Bolsonaro na ONU: checamos o discurso do presidente na
Assembleia Geral
Rio de Janeiro | lupa@lupa.news
24.SET.2019 | 12H07 |
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O presidente Jair Bolsonaro abriu, nesta
terça-feira (24), a 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em
Nova York, com um discurso duro. Ao longo de aproximadamente 30 minutos, atacou
diferentes países – entre eles, Cuba, Venezuela e França. Em seguida, criticou
a postura do G7, o grupo das nações mais ricas do mundo, com relação às
queimadas na Amazônia e afirmou que o mundo não conhece a verdade sobre o
Brasil. Bolsonaro também agradeceu o apoio, em especial, dos Estados Unidos e
de Israel.
A Lupa acompanhou a fala do presidente e
conferiu o grau de veracidade de algumas de suas frases. A assessoria do
Palácio do Planalto foi procurada eafirmou
que não comentaria as checagens. O conteúdo a seguir pode ser atualizado a
qualquer momento e faz parte de uma aliança internacional para verificar
discursos feitos por políticos na ONU ao longo desta semana. Leia a seguir a
avaliação de Bolsonaro e acompanhe a hashtag #UNAssemblyFacts nas redes sociais.
“Em 2013, o acordo entre o governo
petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil médicos”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
EXAGERADO
Em agosto de 2013, quando o programa
Mais Médicos começou, apenas 391 profissionais cubanos foram enviados ao
Brasil, segundo dados
disponíveis no Sistema Integrado de Informação Mais Médicos, mantido pela
Organização Panamericana de Saúde (Opas). Com o avançar do tempo, o número
cresceu gradualmente. Em dezembro daquele ano, chegou a 5,3 mil médicos vindos
de Cuba.
O total só ultrapassou os 10 mil citados
por Bolsonaro na ONU em março de 2014, quando o Mais Médicos chegou a ter 11,1
mil profissionais cubanos. Essa quantidade foi mantida, com pequenas variações,
até abril de 2016.
Com o afastamento da presidente Dilma
Rousseff (PT), em maio de 2016, e sua substituição por Michel Temer (MDB), o
total de médicos de Cuba começou a cair.
A linha do tempo registra uma queda
brusca em junho de 2016, para 10.129 profissionais, e outra em dezembro de
2016, quando o total de médicos caiu para 8.562. O número acabou se
estabilizando em pouco mais de 8 mil até o encerramento da cooperação
internacional, em novembro de 2018. Na época, o programa contava com 8,3 mil médicos cubanos.
“[Médicos cubanos que integravam o Mais
Médicos chegaram ao Brasil] Sem nenhuma comprovação profissional”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
A Lei 12.871/2013, que instituiu e regulava o programa Mais
Médicos, exigia que todos os médicos formados no exterior – incluindo os
cubanos – apresentassem “diploma expedido por instituição de educação superior
estrangeira” e “habilitação para o exercício da Medicina no país de sua
formação”.
Essa não é a primeira vez que o
presidente Jair Bolsonaro afirma que os médicos cubanos que participaram do
Programa Mais Médicos não tinham comprovação profissional. Em 14 de novembro de
2018, Bolsonaro concedeu uma coletiva e disse o seguinte:“não temos qualquer
comprovação de que eles (os médicos cubanos) sejam realmente médicos e estejam
aptos a desempenhar a sua função”. Na época, a Lupaverificou essa informação e
constatou que ela era falsa.
Os profissionais estrangeiros que foram
contratados pelo Mais Médicos foram dispensados de fazer o Revalida, exame de revalidação do
diploma. Entretanto, ao contrário do que o presidente repete, tiveram – sim –
que comprovar sua formação.
“[Os médicos cubanos que participavam do
programa Mais Médicos] Foram impedidos de trazer cônjuges e filhos”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
A Lei 12.871/2013, que instituiu e regulamentou o programa
Mais Médicos indica que “o Ministério das Relações Exteriores poderá conceder o
visto temporário (…) aos dependentes legais do médico intercambista estrangeiro,
incluindo companheiro ou companheira, pelo prazo de validade do visto do
titular”. Além disso, não existe nenhum acordo entre os governos brasileiro e
cubano que impeça médicas cubanas de trazer seus filhos para o Brasil caso
venham a participar do Mais Médicos. Essa informação foi confirmada pela
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), queapoia ações do Mais Médicos.
“61% do nosso território é preservado”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO,
MAS
Em janeiro deste ano, a Embrapa divulgou
um estudoque mostrou
que o Brasil tinha 632 milhões de hectares de vegetação nativa, o que significa
que 66,3% do território era preservado e protegido. Segundo a entidade, a
título de comparação, essa área correspondia, a “43 países e 5 territórios da
Europa.”
Em dezembro de 2017, um levantamento feito pela Nasamostrou dados semelhantes. Na
época, o Brasil preservava e protegia 66% de seu território. Por fim, o último
dado divulgado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) apontava que o Brasil preservava 58,9% de seu
território em 2016. De todos estudos consultados pela Lupa, esse é o mais antigo.
Embora o país conserve a maior
parte de seu território é importante destacar que as áreas de preservação vêm
diminuindo nos últimos 32 anos. O projeto MapBiomas mostra que o Brasil teve uma perda líquida (perda total
com a subtração da recuperação) de 71 milhões de hectares de vegetação nativa.
A floresta natural brasileira correspondia a 594 milhões de hectares em 1985 e
este total caiu para 523 milhões de hectares em 2017. Segundo o Observatório do Clima, a área de preservação perdida
equivale aos estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo
juntos.
“Em apenas oito meses, concluímos (..)
[os acordos de livre comércio]: Mercosul e União Europeia, Mercosul e EFTA
[Associação Europeia de Livre Comércio]”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
EXAGERADO
No dia 28 de junho, Mercosul
e União Europeia fecharam o acordo de livre-comércio que estava sendo negociado desde 1992.
Entretanto, isso não significa que o processo tenha sido concluído. Para entrar
em vigor, o acordo ainda precisa ser aprovado pelo Conselho e pelo Parlamento
europeu e pelos parlamentos dos países do Mercosul. Vale ressaltar, por exemplo
que, na semana passada, o parlamento da Áustria aprovou
uma moção determinando veto ao acordo.
O mesmo vale para o acordo entre
Mercosul e EFTA, grupo formado por quatro países europeus que não fazem parte
da União Europeia: Suíça, Noruega, Liechtenstein e Islândia. O tratado, cujas
conversas se iniciaram em 2017, foi concluído no dia 23 de agosto.
“O Foro de São Paulo, organização
criminosa criada (…) para difundir e implementar o socialismo na América
Latina”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
O Foro de São Paulo é uma aliança
internacional de 120 partidos políticos e movimentos sociais de esquerda, de 26
países latino-americanos. No Brasil, são seis partidos
políticos que fazem parte
deste grupo: PDT, PCB, PCdoB, PPL, Cidadania e PT. O PSB deixou a organização no
mês passado em protesto ao apoio da organização ao regime de Nicolás Maduro na
Venezuela. O Cidadania (antigo
PPS), embora siga listado como um membro da organização, diz não participar dos
debates desde, pelo menos, 2004.
Não há qualquer evidência que qualifique
a organização, em si, como criminosa, embora partidos de países ditatoriais,
como o Partido Comunista de Cuba e o Partido Socialista Unificado da Venezuela
(PSUV, de Nicolas Maduro), estejam entre os membros. As Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc) chegaram a participar de reuniões, mas nunca
foram consideradas formalmente parte do grupo – o PT, inclusive, tentou impedir sua
participação, segundo relatos de dirigentes da guerrilha colombiana.
A organização não tem como finalidade
“implantar o socialismo” na América Latina. Há partidos de vertentes
progressistas não-marxistas na organização, incluindo partidos humanistas e
trabalhistas.
Organizações internacionais de partidos
não são ilegais, e são relativamente comuns em todos os espectros da política.
O PSDB, como observador, e o DEM, por exemplo, fazem parte da
Internacional Democrata Centrista (CDI, da sigla em inglês). 73 partidos
fazem parte, hoje, da Internacional
Conservadora, que reúne movimentos conservadores, liberais e de
centro-direita.
“A França e a Alemanha, por exemplo,
usam mais de 50% de seus territórios para a agricultura (…)”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO
Segundo a Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os dois países
citados usam mais de 50% de seu território para a produção agropecuária. Na
França, são 28,7 milhões de hectares para esse fim, de um total de 54,8 milhões
de hectares de área terrestre, o equivalente a 52,4% do total. Desses 28,7
milhões, 19,4 milhões são para plantações (em alguns casos, com uso temporário
para pecuária) e outros 9,2 milhões permanentemente para a pecuária.
Já na Alemanha, 18,1 milhões de hectares
são usados para a produção agrícola. Isso representa 51,7% da área terrestre
total do país, que é de 34,9 milhões de hectares. 12 milhões são para lavouras,
em alguns casos com uso temporário para pecuária, e 4,7 milhões para a produção
de animais. Os dados são de 2017.
“(…) O Brasil usa apenas 8% do seu
território para a produção de alimentos”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
O número citado por Bolsonaro não se
refere ao uso da terra para a produção de alimentos, mas sim ao uso da terra
para lavouras. Esse número não inclui o território utilizado para a pecuária ou
para pomares e plantações permanentes.
Segundo a Organização das
Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o Brasil usa 235,9
milhões de hectares para a agropecuária. Isso representa 28,2% da área
terrestre do Brasil, calculada em 835,8 milhões de hectares – ou 8,35 milhões
de quilômetros quadrados. A maioria desse território é utilizado para a
pecuária: 172,6 milhões hectares, ou 20,6% do total. Outros 63,4 milhões de
hectares, ou 7,6% do território nacional, são usados para plantações. Os dados
são de 2017.
“Nossa Amazônia (…) permanece praticamente
intocada”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
Segundo a plataforma MapBiomas,
projeto que monitora por
satélite a cobertura vegetal
e o uso do solo nos biomas brasileiros, a Amazônia brasileira tem 411 milhões
de hectares de área terrestre. 59,1 milhões, ou 14,4% total, não está,
atualmente, com sua cobertura vegetal original. Isso inclui áreas de produção
agrícola, ocupação urbana, mineração e outros fins. Os dados são de 2018.
Em 1985, primeiro ano da série
histórica, apenas 3% do território amazônico se encaixava nessas categorias. Em
apenas 34 anos, a Amazônia perdeu 47,4 milhões de hectares de floresta, área
maior que a Suécia, o terceiro maior país da União Europeia.
“A reserva Ianomâmi, sozinha, conta com
aproximadamente 95 mil km² quadrados, o equivalente ao tamanho de Portugal e da
Hungria (…)”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO
A terra indígena Ianomâmi, reserva
citada por Bolsonaro, está localizada nos estados de Amazonas e Roraima e ocupa uma área de 96.649 quilômetros quadrados. Os dois países citados pelo presidente
tem uma área ligeiramente menor do que a ocupada pela reserva indígena. Segundo
o site da Embaixada Portuguesa, Portugal ocupa uma área de 92.212 Km². Já
o site da Embaixada da Hungria mostra que seu país tem93
030 km².
“(…) embora apenas 15 mil índios vivam
nessa reserva [Ianomâmi]”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
SUBESTIMADO
As informações mais recentes sobre o
total de indígenas que vivem na reserva Ianomâmi estão no Censo Demográfico 2010, produzido
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na época, o grupo
que se declarava ou se considerava indígena nessa área somava 25.719 pessoas, sendo 14.121
no estado do Amazonas e 11.598 em Roraima. O número de índios que vivem na
reserva Ianomâmi é 71,5% maior que o citado pelo presidente Jair
Bolsonaro.
Em maio de 2019, o presidente Jair
Bolsonaro afirmou que a reserva Ianomâmi tinha aproximadamente nove mil índios.
À época, a Lupa constatou que essa informação era
falsa, pois o número correto superava o mencionado em mais de 100%.
“Somos um dos países que mais protegem o
meio ambiente”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
FALSO
O Brasil teve resultado mediano e ficou
na 69ª colocação no Índice de
Desempenho Ambiental de 2018, estudo anual feito pelas universidades
americanas de Columbia e Yale. O levantamento, que verifica 24 indicadores,
compara a performance de 180 países em políticas públicas voltadas para essa
área. A Lupa já havia checado uma frase semelhante, dita
pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em entrevista à GloboNews.
Numa escala que vai de zero a 100, o Brasil obteve
60,7 pontos. A Suíça, país mais bem avaliado no índice, recebeu nota 87,4.
Já o Burundi, que ficou em último lugar, conseguiu apenas 27,4. Na América
Latina, o Brasil foi
superado por dez países: Costa Rica (30º), Trinidad e Tobago (35º), São
Vicente e Granadinas (36º), Colômbia (42º), República Dominicana (46º), Uruguai
(47º), Venezuela (51º), Cuba (55º), Panamá (56º) e Peru (64º).
Quando os indicadores são considerados
isoladamente, o desempenho do Brasil varia bastante. Em Conservação de
Florestas, por exemplo, o país ficou na 96ª colocação. Em Biodiversidade e
Habitat, que leva em conta áreas e espécies protegidas, ficou no 46º lugar. Já
em Conservação de Recursos Pesqueiros, ocupou a 6ª posição. O pior desempenho
do país, o 157º lugar, ocorreu em Clima e Energia, métrica que analisa as
emissões de dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e fuligem na atmosfera.
“Nesta época do ano, o clima seco e com
ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas”
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
Jair Bolsonaro, presidente da República, no discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral da ONU, em 24 de setembro de 2019
VERDADEIRO,
MAS
Os meses de agosto a novembro são, de
fato, o período do ano em que mais ocorrem queimadas na Amazônia. Segundo dados
do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe), 81,3% das queimadas acontecem nesses quatro meses, sendo
setembro o mês mais crítico. Entretanto, isso não explica o aumento das
queimadas de 2018 para 2019, visto que a temporada seca deste ano está sendo
mais chuvosa do que no ano passado.
Segundo nota técnica do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam),
realizado em agosto de 2019, houve um aumento no número de dias com chuva na
região amazônia neste ano. Mesmo assim, o número de queimadas cresceu. “O
número de focos de incêndios, para maioria dos estados da região, já é o maior
dos últimos quatro anos. É um índice impressionante, pois a estiagem deste ano
está mais branda do que aquelas observadas nos anos anteriores”, explica a
nota.
Por essa razão, o instituto acredita que
o desmatamento possa ser o “fator de impulsionamento” dos incêndios da
Amazônia. Segundo a nota técnica, os 10
municípios amazônicos que mais registraram queimadas foram aqueles que tiveram
a maior taxa de desmatamento.
Editado por: Natália Leal
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