quarta-feira, 11 de junho de 2014

Democracia d'eles para e com eles


Muda Mais
Endy Abrado:
Aécio, responde pra gente: isso é democracia?

Hoje a jornalista Rebeca Mafra, do Canal Brasil, recebeu um mandado de busca e apreensão em sua casa. O crime? Rebeca teria cometido "crimes contra a honra do Senador Aécio Neves, através de colocação de comentários de leitores em sites de notícias".

Em tempos de participação social, a pergunta é: isso é democracia, Aécio? Clica aqui: http://goo.gl/iLJhKM
imagem não exibida

Ver postagem

Sejamos solidários com Eles



Socializando a informação

Para conhecimento e apoio à luta dos povos indígenas, verdadeiros descobridores e donos desta terra Brasil.

MPF/MA: Procuradoria da República pede que Polícia Federal, Ibama e Funai fiscalizem e protejam terras indígenas no Maranhão


Em Quarta-feira, 11 de Junho de 2014 13:35, kari ballerio <kariballerio@hotmail.com> escreveu:

MPF/MA: Procuradoria da República pede que Polícia Federal, Ibama e Funai fiscalizem e protejam terras indígenas no Maranhão
(22/05/2014)O MPF relatou situação de conflito na Aldeia Cumaru envolvendo indígenas Ka'apor e madeireiros ilegais do interior da Terra Indígena Alto Turiaçu, e, também, uma possível invasão da Terra Indígena Caru
O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) encaminhou ofício a Policia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Fundação Nacional do Índio (Funai) relatando situação de conflito na Aldeia Cumaru envolvendo indígenas Ka'apor e exploradores ilegais de produto florestal do interior da Terra Indígena Alto Turiaçu, e, também, uma possível invasão da Terra Indígena Caru. Os fatos foram denunciados pela Frente de Proteção Etnoambiental Awá-Guajá, no dia 19 de maio, que encaminhou documento ao MPF/MA relatando as duas situações.
De acordo com o documento, madeireiros foram surpreendidos por um grupo de indígenas, tendo sido apreendidas duas motos por eles utilizadas, o que motivou represália por parte dos invasores em atitudes intimidatórias, inclusive ameaças, em iminente situação de possível conflito. O documento ainda relata uma possível invasão da Terra Indígena Caru, segundo denúncia de liderança da Aldeia Maçaranduba, a qual estaria sendo ameaçada por indígenas da própria aldeia que pretendem firmar acordo com madeireiros da região.
Para o procurador da República Alexandre Soares, as situações envolvendo conflitos entre indígenas e madeireiros em razão da exploração de madeira ilegal no interior de Terras Indígenas e de flagrantes realizados pelos próprios indígenas não constitui episódios isolados, sendo recorrentemente narradas ao MPF, “acreditamos que a ausência de respostas rápidas dos órgãos competentes para agir nessas situações, tais como presença fiscalizatória constante e responsabilização dos agentes infratores, estimulam esse tipo de ação”, disse.

A própria Justiça Federal já reconheceu isso e condenou o Ibama, a Funai e a União, por meio do processo nº 2008.37.00.005728-5, a manterem postos de fiscalização para coibir a atividade ilegal de devastação no interior das Terras Indígenas Alto Turiaçu, Awá Guajá e Caru, com estrutura e pessoal necessários.
MPF/MA pediu também que a Funai, Ibama e PF adotem medidas urgentes visando à proteção dos indígenas nas Terras Indígenas mencionadas, e informe quais medidas foram adotadas, no prazo de 10 dias.


Assessoria de Comunicação

Procuradoria da República no Maranhão

Tel: (98) 3213-7100

E-mail:ascom@prma.mpf.gov.br

Twitter: @MPF_MA

O fascismo ronda o Brasil

"[... ] A classe média adora curtir a ilusão de que é candidata a integrar a elite embora, por enquanto, viaje na classe executiva. Porém, acredita que, em breve, passará à primeira classe… E repudia a possibilidade de viajar na classe econômica. [...]" - Frei Betto

O fascismo ronda o Brasil em 2014 - Por Frei Betto.


Ao votar este ano, reflita se por acaso você estará plantando uma semente do fascismo ou colaborando para extirpá-la.
Jean-Marie le Pen, líder da direita francesa, sugeriu deter o surto demográfico na África e estancar o fluxo migratório de africanos rumo à Europa enviando, àquele sofrido continente, “o senhor Ebola”, uma referência diabólica ao vírus mais perigoso que a humanidade conhece. Le Pen fez um convite ao extermínio.
O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy propôs a suspensão do Tratado de Schengen, que defende a livre circulação de pessoas entre trinta países europeus. Já a livre circulação do capital não encontra barreiras no mundo… E nas eleições de 25 de maio a extrema-direita europeia aumentou o número de seus representantes no Parlamento Europeu.
A queda do Muro de Berlim soterrou as utopias libertárias. A esquerda europeia foi cooptada pelo neoliberalismo e, hoje, frente a crise que abate o Velho Mundo, não há nenhuma força política significativa capaz de apresentar uma saída ao capitalismo.
Aqui no Brasil nenhum partido considerado progressista aponta, hoje, um futuro alternativo a esse sistema que só aprofunda, neste pequeno planeta onde nos é dado desfrutar do milagre da vida, a desigualdade social e a exclusão.
Caminha-se de novo para o fascismo? Luis Britto García, escritor venezuelano, frisa que uma das características marcantes do fascismo é a estreita cumplicidade entre o grande capital e o Estado. Este só deve intervir na economia, como apregoava Margareth Thatcher, quando se trata de favorecer os mais ricos. Aliás, como fazem Obama e o FMI desde 2008, ao se desencadear a crise financeira que condena ao desemprego, atualmente, 26 milhões de europeus, a maioria jovens.
O fascismo nega a luta de classes, mas atua como braço armado da elite. Prova disso foi o golpe militar de 1964 no Brasil. Sua tática consiste em aterrorizar a classe média e induzi-la a trocar a liberdade pela segurança, ansiosa por um “messias” (um exército, um Hitler, um ditador) capaz de salvá-la da ameaça.
A classe média adora curtir a ilusão de que é candidata a integrar a elite embora, por enquanto, viaje na classe executiva. Porém, acredita que, em breve, passará à primeira classe… E repudia a possibilidade de viajar na classe econômica.
Por isso, ela se sente sumamente incomodada ao ver os aeroportos repletos de pessoas das classes C e D, como ocorre hoje no Brasil, e não suporta esbarrar com o pessoal da periferia nos nobres corredores dos shopping-centers. Enfim, odeia se olhar no espelho…
O fascismo é racista. Hitler odiava judeus, comunistas e homossexuais, e defendia a superioridade da “raça ariana”. Mussolini massacrou líbios e abissínios (etíopes), e planejou sacrificar meio milhão de eslavos “bárbaros e inferiores” em favor de cinquenta mil italianos “superiores”…
O fascismo se apresenta como progressista. Mussolini, que chegou a trabalhar com Gramsci, se dizia socialista, e o partido de Hitler se chamava Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, mais conhecido como Partido Nazista (de Nationalsozialist).
Os fascistas se apropriam de símbolos libertários, como a cruz gamada que, no Oriente, representa a vida e a boa fortuna. No Brasil, militares e adeptos da quartelada de 1964 a denominavam “Revolução”.
O fascismo é religioso. Mussolini teve suas tropas abençoadas pelo papa quando enviadas à Segunda Guerra. Pio XII nunca denunciou os crimes de Hitler. Franco, na Espanha, e Pinochet, no Chile, mereceram bênçãos especiais da Igreja Católica.
O fascismo é misógino. O líder fascista jamais aparece ao lado de sua mulher. Como dizia Hitler, às mulheres fica reservado a tríade Kirche, Kuche e Kinder (igreja, cozinha e criança).
O fascismo é anti-intelectual. Odeia a cultura. “Quando ouço falar de cultura, saco a pistola”, dizia Goering, braço direito de Hitler. Quase todas as vanguardas culturais do século XX foram progressistas:expressionismo, dadaísmo, surrealismo, construtivismo, cubismo, existencialismo. Os fascistas as consideravam “arte degenerada”.
O fascismo não cria, recicla. Só se fixa no passado, um passado imaginário, idílico, como as “viúvas” da ditadura do Brasil, que se queixam das manifestações e greves, e exalam nostalgia pelo tempo dos militares, quando “havia ordem e progresso”. Sim, havia a paz dos cemitérios… assegurada pela férrea censura, que impedia a opinião pública de saber o que de fato ocorria no país.
O fascismo é necrófilo. Assassinou Vladimir Herzog e frei Tito de Alencar Lima; encarcerou Gramsci e madre Maurina Borges; repudiou Picasso e os teatros Arena e Oficina; fuzilou García Lorca, Victor Jara, Marighella e Lamarca; e fez desaparecer Walter Benjamin e Tenório Júnior.
Ao votar este ano, reflita se por acaso você estará plantando uma semente do fascismo ou colaborando para extirpá-la.

LEIA


imagem não exibida

OU AINDA MELHOR!!!!!!

DESAPEGUE-SE

imagem não exibida

um anti-metafísico

Alberto Caeiro
Foi um poeta ligado à natureza, que despreza e repreende qualquer tipo de pensamento filosófico, afirmando que pensar obstrui a visão ("pensar é estar doente dos olhos").
Proclama-se assim um anti-metafísico.
imagem não exibida

Ver postagem

Livros grátis

Para os viciados em leituras!
imagem não exibida

Ver postagem

Eduque-se se necessário...




 http://hashtag.blogfolha.uol.com.br/files/2014/02/20140212-CGU.png
 

DENUNCIE OS DOIS

imagem não exibida

Antes de tudo, SER BRASILEIRO

A Copa e o antibrasileiro profissional

Por Marcelo Zero, no blog de Paulo Moreira Leite:

-O Senhor é patriota?

-Amador.

-Amador?

-É, porque profissional é o Senhor, que é pago para isso.

Esse teria sido o diálogo travado entre o grande advogado Sobral Pinto e o coronel que o prendeu em Goiânia, durante a ditadura militar. Na realidade, as palavras devem ter sido diferentes, mas o sentido geral foi esse.

Sobral sentiu-se extremamente ofendido pela pergunta e retrucou à altura. O grande advogado, católico fervoroso e conservador, detestava a ditadura e suas violências, mas amava profundamente o seu país. O mesmo acontecia com outros opositores do regime militar. Os jovens que aderiram à luta armada contra a ditadura, como Dilma Rousseff, também tinham grande amor pelo Brasil e profunda fé em seu enorme potencial. Na realidade, eles queriam, a sua maneira, libertar o Brasil do “imperialismo” e das amarras que o prendiam ao atraso e às injustiças. Eles achavam que, uma vez liberto, o Brasil e seu povo encontrariam a sua real grandeza.

Ninguém ali tinha complexo de vira-lata. Ninguém se achava menor por ser brasileiro. Ninguém era pessimista, em relação ao Brasil. A bem da verdade, tratava-se de gente que, por acreditar muito no país, era capaz de dar sua vida por ele, como alguns fizeram. E, na Copa de 1970, todos acabaram torcendo pela Seleção.

Agora, a coisa mudou. Para se fazer oposição ao governo popular e democrático do país, parece que o requisito é ser anti-Brasil. Parece necessário se ter um grande desprezo pelo país, e mais ainda pelo seu povo. É imprescindível ser um pessimista que transmita seu desprezo a tudo que é brasileiro com sincopado abanar de rabo e latidos histéricos.

Pelo menos é o que a mídia conservadora e oligopolizada, nosso maior partido de oposição, vem fazendo com grande afinco. Com efeito, para tentar impedir a reeleição da presidenta instaurou-se um vale-tudo que não se acanha em atropelar a autoestima do brasileiro e prejudicar o país.

Tudo é apresentado sob uma ótica distorcida pelo ódio, o pessimismo e o desprezo. Parece que vivemos no último país do mundo, sempre à beira do colapso e irremediavelmente condenado ao atraso pela incompetência e a ignorância de seu próprio povo.

Faz-se tabula rasa de todos os grandes avanços acontecidos na última década e do fato de que o Brasil é um dos países que melhor enfrenta a crise mundial, para se criar um clima pesado de pessimismo e negatividade, o qual, embora não tenha substrato empírico, tem impacto real na psique coletiva do país. E na imagem do Brasil.

A cobertura da Copa é exemplar, a este respeito. Faz-se uma inversão de tudo o que acontece. O novo estádio, muitíssimo melhor que o antigo, que caía aos pedaços, afugentando e ameaçando torcedores, não é notícia. O que é notícia, espalhafatosa e histérica, é o “atraso”, a “goteira”, o “tapume”, e os supostos e até agora não comprovados “superfaturamentos”. O novo aeroporto, também muito melhor que o antigo, de que tantos reclamavam, também não é notícia. O que é notícia é a não-instalação (ainda) da Polícia Federal no local e a confusão em torno da saída de um voo internacional.

As grandes obras de mobilidade urbana, tão necessárias à nossa população das grandes cidades, ou são ignoradas ou são apresentadas pelo mesmo viés negativo.

Distorce-se muito o tempo todo. Até mesmo a taxa de desemprego em seu mínimo histórico é apresentada sob uma ótica negativa, sob a desculpa de que a taxa de inatividade cresceu, o que, na realidade, também é uma boa notícia, pois indica que os nossos jovens estão estudando mais, graças ao aumento das rendas das famílias.

Quando não se pode distorcer, chega-se, em alguns casos, à mentira pura e simples. A velha mídia se esmerou em propagar a ideia de que os investimentos na Copa tinham sido feitos a expensas dos investimentos em Saúde e Educação.

Tudo mentira, é óbvio. Os dados mostram que gastos com os estádios, na realidade empréstimos do BNDES que terão de ser pagos, corresponderam, em quatro anos, a cerca de RS$ 8 bilhões, ao passo que os investimentos em Saúde e Educação ultrapassaram R$ 850 bilhões. A manchete correta sobre o tema seria: “Brasil gasta menos de 1% com estádios do que gasta com Saúde e Educação”. No entanto, essa manchete nunca veio, ou, se veio, veio com muito atraso.

E a distorção sistemática não se refere somente à Copa. Distorcem-se as informações sobre o ENEM, um mecanismo republicano de acesso à universidade, que é atacado sistematicamente por aqueles que ignoravam os grandes problemas e limitações dos nossos vestibulares. Distorcem-se os dados sobre o Bolsa Família, sempre apresentado como um programa que incentiva a preguiça. Inventa-se uma inflação “sem controle”. Em certos meios, mente-se até sobre a Justiça, como no caso da AP 470. A lista é inesgotável.

Claro está que não se deseja que a imprensa oculte problemas e não faça críticas. Mas deveria haver um mínimo de equilíbrio e isenção. Afinal, qual é a contribuição que uma mídia que não disponibiliza informação fidedigna à população presta à democracia? Claro está também que, se a Copa e todas essas grandes obras tivessem sido feitas nos governos conservadores de antanho, a louvação derretida dessa mesma mídia oligopolizada seria interminável e nauseante.

O curioso é que esse esforço furioso da mídia conservadora não surte o efeito desejado. Os candidatos da oposição não conseguem decolar. O clima de pessimismo e desconforto embalado pela mídia parece atingir, a bem da verdade, a política de um modo geral e todas as instituições democráticas. Ninguém está conseguindo se beneficiar com isso.

Mas, se ninguém se beneficia, o dano causado ao país é real. Quanto turistas deixaram de vir ao Brasil por causa dessa campanha sistemática? Será que não há investimentos que foram cancelados por causa disso? Em todo caso, se a Copa for um grande fracasso, quem pagará o preço, por várias décadas, será o Brasil; não o governante de plantão.

O dano maior, contudo, é o dano à autoestima do brasileiro. Um dano terrível. Já ouvi crianças de nove anos dizerem que torcerão por times estrangeiros, porque o Brasil é um “país feio”. Já vi adultos declararem que não colocaram bandeiras do Brasil em seus carros porque temem “pichações”. Vejam a que ponto chegamos: há pessoas no Brasil que temem declarar o seu amor pelo próprio país. Quem pagará por esse crime?

Deveria ser o antibrasileiro profissional. Aquele que é revelado pelo seguinte diálogo:

-O Senhor é antipatriota?

-Profissional.

-Profissional?

-É, porque eu sou pago para fazer esse servicinho sujo contra o Brasil.

* Marcelo Zero é formado em ciências sociais pela UnB e assessor legislativo do Partido dos Trabalhadores.