Bolsonaro,
o Procusto ou Procrustes
A
familícia bolsonaro é a própria síndrome de Procusto: simboliza a negação da
ciência e a relativização de vidas humanas.
Procusto ou Procrustes, personagem da mitologia grega, simboliza a
negação da ciência e a relativização de vidas humanas. Como mito deu origem a
síndrome de Procusto. Não está em nenhum manual de diagnóstico clínico, mas é
um comportamento reconhecido pela psicologia e psicanálise. Já inspirou tramas
literárias e cinematográficas.
Procusto significa “o esticador”, em referência a punição que ele aplicava
às suas vítimas e dizia a elas: “Se você se destacar, cortarei seus pés. Se
você demonstrar ser melhor que eu, cortarei sua cabeça. Isso lembra o quê?!
Lembre a relação de bolsonaro com seus ministros e o próprio Brasil.
Ele vivia na serra de Elêusis. Em sua casa ele tinha uma cama de
ferro com o seu exato tamanho. Habitualmente convidava viajantes a se hospedarem
e deitarem em sua cama. Os hóspedes altos, ele os decepava para ajustá-los à
cama e os de pequena estatura ele os esticava até atingirem o tamanho da cama.
Seu reinado de terror terminou quando foi capturado por Teseu, herói
ateniense que o prendeu em sua própria cama e cortou-lhe a cabeça e os pés,
aplicando-lhe a mesma crueldade que infligia aos seus hóspedes.
Por onde anda o Teseu brasileiro?!
A síndrome de Procusto é encontrada no ambiente familiar, escolar-acadêmico,
político, de trabalho, empresarial, dentre outros. É uma conduta que destrói
quem é mais preparado e inteligente, por mera arrogância egoística e estupidez do
portado da síndrome de Procusto.
A metáfora de Procusto representa o puro egoísmo do ser humano em
relação ao seu próximo. São aqueles que não prosperam nem deixam os outros
prosperarem. Usa de uma agressividade que não hesita em destruir os que são
capazes de derrubar os muros da incompetência e da vulgaridade.
Os indivíduos infectados pela síndrome de Procusto defendem posições
extremadas, que ferem o bom senso, que obrigam os que estão sob o seu comando a
se adequar aos seus delírios e a sua indiferença com o sofrimento e a morte do
outro. Até parece que bolsonaro é a reencarnação do Procusto.
Os indivíduos com espectro de Procusto exercem uma lógica
anticiência, que é feita por mentes doentias que negam a liberdade e a ciência,
sobretudo, nas redes sociais e na era da covid-19. Em termos idiomáticos é um
“espírito de porco”, ou seja, são criaturas cruéis que geram constrangimentos
para limitar a capacidade de professores, pesquisadores, cientistas,
intelectuais, jornalistas, etc. Os bolsonaristas.
Os indivíduos portadores dessa síndrome apresentam um humor
constantemente irritável, anormal e expansivo, aumento da grandiosidade e da
autoestima.
Precisamos aprender a lidar com esses traços maníacos, que estão
longe da simples competição, mas não significa que devemos nos render a eles,
pois temos condições de dar mais um passo à frente e buscar ambientes em que
possamos nos desenvolver, de acordo com o nosso potencial.
Libertemo-nos dos grilhões de Procrustes que nos impuseram,
ampliando o nosso conhecimento, valorizando a natureza, o meio ambiente, os
animais, as crianças, os idosos, quilombolas, indígenas..., e acrescentemos
atitudes positivas conosco mesmo; com o nosso trabalho, com a natureza, o meio
ambiente, os animais, as crianças, os idosos, os quilombolas, os indígenas... que
são coisas que os Procrustes desprezam. Odeiam!!
Uma coautoria, sem a devida consulta, com Jackson César Buonocore,
Sociólogo e Psicanalista.