quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Recordando Matemática. : Média, Mediana e Moda - Resolução de Questões do E...

Recordando Matemática. : Média, Mediana e Moda - Resolução de Questões do E...: Noções sobre Média, Mediana e Moda Atendendo muitas solicitações de nossos leitores sobre esse tema da Estatística e que também estão se preparando...





Média, Mediana e Moda - Resolução de Questões do ENEM!


Noções sobre Média, Mediana e Moda
Atendendo
muitas solicitações de nossos leitores sobre esse tema da Estatística e
que também estão se preparando para a  importante prova do Enem,
apresentamos um estudo complementar da Estatística aqui já retratado. 
Se você quiser mais detalhes sobre o tema, não deixe de acessar a
matéria neste blog: Noções de Estatística.  Ainda, informamos que o exame ENEM quase sempre traz questões sobre esse conteúdo.  Então, vamos relembrar estes conceitos:


Média:

Quando aparecer apenas o termo “média”, estamos falando simplesmente da média aritmética.
Ela é calculada a partir do somatório dos valores de todos os
elementos, e cujo total é dividido pela quantidade destes elementos
somados. Uma variação dela é chamada de média aritmética ponderada
Na utilização da média simples, a ocorrência dos valores possui a mesma
importância e no caso da média ponderada são atribuídos aos valores
importâncias ou pesos diferentes.
Na
média simples os valores são somados e divididos pela quantidade de
termos adicionados. A média ponderada é calculada através do somatório
das multiplicações entre valores e dos pesos divididos pelo somatório
dos pesos.
Exemplos:














1) Seja o conjunto dos elementos: 2, 4 e 6.
Para achar a média aritmética basta somar os termos e dividir por 3 pois temos 3 termos.  Então, a média aritmética simples vale: (2+4+6)/3 = 12/3 = 4.
2)
Se considerarmos que os valores acima ou 2, 4 e 6 são as notas obtidas
por um aluno e cujo peso das provas são respectivamente 1, 2 e 3, então
teremos que a média aritmética ponderada vale: (2.1 + 4.2 + 6.3)/ 1+2+3 = (2+8+18)/ 6 = 28/6 = 4,66...


Mediana:

Dada
uma sequência de valores ordenados em ordem crescente ou decrescente, a
mediana é o valor central dessa sequência. Caso haja dois valores
centrais, a mediana é dada pela média aritmética deles.
Exemplo:
3) Seja o conjunto de valores: 1, 2, 3, 4, 5, 3, 2, 7.
Colocando estes valores em ordem crescente: 1, 2, 2, 3, 3, 4, 5, 7. Portanto a mediana vale: (3+3)/2 = 6/2 = 3
4) Se o preço de um sapato vale em 5 lojas os valores: 120,00 – 100,00 – 150,00 – 90,00 e 80,00.  Qual a Mediana de seus preços?
Colocando-se os valores em ordem crescente: 80,00 – 90,00 – 100,00 – 120,00 – 150,00.   Note que o valor 100,00 situa-se exatamente no centro do conjunto, logo ele (100,00) é a Mediana dos preços.


Moda:

Quando
afirmamos que uma roupa está na moda é porque muitas pessoas estão
usando essa mesma roupa. Na Estatística, também é desta forma. Dado um
conjunto de valores, a moda é o número que mais se repete no conjunto.
Exemplo:
5) Dado o conjunto de números: 1, 2, 2, 3, 7, 8, 8, 7, 1, 2, 10.  Notemos que o número que mais se repete é o 2, logo a moda vale 2.
Nota:
Quando ocorrer de ter mais de um termo com repetições iguais, eles
serão considerados as Modas do conjunto. No entanto, se não ocorrer
repetições não teremos moda no conjunto.
Exemplo:
6)
Considere que minhas notas na escola são: 10, 9, 9, 8, 8, 7, 7 e 5. 
Então neste caso a moda das minhas notas vale: 7, 8 e 9, pois cada uma
se repete duas vezes.


Questões Cobradas nos Exames Enem Anteriores:
1)
O quadro seguinte mostra o desempenho de um time de futebol no último
campeonato. A coluna da esquerda mostra o número de gols marcados e a
coluna da direita informa em quantos jogos o time marcou aquele número
de gols.
Gols marcados
Quantidade de partidas
0
5
1
3
2
4
3
3
4
2
5
2
7
1
Se X, Y e Z são, respectivamente, a média, a mediana e a moda dessa distribuição, então:
a) X = Y < Z.

b) Z < X = Y.

c) Y < Z < X.

d) Z < X < Y.

e) Z < Y < X.


Solução: Primeiro, calculemos a média (X).
Nesse caso, utilizaremos a média ponderada, que nada mais é do que uma
especificação da média aritmética. Se ocorreu cinco partidas com nenhum
gol, deveríamos somar 0 + 0 + 0 + 0 + 0; três partidas com um gol: 1 + 1 + 1 e assim por diante. Através do cálculo da média ponderada, teremos:
X = 0.5 + 1.3 + 2.4 + 3.3 + 4.2 + 5.2 + 7.1

      5 + 3 + 4 + 3 + 2 + 2 + 1


X = 0 + 3 + 8 + 9 + 8 + 10 + 7

      20
X =  45

       20
X = 2,25
Depois, vamos calcular a mediana (Y). Para isso, basta organizar os gols marcados em ordem crescente:
0, 0, 0, 0, 0, 1, 1, 1, 22, 22, 3, 3, 3, 4, 4, 5, 5, 7
Ao
organizarmos os gols marcados em ordem crescente, como há dois valores
centrais. Vamos então fazer o cálculo da média aritmética entre eles:
Y = 2 + 2

       2

Y = 2
Resta-nos agora encontrarmos a moda (Z).
Para isso, basta olhar na tabela e verificar qual é a maior quantidade
de partidas com o mesmo número de gols marcados. Facilmente podemos
constatar que houve cinco partidas sem nenhum gol marcado. Ao olharmos a
sequência montada para verificar a mediana, também podemos ver que o
número zero é o que mais se repete. Portanto, a moda é zero.

Se Z = 0, Y = 2 e X = 2,25, então a alternativa correta é a letra e, que apresenta Z < Y < X


2)
Uma equipe de especialistas do centro meteorológico de uma cidade mediu
a temperatura do ambiente, sempre no mesmo horário, durante 15 dias
intercalados, a partir do primeiro dia de um mês. Esse tipo de
procedimento é frequente, uma vez que os dados coletados servem de
referência para estudos e verificação de tendências climáticas ao longo
dos meses e anos. As medições ocorridas nesse período estão indicadas no
quadro.
Dia do mês
Temperatura (em ºC)
1
15,5
3
14
5
13,5
7
18
9
19,5
11
20
13
13,5
15
13,5
17
18
19
20
21
18,5
23
13,5
25
21,5
27
20
29
16
Em relação à temperatura, os valores da média, mediana e moda são, respectivamente, iguais a
a) 17 °C, 17 °C e 13,5 °C.

b) 17 °C, 18 °C e 13,5 °C.

c) 17 °C, 13,5 °C e 18 °C.

d) 17 °C, 18 °C e 21,5 °C.

e) 17 °C, 13,5 °C e 21,5 °C


Solução:
- Para achar a média aritmética vamos somando todos os valores de temperatura encontrados e dividindo a soma pela quantidade de dias analisados:
M.A. = 15,5+14+13,5+18+19,5+20+13,5+13,5+18+20+18,5+13,5+21,5+20+16

            15
M.A. = 255

            15
M.A. = 17
Portanto: A média das temperaturas é de 17° C
- Para calcular a mediana, vamos organizar os valores em ordem crescente:
13,5; 13,5; 13,5; 13,5; 14; 15,5; 161818; 18,5; 19,5; 20; 20; 21,5; 20
O valor central é o 18, então, sem que seja necessário fazer qualquer outro cálculo, podemos afirmar que a mediana é 18°C.
- A moda é
o valor mais frequente entre as informações apontadas. A temperatura de
13,5°C aparece quatro vezes na tabela, sendo a mais frequente.
Portanto, a moda é 13,5°C.
Sendo assim, a alternativa correta é a letra b, que aponta que a média, a mediana e a moda são, respectivamente, 17°C, 18°C e 13,5°C.





3) A
tabela a seguir mostra a evolução da receita bruta anual nos três
últimos anos de cinco microempresas (ME) que se encontram à venda.
Um investidor deseja
comprar duas destas empresas listadas na tabela. Para tal, ele calcula a
média da receita bruta anual dos últimos três anos (de 2009 até 2011) e
escolhe as duas empresas com a maior média anual. As empresas que este
investidor deverá escolher para comprar são
A) Balas W e Pizzaria Y.
B) Chocolates X e Tecelagem Z.
C) Pizzaria Y e Alfi netes V.
D) Pizzaria Y e Chocolates X.  
E) Tecelagem Z e Alfinetes V.
Solução: Com base na tabela acima, calcula-se as médias de cada empresa:
Empresa Alfinetes V = 200+220+240 / 3 = 660/3 = 220
Empresa Balas W = 200+230+200 / 3 = 630/3 = 210
Empresa Chocolates X = 250+210+215 / 3 = 675/3 = 225
Empresa Pizzaria Y = 230+230+230 /3 = 690/3 = 230
Empresa Tecelagem Z = 160+210+245 / 3 = 615/3 = 205
Logo, ele escolheu a letra D): Pizzaria Y (230) e Chocolates X (225)

4) O gráfico apresenta o
comportamento de emprego formal surgido, segundo o CAGED, no período de
janeiro de 2010 a outubro de 2010.



Com base no gráfico, o valor da parte inteira da mediana dos empregos formais surgidos no período é

A) 212.952.
B) 229.913.
C) 240.621.
D) 255.496.
E) 298.041
Solução: Pede-se para calcular a mediana, logo:
Coloquemos os dados em ordem crescente(rol), temos:
181419 - 181796 - 204804 - 209425 - 212952 - 246875 - 266415 - 298041 - 299415 - 305068
Como sobrou os valores centrais, vamos
calcular sua média aritmética simples ou seja: 212952+246875 /2 =
459827/2 = 229913, portanto devemos marcar a letra B. 
Atenção - Se você quer mais questões e outras dicas sobre a prova do exame ENEM acesse nosso post: Matemática Cobrada no ENEM!
A Matemática Aqui é Simples e Descomplicada!













Ashtar Sheran: Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele...







Sofrer
por amor nunca é ridículo. Afinal, não existe razão melhor para o sofrimento.
Ridículo é tornar-se uma fortaleza insensível que não quer amar, porque abre
mão de chorar por alguém. E quem tem por quem chorar, tem por quem viver.




Lucas Lujan




Ashtar Sheran: Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele...: Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele falta Quem já andou de amores por aí sabe bem do que se trata. Entende como funciona....





Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele falta

Ninguém sofre por amor. A gente sofre é quando ele falta



Quem já
andou de amores por aí sabe bem do que se trata. Entende como funciona.
Sentir amor é a maior sorte que a vida nos dá. Do sentimento amoroso
brota um mundo inteiro de possibilidades novas, vontades honestas,
intenções felizes, projetos abençoados. Do amor vem todo o resto.


O
amor nos empurra para a frente, nos leva adiante. Faz nascer em nós
razões irresistíveis e toda sorte de desejos, ímpetos e motivos para
romper amarras mesquinhas, vencer torcidas contrárias, superar encalhes
derrotistas, evoluir, melhorar. E merecer mais amor.


Aos
sortudos escolhidos na roda dos acasos, o amor chega trazendo fortuna.
Melhora a pele, desopila o fígado, clareia a vista. Amor jamais segura,
não atravanca e nem atrasa. Amar faz bem e ponto.


Sentir
amor faz de nós bombas atômicas ambulantes, reagindo em cadeia aqui e
ali com outros seres amorosos, varrendo a terra de ternuras. Quem sente
amor o espalha pela vida, transborda o mundo de festa. É o que nos salva
da sanha dos patifes, invejosos, cretinos, estúpidos e patetas tão
dedicados a distribuir descaso e apatia e desamor.


Amar
o ser amado, um ofício, uma ideia, um sonho, não importa o quê. Amar
faz bem e só. Sempre! Quando faz “mal”, como acontece a quem ama e não
se sente correspondido, já não é amor. O que machuca quando o amor não é
recíproco é a frustração, a carência e esses sentimentos decorrentes da
indiferença do outro. Não o amor.


Isso
também acontece com o amor não declarado, não vivido: o que castiga é a
ansiedade, a aflição, a espera do que nunca vem. Não o amor. Misturar
sentimentos negativos na mesma panela resulta em uma mixórdia pegajosa
de emoções estranhas. E tem gente que dá a isso o nome de “amor”. Odiosa
injustiça.


Não
é possível amar quem nos faça mal. Mas é certo que vez ou outra a
intenção afetuosa de querer estar com alguém e lhe fazer bem se mistura e
se contamina de outros sentimentos menos nobres: a necessidade de
posse, a insegurança, o egoísmo. Não ser correspondido por aquele que,
em nossa impressão egoísta, deveria nos devolver o mesmo que oferecemos é
fogo. Machuca e deságua em mágoa, arrependimento, raiva. Menos amor.


O
amor também há de não ter receitas e nem medidas. Não há “quanto mais,
melhor”. Um amor tímido, de declarações sutis, silêncios e distâncias
também pode ser amor. E se aquele que receber esse amor achálo “pouco”,
pode simplesmente tentar cultivá-lo, fazê-lo maior, cheio de frutos. Ou
partir para outra. Para que complicar?


Ninguém
sofre de amor, não. A gente sofre é da falta dele. Amar nos dá sorte.
Enche os olhos de sonhos e os dias de esperança. Quem ama não faz jogos.
Ama simplesmente. Jogos são para apostadores. Amor é para os amantes.


Eu
tenho sentido amor, sabe? Muito. É tanto que nem cabe aqui dentro.
Dividi-lo assim, com você, é bem o meu jeito de amansar esse aperto
franco que dá no peito. É que me assalta a alegria de me saber pessoa
que nasceu para seguir um caminho largo ao lado de outra pessoa. E de
ali na frente enxergar a nós, aos nossos e às nossas esperanças todas se
ajeitando na vida, querenças de gente sofrida que vez ou outra desanima
mas jamais desiste.



trabalho. Muito. Não vem de graça, não cai do céu, não aceita ordem e
nem obedece a planos. Mas quando vem é sorte. Bem-vinda, amor. Pode
entrar. Senta. Come do meu pão, bebe do meu vinho. Fica que a casa é sua
e a sorte é nossa. A sorte é toda nossa.




Por André J.Gomes




Ilustração: Elena Romanova


http://aumagic.blogspot.com.br/

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A SONEGAÇÃO DE 8,6 MIL BRASILEIROS NÃO É NOTÍCIA

Panorâmica Social está em um círculo assinado por você. Mais informações

Panorâmica Social

Compartilhada publicamente12:23
 
Nesses tempos em que as mídias tradicionais se ocupam de martelar todo dia a corrupção do Estado ao mesmo tempo em que ocultam solenemente os graves desvios de sonegação de mais de 8 mil brasileiros no caso HSBC, é bom termos a chance de entender por que elas protegem os ricos e atacam o Estado.
A Rede Globo é política, tem lado e certamente não é o seu.

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Veja também: POR QUE A SONEGAÇÃO DE 8,6 MIL BRASILEIROS NÃO É NOTÍCIA NO JN ? http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/170283/Por-que-a-sonegação-de-86-mil-brasileiros-não-é-notícia-no-JN-.htm

Em defesa da vida na Amazônia, da Humanidade e do Planeta

 
Lutamos para manter a nossa autonomia e as nossas formas próprias de vida, pela demarcação e garantia de nossas terras, contra a exploração e depredação da Amazônia, agimos não só em prol de nossa causa, mas em defesa de toda vida no planeta.
Por Amyra El Khalili - NÓS, lideranças dos povos indígenas da Amazônia, participantes do Fórum Social Mundial da Biodiversidade 2015, realizado em Manaus entre os dias 25 e 30 de janeiro de 2015, em razão de inúmeras ações

Como forjar notícias

Carlos Antonio Fragoso Guimarães está em um círculo assinado por você. Mais informações

Carlos Antonio Fragoso Guimarães

Compartilhada publicamente11:28
 
Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa, discute a máquina de forjar notícias que se transformou o jornalismo político da grande (e comprometida) mídia

A mídia tradicional ignora o histórico da corrupção e trata de amplificar qualquer suspeita sobre personagens ligados de alguma forma ao governo. O caso do geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração da estatal, é exemplar: a acusação que lhe foi feita pelo Jornal Nacional, da TV Globo, ganhou destaque imediato; o desmentido e o pedido de desculpas da emissora (ver aqui) foram praticamente ignorados pela mídia.
 Extraído de O Observatório da Imprensa: JORNALISMO POLÍTICO A máquina de forjar notícias Por Luciano Martins Costa em 11/02/2015 na edição 837 Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 11/2/2015 Os...
 
 
 

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa, discute a máquina de forjar notícias que se transformou o jornalismo político da grande (e comprometida) mídia


  A mídia tradicional ignora o histórico da corrupção e trata de amplificar qualquer suspeita sobre personagens ligados de alguma forma ao governo. O caso do geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração da estatal, é exemplar: a acusação que lhe foi feita peloJornal Nacional, da TV Globo, ganhou destaque imediato; o desmentido e o pedido de desculpas da emissora foram praticamente ignorados pela mídia.

JORNALISMO POLÍTICO

A máquina de forjar notícias

Por Luciano Martins Costa em 11/02/2015 na edição 837
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 11/2/2015
Os jornais de quarta-feira (11/2) trazem alguns exemplos de como o filtro da mídia distorce a realidade a ponto de produzir contextos obscuros e, muitas vezes, contraditórios. A explicação é bastante simples: como o interesse do produto jornalístico não é informar, mas causar determinado estado de espírito, tudo de relevante que acontece é tratado com o mesmo viés, colocado numa forma de um mesmo padrão – mas as peças resultantes não se ajustam, ou, quando se encaixam, formam um desenho que não faz sentido.
Vamos exemplificar com algumas notícias do dia.
Primeiro, o movimento do novo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em seu esforço por ganhar relevância no cenário político: ao patrocinar uma votação que obriga o Executivo a honrar as emendas parlamentares, ele coloca o Parlamento em choque com as medidas que o empresariado (e a imprensa) vem defendendo – e com as quais o governo havia concordado; ao excluir o Partido dos Trabalhadores da comissão que deve planejar a reforma partidária-eleitoral, ele tira os governistas de um contexto controverso, porque sabe-se que o Congresso não quer uma reforma para valer.
Assim, o potencial de aumento das despesas públicas provocado pelo favor que o presidente da Câmara faz a seus pares cria argumentos para o Poder Executivo buscar recursos em outra fonte, como, por exemplo, na tributação de grandes fortunas, o que certamente favoreceria a popularidade da presidente da República. Ao mesmo tempo, limpa o terreno para uma reaproximação entre o governo e as lideranças sindicais. Por outro lado, sem cargos na comissão da reforma política, o PT assume o papel em que historicamente fica mais à vontade: o de oposição crítica.
Sabe-se que o deputado Cunha é basicamente um negociador, e que seus movimentos iniciais são parte da estratégia para estabelecer um patamar de poder a partir do qual poderá comandar aquela parcela do Congresso que os jornalistas chamam de “baixo clero” – que sobrevive politicamente à base de verbas obtidas com emendas ao orçamento.
O que não se sabe, mas pode-se conjecturar, é se o novo presidente da Câmara alimenta ambições maiores e que talvez esteja de olho na proposta de impeachment da presidente da República, que vem sendo estimulada pela imprensa.
Desculpas ignoradas
Outra notícia relacionada ao embate entre o Legislativo e o Palácio do Planalto dá conta de que o presidente da Câmara pretende convocar todos os ministros para darem explicações sobre seus planos de governo. O potencial de conflitos nesses encontros – que podem se transformar em interrogatórios constrangedores – colocaria em risco a aliança governista, e é preciso lembrar que a caneta dos cargos e verbas fica com o Executivo, o que poderia produzir um tiro pela culatra.
Além disso, mas sem esgotar a lista dos temas controversos trazidos à agenda pública pela imprensa, convém observar que o escândalo da Petrobras ficou subitamente ausente das manchetes. A decisão do Supremo Tribunal Federal, de arquivar o inquérito contra políticos paulistas do Partido Democratas e do PSDB no caso dos trens metropolitanos, ganha destaque e alimenta suposições de que a Justiça oferece tratamentos desiguais conforme a origem do delito.
Por mais que acredite no que lê, o cidadão pode achar suspeita a diferença entre os dois casos de corrupção. Num deles, o noticiário aponta diretamente para o núcleo político do governo federal e criminaliza a Petrobras; no outro, a imprensa criminaliza empresas supostamente corruptoras, inocenta o Metrô e a Companhia de Trens Metropolitanos e reduz tudo a um caso de cartel, fazendo de conta que o esquema funcionou por vinte anos sem a participação de políticos.
O processo iniciado com a Operação Lava Jato vai demorar muito tempo, e não há como manter o assunto nas manchetes diariamente, a não ser como exercício de campanha, com a administração seletiva de vazamentos do inquérito. Assim, a imprensa aproveita qualquer citação para requentar o assunto, criando um clima de apocalipse em relação à Petrobras.
Os jornalistas sabem que o processo ainda tem muito terreno pela frente, e quando estiver no fim, ainda será preciso determinar as responsabilidades de quem irá prover recursos para atender aos pedidos de indenização e compensações financeiras que vierem a ser atendidos pela Justiça.
A mídia tradicional ignora o histórico da corrupção e trata de amplificar qualquer suspeita sobre personagens ligados de alguma forma ao governo. O caso do geólogo Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração da estatal, é exemplar: a acusação que lhe foi feita peloJornal Nacional, da TV Globo, ganhou destaque imediato; o desmentido e o pedido de desculpas da emissora (ver aqui) foram praticamente ignorados pela mídia.
É assim que funciona.