sábado, 14 de março de 2015

Capitalismo Canibal



O blogue dos leitores-escritores de cartas para jornais

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Anselm Jappe ou o Capitalismo Canibal


Quando uma grande Verdade, que desmente as versões oficiais da Novílingua oficial do Economês, é dita,  costuma ouvir-se um silêncio atroador. O Espaço Público, o nosso e o dos outros países europeus, foi tomado de assalto pelos arautos de ultra-liberalismo, que não admitem contradições, qual guardiões da Austeridade que, juram eles, nos há-de salvar, matando-nos de carestia.
Ás vezes parece que vivemos na Velha Esparta. Somos - os Europeus do Sul - atletas da Fome, do desalento, dos impostos altíssimos, e (sobre)vivemos como concorrentes famintos de um qualquer Big Brother televisivo, manipulados pelo Clube oficial da MitleEuropa, liderado pelo braço de Ferro da Senhora Merkell.
Ora bem, como os milagres de vez em quanto acontecem, neste Domingo, além da excelente entrevista a Miguel Esteves Cardoso, tivemos uma lúcida conversa com o filósofo alemão Anselm  Jappe. Dela extrai uma ideia que me parece de uma lógica irrebatível: o trabalho está a tornar-se um bem escasso, os consumidores estão a retrair-se e, como consequência, o Mercado está a auto-destruir-se por falta de recursos dos cidadãos.
Ao contrário do método Medina Carreira que consiste em arrassar tudo, sem analisar nada, Jappe olha para mais longe, para esse Futuro impossível, em que a Economia se matará a si própria, e o Capitalismo devorará as suas entranhas, como um Canibal embrutecido.
Será que os Srs. Economistas acham normal que um país de 9, 5 milhões de habitantes tenha cerca de 20% de desempregados ? Em nome de quê ou de quem se destroi a vida das pessoas, das Empresas, se deixa as pessoas sem Trabalho e se espera, absurdamente, que o sacrossanto Mercado funcione, por Divina providência ?
Por favor, leiam este artigo. Vale mil vezes todos os programas do insuportável Medina Carreira e do seu moralismo bacoco .

Rui Marques

3 comentários:

  1. Céu Mota22 de abril de 2013 às 17:05
Li a entrevista do PÚBLICO ao filósofo alemão.
Ficou-me a ideia de que temos que repensar o conceito de trabalho, sem dúvida.
E voltar a um certo primitismo da comunidade e daquilo que efectivamente são as nossas necessidades. Um bom tema.

  1. Joaquim Carreira Tapadinhas22 de abril de 2013 às 17:21
Não sei a que propósito é referido, depreciativamente, Medina Carreira no artigo que analisa os comportamentos sociais numa sociedade embrutecida, e sem respeito pelos cidadãos, que nela se inserem e a suportam. Medina Carreira é um homem prático que chama os bois pelos nomes e não se fixa em teorias, por vezes respeitáveis, mas que não passam de teorias enquanto as práticas não confirmarem os seus propósitos. Medina Carreira, que se saiba, não tem rabos de palha e enfrenta a demagogia do poder com muita frontalidade.

  1. Pedro Carneiro23 de abril de 2013 às 10:15
Se a população aumenta exponencialmente todos os anos na ordem dos milhões de seres humanos e se a máquina vai substituindo o homem em inúmeras tarefas não será necessário ser filósofo para perceber que o trabalho como o temos vindo a encarar desde a Revolução Industrial vai ser cada vez mais escasso. O conceito vai-se manter o que vão é haver cada vez mais desempregados. Tal como hoje em dia é normal a existência de campos de refugiados em África, o que não se via há sessenta anos atrás, no futuro serão campos de desempregados a novidade. É toda esta sociedade e de como ela está estruturada que vai sofrer alterações.

Capitalismo Canibal

Escuela De Odio

Capitalismo Canibal lyrics

New! Read & write lyrics explanations
  • Highlight lyrics and explain them to earn Karma points.
Cafre, friу y sin sentimientos, produce sucio dinero, el arrasa y se
Apodera
De todo lo que sean beneficios.
Nada, nada puede controlarlo, nadie logra derribarlo, el poder es su criado
Asн йl dirige su mandato.
Encana y Shell destrozan el Amazonas.
El petrуleo se sangra en bolsa como civiles en Irak.
Capitalismo canнbal!
Crece, enriquece y todos deben.
Pobreza con deuda externa sin escrъpulos devora y asesina.
El control su vida.
Sangra, explota la carne humana.
No le importan consecuencias.
El mercado le hace dueсo.
Йl pone y quita sus precios.
Йl, el capital, hace llorar, el capital, hace sangrar.
Hace llorar. Hace llorar y hace matar.
Йl, el capital asesina. ЎEl capital asesina!
Sueсo, sueсo con ver muerto el poder, que nos ahoga cada vez mбs.
Juegan como niсos al palй. Quitan y ponen divisas.
Descuartizan los entornos, agotan todos sus recursos.
Muertes, sus pilares son masacres.
Cuerpos flotan entre sangre.
Diseccionan y acumulan los valores. Nadie es culpable.
El FMI equilibra el Euro con el Dollar.
La miseria crece y el capital la protege.

sexta-feira, 13 de março de 2015

QUEM MANDA INTERNAMENTE NO BRASIL

Imprensa, massa e poder na análise lúcida de Luciano Martins Costa



 Os jornais de terça-feira (10/3) procuram marcar a reação de moradores de algumas cidades do Sul e do Sudeste à aparição da presidente Dilma Rousseff na televisão, na noite de domingo (9/3), como um divisor de águas no embate político que convulsiona as instituições da República. Numa curiosa unanimidade, como se os três principais diários de circulação nacional fossem editados numa mesma sala, o evento é apresentado como o ponto de inflexão a partir do qual se institucionaliza um novo momento no longo processo de desgaste promovido pela imprensa.
 As edições dos jornais seguem uma linha proposta pelos principais noticiosos da TV na noite anterior, quando o protesto foi tratado como uma reação espontânea de parte da população ao conteúdo do discurso presidencial, principalmente ao fato de a presidente da República ter pedido “paciência” pelas medidas econômicas que estão sendo adotadas.Acontece que o barulho nas janelas eclodiu antes que ela começasse a falar, ou seja, as pessoas que se manifestaram nem ficaram conhecendo o teor do discurso.
 Mas não se pode dizer que a imprensa brasileira é incoerente. O que explica essa aparente contradição é a linha adotada agora por todos os jornais e vocalizada por alguns representantes da oposição: trata-se de promover o desgaste contínuo da imagem da presidente, impedindo que governe – mas com o cuidado de evitar que o governo fique paralisado.
 Até mesmo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi alistado entre os porta-vozes dedicados a manter a pressão sob controle. Em discurso e entrevista, ele afirma que os atores políticos vão tomar a frente do movimento que eclodiu nas redes sociais, estimulado pela mídia.
Em suma, o que dizem os diários nas entrelinhas é que a oposição viu no bater de panelas e nos xingamentos uma oportunidade de liderar o protesto nas cidades e nas classes sociais onde a presidente teve menos votos, para transformar esse descontentamento regional e classista em um movimento de caráter nacional.
 Essa é a possibilidade que os conselheiros de comunicação da presidente da República não viram, quando recomendaram que ela fosse à TV pedir a compreensão da sociedade para as medidas de correção na economia.Os assessores da presidente ainda acham que esse embate se dá no campo da razão.
 O impulso de destruição

 O que está em curso é uma velha lição ditada em 1960 pelo ensaísta Elias Canetti: a boa condução do rebanho consiste em mantê-lo em marcha na direção e velocidade desejadas, sem permitir que iniciativas individuais retardem ou atrapalhem a caminhada.
 As vaias e o barulho das panelas indicam que o núcleo dos descontentes está maduro para sair de casa e engrossar a manifestação marcada para o dia 15/3, mas os líderes da oposição e a imprensa estão de olho naquilo que Canetti chamou de “descarga” e “impulso de destruição”.
 O que unificou os cidadãos de renda elevada, na noite de domingo, foi a imagem da presidente Dilma Rousseff na televisão, não seu discurso. O que os jornais tentam fazer, dois dias depois, é uma racionalização da descarga de irracionalidade – processo que unifica os componentes dessa massa que são, por sua natureza, extremamente individualistas. Analisar os pontos do discurso, como fazem alguns jornalistas, é parte do processo de legitimação do que vem em seguida: o impulso de destruição.
 A oposição busca o poder político, a imprensa busca o poder econômico por meio da política.Para fazer funcionar sua estratégia de conquistar o que não obtiveram nas urnas, a oposição e a imprensa precisam que a pressão social alcance todas as regiões do país, ou pelo menos a maioria das capitais. Mas não podem permitir que o movimento saia de controle, ou seja, é preciso criar as condições para a eclosão da descarga, mas estabelecer a priori um limite para a ação.
Por quê? Simplesmente porque a massa não pode ser controlada no impulso de destruição.
 Para obter um consenso mínimo, a aliança liderada pela imprensa precisa cooptar a classe média emergente nos bairros que não aderiram ao protesto – ou garantir que as maiorias permaneçam silenciosas. Não é por outra razão que os jornais tratam de avalizar algumas lideranças de movimentos que, até a véspera, só existiam no ambiente virtual das redes digitais – entre eles um menino de 19 anos que mal consegue articular duas frases com sentido completo.
 O principal entre os muitos erros do governo nesse embate é considerar que a razão pode predominar no ambiente comunicacional envenenado e radicalizado pelas grandes corporações de mídia.
Luciano Martins Costa

FUTURO INTERVENTOR NO BRASIL

Dado aos acontecimentos ocorridos neste pais nos últimos anos, nesta sexta feira 13, COLOCO-ME A DISPOSIÇÃO DO BRASIL PARA SER O FUTURO INTERVENTOR NESTE PAIS!
Nada prometo além de fazer o que se deva fazer pelo bem do Brasil‼

PAULINHO DA FORÇA TENTA INTIMIDAR O PROCURADOR

DEPUTADO PAULINHO DA FORÇA TENTA INTIMIDAR O PROCURADOR RODRIGO JANOT

NA MESMA LINHA DE RENAN CALHEIROS QUE AMEAÇOU ABRIR UMA CPI PARA "INVESTIGAR" O MINISTÉRIO PÚBLICO.


Enquanto os acusados eram só do PT, ou enquanto as "ilações" e a quebra seletiva de sigilo, com VAZAMENTOS esculachavam os membros do PT ou do governo, estava tudo "bem", e o PROCURADOR JANOT era o máximo, bem como os corruptos delatores, Paulo Roberto Costa, Barusco e Yousseff mereciam FÉ nas acusações que faziam. Bastou a COISA virar, e quatro dezenas de não petistas serem denunciados, para que a OPOSIÇÃO e os PUXA-SACO do Deputado Eduardo Cunha, passarem a atacar a PGR.

Essa atitude do PAULINHO DA FORÇA, não tem sentido e mais parece, como diz o ditado popular, "conversa de bêbado".
Querer quebrar sigilo de Janot é manobra, diz procurador
13 Março 2015 | 14:34
Por Julia Affonso e Fausto Macedo
Alexandre Camanho, presidente Associação Nacional dos Procuradores da República, critica iniciativa de Paulinho da Força que pediu a quebra do sigilo do procurador-geral da República
Na semana em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enfrentou severas críticas de políticos alvos da Operação Lava Jato e o pedido de quebra de sigilo feito pelo deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) manifestou novamente seu apoio a ele. O presidente da entidade, Alexandre Camanho, classificou como manobra o requerimento apresentado pelo presidente do Solidariedade à CPI da Petrobrás.
“O MP está concentrado na questão de fazer uma prova consistente e atender aos reclames da ampla defesa, do contraditório. As balizas técnicas essenciais de uma investigação criminal”, afirmou. “Alguém querer quebrar o sigilo ou investigar o membro do Ministério Público responsável pela investigação, evidentemente é uma manobra, uma tentativa de descrédito ou de diversionismo.
(007bondeblog)
 
COMENTARIO:
POR QUE NÃO MOSTRAR A VIDA SINDICAL DESTE SENHOR?!

VAMOS AJUDAR AO PROCURADOR E O MP A ABRIR A CAIXA PRETA DO SENHOR PAULINHO DESDE QUANDO ELE INICIOU-SE NO MOVIMENTO SINDICAL… PORQUE ELE NÃO E’ UM SINDICALISTA HONESTO COMO SE COLOCA.
 

Whatsapp - o principal veiculo usado pelo articulador de campanhas para quem quer vender produtos, espalhar boatos ou apenas confundir

O impeachment será no Whatsapp

Da greve de caminhoneiros ao panelaço, o aplicativo tem se tornado o principal articulador de campanhas para quem quer vender produtos, espalhar boatos ou apenas confundir

Whatsapp
Whatsapp soma 20 milhões de usuários apenas no Brasil
"panelaço" que tomou as varandas dos bairros mais ricos do Brasil durante o discurso da presidenta Dilma Rousseff no domingo 8 pegou de surpresa boa parte da população, que se assustou com a ação convocada pelo Whatsapp em 12 capitais. Antes disso, a rede já havia sido utilizada para articular o bloqueio de 128 pontos de rodovias federais nagreve de caminhoneiros no mês passado.
No Piauí, o grupo Projeto Escolinha de Taipa tenta socorrer escolas públicas em más condições. Professores e membros da comunidade se articulam pelo aplicativo para arrecadar material escolar e até trocar o telhado de unidades cobertas com palha.
As ações mais recentes, no entanto, são menos nobres: no começo da semana ecoou no Whatsapp uma mensagem de voz em que um sargento Ferreira "informava" que "a inteligência das Forças Armadas" estaria aquartelada, "trabalhando descaracterizada em todo o território nacional". Ele pede à população que estoque comida porque "está para estourar uma guerra no Brasil": "Haverá intervenção federal de direita e de esquerda".
Outro alarme falso chamava a atenção para o confisco da poupança, similar ao Plano Collor. "Dia 18 [de março] a Dilma vai retirar o dinheiro das contas. Saca todo o dinheiro e não deixa nada", alertava a voz de uma mulher.
Especialista em desmascarar boatos travestidos de notícia, o editor do Boatos.org, Edgard Matsuki, fala das possibilidades multimídia da nova forma de comunicação. "Boa parte dos rumores são em formato de áudio. Se quem falou tem uma boa locução, a mensagem acaba mais convincente do que um texto digitado", explica.
Diretor-executivo da Paradox Zero, agência de estratégias digitais, Paulo Rebêlo acredita que o Whatsapp é a rede do momento para a agitação política. "Ele é mais rápido, objetivo e pessoal do que o Facebook ou o Twitter. Ao mesmo tempo, não tem poluição visual nem anúncios e é muito mais fácil de aprender a usar."
Com cerca de 800 milhões de usuários no mundo e 20 milhões só no Brasil, o Whatsapp decidiu, no final do ano passado, aumentar para cem o número máximo de pessoas por grupo. "Basta ter dez listas para atingir diretamente mil usuários. Com uma estratégia bem definida, a eficiência é muito alta", calcula Rebêlo.
De olho nesse filão, agências de marketing digital se especializam em estratégias para aumentar o alcance e a eficiência das mensagens enviadas pelo aplicativo. Uma delas é a Sendixx.com. Seu diretor comercial, Marcelo Quaresma, conta que a eficácia das mensagens enviadas pelo aplicativo chega a 96% e seu tempo médio de retorno é de 2 minutos e 18 segundos. "Não existe meio mais assertivo ou retorno tão ágil no mercado."
A empresa, então, criou uma ferramenta que permite, "por uma quantia muito baixa, o envio em grande escala de mensagens de texto, vídeo e imagem". "Identificamos automaticamente todos os usuários ativos do Whatsapp e, através de mais de 40 mil linhas telefônicas, enviamos campanhas para milhares de pessoas de uma vez."
No Whatsapp, explica Quaresma, ninguém precisa curtir, seguir ou compartilhar para que os outros vejam. "Se alguma mensagem impacta realmente o consumidor, ele interage, permitindo que as empresas dediquem seus esforços aqueles que são os reais interessados em sua marca ou produto."
Mas será que as legendas politicas usariam esse potencial para fins partidários? "Sim", garante o diretor da Sendixx. "Em todos os segmentos da política: desde grandes partidos, passando pela política dos principais clubes do País até as universitárias." Rebêlo concorda: "É de conhecimento geral que os partidos se articulam por meio dessas ferramentas. É válido, faz parte do jogo."
Embora não exista dispositivo para rastrear uma mensagem, Rebêlo explica que elas precisam partir de uma base. No entanto, só o Facebook - dono do aplicativo - pode rastrear o caminho reverso para identificar o número de origem, que "também pode ser forjado".
O que preocupa Matsuki, do Boatos.org, é justamente esse alcance. No Facebook, a boataria começou logo após as eleições: Dilma chegou a ser acusada de tramar a morte de Eduardo Campos e de homenagear traficante; até o presidente venezuelano Nicolás Maduro estaria disposto a invadir o Brasil para defender a presidenta em caso de golpe.
Agora é a vez do Whatsapp. "O receptor da mensagem nem sempre se interessa por política, não lê o assunto. Sua principal fonte de informação são as redes sociais", diz o especialista. "Muita gente quer genuinamente melhorar o Brasil ao espalhar notícias sem checar sua veracidade." Bem intencionados ou não, acabam atuando como massa de manobra.
(Carta Capital)