quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Luísa Mahin

Luísa Mahin — Nascida no início do século XIX —, foi uma ex-escrava de origem africana, radicada no Brasil, que tomou parte na articulação dos levantes de escravos que sacudiram a Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX.
Membro do povo Mahi, de onde vem seu sobrenome, Luísa Mahin comprou sua alforria em 1812. Livre, tornou-se quituteira em Salvador.Ela teve um filho, o poeta e abolicionista Luís Gama, que a descreveu como uma mulher baixa, magra, bonita, de dentes "alvíssimos, como a neve", altiva, generosa, sofrida e vingativa.
Luísa esteve envolvida na articulação de todas as revoltas e levantes de escravos que sacudiram a então Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX. De seu tabuleiro, eram distribuídas as mensagens em árabe, através dos meninos que pretensamente com ela adquiriam quitutes.Desse modo, esteve envolvida na Revolta dos Malês (1835) e na Sabinada (1837-1838). Como negra africana, sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. Descoberta, Luísa foi perseguida, até fugir para o Rio de Janeiro, onde foi encontrada, detida e, possivelmente, deportada para Angola.