quinta-feira, 28 de novembro de 2019

LUPA no discurso de bolsonaro na ONU


Bolsonaro na ONU: checamos o discurso do presidente na Assembleia Geral

Rio de Janeiro | lupa@lupa.news
24.SET.2019 | 12H07 |
   
ATENÇÃO: O conteúdo produzido pela Lupa é de inteira responsabilidade da agência e não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia.
O presidente Jair Bolsonaro abriu, nesta terça-feira (24), a 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, com um discurso duro. Ao longo de aproximadamente 30 minutos, atacou diferentes países – entre eles, Cuba, Venezuela e França. Em seguida, criticou a postura do G7, o grupo das nações mais ricas do mundo, com relação às queimadas na Amazônia e afirmou que o mundo não conhece a verdade sobre o Brasil. Bolsonaro também agradeceu o apoio, em especial, dos Estados Unidos e de Israel.
A Lupa acompanhou a fala do presidente e conferiu o grau de veracidade de algumas de suas frases. A assessoria do Palácio do Planalto foi procurada eafirmou que não comentaria as checagens. O conteúdo a seguir pode ser atualizado a qualquer momento e faz parte de uma aliança internacional para verificar discursos feitos por políticos na ONU ao longo desta semana. Leia a seguir a avaliação de Bolsonaro e acompanhe a hashtag #UNAssemblyFacts nas redes sociais.
“Em 2013, o acordo entre o governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil médicos”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
EXAGERADO
Em agosto de 2013, quando o programa Mais Médicos começou, apenas 391 profissionais cubanos foram enviados ao Brasil, segundo dados disponíveis no Sistema Integrado de Informação Mais Médicos, mantido pela Organização Panamericana de Saúde (Opas). Com o avançar do tempo, o número cresceu gradualmente. Em dezembro daquele ano, chegou a 5,3 mil médicos vindos de Cuba. 
O total só ultrapassou os 10 mil citados por Bolsonaro na ONU em março de 2014, quando o Mais Médicos chegou a ter 11,1 mil profissionais cubanos. Essa quantidade foi mantida, com pequenas variações, até abril de 2016. 
Com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), em maio de 2016, e sua substituição por Michel Temer (MDB), o total de médicos de Cuba começou a cair. 
A linha do tempo registra uma queda brusca em junho de 2016, para 10.129 profissionais, e outra em dezembro de 2016, quando o total de médicos caiu para 8.562. O número acabou se estabilizando em pouco mais de 8 mil até o encerramento da cooperação internacional, em novembro de 2018. Na época, o programa contava com 8,3 mil médicos cubanos.

“[Médicos cubanos que integravam o Mais Médicos chegaram ao Brasil] Sem nenhuma comprovação profissional”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
A Lei 12.871/2013, que instituiu e regulava o programa Mais Médicos, exigia que todos os médicos formados no exterior – incluindo os cubanos – apresentassem “diploma expedido por instituição de educação superior estrangeira” e “habilitação para o exercício da Medicina no país de sua formação”.
Essa não é a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro afirma que os médicos cubanos que participaram do Programa Mais Médicos não tinham comprovação profissional. Em 14 de novembro de 2018, Bolsonaro concedeu uma coletiva e disse o seguinte:“não temos qualquer comprovação de que eles (os médicos cubanos) sejam realmente médicos e estejam aptos a desempenhar a sua função”. Na época, a Lupaverificou essa informação e constatou que ela era falsa.
Os profissionais estrangeiros que foram contratados pelo Mais Médicos foram dispensados de fazer o Revalida, exame de revalidação do diploma. Entretanto, ao contrário do que o presidente repete, tiveram – sim – que comprovar sua formação.

“[Os médicos cubanos que participavam do programa Mais Médicos] Foram impedidos de trazer cônjuges e filhos”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
A Lei 12.871/2013, que instituiu e regulamentou o programa Mais Médicos indica que “o Ministério das Relações Exteriores poderá conceder o visto temporário (…) aos dependentes legais do médico intercambista estrangeiro, incluindo companheiro ou companheira, pelo prazo de validade do visto do titular”. Além disso, não existe nenhum acordo entre os governos brasileiro e cubano que impeça médicas cubanas de trazer seus filhos para o Brasil caso venham a participar do Mais Médicos. Essa informação foi confirmada pela  Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), queapoia ações do Mais Médicos.

“61% do nosso território é preservado”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO, MAS
Em janeiro deste ano, a Embrapa divulgou um estudoque mostrou que o Brasil tinha 632 milhões de hectares de vegetação nativa, o que significa que  66,3% do território era preservado e protegido. Segundo a entidade, a título de comparação, essa área correspondia, a “43 países e 5 territórios da Europa.” 
Em dezembro de 2017, um levantamento feito pela Nasamostrou dados semelhantes. Na época, o Brasil preservava e protegia 66% de seu território. Por fim, o último dado divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontava que o Brasil preservava 58,9% de seu território em 2016. De todos estudos consultados pela Lupa, esse é o mais antigo.
 Embora o país conserve a maior parte de seu território é importante destacar que as áreas de preservação vêm diminuindo nos últimos 32 anos. O projeto MapBiomas mostra que o Brasil teve uma perda líquida (perda total com a subtração da recuperação) de 71 milhões de hectares de vegetação nativa. A floresta natural brasileira correspondia a 594 milhões de hectares em 1985 e este total caiu para 523 milhões de hectares em 2017. Segundo o Observatório do Clima, a área de preservação perdida equivale aos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo juntos. 

“Em apenas oito meses, concluímos (..) [os acordos de livre comércio]: Mercosul e União Europeia, Mercosul e EFTA [Associação Europeia de Livre Comércio]”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
EXAGERADO
No dia 28 de junho, Mercosul e União Europeia fecharam o acordo de livre-comércio que estava sendo negociado desde 1992. Entretanto, isso não significa que o processo tenha sido concluído. Para entrar em vigor, o acordo ainda precisa ser aprovado pelo Conselho e pelo Parlamento europeu e pelos parlamentos dos países do Mercosul. Vale ressaltar, por exemplo que, na semana passada, o parlamento da Áustria aprovou uma moção determinando veto ao acordo.
O mesmo vale para o acordo entre Mercosul e EFTA, grupo formado por quatro países europeus que não fazem parte da União Europeia: Suíça, Noruega, Liechtenstein e Islândia. O tratado, cujas conversas se iniciaram em 2017, foi concluído no dia 23 de agosto.

“O Foro de São Paulo, organização criminosa criada (…) para difundir e implementar o socialismo na América Latina”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
O Foro de São Paulo é uma aliança internacional de 120 partidos políticos e movimentos sociais de esquerda, de 26 países latino-americanos. No Brasil, são seis partidos políticos que fazem parte deste grupo: PDT, PCB, PCdoB, PPL, Cidadania e PT. O PSB deixou a organização no mês passado em protesto ao apoio da organização ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela. O Cidadania (antigo PPS), embora siga listado como um membro da organização, diz não participar dos debates desde, pelo menos, 2004.
Não há qualquer evidência que qualifique a organização, em si, como criminosa, embora partidos de países ditatoriais, como o Partido Comunista de Cuba e o Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV, de Nicolas Maduro), estejam entre os membros. As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a participar de reuniões, mas nunca foram consideradas formalmente parte do grupo – o PT, inclusive, tentou impedir sua participação, segundo relatos de dirigentes da guerrilha colombiana.
A organização não tem como finalidade “implantar o socialismo” na América Latina. Há partidos de vertentes progressistas não-marxistas na organização, incluindo partidos humanistas e trabalhistas.
Organizações internacionais de partidos não são ilegais, e são relativamente comuns em todos os espectros da política. O PSDB, como observador, e o DEM, por exemplo, fazem parte da Internacional Democrata Centrista (CDI, da sigla em inglês). 73 partidos fazem parte, hoje, da Internacional Conservadora, que reúne movimentos conservadores, liberais e de centro-direita.

“A França e a Alemanha, por exemplo, usam mais de 50% de seus territórios para a agricultura (…)”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os dois países citados usam mais de 50% de seu território para a produção agropecuária. Na França, são 28,7 milhões de hectares para esse fim, de um total de 54,8 milhões de hectares de área terrestre, o equivalente a 52,4% do total. Desses 28,7 milhões, 19,4 milhões são para plantações (em alguns casos, com uso temporário para pecuária) e outros 9,2 milhões permanentemente para a pecuária.
Já na Alemanha, 18,1 milhões de hectares são usados para a produção agrícola. Isso representa 51,7% da área terrestre total do país, que é de 34,9 milhões de hectares. 12 milhões são para lavouras, em alguns casos com uso temporário para pecuária, e 4,7 milhões para a produção de animais. Os dados são de 2017.

“(…) O Brasil usa apenas 8% do seu território para a produção de alimentos”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
O número citado por Bolsonaro não se refere ao uso da terra para a produção de alimentos, mas sim ao uso da terra para lavouras. Esse número não inclui o território utilizado para a pecuária ou para pomares e plantações permanentes.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil usa 235,9 milhões de hectares para a agropecuária. Isso representa 28,2% da área terrestre do Brasil, calculada em 835,8 milhões de hectares – ou 8,35 milhões de quilômetros quadrados. A maioria desse território é utilizado para a pecuária: 172,6 milhões hectares, ou 20,6% do total. Outros 63,4 milhões de hectares, ou 7,6% do território nacional, são usados para plantações. Os dados são de 2017.

“Nossa Amazônia (…) permanece praticamente intocada”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
Segundo a plataforma MapBiomas, projeto que monitora por satélite a cobertura vegetal e o uso do solo nos biomas brasileiros, a Amazônia brasileira tem 411 milhões de hectares de área terrestre. 59,1 milhões, ou 14,4% total, não está, atualmente, com sua cobertura vegetal original. Isso inclui áreas de produção agrícola, ocupação urbana, mineração e outros fins. Os dados são de 2018.
Em 1985, primeiro ano da série histórica, apenas 3% do território amazônico se encaixava nessas categorias. Em apenas 34 anos, a Amazônia perdeu 47,4 milhões de hectares de floresta, área maior que a Suécia, o terceiro maior país da União Europeia.

“A reserva Ianomâmi, sozinha, conta com aproximadamente 95 mil km² quadrados, o equivalente ao tamanho de Portugal e da Hungria (…)”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO
A terra indígena Ianomâmi, reserva citada por Bolsonaro, está localizada nos estados de Amazonas e Roraima e ocupa uma área de 96.649 quilômetros quadrados. Os dois países citados pelo presidente tem uma área ligeiramente menor do que a ocupada pela reserva indígena. Segundo o site da Embaixada Portuguesa, Portugal ocupa uma área de 92.212 Km².  Já o site da Embaixada da Hungria mostra que seu país tem93 030 km².

“(…) embora apenas 15 mil índios vivam nessa reserva [Ianomâmi]”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
SUBESTIMADO
As informações mais recentes sobre o total de indígenas que vivem na reserva Ianomâmi estão no Censo Demográfico 2010, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na época, o grupo que se declarava ou se considerava indígena nessa área somava 25.719 pessoas, sendo 14.121 no estado do Amazonas e 11.598 em Roraima. O número de índios que vivem na reserva Ianomâmi é 71,5% maior que o citado pelo presidente Jair Bolsonaro. 
Em maio de 2019, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a reserva Ianomâmi tinha aproximadamente nove mil índios. À época, a Lupa constatou que essa informação era falsa, pois o número correto superava o mencionado em mais de 100%.

“Somos um dos países que mais protegem o meio ambiente”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
O Brasil teve resultado mediano e ficou na 69ª colocação no Índice de Desempenho Ambiental de 2018, estudo anual feito pelas universidades americanas de Columbia e Yale. O levantamento, que verifica 24 indicadores, compara a performance de 180 países em políticas públicas voltadas para essa área. A Lupa já havia checado uma frase semelhante, dita pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em entrevista à GloboNews.
Numa escala que vai de zero a 100, o Brasil obteve 60,7 pontos. A Suíça, país mais bem avaliado no índice, recebeu nota 87,4. Já o Burundi, que ficou em último lugar, conseguiu apenas 27,4. Na América Latina, o Brasil foi superado por dez países: Costa Rica (30º), Trinidad e Tobago (35º), São Vicente e Granadinas (36º), Colômbia (42º), República Dominicana (46º), Uruguai (47º), Venezuela (51º), Cuba (55º), Panamá (56º) e Peru (64º).
Quando os indicadores são considerados isoladamente, o desempenho do Brasil varia bastante. Em Conservação de Florestas, por exemplo, o país ficou na 96ª colocação. Em Biodiversidade e Habitat, que leva em conta áreas e espécies protegidas, ficou no 46º lugar. Já em Conservação de Recursos Pesqueiros, ocupou a 6ª posição. O pior desempenho do país, o 157º lugar, ocorreu em Clima e Energia, métrica que analisa as emissões de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e fuligem na atmosfera.

“Nesta época do ano, o clima seco e com ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO, MAS
Os meses de agosto a novembro são, de fato, o período do ano em que mais ocorrem queimadas na Amazônia. Segundo dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 81,3% das queimadas acontecem nesses quatro meses, sendo setembro o mês mais crítico. Entretanto, isso não explica o aumento das queimadas de 2018 para 2019, visto que a temporada seca deste ano está sendo mais chuvosa do que no ano passado.
Segundo nota técnica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), realizado em agosto de 2019, houve um aumento no número de dias com chuva na região amazônia neste ano. Mesmo assim, o número de queimadas cresceu. “O número de focos de incêndios, para maioria dos estados da região, já é o maior dos últimos quatro anos. É um índice impressionante, pois a estiagem deste ano está mais branda do que aquelas observadas nos anos anteriores”, explica a nota.   
Por essa razão, o instituto acredita que o desmatamento possa ser o “fator de impulsionamento” dos incêndios da Amazônia. Segundo a nota técnica, os 10 municípios amazônicos que mais registraram queimadas foram aqueles que tiveram a maior taxa de desmatamento.
Editado por: Natália Leal
O conteúdo produzido pela Lupa é de inteira responsabilidade da agência e não pode ser publicado, transmitido, reescrito ou redistribuído sem autorização prévia.
A Agência Lupa é membro verificado da International Fact-checking Network (IFCN). Cumpre os cinco princípios éticos estabelecidos pela rede de checadores e passa por auditorias independentes todos os anos
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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

QUANDO OS INTERESSES CAPITAL USAM O ESTADO E PROMOVEM O FIM DE UM POVO

AH AVENTURAS NA HISTÓRIA
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/sioux-vitimas-genocidio.phtml?fbclid=IwAR3oHpiy_BQR8GL-anUjmyobiUIDm0eOwJ5IzeDdhJYQJLxPBY97mmN7Bmg

MATÉRIAS » NATIVOS AMERICANOS

SIOUX: VÍTIMAS DO MAIOR GENOCÍDIO DO SÉCULO 19

Eles resistiram antes de morrer: a vitória na batalha de Little Bighorn inspirou Hollywood em muitos filmes de bangue-bangue
FABIANO ONÇA PUBLICADO EM 25/10/2019, ÀS 10H00
Representação de índios nativos americanos
Representação de índios nativos americanos - Getty Images
O dia 25 de junho de 1876 amanheceu com cheiro e gosto de glória para o general George Armstrong Custer e seus 647 homens da 7ª Cavalaria. Finalmente, a caça aos índios que haviam se rebelado contra o governo dosEstados Unidos tinha chegado ao fim. Ao longo do vale do rio Little Bighorn, no atual estado de Montana, repousava o maior acampamento indígena já visto naquelas bandas.
Na frente dos olhos da soldadesca, uma infinidade de tendas projetava-se num raio de mais cinco quilômetros. Estavam amontoados ali sioux oglalas, hunkpapas, sans arcs, minneconjous, brulés e cheyennes. Ao todo, cerca de 10 mil almas, sob o comando dos chefes sioux Touro Sentado e Cavalo Louco.
A luta que se seguiu, conhecida como a batalha de Little Bighorn, entrou para a história da conquista do Oeste americano. E, claro, inspirou Hollywood em muitos filmes de bangue-bangue.
Segundo o plano original, Custer teria de encontrar os índios rebeldes, mandar um aviso para o forte, esperar pela chegada de outras duas colunas do Exército e, só então, avançar. Mas "Cabelos-longos", como era chamado pelos índios, transbordava de ambição. Em depoimento ao jornalista John Finerty, que, em 1890 publicou o livro War-Path and Bivouac ("Em Pé de Guerra e Bivaque"), o general John Gibbon afirmou ter alertado Custer para que aguardasse por reforços.
E o comandante teria dito: "Não, eu não esperarei". A vitória sobre os índios seria sua glória pessoal. "Ele era implacável. Mudava de opinião o tempo todo e sempre achava que estava certo. Nunca pedia palpite a seus oficiais. A nós, restava obedecer", relatou James Horner, cabo da 7ª Cavalaria e um dos sobreviventes do massacre, também em depoimento a Finerty.
A obediência ao chefe custou caro. Ao avistar o acampamento, o general ordenou o ataque sem pestanejar. De fato, foi um dia de glórias. Mas não para Custer. E, sim, para as nações indígenas. Como um formigueiro, mais de 3 mil guerreiros atiraram-se sobre os pouco mais de 600 soldados da 7a Cavalaria. Um pequeno grupo conseguiu fugir.
Só que o general foi cercado. O índio Cavalo Vermelho, em depoimento recuperado em 1893 por Garrick Mallery, do Bureau Norte-Americano de Etnologia, contou que "136 sioux morreram". A 7ª Cavalaria, porém, pagou um preço bem mais alto: 263 soldados morreram.
Custer também foi assassinado. Essa batalha, entretanto, estava longe de ser decisiva. E os sioux estavam bem perto de seu fim como povo. "Essa rebelião indígena tem relação direta com a colonização do Oeste. Até por volta de 1840, os sioux, líderes da revolta, desfrutavam de uma boa convivência com os homens brancos", diz o professor Michael Tate, especialista em nativos americanos, da Universidade de Nebraska, no Estados Unidos.
Caça e caçador
Antes de os colonizadores rumarem para o Oeste americano, os sioux viviam em paz com a natureza e com os búfalos que dominavam aquelas planícies. Caçadores nômades, desfrutavam de total comunhão com os animais. Comiam sua carne e usavam sua pele para confeccionar as tendas, chamadas de tipis.
Os búfalos tinham importância fundamental na cultura sioux. Uma índia, por exemplo, só era considerada uma boa mulher se soubesse esquartejar um búfalo, extrair sem danificar a pele e ainda preparar o pemicãn, uma iguaria feita da carne.
Já para os homens a caça ao búfalo era um ritual de passagem da adolescência para a idade adulta. Não é à toa que a tribo ganhou o nome siuks dos outros índios que habitavam os Estados Unidos. A palavra significa homens-búfalo e virou sioux na versão dos colonos franceses.
O búfalo fazia parte ainda dos mitos daqueles índios. Eles acreditavam que, no início dos tempos, o povo sioux vivia no centro da terra com os búfalos. Quando vieram para a superfície, Wakan Tanka, o Grande Espírito, ordenou aos animais que servissem de alimento para a tribo. Mas advertiu os últimos: não deveriam caçar de forma desenfreada, pois no dia em que os animais desaparecessem da face da terra, os sioux também se extinguiriam.
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Retrato de um Sioux / Crédito: Domínio Público

A profecia tão improvável se cumpriu, de certa forma. Calcula-se que, em 1575, quando os colonizadores travaram o primeiro contato com os sioux, o número de búfalos nas pradarias americanas superava 75 milhões de cabeças. O explorador francês Jacques Cartier (1491-1557) relata em suas memórias que, numa ocasião, ele presenciou um estouro de manada que demorou um dia inteiro para passar diante de seus olhos.
Em 1890, ano da derrocada sioux, os búfalos da planície não somavam mais do que 3 mil cabeças. "O processo de destruição dos índios americanos ocorreu de forma gradual. Começou em 1834, quando o governo empurrou todos os índios para oeste do Mississipi, decretando que, do rio em diante, a terra seria deles para sempre, o que não aconteceu", diz o professor Tate.
O acordo não durou muito. Em 1843, cerca de mil colonos abriram a trilha do Oregon, violando o território indígena. Pouco depois, em 1846, os Estados Unidos declararam guerra ao México e suas tropas utilizaram as terras destinadas aos índios para chegar na área do conflito. Dois anos depois, foi descoberto ouro na Califórnia, e uma enxurrada de aventureiros em carroções penetrou em território indígena novamente.
Durante este período, os colonizadores foram abocanhando o território das tribos e criaram os estados da Califórnia, Kansas e Nebraska. "Como resultado, no início de 1860, havia cerca de 300 mil índios nos Estados Unidos, pressionados por pelo menos 30 milhões de brancos", escreveu o historiador Dee Brown, autor do clássico Enterrem meu Coração na Curva do Rio.
Vitória vermelha
O ano de 1862 marcou, de fato, o fim do sossego dos sioux, quando foi descoberto ouro nas montanhas Rochosas, em Montana, território da tribo. Em questão de dias, uma multidão de mais de mil mineiros garimpava as margens do riacho Gold Creek, perto da atual cidade de Salt Lake City. Para abastecê-los, uma rota de suprimentos acabou sendo aberta, o caminho Bozeman, assim chamado em homenagem ao pioneiro explorador da região, John Bozeman. A rota passava exatamente pelos campos de caça de sioux, cheyennes e arapahos.
As hostilidades entre brancos e peles-vermelhas tornaram-se então inevitáveis. Porém, a gota d´agua para os sioux, na época liderados pelo chefe Nuvem Vermelha, veio quando os invasores atraiçoaram Chaleira Preta, chefe dos cheyennes, que havia decidido não lutar mais e concordado em ir para a reserva indígena de Sand Creek. Lá, sua tribo, indefesa, acabou massacrada sob as ordens do coronel Chivington, um militar linha-dura que costumava dizer que índio bom era índio morto.
A matança, ocorrida em 29 de novembro de 1864, foi tão injustificada que até mesmo o governo dos Estados Unidos instaurou um processo contra o coronel. Para os índios, no entanto, o julgamento já havia sido feito. Eles iriam à guerra, liderados por Nuvem Vermelha.
Ele conduziu uma guerra de guerrilha que fechou a rota Bozeman e obrigou o governo dos Estados Unidos a negociar. Em 1866, os dois lados sentaram-se na mesa de conversações. O local escolhido para o fechamento do acordo de paz foi o forte Laramie, no atual estado do Wyoming. No meio das negociações, Nuvem Vermelha presenciou a chegada de uma grande caravana de soldados armados.
Irritado, levantou-se e declarou guerra sem trégua: "O Grande Pai Branco nos manda presentes e quer que nós lhe cedamos a estrada. Mas o Chefe Branco vem com mais soldados para roubá-la, antes que os índios digam sim ou não. A partir de hoje, enquanto eu viver, lutarei. Lutarei até a morte pelo último campo de caça de meu povo", disse o guerreiro, conforme registrado por testemunhas em relato publicado posteriormente por John Finerty em sua obra.
E o chefe indígena não estava blefando. Nuvem Vermelha reuniu 3 mil guerreiros, entre eles dois jovens líderes: Touro Sentado e Cavalo Louco. O governo revidou à mobilização indígena construindo três fortes para vigiar a rota Bozeman. A situação ficava cada dia mais tensa, até a chegada do tenente-coronel William Fetterman.
Em 21 de dezembro de 1866, o militar ordenou um ataque contra guerreiros indígenas que haviam capturado um comboio de madeira na rota Bozeman. O que o tenente não sabia é que os índios haviam lançado uma isca para atraí-lo até o acampamento.
Cercado por mais de 2 mil guerreiros, Fetterman e seus homens foram mortos. Um ano depois, em 1888, o governo dos Estados Unidos, desgastado pela recente Guerra Civil (1861-1865), clamou novamente pela paz, chamando Nuvem Vermelha para conversar.
O líder sioux impôs seus termos: a estrada Bozeman seria fechada, os índios teriam direito a um grande território em Dakota do Sul para caçar e os fortes desapareceriam da paisagem. E mais: ocupariam as montanhas chamadas de Black Hills, ou Colinas Negras, o lugar sagrado dos ancestrais dos sioux.
O governo dos Estados Unidos aceitou o acordo imediamente. Nuvem Vermelha havia conseguido uma vitória nunca antes conquistada por nenhum outro chefe indígena. Só que a tal vitória teve sabor amargo.
Durante os anos seguintes, protegida pelo acordo de paz, a empresa Union Pacific construíu uma série de ferrovias ligando a costa leste à oeste. O trilhos passavam pelas pradarias do meio-oeste, onde habitavam os búfalos, o sustento dos sioux.
Para se divertirem, os passageiros eram estimulados pela própria Union Pacific a passar o tempo atirando nas manadas. A matança foi tão indiscriminada que até o próprio general Custer, em seu diário, anotou que "as pradarias converteram-se num grande chiqueiro coberto por ossadas putrefatas de búfalos abatidos".
O pior ainda estava por vir. Em 1874, espalhou-se o boato de que havia muito ouro nas Colinas Negras. O governo americano mandou, então, o general Custer confirmar o fato. Um ano depois, em 1875, tentou comprar as montanhas dos sioux.
A proposta foi rejeitada. Isso, entretanto, não impediu os mineiros de assaltarem o território sagrado dos índios e iniciarem a garimpagem desenfreada. Nuvem Vermelha, então com 53 anos, tentou dialogar com o governo para a expulsão dos mineiros. Em vão.
Touro Sentado e Cavalo Louco, os dois novos chefes, decidiram, então, tomar um atitude. Revoltados com a invasão, passaram a perambular fora das reservas indígenas, o que estava proibido pelo governo dos Estados Unidos. Era a desculpa de que os militares precisavam. Em 7 de fevereiro de 1876, o Departamento de Guerra, alegando que os sioux que caçavam fora das reservas indígenas estavam "causando problemas", enviou uma força militar para esmagar os rebeldes, incluindo aí a 7ª Cavalaria do general Custer.
O velho Nuvem Vermelha, que tentava uma solução pacífica, viu os jovens guerreiros unirem-se a Touro Sentado e Cavalo Louco. Os sioux rebeldes estavam, assim, de volta aos velhos tempos de nomadismo. A idéia era romântica demais para os novos tempos: como seus ancestrais, eles migrariam para onde estivessem os búfalos.
A reação das autoridades foi rápida e implacável. Custer, na vanguarda da força militar designada para suprimir a rebeldia indígena, passou a perseguir as tribos em marcha. O confronto, que culminou na morte do general Custer, finalmente ocorreu na manhã de 25 de junho de 1876, às margens do rio Little Bighorn.
Desterrados
Os sioux venceram a batalha, mas não a guerra. Menos de um mês depois de Little Bighorn, como punição pela morte do general Custer, o general Sherman recebeu ordens do congresso para confiscar todas as terras indígenas. Nuvem Vermelha foi obrigado a assinar um acordo entregando as sagradas Colinas Negras, de certa forma, a pátria da nação sioux. A partir daí, eles viveriam confinados em uma pequena reserva ao sul. Touro Sentado e Cavalo Louco fugiram das tropas do governo durante um ano.
Junho de 1876 nas margens do rio Little Bighorn antes da morte de Custer / Crédito: Getty Images

Em 8 de maio de 1877, Cavalo Louco entregou-se. Preso no Forte Robinson, no Estado de Nebraska, acabou assassinado por um soldado em 5 de setembro daquele mesmo ano. Touro Sentado conseguiu alcançar a fronteira com o Canadá, onde ficou com seus homens até 1881. Depois de um inverno severo, quando vários de seus homens morreram, retornou aos Estados Unidos, foi anistiado pelo governo e colocado na reserva de Standing Rock, na Dakota do Sul.
Famosos até os dias de hoje pelos ritos e crenças, os sioux, liderados pelo feiticeiro Wowoka, lançaram mão de sua última arma: a "Dança dos Espíritos". Com a prática do ritual de seus ancestrais, eles acreditavam que a terra se abriria, tragaria o homem branco, traria novamente os búfalos e tudo retornaria ao que era antes.
Os colonizadores, preocupados, viram na estranha dança um sinal de conspiração. Pensaram tratar-se de uma preparação para a guerra. No dia 29 de dezembro, em Wounded Knee, o Exército americano fuzilou velhos, mulheres e crianças.
Ao final do massacre, centenas de índios sioux estavam mortos. "Wounded Knee foi a pedra final no extenso e doloroso genocídio praticado contra os povos nativo-americanos durante o século 19", diz o professor Tate. A profecia havia se cumprido. Nem os búfalos nem os sioux habitavam mais as pradarias do Oeste dos Estados Unidos.
Touro Sentado e Buffalo Bill
Quando Touro Sentado retornou para as reservas sioux, em 1881, havia se tornado uma lenda para índios e homens brancos. Corria o boato de que ele tinha matado o general Custer, embora o chefe indígena nem tenha participado da batalha de Little Bighorn.
Sua popularidade era tamanha que foi convidado para o evento de inauguração da ferrovia transcontinental Northern Pacific. Ao chegar lá, acompanhado de um intérprete, Touro Sentado não honrou o convite. Desfiou, em sua língua, impropérios contra a multidão: "Odeio toda a gente branca. Vocês são ladrões e mentirosos. Roubaram nossa terra e nos tornaram párias". O intérprete, claro, não traduziu ao pé da letra.
E a multidão explodiu em aplausos, conforme narra o historiador Dee Brown no clássico Enterrem meu Coração na Curva do Rio. Após o evento, Touro Sentado foi levado a 15 cidades americanas, como um animal em exibição. O governo queria que ele passasse o maior tempo possível longe das reservas indígenas para evitar rebeliões.
Foi aí que Buffalo Bill, um renomado cowboy, resolveu integrar Touro Sentado ao seu show de variedades chamado Wild West Show " ou Show do Oeste Selvagem. Ele excursionou pelos Estados Unidos por quatro meses, ganhando 50 dólares por apresentação. Mas logo o chefe quis voltar para a tribo. Bill deu de presente ao velho índio um sombreiro e um cavalo branco adestrado.
A dança do sol
A Dança do Sol era um dos mais sagrados rituais do sioux, e de todos os índios americanos. Acontecia no solstício de verão e durava até oito dias. A tribo acreditava que a dança purificava e renovava suas almas.
Durante este período, era comum os guerreiros serem possuídos por visões. Touro Sentado, por exemplo, viu muitos soldados americanos mortos. E sua visão impulsionou os guerreiros em Little Bighorn, quando o general Custer foi morto.
A relação com o mundo onírico era tão importante para os sioux que até mesmo seus nomes vinham de sonhos. Até os 16 anos, um índio sioux não tinha exatamente um nome. Os garotos e garotas eram amados de acordo com suas características físicas.
Apenas quando atingiam a idade certa podiam aventurar-se nas Colinas Negras, onde permaneciam por dias em busca de sua visão. Era a montanha que lhes daria um nome. Cavalo Louco, por exemplo, recebeu este nome porque teve uma visão: um cavalo negro debatendo-se furiosamente.

Saiba mais sobre o tema através da obra abaixo
Indian Wars, Robert M. Utley, Simon & Schuster, 2002 
Enterrem Meu Coração na Curva do Rio, Dee Brown, Melhoramentos, 2003
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