25 DE OUTUBRO DE 2018, 20H08
Passei só para lembrar do legado que a esquerda deixou para a humanidade
Quando se fala mal da esquerda, vale a pena lembrar que se está falando mal das principais mentes que mudaram a história da humanidade em termos culturais e científicos
Mesmo se a esquerda for atacada, é preciso lembrar que é preferível estar do lado certo e perder a vencer do lado errado.
Quando se fala mal da esquerda, vale a pena lembrar que se está falando mal das principais mentes que mudaram a história da humanidade em termos culturais e científicos.
Estamos falando de Albert Einstein que dizia: “Estou convencido de que existe apenas um caminho para eliminar esses graves males, e esse é o estabelecimento de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educacional orientado para objetivos sociais”.
Quem assumiu a sua cadeira científica foi Stephen Hawking que se define “ideologicamente como socialista, o que não o impediu de manifestar sua rejeição firme à guerra do Iraque sustentada pelo trabalhista Tony Blair -que ele não parece ter em muita estima”.
Mas e nas artes? Temos nada mais nada menos que Pablo Picasso. “O meu compromisso com o Partido Comunista é a consequência lógica da minha vida, do meu trabalho. Entrei no partido sem hesitação, porque, basicamente, eu estava sempre com eles para sempre”.
Além disso, temos no campo das artes Frida Kahlo: “…estoy más y más convencida de que el único camino para llegar a ser un hombre, quiero decir un ser humano y no un animal, es ser comunista”.
Mas temos que lembrar que as esquerdas são amplas, um mundo de ideias diversificadas. A esquerda pode ser liberal ou stalinista. Pode haver esquerda na Venezuela, mas também há na Dinamarca, em Portugal. Existe Cuba que é uma ilha e a China que, certamente, será a maior economia do mundo.
Mas vamos voltar aos personagens que marcaram época. Temos Martin Luther King Jr, o pastor evangélico que lutou pelos direitos civis dos negros que aqui se chama de coitadismo. Dizia que “a luta central nos EUA é a luta de classes” e também que “o capitalismo chegou ao fim de sua utilidade histórica. Chegou a hora de os grupos privilegiados deixarem um pouco seus milhões”.
No campo da literatura são tantos que seria preciso centenas de livros para falar do assunto. Mas vamos falar de José Saramago, ganhador do Nobel de Literatura: “A nossa escolha não tem por que ser feita entre socialismos que foram pervertidos e capitalismos perversos de origem, mas entre a humanidade que o socialismo pode ser e a inumanidade que o capitalismo sempre foi”
E quem não sabe quem foi Gabriel García Marquez? “Quero que o mundo seja socialista e creio que cedo ou tarde será”.
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Para ficarmos no Brasil podemos falar de Ariano Suassuna: “A meu ver enquanto houver miserável, um homem com fome, o sonho socialista continua”.
E na arquitetura temos o mais famoso arquiteto brasileiro com diversas obras modernistas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo.
Teríamos que falar aqui de Van Gogh, Oscar Wilde, John Ford, Glauber Rocha, Malcom X, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Dias Gomes, Pablo Neruda e de Paulo Freire que aqui é execrado por um discurso ignorante que mal sabe o que é educação, mas que lá fora, em países capitalistas desenvolvidos, é visto como um dos maiores pedagogos da história. Isso sem falar da vastidão de pensadores que representam as mais diversas faces da esquerda mundial.
Negar a esquerda é negar a importância do seu legado cultural e científico que contribuiu para as maiores descobertas naturais e invenções humanas da história. E nenhuma virada da extrema direita vai ser capaz de fazer esquecer as descobertas de Einstein, as ações de Martin Luther King Jr ou os mais belos poemas de Neruda.
A esquerda não vai acabar porque um candidato quer que ela acabe. E, caso venha se tornar presidente, vai ter que se conformar diariamente que habitará uma casa projetada por um comunista. Outrora os militares tiveram que fazer o mesmo, mas Niemeyer estava vivo, não precisava ser lembrado, de modo que, agora, seu espírito está nos lugares que edificou.
25 DE OUTUBRO DE 2018, 19H06
Datafolha: Diferença entre Bolsonaro e Haddad cai 6 pontos
Última pesquisa Datafolha mostrava uma diferença de 18 pontos, que agora caiu para 12: Bolsonaro tem 56% das intenções de voto contra 44% de Haddad
Nova pesquisa Datafolha para a presidência divulgada nesta quinta-feira (25) confirma a ascensão de Fernando Haddad (PT). Jair Bolsonaro (PSL) segue na liderança, mas caiu e registra 56% das intenções dos votos válidos. Já o candidato do PT subiu e aparece com 44%.
A diferença entre o petista e seu adversário caiu 6 pontos com relação ao último levantamento, divulgado no dia 18, confirmando a tendência apontada pelo Ibope na terça-feira (23). No último Datafolha, o militar da reserva tinha 58% das intenções contra 41% de Haddad. Os 18 pontos que separavam os dois candidatos, em menos de uma semana, portanto, caíram para 12.
Nos votos totais, isto é, quando considerados os brancos e nulos, Bolsonaro tem 48% e, Haddad, 38%. 8% irão votar branco ou nulo.
A pesquisa ouviu 9.173 eleitores entre os dias 24 e 25.