terça-feira, 16 de junho de 2015

Fazendas no valor de um real cada

post em andradetalis

Possuir duas fazendas, cada uma valendo um real, quanto o latifundiário paga de imposto? Dois bilhões de reais doados para os planos de saúde. O Brasil é uma mãe para os lá de cima

by Talis Andrade
Não sei quais sujeitos venderam a Aloysio Nunes fazendas por um real. Fazendas repletas de mistérios. Uma delas está no rota do tráfico de drogas, informou a polícia de São Paulo, para justificar a descoberta de cocaína em um tonel de leite.
Aloysio Nunes informou ao Tribunal Superior Eleitoral a posse e o valor em real, e não o valor real, de duas fazendas no Estado de São Paulo. Ao TSE não causou espanto o valor inusitado. Uma fazenda custar um real tem alguma coisa errada, algum mal-assombro ou esqueleto dos tempos que Aloysio assaltava bancos.
Já denunciei essa façanha. Vide link. Relembra o portal BR29: "A relação de bens apresentada pelo candidato Aloysio Nunes, vice de Aécio Neves (PSDB) nas últimas eleições, mostrou que nem sempre o patrimônio declarado equivale realmente à riqueza do político. Duas fazendas avaliadas por R$ 1,00 cada, chamou à atenção da equipe de reportagem".
Devia chamar a atenção sim do TSE, da Receita, do Ministério da Agricultura, da Polícia Federal e outras autoridades para lá de (in) competentes.
12 Aloysio Nunes vice Aécio PSDB fazenda
Os eleitores de Aécio Neves presidente e Aloysio Nunes vice votaram no escuro ou sabiam que seus candidatos eram latifundiários?
Uma das fazendas de Aécio até aeroporto tem. Primeiro foi o avô corrupto Tancredo Neves que construiu com o dinheiro dos mineiros, quando governador. Depois o neto, governador de Minas Gerais, asfaltou e construiu outras benfeitorias. Claudio, o escravo, o nome do município com 25 636 habitantes.
Essa de filho e neto e sobrinho (nepote) herdarem os cargos de prefeito, de governador, de deputado, de senador se deve ao financiamento das campanhas pelas grandes empresas nacionais e estrangeiras.
Leia a manchete abaixo do jornal dos Marinho que você entenderá o Brasil ora monarquista à Aécio, que também quis ser presidente, ora parlamentarista, com Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, representando os planos de saúde que acabam de receber o perdão de 2 bilhões em multas.
BRA_OG mecanismo eleição financiamento
"Mais de 60% dos governantes foram reeleitos desde 1998". Considerando os cargos herdados, o poder não muda desde o Estado Novo.

Presente de Eduardo Cunha: Dois bilhões para os planos de saúde

CPI planos saíde Eduardo Cunha
O Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu nota solicitando a derrubada de emenda à Medida Provisória 627/2013, que perdoa uma dívida de aproximadamente R$ 2 bilhões das operadoras de planos de saúde.A anistia já aprovada pela Câmara dos Deputados beneficia, de acordo com o CFM, somente as empresas de saúde suplementar – privilegiando o lucro das operadoras em detrimento à assistência de mais de 50 milhões de brasileiros que têm plano de saúde. O montante passível de perdão seria útil, inclusive, para sanar problemas de hospitais e postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
O texto apresentado pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) limita ainda o número de multas que as operadoras de planos poderão pagar, o que facilita a ocorrência de abusos que prejudicam pacientes, familiares e profissionais encarregados do atendimento. O suposto apoio da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ao perdão da dívida bilionária também é repudiado pelo CFM, que solicita rigorosa apuração – visto que a agência é responsável pelo controle regulador do setor.
O financiamento privado de campanhas eleitorais fez o milagre desse perdão. Isso não pode continuar
gilmar financiamento campanha

animais possuem consciência


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lip Low: “Não é mais possível dizer que não sabíamos”

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Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem neurocientistas(Thinkstock/VEJA)
Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem neurocientistas
por Marco Túlio Pires (de VEJA.com)
O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.
673-2Philip Low: "Todos os mamíferos e pássaros têm consciência"(Divulgação/VEJA)Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. "As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência", diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:
Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito?
Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.
Quais animais têm consciência?
Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.
É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos?
Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.
Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência? Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.
Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais?
Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo - que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) - consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.
Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais?
É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.
As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento?
Acho que vou virar vegano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.
O que pode mudar com o impacto dessa descoberta?
Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.

Fonte: Veja.com.

A educação atual produz zumbis


http://epoca.globo.com/


José Cavalcante
Educação não é adestramento. Pior é que esse processo "zumbificador" continua por toda a vida. Nas organizações, é chamado capacitação, mas trata-se apenas de domesticação do trabalhador.

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Claudio Naranjo: “A educação atual produz zumbis”
O psiquiatra chileno diz que investir numa didática afetiva é a saída para estimular o autoconhecimento dos alunos e formar seres autônomos e saudá...
Ideias


Claudio Naranjo: “A educação atual produz zumbis”


O psiquiatra chileno diz que investir numa didática afetiva é a saída para estimular o autoconhecimento dos alunos e formar seres autônomos e saudáveis

FLÁVIA YURI OSHIMA
31/05/2015 - 10h00 - Atualizado 31/05/2015 10h00


Claudio Naranjo, psiquiatra chileno, fala sobre a educação atual  (Foto: Divulgação)
O psiquiatra chileno Claudio Naranjo tem um currículo invejável. Formou-se em medicina na Universidade do Chile, especializou-se em psiquiatria em Harvard e virou pesquisador e professor da Universidade de Berkeley, ambas nos EUA. Desenvolveu teorias importantes sobre tipos de personalidade e comportamentos sociais. Trabalhou ao lado de renomados pesquisadores, como os americanos David McClelland e Frank Barron. Publicou 19 títulos. Sua trajetória pode ser classificada como irrepreensível pelo mais ortodoxo dos avaliadores. Ele é, inclusive, um dos indicados ao Nobel da Paz deste ano. É comum, no entanto, que Naranjo seja chamado, em tom pejorativo, de esotérico e bicho grilo. Há mais de três décadas, ele e a fundação que leva seu nome pregam que os educadores devem ser mais amorosos, afetivos e acolhedores. Ele defende que essa é a forma mais eficaz de ajudar todos os alunos – não só os melhores – a efetivamente aprender “e assim mudar o mundo”, como ele diz. Claudio Naranjo esteve no Brasil para participar do evento sobre educação básica Encontro de Educadores.
ÉPOCA – O senhor é psiquiatra e desenvolveu teorias importantes em estudos de personalidade. Hoje trabalha exclusivamente com educação. Por que resolveu se dedicar a esse tema?
Claudio Naranjo –
Meu interesse se voltou para a educação porque me interesso pelo estado do mundo. Se queremos mudar o mundo, temos de investir em educação. Não mudaremos a economia, porque ela representa o poder que quer manter tudo como está. Não mudaremos o mundo militar. Também não mudaremos o mundo por meio da diplomacia, como querem as Nações Unidas – sem êxito. Para ter um mundo melhor, temos de mudar a consciência humana. Por isso me interesso pela educação. É mais fácil mudar a consciência dos mais jovens.
ÉPOCA – Quais os problemas do modelo educacional atual na opinião do senhor?
Naranjo –
Temos um sistema que instrui e usa de forma fraudulenta a palavra educação para designar o que é apenas a transmissão de informações. É um programa que rouba a infância e a juventude das pessoas, ocupando-as com um conteúdo pesado, transmitido de maneira catedrática e inadequada. O aluno passa horas ouvindo, inerte, como funciona o intestino de um animal, como é a flora num local distante e os nomes dos afluentes de um grande rio. É uma aberração ocupar todo o tempo da criança com informações tão distantes dela, enquanto há tanto conteúdo dentro dela que pode ser usado para que ela se desenvolva. Como esse monte de informações pode ser mais importante que o autoconhecimento de cada um? O nome educação é usado para designar algo que se aproxima de uma lavagem cerebral. É um sistema que quer um rebanho para robotizar. A criança é preparada, por anos, para funcionar num sistema alienante, e não para desenvolver suas potencialidades intelectuais, amorosas, naturais e espontâneas.
>> Leia outras entrevistas
ÉPOCA – Como é  possível mudar esse modelo?
Naranjo –
Podemos conceber uma educação para a consciência, para o desenvolvimento da mente. Na fundação, criamos um método para a formação de educadores baseado em mais de 40 anos de pesquisas. O objetivo é preparar os professores para que eles se aproximem dos alunos de forma mais afetiva e amorosa, para que sejam capazes de conduzir as crianças ao desenvolvimento do autoconhecimento, respeitando suas características pessoais. Comprovamos por meio de pesquisas que esse é o caminho para formar pessoas mais benévolas, solidárias e compassivas. Hoje a educação é despótica e repressiva. É como se educar fosse dizer faça isso e faça aquilo. O treinamento que criamos está entre os programas reconhecidos pelo Fórum Mundial da Educação, do qual faço parte. Já estive com ministros da Educação de dezenas de países para divulgar a importância dessa abordagem.
>> A conta do fracasso na educação
ÉPOCA – E qual foi a recepção?
Naranjo –
A palavra amor não tem muita aceitação no mundo da educação. Na poesia, talvez. Na religião, talvez. Mas não na educação. O tema inteligência emocional é um pouco mais disseminado. É usado para que os jovens tomem consciência de suas emoções. É bom que exista para começar, mas não tem um impacto transformador. A inteligência emocional é aceita porque tem o nome inteligência no meio. Tudo o que é intelectual interessa. Não se dá importância ao emocional. Esse aspecto é tratado com preconceito. É um absurdo, porque, quando implementamos  uma didática afetuosa, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo. Os ministros da Educação me recebem muito bem. Eles concordam com meu ponto de vista, mas na prática não fazem nada. Pode ser que isso ocorra por causa da própria inércia do sistema. O ministro é como um visitante que passa pelos ministérios e consegue apenas resolver o que é urgente. Ele mesmo não estabelece prioridades. Estou mais esperançoso com o novo ministro da Educação de vocês (Renato Janine Ribeiro). Ele me convidou para jantar, para falarmos sobre minhas ideias. É a primeira vez que a iniciativa parte do lado do governo. Ele é um filósofo, pode fazer alguma diferença.
"Quando há amor na forma de ensinar, o aluno aprende mais facilmente qualquer conteúdo"
ÉPOCA – Para quem decidiu ser professor, não seria natural sentir amor, compaixão e vontade de cuidar do aluno?
Naranjo –
Uma vez dei uma aula a um grupo de estudantes de pedagogia na Universidade de Brasília. Fiquei muito decepcionado com a falta de interesse. Vendo minha expressão, o coordenador me disse: “Compreenda que eles não escolheram ser educadores. Alguns prefeririam ser motorista de táxi, mas decidiram educar porque ganham um pouco mais e têm um pouco mais de segurança. Estão aqui porque não tiveram condições de se preparar para ser advogados ou engenheiros ou outra profissão que almejassem”. Isso acontece muito em locais em que a educação não é realmente valorizada. Quem chega à escola de educação são os que têm menos talento e menos competência. Não se pode esperar que tenham a vocação pedagógica, de transmitir valores, cuidar e acolher.
>> Brasil fica em 60° lugar em ranking mundial de educação em lista com 76 países

ÉPOCA – O senhor diz que o sistema de educação atual desperdiça talentos, rotulando-os com transtornos e distúrbios. Pode explicar melhor esse ponto?
Naranjo –
Humberto Maturana, cientista chileno, me contou que a membrana celular não deixa entrar aquilo que ela não precisa. A célula tem um modelo em seus genes e sabe o que necessita para construir-se. Um eletrólito que não lhe servirá não será absorvido. Podemos usar essa metáfora para a educação. As perturbações da educação são uma resposta sã a uma educação insana. As crianças são tachadas como doentes com distúrbios de atenção e de aprendizado, mas em muitos casos trata-se de uma negação sã da mente da criança de não querer aprender o irrelevante. Nossos estudantes não querem que lhe metam coisas na cabeça. O papel do educador é levá-lo a descobrir, refletir, debater e constatar. Para isso, é essencial estimular o autoconhecimento, respeitando as características de cada um. Tudo é mais efetivo quando a criança entende o que faz mais sentido para ela.
ÉPOCA – Por que a educação caminhou para esse modelo?
Naranjo –
Isso surgiu no começo da era industrial, como parte da necessidade de formar uma força de trabalho obediente. Foi uma traição ao ideal do pai do capitalismo, Adam Smith, que escreveu A riqueza das nações. Ele era professor de filosofia moral e se interessava muito pelo ser humano. Previu que o sistema criaria uma classe de pessoas dedicadas todos os dias a fazer só um movimento de trabalho, a classe de trabalhadores. Previu que essa repetição produziria a deterioração de suas mentes e advertiu que seria vital dar a eles uma educação que lhes permitisse se desenvolver, como uma forma de evitar a maquinização completa dessas pessoas. Sua mensagem foi ignorada. Desde então, a educação funciona como um grande sistema de seleção empresarial. É usada para que o estudante passe em exames, consiga boas notas, títulos e bons empregos. É uma distorção do papel essencial que a educação deveria ter.
>> O professor é o fator que mais influencia na educação das crianças
ÉPOCA – Há algo que os pais possam fazer?
Naranjo –
Muitos pais só querem que seus filhos sigam bem na escola e ganhem dinheiro. Acho que os pais podem começar a refletir sobre o fato de que a educação não pode se ocupar só do intelecto, mas deve formar pessoas mais solidárias, sensíveis ao outro, com o lado materno da natureza menos eclipsado pelo aspecto paterno violento e exigente. A Unesco define educar como ensinar a criança a ser. As Constituições dos países, em geral, asseguram a liberdade de expressão aos adultos, mas não falam das crianças. São elas que mais necessitam dessa liberdade para se desenvolver como pessoas sãs, capazes de saber o que sentem e de se expressar. Se os pais se derem conta disso, teremos uma grande ajuda. Eles têm muito poder de mudança.
saiba mais
Formar “rodovias verdes” ligando os fragmentos de florestas poderia ajudar na conservação da biodiversidade

Fragmentos florestais não sustentam biodiversidade. É preciso estimular a união do que resta da mata
epoca.globo.com
O Itamaraty possui toda essa documentação de forma organizada e digitalizada, com fácil acesso, mas optou por imprimir as folhas na semana passada, oferecendo à reportagem que manualmente fotografasse os telegramas, um a um (2 MIL PÁGINAS!). E foi o que fizemos para divulgá-los para vc, nosso leitor

São cerca de duas mil páginas de telegramas que citam a Odebrecht, produzidos durante o governo Lula
epoca.globo.com
Há uma crença bastante popular de que, em algum momento em um passado remoto, Marte foi um planeta quente e agradável. Uma nova pesquisa aponta que, pelo contrário, ele era um deserto gelado

Novas simulações climáticas fazem crer que nosso vizinho era um planeta recoberta com gelo
epoca.globo.com

Participe do Desafio Salve As Florestas

Compartilhada publicamente  -  21:15
 
Descubra como usar as redes sociais para ganhar pontos! Participe do Desafio Salve As Florestas, entenda a importância das florestas e de quebra concorra a uma viagem com acompanhante para a Amazônia ⇝ http://bit.ly/1Cb5FnT ⇜
Foto do perfil de Professor Negreiros

Jô Soares e sua estrevista...

Blog do Liberato
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Eduardo Guimarães: Agradeça às suas “meninas”, Jô!

Posted by  on 16/06/15 • Categorized as Opinião do blog

jô capa
 Como todo mundo que tem ao menos algum resquício de senso de justiça, fiquei satisfeito com a entrevista que Jô Soares fez com Dilma Rousseff na última sexta-feira (12/6), no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente da República.
Ainda que alguns analistas realmente independentes tenham avaliado que o humorista e apresentador “pegou leve” com a entrevistada, entendo que a iniciativa dele pretendeu dar voz a quem não tem tido por conta do massacre fascista de que tem sido alvo, de forma que ele a deixou se expressar mais livremente.

Quem quiser assistir ou rever a entrevista antes de continuar lendo o post, pode fazê-lo no vídeo abaixo – ou pode voltar a este ponto ao fim da leitura.
Claro que, no atual momento político, já era esperado que Jô entrevistasse Dilma civilizadamente – pois há algum tempo ele vem se posicionando em defesa dela – e que, após a entrevista, os famigerados fanáticos de extrema-direita tratassem de agredir a ambos.
O ponto de vista deste blogueiro sobre uma entrevista ideal é aquela em que o entrevistador faz ao entrevistado perguntas que ele possa responder, não perguntas que não passem de provocações, pois, aí, não há entrevista e, sim, debate.
Só para ilustrar a questão, confira, no vídeo abaixo, como foi que entrevistei a presidente, ano passado. O áudio está um pouco ruim, mas quem tiver um bom equipamento conseguirá ouvir.
Como se pode notar, apesar de ter feito uma questão que alguns dirão ser favorável à então candidata à reeleição, houve, sim, um questionamento. Critiquei o mutismo do governo e inclusive da presidente no que diz respeito ao contraponto que precisava ser feito aos ataques da mídia. A pergunta, basicamente, foi a seguinte:
— O seu segundo governo continuará apanhando calado?
Nesse aspecto, portanto, acho que Jô fez as perguntas certas. Apresentou questões que os antagonistas da presidente fazem e a deixou dar a sua versão dos fatos.
Claro que um certo jornalismo – coincidentemente, praticado pela mesma emissora que emprega Jô Soares – não costuma agir assim – todos se lembram da entrevista feita pelo âncora do Jornal Nacional, William Bonner, durante a eleição presidencial do ano passado, em que não deixava a entrevistada sequer responder às questões que fazia em tom que, longe de questionador, foi, literalmente, insolente.
Isso que você assistiu acima – se é que teve estômago para rever – não é entrevista e muito menos jornalismo; é debate político.
Não me darei ao mau-gosto de reproduzir os piores ataques que Jô Soares recebeu, pois a grande maioria foi agressiva não só à primeira mandatária da nação, mas, também, ao gênero feminino. Mas alguns exemplos mais “suaves” podem ser mostrados.
jô 2
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Como chegamos a isso? O que está acontecendo com Jô deveria servir de exemplo a todos os comunicadores que hoje se unem a essa onda fascista; no futuro, se contrariarem esses fanáticos, já sabem o que os espera.
Mas o fato é que não se pode negar que Jô, apesar de ter sido corajoso em sair em defesa de Dilma, tem responsabilidade pelo que aconteceu e eu nem preciso dizer por que.
Mas, assim mesmo, direi: por que, diabos, ele inventou o quadro antipetista “As Meninas do Jô”? Ou melhor: por que montou esse quadro com a configuração que vem se estendendo através dos anos, com “petefóbicas” como Lilian Witte Fibbe, Ana Maria Tahan ou Lucia Hippolito?
Todos se lembram muito bem do que elas fizeram ao longo dos anos, nesse quadro. No julgamento do mensalão, por exemplo, foi um massacre. Histriônicas, partidarizadas, transformaram o programa do Jô em uma sessão de masturbação antipetista.
É óbvio que ajudaram a inocular veneno nas mentes frágeis desses fanáticos que vilipendiaram como puderam o apresentador por ter entrevistado a presidente da República com respeito e seriedade.
Não acredito que Jô não pudesse ter ao menos colocado jornalistas menos partidarizadas nesse quadro. Poderia ter convidado, talvez, uma Cynara Menezes, à época colunista da Carta Capital, por exemplo, para integrar aquela bancada feminina de analistas políticas.
Lamento pelo Jô, pelos ataques que sofreu e pela mais do que provável demissão que o aguarda ao fim do contrato com a Globo, ano que vem. Mas não consigo entender por que ele serviu por tanto tempo a essa máfia midiática e só agora decidiu se rebelar.

Educação Vs Conservadores

obvios magazine
http://obviousmag.org/obra_das_palavras/2015/06/os-conservadores-e-seus-medos.html

"As dificuldades de acesso à educação pública na primeira metade do século XX e boa parte da segunda, é reflexo deste medo conservador. A primeira universidade do Brasil é a USP de 1934. Em 1960 o número de analfabetos no país era de mais de 65%, e a escola pública pertencia a uma elite branca e higienizada pelo conservadorismo."

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os conservadores e seus medos
O que é esta onde conservadora que nos assola? Algumas hipóteses sobre os medos mais primários e torpes que movem estes grupos.

Blog do Liberato: PML: ARTIGO DE SERGIO MORO DÁ RAZÃO A VACCARI

Blog do Liberato: PML: ARTIGO DE SERGIO MORO DÁ RAZÃO A VACCARI: por  Paulo Moreira Leite  -  16 de junho de 2015 Em artigo sobre a Suprema Corte dos Estados Unidos, juiz da Lava Jato cita mestres que...

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Denuncie crimes contra a natureza

Meio Ambiente Minas Gerais:

O Sisema apura denúncias por descumprimento à legislação ambiental e de recursos hídricos em Minas Gerais. As denúncias podem ser feitas por telefone (155), online, email ou Correios. Para mais informações, acesse: www.meioambiente.mg.gov.br/denuncia

#GovernoMG #Sisema #Denuncia
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Petição


Reconhecimento dos Direitos Intrínsecos da Natureza e de Todos os Seres Vivos

758 Pessoas
Há hoje um amplo consenso em torno da gravidade do processo das alterações climáticas, fruto da modificação da estrutura química da atmosfera pelo Homem, pelo incremento da produção de gases com efeito de estufa, conforme evidenciam as conclusões do Quinto Relatório do Grupo II do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, da Organização das Nações Unidas, realizado entre 2013 e 2014. A velocidade e magnitude das mudanças climáticas em curso excedem a capacidade de adaptação dos organismos vivos e ameaçam a nossa existência interdependente. Alguns cientistas falam de uma nova era geológica, o Antropoceno, caracterizada pelo poder da acção humana alterar o frágil equilíbrio da rede de sistemas da estrutura do Planeta [Crutzen, P.J. e Stoermer, E.F. (2000) “The Antropocene”, Global Change Newsletter. 41, pp 17-18, citado por Viriato Soromenho-Marques no artigo “Entre a Crise e o Colapso. O Desafio Ontológico das Alterações Climáticas”, Dezembro de 2009].

Estudos científicos recentes demonstram que o aquecimento global da atmosfera e dos oceanos aumenta a uma velocidade maior do que se supunha; crescem as concentrações de CO2 e de metano, os mais importantes gases com efeito de estufa; o degelo polar continua; o nível das águas dos mares subiu; a erosão das zonas costeiras, a perda de biodiversidade e da floresta tropical são factos indesmentíveis, bem como o extermínio da vida nos oceanos; a maioria das mudanças observadas desde os anos 50 não tem precedentes na História da humanidade, tendo as Nações Unidas declarado que enfrentamos a maior catástrofe planetária jamais vista (The World Economic and Social Survey 2011: The Great Green Technological Transformation);

Na verdade, a demanda da satisfação das necessidades básicas de uma população em crescimento, dentro da finitude dos recursos da Terra, torna necessário criar um modelo de produção e de consumo mais sustentável, pois o actual coloca-nos em rota de colisão com a Natureza.

Desde a Revolução Industrial, a Natureza tem sido sempre tratada apenas como uma mercadoria (commodity) existente para benefício das pessoas no interior de uma economia de mercado e os problemas ambientais têm sido considerados passíveis de ser solucionados fragmentadamente e mediante o recurso à tecnociência. Contudo, tais sustentações devem ser reavaliadas e alteradas.

O paradigma mecanicista e antropocêntrico, que regula o modo de fruição da Natureza - concebida como objecto de direitos - , provou ser inadequado para a protecção efectiva do ambiente e dos recursos naturais e para alcançar a sustentabilidade, permitindo, ao invés, a sua continuada degradação, antevendo-se sérias repercussões se nada for feito.

Viver em harmonia com a Natureza é essencial à vida. A crise global do ambiente é o resultado da total desconsideração dos custos ambientais na tomada de decisões políticas e económicas.

Assim:

1) Considerando que todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender; que é tarefa fundamental do Estado defender a natureza e o ambiente e preservar os recursos naturais, bem como promover a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação das estruturas económicas e sociais (arts. 66.º e 9.º als. d) e e) da Constituição da República Portuguesa, doravante CRP);


2) Considerando que a integração das exigências de protecção ambiental na definição e execução das demais políticas globais e sectoriais é essencial para a redução da pressão sobre o ambiente, sendo expressão do princípio da transversalidade e da integração, com acolhimento na al. a) do art. 4.º da Lei de Bases do Ambiente, aprovada pela Lei n.º 19/2014, de 14 de Abril (doravante, LBA), constituindo também uma incumbência do Estado com consagração constitucional, na al. f) do art. 66.º da CRP;

3) Considerando que o princípio do conhecimento e da ciência, acolhido também no mesmo preceito da LBA, obriga a que o diagnóstico e as soluções dos problemas ambientais resultem da convergência dos saberes sociais com os conhecimentos científicos e tecnológicos provenientes de fontes fidedignas e isentas (al. c) do art. 4.º);

4) Considerando a manifesta inadequação do acervo normativo ambiental vigente para fazer face à crise global do ambiente que reclama uma nova abordagem holística, sistémica e inclusiva, promotora da protecção efectiva da Natureza, da qual são parte integrante todos os seres, humanos e não humanos, assente na visão da Terra como um organismo vivo (Gaia), e não como um “conglomerado de matéria inerte (os continentes) e água (os oceanos, lagos e rios)”, “um todo relacional, inter-retro-conectado com tudo e maior que a soma das suas partes” nas expressões significativas de Leonardo Boff;

5) Considerando que a actuação pública em matéria de ambiente se encontra subordinada aos princípios do desenvolvimento sustentável e da responsabilidade intra e inter-geracional, visando a garantia da preservação dos recursos naturais para a presente e futuras gerações (art. 3.º, als. a) e b) da LBA);

6) Considerando que a degradação em curso dos componentes ambientais naturais que são objecto da política de ambiente (o ar, a água e o mar, a biodiversidade, o solo, o sub-solo, e a paisagem, de acordo com o estabelecido no art. 10.º da LBA) reclama dos poderes públicos novas soluções protectoras da sua integridade, de que dependem todos os seres para viver;

7) Considerando que o ordenamento jurídico ambiental vigente assenta numa concepção da natureza como objecto de direitos de propriedade (pública ou privada), regulando prima facie o seu uso ou fruição, ainda que lesivo da sua integridade, e que as alterações climáticas revelam o fracasso desta abordagem;

8) Considerando, ainda, que a União Europeia concordou em estimular a transição para uma economia verde, num contexto de desenvolvimento sustentável (Conclusões do Conselho de 11 de Junho de 2012);

Almejando instituir uma verdadeira Ética Ecológica ou Ética da Terra [expressão cunhada por Aldo Leopold], que torne possível a efectivação dos direitos ambientais, torna-se necessário que o ordenamento jurídico reconheça o valor intrínseco da Natureza e dos componentes ambientais naturais e que actue em conformidade, dando corpo a um novo paradigma assente no reconhecimento da Natureza como fonte de vida e da vida e, como tal, sujeito de direitos intrínsecos próprios merecedores de uma tutela jurídica robusta, garante da observância de um acervo de deveres legais de cuidado e respeito cuja imperatividade se imponha a todos os demais sujeitos de direitos;

Considerando também que esta visão já foi traduzida normativamente em diversos países, como o Equador, a Bolívia, o México e a Índia, apenas para citar alguns;

Considerando que existe uma convergência entre aqueles que defendem a necessidade do reconhecimento da Natureza como sujeito de direitos e aqueles que sustentam a urgência de dar expressão legal mais estrita e positiva aos nossos deveres para com ela, pois em ambos os casos a Natureza é compreendida como conditio sine qua non para que seja alcançada a sustentabilidade a longo prazo do ambiente e dos ecossistemas que constituem o suporte das actividades humanas, incluindo as actividades económicas, e a harmonia entre a humanidade, presente e futura, e o mundo natural, de que somos parte intrínseca;

Considerando que a consagração dos direitos da Natureza, ou dos nossos inadiáveis deveres para com ela, na ordem jurídica interna, mais não é do que a concretização dos princípios da Carta da Terra, fundada nos mais recentes e consolidados conhecimentos da ciência contemporânea, nos ensinamentos dos povos indígenas, na sabedoria perene das grandes tradições religiosas e filosóficas do mundo e nas declarações e relatórios das conferências Mundiais das Nações Unidas realizadas em 1972, 1992, 2002 e 2012, bases do movimento ético mundial dirigido à construção de um mundo sustentável baseado no respeito pela Natureza e pelos direitos humanos universais, fundamentos de uma cultura da fraternidade e da paz. [www.EarthCharter.org];

E na senda do exemplo pioneiro do Equador, que acolheu, no seu texto constitucional, em 2008, o denominado direito da Natureza, reconhecendo a Natureza como sujeito de direitos;

As cidadãs e os cidadãos abaixo assinados vêm peticionar à Assembleia da República o seguinte:

Que adopte medidas legislativas no sentido de reconhecer que a cabal defesa dos direitos humanos fundamentais, em especial o pilar do direito à vida, não só não é incompatível como, pelo contrário, exige o reconhecimento de direitos subjectivos à Natureza e aos componentes ambientais naturais, assente no seu valor intrínseco e não meramente utilitário, consagrando, nomeadamente, o direito ao respeito pela sua vida e integridade, que inclui o direito à manutenção e regeneração dos seus ciclos vitais ou ecossistemas, estrutura, funções e processos evolutivos; que legisle no sentido de investir o Estado e todos os cidadãos do dever de promover o respeito por todos os elementos integrantes de qualquer ecossistema, onde se incluem todos os seres vivos, dotados igualmente de valor intrínseco; que estabeleça o direito a que qualquer pessoa ou entidade exija de qualquer autoridade pública, nomeadamente dos Tribunais, a defesa dos direitos subjectivos da Natureza e de todos os seus componentes, tal como previstos na LBA, convocando todos à adopção de um código de conduta universal que não comprometa a integridade dos ecossistemas e das espécies com que coexistimos.
Ver menos...


...do bem que não fizemos, não fazemos, não faremos





O EGO DEVE SER ENTENDIDO POIS É A CAUSA DE TODOS OS PROBLEMAS QUE O SER HUMANO TEM AO SE SENTIR O MÁXIMO QUANDO É O MÍNIMO... 
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