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Informar de modo a permitir que compreendam por si os princípios metafísicos que estão por trás de todos os eventos bons e ruins que se manifestam em nossa realidade; princípios ocultos que estão enterrados debaixo de muito entulho político-religioso; econômico-social; histórico-cultural.
sexta-feira, 14 de março de 2014
Brasil en la encrucijada
Nova publicação em Leonardo Boff |
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Ensino
"Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção." Na sua opinião, a frase de Paulo Freire se aplica ao mundo corporativo?
Iniciado por Claudio Cercachim
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utopia e realidade
Nova publicação em Leonardo Boff |
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quarta-feira, 12 de março de 2014
As Manifestações e seus financiadores
O Negócio da Revolução ou a Revolução delivery, um documentário que mostra como EUA mantém um plano global de desestabilização de governos incentivando protestos contra regimes considerados inimigos ou potencialmente contrários aos seus interesses.
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domingo, 23 de fevereiro de 2014
Documentáro demonstra como setores do governo e empresariado dos EUA financiam e incentivam protestos de jovens no mundo inteiro, de acordo com seus interesses
O Negócio da Revolução ou a Revolução delivery, um documentário que mostra como EUA mantém um plano global de desestabilização de governos incentivando protestos contra regimes considerados inimigos ou potencialmente contrários aos seus interesses.
Marcadores: Black Blocs, desestabilização, direita, documentário, EUA, golpismo, manifestações de rua, manipulação, manipulação midiática, Mídia, O Negócio da Revolução, Revolução Delivery
terça-feira, 11 de março de 2014
Marco Civil da Internet
- Info
Política
Marco Civil da Internet: e eu com isso?
Entenda o que
muda na sua vida com a aprovação deste projeto
*Por Pedro Ekman
Nas próximas horas, uma batalha decisiva pelos seus direitos na internet será travada no Congresso Nacional. O Marco Civil da Internet (PL 2126/2011) será votado de forma pioneira no Brasil, definindo as regras de um jogo que está sendo debatido e disputado em todo o mundo.
De onde veio isso?
Esse não é um projeto só do governo brasileiro, ele foi construído coletivamente definindo direitos e deveres dos cidadãos e empresas na internet. O enorme esforço de diversos setores da sociedade deu forma ao projeto com o maior consenso possível para a garantia dos principais direitos civis na internet.
1 - LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O que acontece hoje?
Hoje, o que você escreve na rede pode ser eliminado sem qualquer chance de defesa. A velha e boa censura, que aterrorizou o país durante a ditadura militar, é uma prática corrente na internet, com a diferença que não é mais necessário um órgão especializado do Estado autoritário para se retirar textos, imagens, vídeos e qualquer tipo de conteúdo do ar. Basta um telefonema, ou um email de quem não queira ver o conteúdo divulgado. A falta de leis que se refiram à internet cria uma insegurança jurídica para os sites que hospedam os conteúdos e, com o receio de serem responsabilizados pelo que foi publicado pelos seus clientes como se fossem eles mesmos os responsáveis, simplesmente retiram o conteúdo do ar. Isso faz, por exemplo, com que prefeitos que não gostam de críticas ameacem processar por difamação um provedor que hospeda um blog. Ou que corporações da indústria cultural notifiquem o youtube para retirada de conteúdos que utilizem obras protegidas por direito autoral.
E eu com isso?
Você pode pensar: “Mas é justo que sejam punidos difamadores ou quem o usa indevidamente obras protegidas de propriedade intelectual privada”. Talvez, mas a pergunta é: “Quem decide isso?” Quem disse que o uso era realmente indevido? Quem disse quer se tratava de difamação, e não apenas de uma crítica ou denúncia? Essa decisão não pode ser tomada unilateralmente nem pelo denunciante, nem pelo denunciado. Por isso, as democracias modernas inventaram um sistema para tentar resolver essa questão que se chama sistema judiciário, colocando a responsabilidade da decisão na mão de um juiz. Como não há lei na internet, políticos e corporações se valem do risco econômico que os sites estão sujeitos e, com simples notificações, criem uma indústria de censura automática na rede, sem respeitar qualquer processo legal, ou dar o direito de defesa a quem produziu e divulgou os conteúdos questionados. Você perde liberdade para se expressar na rede e de se informar pelo que foi censurado!
E o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet?
O artigo 20 do Projeto de lei 2126/2011 retira a responsabilidade dos sites sobre os conteúdos gerados por terceiros, acabando com a insegurança jurídica e com a desculpa utilizada para a censura automática.
E quem joga contra?
A pressão da Rede Globo conseguiu criar no Marco Civil uma exceção para esta regra, ao definir que, para conteúdos com direito autoral, serão tratados especificamente na Lei de Direito Autoral, o que mantém a situação atual para esses tipos de conteúdo até que a lei seja reformada. Com isso, a Globo seguirá censurando o debate acerca de sua obra na internet, mas os outros tipos de conteúdos passam a ter uma garantia legal contra a censura automática.
2 – PRIVACIDADE
O que acontece hoje?
A privacidade se transformou, literalmente, em uma mercadoria na internet. Geralmente, nos diversos serviços gratuitos que podem ser utilizados na rede, o produto a ser comercializado é o próprio internauta na forma dos seus dados mais íntimos. Plataformas como Google e Facebook utilizam suas informações pessoais, os dados gerados pelo seu comportamento, tais como buscas, avaliações positivas e negativas de conteúdos existentes e o próprio conteúdo da sua comunicação para vender para empresas interessadas no seu padrão de consumo, ou mesmo para fornecer a governos que estejam monitorando a movimentação política de seu país ou de outros. O ex-agente da NSA, Edward Snowden, revelou ao mundo que a agência de espionagem estadunidense monitorava a comunicação privada de cidadãos de forma massiva e não apenas em investigações pontuais. Snowden também revelou que a espionagem contava com a colaboração de empresas de tecnologia e infraestrutura.
E eu com isso?
A lógica da privacidade como mercadoria compromete a própria liberdade de expressão. Sem regras de proteção da privacidade, estamos vulneráveis ao humor de um Estado autoritário, vigilante e aos interesses privados das empresas. Quanto vale o acesso aos dados dos seus exames médicos? E do seu histórico contábil? Suas preferências políticas, sexuais e culturais?
E o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet?
O Marco Civil estabelece uma série de proteções a nossa privacidade na internet. O artigo 7 define que as fotos e textos que você excluiu há muito tempo do Orkut e que pensa terem sido apagados com a sua saída desta rede social, finalmente terão que ser efetivamente excluídos com a aprovação da lei. O marco civil não impede a espionagem americana, mas coloca na ilegalidade a cooperação entre empresas e governos no monitoramento massivo. A lei também não impedirá Google e Facebook de venderem nossas informações, mas define que isso deve ser autorizado de forma livre, expressa e informada. Isso sim impede que as empresas de telecomunicação guardem os dados de tudo o que fazemos na rede.
E quem joga contra?
As bancadas policialescas do Congresso Nacional conseguiram a inclusão do artigo 16 ao projeto. Este artigo define o armazenamento obrigatório de tudo que se fizer em determinados sites para fins de investigação policial. Esta inclusão vai de encontro a todo espírito de proteção da privacidade ao estabelecer a vigilância em massa. Inverte o preceito constitucional da presunção de inocência, onde todos passam a ser considerados culpados até provem o contrário.
3 - NEUTRALIDADE DE REDE
O que acontece hoje?
Este é o ponto de maior polêmica entre sociedade civil e empresas de telecomunicações. Com a aprovação da neutralidade de rede como um princípio, as empresas donas dos cabos por onde trafegam os pacotes de dados ficam impedidas de favorecer esse ou aquele serviço, esse ou aquele produto no tráfego. Basicamente, todo conteúdo deve trafegar da mesma forma, com a mesma qualidade. Essa definição é importantíssima para garantir que a internet se mantenha como um meio democrático, onde todos têm as mesmas condições de falar e ganhar repercussão. Ter uma rede neutra é definir que o dono da estrada não pode definir que veículos podem andar mais rápidos e quais tem que enfrentar um congestionamento. Se nossas estradas não fossem neutras em relação a quem viaja por elas, existiriam uma larga pista para quem pagasse mais e um pista estrita para quem não tivesse dinheiro. Ou ainda a administradora da estrada poderia definir, em um acordo comercial com montadoras, que algumas marcas de automóveis passam sem pagar pedágio, enquanto as outras são obrigadas a pagar. Como não existem leis obrigando a neutralidade na rede de internet, hoje as estradas digitais são administradas de forma assimétrica por quem controla os cabos.
E eu com isso?
Sem uma rede neutra, você não tem como saber se o serviço que usa está ruim por um motivo técnico, ou por um acordo comercial que você desconhece. Você não tem como saber se o serviço de voz do Skype está ruim por que a Microsoft (dona do Skype) não paga a NET para passar os seus produtos pela rede. Sem neutralidade, a internet pode ser vendida como uma TV a cabo e você perde dos dois lados. O seu site não será tão visto na internet quanto o de uma corporação transnacional que poderá pagar por isso. Além disso, você não encontrará os conteúdos pelos quais não puder pagar. Perde-se dos dois lados e quem controla a infraestrutura ganha dos dois lados.
E o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet?
O artigo 9 no marco civil diz, claramente, que a empresa de infraestrutura deverá “tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”. Ou seja, deve ser neutra em relação ao que passa nos seus cabos vendendo apenas capacidade de tráfego sem interferir no tráfego em si.
E quem joga contra?
As empresas de telecomunicação, mais conhecidas como Vivo/Telefônica, Claro/Embratel, TIM e Oi, são as principais opositoras, pois querem poder negociar de todos os lados do balcão e impor condições assimétricas para o consumidor. Essas empresas depositam no deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) suas esperanças de obstruir o projeto de lei que as obriga respeitar direitos civis na rede.
O QUE PODE SER FEITO?
Para fortalecer a luta em defesa de um Marco Civil da Internet, que seja capaz de estabelecer, democraticamente, princípios, direitos e deveres para o uso da Internet, ativistas e organizações da sociedade civil organizaram uma agenda intensa de mobilizações para os próximos dias:
Assine a petição on line: http://www.avaaz.org/po/o_fim_da_internet_livre_gg/?mmc
3ª FEIRA 11 DE MARÇO
Das 12h às 14h: TUITAÇO #VaiTerMarcoCivil #NenhumDireitoaMenos
Das 15h às 17h #PosTV Especial sobre o Marco Civil
Transmissão ao vivo pela postv.org de dentro da Câmara dos Deputados, acompanhando a reunião do Colégio de Líderes e entrevistando parlamentares e ativistas sobre a votação prevista para o dia 12/03.
4ª FEIRA 12 DE MARÇO
Das 09:00 às 17:00: AÇÃO CIDADÃ NO CONGRESSO NACIONAL
As próximas horas serão decisivas. Quem vencerá, a democracia ou as corporações?
Muito deste resultado também depende de você.
*Pedro Ekman é cordenador do Intervozes
Nas próximas horas, uma batalha decisiva pelos seus direitos na internet será travada no Congresso Nacional. O Marco Civil da Internet (PL 2126/2011) será votado de forma pioneira no Brasil, definindo as regras de um jogo que está sendo debatido e disputado em todo o mundo.
De onde veio isso?
Esse não é um projeto só do governo brasileiro, ele foi construído coletivamente definindo direitos e deveres dos cidadãos e empresas na internet. O enorme esforço de diversos setores da sociedade deu forma ao projeto com o maior consenso possível para a garantia dos principais direitos civis na internet.
1 - LIBERDADE DE EXPRESSÃO
O que acontece hoje?
Hoje, o que você escreve na rede pode ser eliminado sem qualquer chance de defesa. A velha e boa censura, que aterrorizou o país durante a ditadura militar, é uma prática corrente na internet, com a diferença que não é mais necessário um órgão especializado do Estado autoritário para se retirar textos, imagens, vídeos e qualquer tipo de conteúdo do ar. Basta um telefonema, ou um email de quem não queira ver o conteúdo divulgado. A falta de leis que se refiram à internet cria uma insegurança jurídica para os sites que hospedam os conteúdos e, com o receio de serem responsabilizados pelo que foi publicado pelos seus clientes como se fossem eles mesmos os responsáveis, simplesmente retiram o conteúdo do ar. Isso faz, por exemplo, com que prefeitos que não gostam de críticas ameacem processar por difamação um provedor que hospeda um blog. Ou que corporações da indústria cultural notifiquem o youtube para retirada de conteúdos que utilizem obras protegidas por direito autoral.
E eu com isso?
Você pode pensar: “Mas é justo que sejam punidos difamadores ou quem o usa indevidamente obras protegidas de propriedade intelectual privada”. Talvez, mas a pergunta é: “Quem decide isso?” Quem disse que o uso era realmente indevido? Quem disse quer se tratava de difamação, e não apenas de uma crítica ou denúncia? Essa decisão não pode ser tomada unilateralmente nem pelo denunciante, nem pelo denunciado. Por isso, as democracias modernas inventaram um sistema para tentar resolver essa questão que se chama sistema judiciário, colocando a responsabilidade da decisão na mão de um juiz. Como não há lei na internet, políticos e corporações se valem do risco econômico que os sites estão sujeitos e, com simples notificações, criem uma indústria de censura automática na rede, sem respeitar qualquer processo legal, ou dar o direito de defesa a quem produziu e divulgou os conteúdos questionados. Você perde liberdade para se expressar na rede e de se informar pelo que foi censurado!
E o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet?
O artigo 20 do Projeto de lei 2126/2011 retira a responsabilidade dos sites sobre os conteúdos gerados por terceiros, acabando com a insegurança jurídica e com a desculpa utilizada para a censura automática.
E quem joga contra?
A pressão da Rede Globo conseguiu criar no Marco Civil uma exceção para esta regra, ao definir que, para conteúdos com direito autoral, serão tratados especificamente na Lei de Direito Autoral, o que mantém a situação atual para esses tipos de conteúdo até que a lei seja reformada. Com isso, a Globo seguirá censurando o debate acerca de sua obra na internet, mas os outros tipos de conteúdos passam a ter uma garantia legal contra a censura automática.
2 – PRIVACIDADE
O que acontece hoje?
A privacidade se transformou, literalmente, em uma mercadoria na internet. Geralmente, nos diversos serviços gratuitos que podem ser utilizados na rede, o produto a ser comercializado é o próprio internauta na forma dos seus dados mais íntimos. Plataformas como Google e Facebook utilizam suas informações pessoais, os dados gerados pelo seu comportamento, tais como buscas, avaliações positivas e negativas de conteúdos existentes e o próprio conteúdo da sua comunicação para vender para empresas interessadas no seu padrão de consumo, ou mesmo para fornecer a governos que estejam monitorando a movimentação política de seu país ou de outros. O ex-agente da NSA, Edward Snowden, revelou ao mundo que a agência de espionagem estadunidense monitorava a comunicação privada de cidadãos de forma massiva e não apenas em investigações pontuais. Snowden também revelou que a espionagem contava com a colaboração de empresas de tecnologia e infraestrutura.
E eu com isso?
A lógica da privacidade como mercadoria compromete a própria liberdade de expressão. Sem regras de proteção da privacidade, estamos vulneráveis ao humor de um Estado autoritário, vigilante e aos interesses privados das empresas. Quanto vale o acesso aos dados dos seus exames médicos? E do seu histórico contábil? Suas preferências políticas, sexuais e culturais?
E o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet?
O Marco Civil estabelece uma série de proteções a nossa privacidade na internet. O artigo 7 define que as fotos e textos que você excluiu há muito tempo do Orkut e que pensa terem sido apagados com a sua saída desta rede social, finalmente terão que ser efetivamente excluídos com a aprovação da lei. O marco civil não impede a espionagem americana, mas coloca na ilegalidade a cooperação entre empresas e governos no monitoramento massivo. A lei também não impedirá Google e Facebook de venderem nossas informações, mas define que isso deve ser autorizado de forma livre, expressa e informada. Isso sim impede que as empresas de telecomunicação guardem os dados de tudo o que fazemos na rede.
E quem joga contra?
As bancadas policialescas do Congresso Nacional conseguiram a inclusão do artigo 16 ao projeto. Este artigo define o armazenamento obrigatório de tudo que se fizer em determinados sites para fins de investigação policial. Esta inclusão vai de encontro a todo espírito de proteção da privacidade ao estabelecer a vigilância em massa. Inverte o preceito constitucional da presunção de inocência, onde todos passam a ser considerados culpados até provem o contrário.
3 - NEUTRALIDADE DE REDE
O que acontece hoje?
Este é o ponto de maior polêmica entre sociedade civil e empresas de telecomunicações. Com a aprovação da neutralidade de rede como um princípio, as empresas donas dos cabos por onde trafegam os pacotes de dados ficam impedidas de favorecer esse ou aquele serviço, esse ou aquele produto no tráfego. Basicamente, todo conteúdo deve trafegar da mesma forma, com a mesma qualidade. Essa definição é importantíssima para garantir que a internet se mantenha como um meio democrático, onde todos têm as mesmas condições de falar e ganhar repercussão. Ter uma rede neutra é definir que o dono da estrada não pode definir que veículos podem andar mais rápidos e quais tem que enfrentar um congestionamento. Se nossas estradas não fossem neutras em relação a quem viaja por elas, existiriam uma larga pista para quem pagasse mais e um pista estrita para quem não tivesse dinheiro. Ou ainda a administradora da estrada poderia definir, em um acordo comercial com montadoras, que algumas marcas de automóveis passam sem pagar pedágio, enquanto as outras são obrigadas a pagar. Como não existem leis obrigando a neutralidade na rede de internet, hoje as estradas digitais são administradas de forma assimétrica por quem controla os cabos.
E eu com isso?
Sem uma rede neutra, você não tem como saber se o serviço que usa está ruim por um motivo técnico, ou por um acordo comercial que você desconhece. Você não tem como saber se o serviço de voz do Skype está ruim por que a Microsoft (dona do Skype) não paga a NET para passar os seus produtos pela rede. Sem neutralidade, a internet pode ser vendida como uma TV a cabo e você perde dos dois lados. O seu site não será tão visto na internet quanto o de uma corporação transnacional que poderá pagar por isso. Além disso, você não encontrará os conteúdos pelos quais não puder pagar. Perde-se dos dois lados e quem controla a infraestrutura ganha dos dois lados.
E o que muda com a aprovação do Marco Civil da Internet?
O artigo 9 no marco civil diz, claramente, que a empresa de infraestrutura deverá “tratar de forma isonômica quaisquer pacotes de dados, sem distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação”. Ou seja, deve ser neutra em relação ao que passa nos seus cabos vendendo apenas capacidade de tráfego sem interferir no tráfego em si.
E quem joga contra?
As empresas de telecomunicação, mais conhecidas como Vivo/Telefônica, Claro/Embratel, TIM e Oi, são as principais opositoras, pois querem poder negociar de todos os lados do balcão e impor condições assimétricas para o consumidor. Essas empresas depositam no deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) suas esperanças de obstruir o projeto de lei que as obriga respeitar direitos civis na rede.
O QUE PODE SER FEITO?
Para fortalecer a luta em defesa de um Marco Civil da Internet, que seja capaz de estabelecer, democraticamente, princípios, direitos e deveres para o uso da Internet, ativistas e organizações da sociedade civil organizaram uma agenda intensa de mobilizações para os próximos dias:
Assine a petição on line: http://www.avaaz.org/po/o_fim_da_internet_livre_gg/?mmc
3ª FEIRA 11 DE MARÇO
Das 12h às 14h: TUITAÇO #VaiTerMarcoCivil #NenhumDireitoaMenos
Das 15h às 17h #PosTV Especial sobre o Marco Civil
Transmissão ao vivo pela postv.org de dentro da Câmara dos Deputados, acompanhando a reunião do Colégio de Líderes e entrevistando parlamentares e ativistas sobre a votação prevista para o dia 12/03.
4ª FEIRA 12 DE MARÇO
Das 09:00 às 17:00: AÇÃO CIDADÃ NO CONGRESSO NACIONAL
As próximas horas serão decisivas. Quem vencerá, a democracia ou as corporações?
Muito deste resultado também depende de você.
*Pedro Ekman é cordenador do Intervozes
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Comentários
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Novo e poderoso vírus está infectando computadores na Ucrâniaby Lucas Rabello |
É
chamado de "Snake" e está sendo comparado com outro suposto vírus estatal, o
Stuxnet. E sim, todas as evidências apontam para a Rússia.
De
acordo com a BAE Systems, do Reino Unido, dezenas de redes de computadores foram
infectadas com o vírus. Ele funciona dando a invasores "acesso remoto completo
para o sistema comprometido." Ele tem qualidades invisíveis, incluindo a
capacidade de permanecer inativo por um número de dias.
Armas
cibernéticas tem sido cada vez mais usadas desde o início do ano, antes da
derrubada do presidente Viktor Yanukovich. Especialistas em segurança estão
comparando-o com o Stuxnet, o malware que interrompeu as instalações nucleares
do Irã em 2010.
Apesar
de suas origens não serem claras, seus desenvolvedores parecem operá-lo no mesmo
fuso horário de Moscou, e algum texto russo está embutido no código, segundo a
BAE, que identificou 14 casos do "Snake" na Ucrânia desde o início de 2014, em
comparação com 8 casos em 2013. Ao todo, 32 casos foram relatados na Ucrânia
desde 2010, e 56 em todo o mundo.
"Nosso
relatório mostra que um grupo tecnicamente sofisticado e bem organizado está
desenvolvendo e usando essas ferramentas durante os últimos oito anos", disse
David Garfield, diretor-gerente de segurança cibernética na BAE Systems. "Mas
não é possível dizer exatamente quem está por trás disso."
O
problema com a liberação de vírus sofisticados como esses é que eles não podem
ser contidos. "Tome o Stuxnet, por exemplo, que foi recentemente detectado em
uma usina nuclear russa. É concebível que os vírus, uma vez desencadeados, podem
danificar outros computadores e sistemas de formas imprevisíveis e indesejáveis.
Eu acho que a metáfora "Snake", neste caso, é bastante lógica. [io9]
Lucas
Rabello | março 11, 2014 às 11:05 am | URL: http://wp.me/p2di4I-6KG
Quão verde é a minha grama
Imagine
nós dois observando um por do sol, onde o horizonte está pintado com um tom
alaranjado e o azul escuro da noite aparece do lado oposto do céu. "Que belas
cores", eu digo. E você concorda.
E
então, no silêncio que se procede, uma preocupação me invade. Posso apontar ao
céu e dizer que o mesmo está com um tom azulado, e você vai concordar. Mas você
está realmente vendo o azul do jeito que eu vejo? Talvez você apenas tenha
aprendido a chamar aquilo de azul, mas pode não enxergar o mesmo que eu. Você é
um impostor, chamando meu azul pelo mesmo nome, mas na verdade enxerga outra
cor. Ou pior, talvez eu seja o impostor...
Enfim,
essa preocupação reside nos largos salões do reino da filosofia, e não na
neurociência. Você pode até me perguntar o motivo de tanta preocupação, quando
deveríamos apenas apreciar o esplendor do sol poente. Mas quando pensamos sobre
isso, percebemos que nunca teremos acesso direto ao que diferentes pessoas
entendem por azul, ou por verde, ou por violeta. Essa ideia é ainda mais
plausível quando se considera o daltonismo, que afeta cerca de 8% dos homens e
metade de 0,5% das mulheres. Muitas pessoas nem sequer sabem que possuem esta
condição, apenas chamam as cores pelos nomes que lhe foram ensinadas.
Quão verde é a minha grama?
Nossa
visão de cores começa com os sensores da parte posterior do olho, que
transformam informação de luz em sinais elétricos no cérebro - os
neurocientistas os chamam de fotorreceptores. Nós temos um número diferente
destes sensores, mas a maioria das pessoas possuem três fotorreceptores
diferentes para luzes coloridas. Estes sensores são sensíveis ao azul, verde e
vermelho, e a informação é combinada visando permitir-nos a perceber uma gama
completa de cores. A maioria dos daltônicos possui uma fraqueza nos
fotorreceptores da cor verde. Desta forma, perdem a sensibilidade de distinguir
os tons de verde, como normalmente aconteceria.
No
outro extremo da escala, algumas pessoas possuem uma sensibilidade
particularmente maior para determinada cor. Os cientistas chamam estas pessoas
de tetracromatas, e estas possuem quatro fotorreceptores, em vez de três.
Pássaros e répteis são tetracromatas e é isso que lhes permite ver o espectro
infravermelho e ultravioleta (um estudo sugeriu que cães e gatos também podem enxergar em ultravioleta).
Tetracromatas humanos não podem ver além do espectro de luz visível normal, mas
em vez disso têm um fotorreceptor extra que é mais sensível à cor na escala
entre vermelho e verde, tornando-os mais sensíveis a todas as cores dentro da
faixa humana normal.
Então
sim, nós podemos compartilhar um por do sol e enxergar alguma coisa diferente
entre nós. Por mais que conheçamos outra pessoa, nós nunca teremos plena
sabedoria sobre seu próprio conhecimento. Desta forma, jamais saberemos se ao
darmos meia volta e nos dirigirmos às nossas casas após o final do espetáculo,
ambos enxergaremos a mesma cor no céu. [BBC]
Leonardo
Ambrosio | março 11, 2014 às 11:27 am | URL: http://wp.me/p2di4I-6KH
|
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