domingo, 9 de junho de 2019

O Golpe ainda em Processo


Moro, o "Russo" As reportagens de hoje mostram, entre outros elementos, que os procuradores da Lava Jato falavam abertamente sobre seu desejo de impedir a vitória eleitoral do PT e tomaram atitudes para atingir esse objetivo; e que o juiz Sergio Moro colaborou de forma secreta e antiética com os procuradores da operação para ajudar a montar a acusação contra Lula. Tudo isso apesar das sérias dúvidas internas sobre as provas que fundamentaram essas acusações e enquanto o juiz continuava a fingir ser o árbitro neutro neste jogo. O único papel do Intercept Brasil na obtenção desse material foi seu recebimento por meio de nossa fonte, que nos contatou há diversas semanas (notícia da invasão do celular do ministro Moro, divulgada nesta semana, na qual o ministro afirmou que não houve “captação de conteúdo”) e nos informou de que já havia obtido todas as informações e estava ansiosa para repassá-las a jornalistas. Parte 1: https://theintercept.com/2019/06/09/editorial-chats-telegram-lava-jato-moro/ Parte 2: https://theintercept.com/2019/06/09/procuradores-tramaram-impedir-entrevista-lula/ Parte 3: https://theintercept.com/2019/06/09/dallagnol-duvidas-triplex-lula-telegram-petrobras/ Parte 4: https://theintercept.com/2019/06/09/chat-moro-deltan-telegram-lava-jato/ https://exame.abril.com.br/blog/sergio-praca/apos-troca-de-mensagens-com-dallagnol-moro-precisa-renunciar/ Quando era juiz federal, Sergio Moro combinou com Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no Ministério Público Federal, estratégias de investigação para implicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em atos criminosos. Conversas mantidas por Moro e Dallagnol pelo aplicativo de mensagens Telegram – reveladas pelo site The Intercept, do jornalista Gleen Greenwald e equipe – mostram como o MPF e Moro trocavam informações de modo ilegal, desrespeitando a neutralidade do Judiciário. O candidato derrotado às eleições presidenciais no ano passado pelo PT, Fernando Haddad, escreveu em seu Twitter que se trata do “maior escândalo institucional da história da República”.