADA RELIGIÃO CAI PERFEITAMENTE, COMO UMA LUVA, PARA CADA TIPO DE PESSOA QUE A ACOLHE.
Porque cada um de nós possuímos saberes e culturas diferentes, estamos inseridos em contextos educacionais diversos, e sofremos traumas ou aprendemos a ver a vida de maneiras completamente distintas. A única coisa que nos une é o amor, e esse amor, muitas vezes é esquecido pelos fiéis de várias religiões.
A cada ser humano que já experimentou o privilegio de amar verdadeiramente, recebeu de presente a possibilidade de se desvencilhar de qualquer amargura que o acomete. Experimente amar todas as espécies e todas as criações sabendo que cada acontecimento que Deus permite é, na verdade, uma lição que ele endereça a nós, de maneira singela e amorosa.
Se você condena a religião que não é a que você segue, como sendo coisa do “cccc” ou demoniza aquele que a cultua, você automaticamente se desvia do caminho do amor, para adentrar ao labirinto obscuro do julgamento seguido de condenação, e pior, estará condenando sem o consentimento e o aval daquEle que você julga conhecer melhor do que ninguém. Pensemos…

Conflito em aceitação homem/mulher é transferência...

O procurador-geral da República Augusto Aras