terça-feira, 10 de março de 2015

A bola da vez estar sendo o Brazil - com z mesmo!!

Ameaça de Obama à Venezuela vale para todos os países da América Latina

by Talis Andrade
Neste vasto mundo quem não tem armamento nuclear sofre intimidações. Certo fizeram Israel, Irão, Coréia do Norte, Índia, países livres. Jamais serão invadidos por nenhum império ou constrangidos.
Os Estados Unidos promovem propaganda de guerra para desestabilizar os governos nacionalistas da Venezuela, da Argentina, do Equador, da Bolívia. Também sofrerão o mesmo amedrontamento os governos esquerdistas e nacionalistas recém-empossados do Uruguai e Chile.
Barack Obama declarou ontem que a "Venezuela é ameaça à segurança dos Estados Unidos".
O presidente dos Estados Unidos emitiu um decreto presidencial nesta segunda-feira declarando a Venezuela uma ameaça à segurança nacional, impondo sanções a sete pessoas e expressando preocupação sobre o tratamento do governo venezuelano com opositores políticos.
"Autoridades venezuelanas do passado e do presente que violam os direitos humanos de cidadãos venezuelanos e se envolvem em atos de corrupção não são bem-vindos aqui, e agora nós temos as ferramentas para bloquear seus bens e seu uso dos sistemas financeiros dos EUA", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado.
Vale ressaltar que a oposição direitista venezuelana festeja a humilhação do Império, com o apoio da imprensa vendida.
Fico a imaginar: Os políticos que pedem o retorno da ditadura, com invasão de exército estrangeiro, apoiados pela imprensa elitista e monopolista das famílias Mesquita, Marinho e Frias, como reagiriam a uma ameaça de Obama ao Brasil?
Manchetes de hoje da imprensa venezuelana:
ve_nacional.
El Nacional apóia Obama, e denuncia, paradoxal e traiçoeiramente que na Venezuela impera a lei da censura: "Resulta importante que los venezolanos, ante el cerco comunicacional interno, sigan con atención a las agencias internacionales de noticias que se rigen por un código de ética estricto e inquebrantable y ayudan a decir la verdad al país".

ve_diario_costa.
O Diario La Costa noticia: La Casa Blanca dijo que la acción ejecutiva tiene un alcance mayor a la ley de sanciones que emitió Obama en diciembre.
Las relaciones comerciales entre Venezuela y Estados Unidos, sin embargo, se mantendrían sin reparos, dijo un funcionario estadounidense.
Venezuela ha diversificado sus mercados en los últimos años, privilegiando a China en detrimento de Estados Unidos, pero aún este último sigue siendo el principal destino de sus despachos de crudo.

PORTADA LA VOZ
El Clarín: El presidente Nicolás Maduro consiguió en poco más de dos años lo que el comandante Chávez no pudo lograr en catorce años: que un presidente norteamericano volteara la cara hacia la región norte de Suramérica y apuntara a Venezuela con su índice diciéndole a su pueblo, ahí hay un problema que amenaza a Estados Unidos.
Pero ahora resulta que el país que se siente amenazado es Venezuela, estas son las claves que explican la trascendencia del más grave incidente diplomático entre estas dos naciones, en toda su historia.
Cabello advierte que ahí viene el lobo
El presidente de la Asamblea Nacional (AN), Diosdado Cabello, advirtió que la cosa viene envuelta en una campaña militar y que el país está a las puertas de una confrontación con las fuerzas militares más temibles del mundo.
“Estas resoluciones de emergencia las utiliza el imperialismo norteamericano cada vez que va a atacar un pueblo”, dijo Cabello.

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escândalos de corrupção envolvendo Aécio, FHC o PSDB e aliados

17/10/2014 - Copyleft

14 escândalos de corrupção envolvendo Aécio, o PSDB e aliados

 http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/14-escandalos-de-corrupcao-envolvendo-Aecio-o-PSDB-e-aliados/4/32017

São muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas não apenas sobre o candidato Aécio Neves, mas também sobre seus colegas tucanos e aliados.


NajlaPassos
Arquivo

O candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves, se apresenta como o candidato da ética e da moralidade, mas são muitos os escândalos de corrupção que lançam suspeitas não apenas sobre ele, mas também sobre seus colegas tucanos e aliados. Escândalos esses em torno dos quais o PSDB opera para que não tenham  destaque da mídia e não sejam investigados. Confira aqui 14 deles:

1 – Escândalo da Petrobrás: valor ainda não contabilizado

O candidato do PSDB à presidência da República, Aécio Neves, adora criticar a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, pelo suposto envolvimento de petistas no escândalo da Petrobrás. As investigações, entretanto, apontam também para o possível envolvimento de lideranças tucanas. Em depoimento, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, afirmou ter pago propina ao ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que morreu este ano, para ele ajudar a esvaziar uma CPI criada em 2009 para investigar a Petrobrás.

2 - Desvio das verbas da saúde mineira: R$ 7,6 bilhões

Na última terça (14), no debate da Band, a presidenta Dilma acusou Aécio Neves de desviar R$7,6 bilhões da saúde quando foi governador de MG. O tucano disse que ela estava mentindo e, então, Dilma convidou os eleitores a acessarem o site do Tribunal de Constas do Estado (TCE). Naquela noite, o site saiu do ar, segundo o TCE devido à grande quantidade de acessos. Nesta quarta (15), o site voltou, mas os documentos citados por Dilma desapareceram por cerca de 4 horas, até a imprensa denunciar a manobra. A presidenta do TCE, Adriane Andrade, foi indicada por Aécio e é casada com Clésio Andrade (PMDB), seu vice-governador no primeiro mandato.

3 – Aecioporto de Cláudio: R$ 14 milhões

Quando era governador de Minas Gerais (2003-2010), Aécio construiu cinco aeroportos em municípios pequenos, todos eles nas proximidades das terras de sua família. O caso mais escandaloso foi o de Cláudio, com cerca de 30 mil habitantes e que já fica próximo a outro aeroporto (o de Divinópolis, há apenas 50 Km). A pista, que foi construída a 6 Km da fazenda do presidenciável, fica nas terras do tio-avô de Aécio, desapropriadas e pagas com dinheiro público. Quem cuida das chaves do portão são os primos de Aécio. Custou R$ 14 milhões aos cofres mineiros.

4 – Relações com Yusseff : R$ 4,3 milhões

O doleiro Alberto Yousseff ficou conhecido nacionalmente devido ao seu envolvimento no escândalo da Petrobrás. Mas a Polícia Federal também investiga os serviços prestados palas empresas de fachada do doleiro para uma outra estatal, a mineira Cemig, controlada há anos pelo PSDB de Aécio Neves, principal líder do partido no Estado. As suspeitas é que a Cemig tenha sido usada para engrossar o caixa do grupo, através da parceria com a empresa Investminas, uma sociedade de propósito específico, criada para construir e operar pequenas hidrelétricas, cuja única operação comercial foi uma parceria firmada com a Cemig. Vendida à Light, a participação na sociedade rendeu à Investminas, em poucos meses, R$ 26,586 milhões,  um ágil surpreendente de 157%. Três semanas depois, R$ 4,3 milhões foram depositados pela Investminas na conta MO Consultoria, empresa de fachada usada por Yousseff. As suspeitas é que tenham sido destinados a pagar os agentes públicos envolvidos na operação. O caso ainda está sob investigação.

5 - Favorecimento aos veículos da Família Neves: valor não contabilizado

Nem Aécio Neves e nem o governo de MG divulgam qual a fatia da publicidade oficial do estado foi parar nos meios de comunicação da família do presidenciável, de 2003 até agora. E a falta de transparência, claro, gera suspeitas. A família Neves controla a Rádio Arco Íris, retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte, e as rádios São João e Colonial, de São João del Rei, além do semanário Gazeta de São João del Rei. Aécio é sócio da Arco Íris com a mãe e irmã mais velha, Andrea que, quando ele foi governador, era coordenadora voluntária do grupo de assessoramento do governo que tinha como atribuição estabelecer as políticas de comunicação do governo e aprovar os gastos em publicidade.

6 -Nepotismo em Minas

Aécio diz que é a favor da meritocracia, mas, além de receber pelo gabinete do pai, em Brasília, quando morava no Leblon, de 1980 a 1983, não deixou de empregar parentes quando governou Minas. A lista é longa. Oswaldo Borges da Costa Filho, genro do padrasto do governador, foi presidente da Companhia de Desenvolvimento Econômico e Minas Gerais. Fernando Quinto Rocha Tolentino, primo, assessor do diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem (DER/MG). Guilherme Horta, outro primo, assessor especial do governador. Tânia Guimarães Campos, prima, secretária de agenda do governador. Frederico Pacheco de Medeiros, primo, era secretário-adjunto de estado de Governo. Ana Guimarães Campos e Júnia Guimarães Campos, primas, servidoras do Servas. Tancredo Augusto Tolentino Neves, tio, diretor da área de apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Andréia Neves da Cunha, irmã, diretora-presidente do Serviço de Assistência Social de Minas Gerais (Servas). Segundo Aécio, o trabalho da irmã era voluntário.

7 – Mensalão tucano: pelo menos R$ 4,4 milhões

Trata-se do esquema de desvio de verbas de empresas públicas armado em Minas Gerais, em 1998, para favorecer a reeleição do então governador tucano Eduardo Azeredo. Além dos políticos tucanos, os acusados são os mesmos responsabilizados pelo chamado “mensalão petista”: o publicitário Marcos Valério e os diretores do Banco Rural. Entretanto, embora tenha acontecido antes, o esquema tucano ainda não foi julgado. E mais, não o será pelo STF,
mas pela justiça comum. O processo está engavetado há tanto tempo que vários envolvidos já se beneficiaram pela prescrição. Pela denúncia feita pelo Ministério Público, foram desviados pelo menos R$ 4,4 milhões. Mas os valores são discutíveis: como as operações de algumas empresas públicas, como a Cemig, ficaram de fora da denúncia, há quem defenda que possa ser bem maior.

8 - Mensalão tucano II: R$ 300

As conexões dos tucanos com o esquema de Marcos Valério são profundas. O candidato derrotado ao governo de Minas Gerais pelo PSDB nas eleições deste ano, Pimenta da

Veiga, é alvo de um inquérito da Polícia Federal que investiga porque ele recebeu, em 2003, um total de R$ 300 mil de agências de publicidade de Marcos Valério.

9 – Máfia do Cachoeira: valor não contabilizado

Em 2012, o Congresso instalou uma CPI para investigar as relações entre a máfia do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados. Entre os públicos, estavam o ex-senador Demóstenes Torres (à época filiado ao DEM), o então governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) e o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, acusado de prevaricar ao descontinuar as investigações da Polícia Federal. Entre os agentes privados, destacaram-se veículos de imprensa, como a revista Veja, e empreiteiras, como a construtora Delta. Em função da pressão política dentro do parlamento, para aprovar seu relatório final, o deputado Odair Cunha (PT-MG) teve que retirar os pedidos de indiciamento de jornalistas e do ex-procurador geral. O mandado de Demóstenes no Senado foi cassado, mas, por decisão do ministro do STF, Gilmar Mendes, o mais afinado com o ideário tucano, ele teve o direito de reassumir sua vaga de promotor em Goiás.

10 – Cartel dos metrôs de SP e DF: pelo menos R$ 425 milhões

O escândalo vem de longa data, mas até agora nenhum político foi punido. Envolvem dois casos diferentes, mas com relações entre si: o Casol Alston, a multinacional francesa que teria subornado políticos ligados ao governo Alckmin para ganhar o contrato da expansão do metrô de SP, e o Caso Simiens, a empresa que admitiu ter formado cartel com outras 13 para fraudar as licitações do metrô de SP e do DF. A Simens entregou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma série de documentos que comprovam que o governo tucano tinha conhecimento da formação do cartel. Reportagem da Istoé estimou em R$ 425 milhões de reais os prejuízos para os cofres públicos. No Caso Alston, a PF indiciou, por corrupção passiva, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), ex-ministro do governo FHC.

11 - Privataria tucana: R$ 124 bilhões
Registradas e documentadas no livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Junior, as denúncias revelam os descaminhos do dinheiro público desviado pelos tucanos na era das privatizações, instaurada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu então ministro da Fazenda, José Serra. Resultado de 12 anos de investigação do ex-jornalista da Isto É e de O Globo, o livro irritou o ninho tucano. Serra o classificou como “lixo”. FHC, como “infâmia”. Aécio Neves, como “literatura menor”. Pelos cálculos do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), delegado da Polícia Federal que atuou no caso, o montante desviado dos cofres públicos pelos tucanos para paraísos fiscais chega a R$ 124 bilhões.

12 – Emenda da reeleição de FHC: valor não contabilizado

Em 1997, durante o governo FHC, a Câmara aprovou a emenda que permitiria a reeleição presidencial. Poucos meses depois, começaram a pipocar as denúncias de compra de votos pelo Executivo para aprovação da matéria. Um grampo revelou que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, receberam R$ 200 mil cada um. Na gravação, outros três deputados eram citados de maneira explícita e dezenas de congressistas acusados de participação no esquema. Nenhum foi investigado pelo Congresso nem punido. Apesar das provas documentais, o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, engavetou as denúncias. No ano seguinte, FHC se reelegeu para um novo mandato. Brindeiro foi nomeado para um segundo mandato no cargo.

13 – O caso da Pasta Rosa: US$ 2,4 milhões

Em 1995, servidores do Banco Central que trabalhavam em uma auditoria no Banco Econômico encontraram um dossiê com documentos que indicavam a existência de um esquema ilegal de doação eleitoral, envolvendo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Antônio Calmon de Sá, dono do Econômico e ex-ministro da Indústria e Comércio da ditadura. O esquema apontava a distribuição ilegal de US$ 2,4 milhões dos bancos a 45 políticos que se candidataram nas eleições de 1990, entre eles o José Serra (PSDB), Antônio Magalhães (do antigo PFL, hoje DEM) e José Sarney (PMDB). O ex-banqueiro Ângelo Calmon de Sá foi indiciado pela Polícia Federal por crime contra a ordem tributária e o sistema financeiro, com base na Lei do Colarinho-Branco. Nenhum político foi punido por causa do escândalo.

14 – Caso Sivam: valor não contabilizado

Primeiro grande escândalo de corrupção do governo FHC, o Caso Sivam, que estourou em 1995. envolve denúncias de corrupção e tráfico de influência na implantação do Sistema de Vigilância da Amazônia. O ponto alto foi quando o vazamento de gravações feitas pela Polícia Federal expôs uma conversa entre o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, à época chefe do cerimonial de FHC, e o empresário José Afonso Assumpção, representante da empresa norte-americana Raytheon no Brasil, em que ambos defendiam os interesses dessa última no Sivam. E foi justamente a Raytheon que arrematou, sem licitação, o contrato de US$ 1,4 bilhão. O escândalo também envolvia ministros e outros assessores de FHC, além de empresas brasileiras. Em 1996, o deputado Arlindo Chinglia (PT-SP) protocolou pedido de instalação de uma CPI, que só saiu em 2001, mas de forma esvaziada. Como tinha maioria no parlamento, o governo FHC conseguiu abafar as denúncias. Ninguém foi punido.


Doleiro operava para FHC, Serra e Beira Mar

Privataria Tucana. A gente nao ve por aqui


Mais um título que parece blague, de tão forte.
Não é, infelizmente. É sério.
Alberto Youssef operou para as campanhas de FHC e Serra, segundo matéria de Amaury Ribeiro, publicada na Istoé, em fevereiro de 2003. A mesma fonte afirma, com base em documentos, que ele era também doleiro de Fernandinho Beira Mar.
Esse é o cara que Veja e Globo querem levar à sério e usar para fraudar o debate político nas eleições deste ano.
Mas antes vamos conferir trecho de matéria publicada na Folha, de 10 de agosto deste ano, quando se avaliava a possibilidade da Justiça aceitar a delação premiada de Alberto Youssef, e se discutia a credibilidade do doleiro:
BAIXA CREDIBILIDADE
A maior dificuldade para que a colaboração de Youssef seja aceita é que sua credibilidade tende a zero. As razões da baixa credibilidade é que ele não contou tudo o que sabia na delação premiada que fez em 2007 e não cumpriu a promessa de que não voltaria a atuar no mercado de dólar. A avaliação da PF e dos procuradores é que Youssef usou a primeira delação premiada como alavanca para elevar sua participação no mercado.
A estratégia que usou foi entregar os clientes menos importantes, como políticos e servidores públicos do Paraná, e preservar os grandes, como o deputado José Janene (PP-PR) –que até morrer, em 2010, era o cicerone do doleiro em Brasília e em empresas como Petrobras.
O plano deu certo. Youssef deixou de ser um doleiro do Paraná e passou a ter atuação em São Paulo, Rio e Brasília, segundo a PF. Continuou atuando com o PP, mas conquistou aliados no PT, como o deputado federal André Vargas (sem partido-PR).
O advogado de Youssef, Antonio Augusto Figueiredo Basto, diz que a decisão de colaborar é do seu cliente, mas ele não recomenda o expediente: “O Alberto é mero bode expiatório num esquema muito maior, sobre o qual não há nenhum interesse em investigar. Você acha que ele teria feito tudo de que é acusado sem um parlamentar?”. Ele diz que sai do caso se seu cliente virar colaborador. ”
*
Voltei.
Outro material importante para se entender quem é Alberto Youssef é que ele foi operador das campanhas de FHC e Serra. Observe que a matéria informa ter documentos, bem diferente da Veja, que admite não ter provas de nada do que publica.
Confira trecho de matéria escrita por Amaury Ribeiro, e publicada na Istoé, em fevereiro de 2003:
Conta tucano: Investigações revelam que o ex-caixa de campanha do PSDB movimentou US$ 56 milhões por intermédio de contas no Banestado dos EUA
Por Amaury Ribeiro Jr., Sônia Filgueiras e Weiller Diniz
Documentos a que ISTOÉ teve acesso começam a esclarecer por que o laudo de exame financeiro nº 675/2002, elaborado pelos peritos criminais da PF Renato Rodrigues Barbosa, Eurico Montenegro e Emanuel Coelho, ficou engavetado nos últimos seis meses do governo FHC, quando a instituição era comandada por Agílio Monteiro e Itanor Carneiro. Nas 1.057 páginas que detalham todas as remessas feitas por doleiros por intermédio da agência do banco Banestado em Nova York está documentado o caminho que o caixa de campanha de FHC e do então candidato José Serra, Ricardo Sérgio Oliveira, usou para enviar US$ 56 milhões ao Exterior entre 1996 e 1997.
O laudo dos peritos mostra que, nas suas operações, o tesoureiro utilizava o doleiro Alberto Youssef, também contratado por Fernandinho Beira-Mar para remeter dinheiro sujo do narcotráfico para o Exterior. Os peritos descobriram que todo o dinheiro enviado por Ricardo Sérgio ia parar na camuflada conta número 310035, no banco Chase Manhattan também em Nova York (hoje JP Morgan Chase), batizada com o intrigante nome “Tucano”. De acordo com documentos obtidos por ISTOÉ, em apenas dois dias – 15 e 16 de outubro de 1996 – a Tucano recebeu
US$ 1,5 milhão. A papelada reunida pelos peritos indica que o nome dado à conta não é uma casualidade. (…)

Medo. Alimento financeiro dos industriais de medicamentos

publicação em Psicologia

Medo: matéria-prima da indústria farmacêutica

by psicomarcosmarinho
150309-Doente
Como os laboratórios globais manipulam insegurança e desemparo quotidianos para multiplicar vendas — desrespeitando, se necessário, a saúde dos pacientes
Por Martha Rosenberg, no Alternet | Imagem: Hónoré Daumier, O Doente Imaginário (1856)
Muito antes da internet e da publicidade direta ao consumidor, a profissão médica tentava tranquilizar as pessoas sobre suas preocupações de saúde. Claro, fadiga e dores de cabeça poderiam ser sintoma de um tumor cerebral; certo, tosse poderia ser um sintoma de câncer de pulmão. Mas a maioria dos médicos tentava atenuar o medo – ao invés de semeá-lo. Lembra do “tome duas aspirinas e me ligue pela manhã?”
Projetemos isso para os “guias de sintomas” online de hoje, testes para ver se você tem uma determinada doença e exortações para que vá a seu médico, mesmo que se sinta bem. Desde que a indústria farmacêutica descobriu que medo de doenças e até a hipocondria vendem drogas, as novas doenças, sintomas e riscos com que as pessoas precisam se preocupar parecem não ter fim.
Vender sintomas para pessoas sugestionáveis tem sido uma mina de ouro para as grandes transnacionais farmacêuticas desde que começaram a fazer propaganda diretamente ao consumidor, no final dos anos 1990. Graças a tal marketing, que na verdade “vende” doenças para construir a demanda, milhões de pessoas que já estiveram muito bem têm agora alergias de estação, Gerd (Doença do refluxo gastroesofágico), distúrbio de atenção, distúrbio de dor e outras “doenças”.
Não se trata de ignorar sofrimento legítimo. Mas para muita gente, a relação com os medicamentos prescritos é melhor expressa na camiseta que diz “Tomo aspirina para a dor de cabeça causada pelo Zyrtec, que uso contra a rinite alérgica que adquiri com o Relenza para a dor de estômago da Ritalina que eu tomo para o déficit de atenção causado pelo Scopoderm, que uso para o enjôo que me dá o Lomotil, que tomo para a diarréia causada pelo Xenical que tomo para perder o peso ganho com o Paxil que tomo para a ansiedade que me dá o Zocor, que uso para o colesterol alto, porque praticar exercício, boa dieta e tratamento quiroprático regularmente dão muito trabalho” (uma camiseta que nem pode ser vestida por gente que usa números pequenos…)
Eis algumas das estratégias que a indústria farmacêutica usa para manter o público comprando drogas.
1. Medo de envelhecer e perder o apetite sexual
As terapias de de reposição hormonal (TRH), que milhões de mulheres fizeram até cerca de dez anos atrás, eram oficialmente vendidas para acabar com as ondas de calor e manter os ossos fortes. Mas, extraoficialmente, era difundidas como um modo de manter-se jovem e sexy. Anúncios publicitários de terapia de reposição hormonal precoce diziam às mulheres que elas tinham “sobrevivido aos seus ovários” e não se mantinham à altura de seus maridos, que queriam mulheres com aparência mais jovem. Quando descobriu-se que TRH aumentava o risco de ataque do coração e câncer (“sentimos muito por isso”), as drogas para fortalecer os ossos assumiram o papel de portadoras mensagem da indústria farmacêutica (“não fique velha!”) para as mulheres. Agora a indústria está dizendo aos homens que eles também necessitam de terapia de reposição hormonal para sua “baixa testosterona” e para manter sua potência sexual. A TRH masculina não parece mais segura que a feminina.
 
2. Medo de sintomas que parecem benignos
Antigamente, pessoas com azia tomavam Eno, Alka Seltzer ou Sonrisal e juravam não comer muito. Não se preocupavam se tinham refluxo gastroesofágico (Gerd), estavam a caminho de um câncer do esôfago; nem tomavam inibidores de bomba de prótons para o resto de suas vidas. Da mesma forma, embora a depressão possa causar um sofrimento inimaginável, é também verdade que a tristeza ocasional – a dor causada por problemas no casamento, na família, no trabalho, pela situação financeira ou mesmo a perda de alguém amado – faz parte da vida. Mas o marketing das grandes farmacêuticas sugerem que você deveria ir correndo ao médico, no instante que sentir-se mal; e se pendurar em “pílulas da felicidade” por uma década ou mais. Claro que o grande sucesso da indústria ao produzir medo em torno de sintomas benignos está convencendo pais e professores de que crianças saudáveis e muito ativas estão sofrendo de ADHD (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).
 
3. Medo de novas doenças
Quem se lembra da Síndrome do Atraso das Fases do Sono, ou da Síndrome das 24 Horas em dormir, diagnosticadas para pessoas que provavelmente não dormiam suficientemente? Doenças obscuras sobre as quais a indústria farmacêutica “aumenta o alerta” não são inventadas – mas elas são tão raras que não seriam jamais tratadas em publicidade, a menos que a indústria estivesse tentando criar “demanda” para medicamentos caros – inclusive porque não há exame de sangue ou de laboratório confirmando um diagnóstico. Há pouco, a AbbVie, uma empresa farmacêutica norte-americana, lançou duas campanhas, promovendo drogas de alto custo, para convencer pessoas com dor nas costas que eles tinham espondilite anquilosante; as pessoas com diarreia de que tinham insuficiência pancreática exócrina., replete de sites ajudando-as a discernir que têm a doença por seus sintomas. Será que as pessoas com sintomas ou doenças realmente precisam que a indústria farmacêutica lhes diga quando ir ao médico e o que elas têm?
 
4. Medo de que seus filhos não sejam normais
O ADHD (“transtorno do déficit de atenção com hiperatividade”) não é a única receita da indústria farmacêutica para medicalizar e monetizar a infância. As birras são agora chamadas “Transtornos de Humor”. Graças à “psicofarmacologia pediátrica”, as crianças estão cada vez mais diagnosticadas com transtorno desafiador opositivo (DDO), manias mistas, fobias sociais, distúrbios bipolares, transtornos de conduta, depressão e transtornos do “espectro”. Por que a indústria gosta de crianças? Crianças são pacientes submissos que farão o que seus pais, professores e médicos mandarem, diz o ex-promotor de vendas da indústria farmacêutica Gwen Olsen, autor de Confessions of an Rx Drug Pusher [“Confissões de um Vendedor de Drogas”]. Eles são os “tipos de paciente ideal porque representam prescrição contínua, obediente e longeva. “Em outras palavras, eles vão ser pacientes ao longo da vida e renovar o estoque de clientes para a indústria. Não é exagero. Além disso, além de consumirem drogas pesadas e desnecessárias, muita crianças apresentarão reações que exigirão mais drogas, para tratar dos efeitos colaterais.

5. Medo de que sua droga deixe de produzir efeitos
Desde que as grandes indústrias farmacêuticas descobriram que era fácil acrescentar mais drogas a uma droga original — seja para crianças ou pessoas com doenças mentais –, começou a era das drogas “agregadas” e das condições “resistentes a tratamento”. Seu remédio pode não funcionar, dizem novas campanhas do Alility ou Seroquel, porque você precisa de uma segunda droga para ativar a primeira e torná-la mais efetiva. A redefinição da depressão, para vender medicamentos, foi particularmente furtiva. Médicos financiados pela indústria reclassificaram a doença como uma condição para a vida toda, que requer uso permanente de drogas. E há mais! Quase sem evidência médica alguma, a depressão foi considerada “progressiva” — o que, é claro, ampliou seu potencial de produzir medo. “À medida em que o número de grandes episódios depressivos aumento, o risco de episódios subsequentes é previsível”, alertava um artigo denominado “Neurobiology of Depression: Major Depressive Disorder as a Progressive Illness” [“Neurobiologia da Depressão: o Grande Distúrbio Depressivo como Doença Progressiva”], publicado no site médico Medscape, e ladeado por anúncios do antidepressivo Pristiq.
 
6. Medo de doenças silenciosas
E se você não apresentar sintomas e estiver se sentindo bem? Isso não significa que você não sofre de condições silenciosas, que podem estar ameaçando sua saída sem que você saiba. Nenhuma pílula, na história, foi tão bem sucedida como a estatina Lipitor, com sua campanha de TV “Know Your Numbers” [“Conheça seus Números”] e o medo crescente de ataques cardíacos relacionados ao colesterol. Milhões de pessoas usam estatinas para proteger contra o medo de doenças cardíacas silenciosas, embora recentemente, em alguns estudos, o colesterol tenha sido excluído, como risco central de doença cardíaca (ainda bem que a patente do Lipitor expirou…). Também as campanhas da indústria farmacêutica que amedrontam as mulheres sobre perda silenciosa de ossos venderam drogas anti-oesteosporose como Fosamax, Boniva e Prolia, ao convencerem mulheres que algum dia, sem nenhum aviso, seus ossos em processo de enfraquecimento irão se partir. A previsão era verdadeira, com um pequeno detalhe: algumas das mulheres cujos ossos estalaram estavam usando drogas anti-osteosporose, cujos efeitos colaterais passaram a incluir fraturas.
psicomarcosmarinho | 10/03/2015 às 12:49 | Tags: industria farmaceutica, MEDO, saúde | Categorias: psicologia | URL: http://wp.me/p2NsmY-oj
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MANIPULAR - EIS A SAIDA...



MANIPULAÇÃO

Apresento como um dos exemplos clássicos de manipulação ao povo no Brasil, por quem tem seus interesses pessoais ameaçados, e’ a revolta contra uma campanha de vacinação, em 1904. Quando ‘estudada’ nos livros… nas escolas… não e’ devidamente esclarecida… a não ser dizer que houve uma ‘revolta da vacina’. Assim como a ‘revolta da chibata’ a revolta da cachaça’ a revolta da lâmpada’ etc etc etc…

Na verdade, vacina, cachaça, chibata, lâmpada… não se revolta‼ as pessoas, SIM‼

Um caso recente foi terem especulado, por todo o pais, que as vacinas para os ‘velhos’ se protegerem da gripe, na verdade seria para mata-los para o governo economizar na aposentadoria paga a eles. E muita gente embarcou na manipulação‼

Leia uma das versões que se dizem mais coerentes…, e que não tem coerência… sobre o assunto.


 
http://www.historiadobrasil.net/resumos/revolta_da_vacina.htm
Revolta da Vacina - Resumo, Causas


Resumo Sobre a Revolta da Vacina, Causas e Consequências, O Que Foi e o Que Aconteceu Durante A Revolta
Bonde virado por populares durante a Revolta da Vacina

Bonde virado por populares durante a Revolta da Vacina


O que foi

A Revolta da Vacina foi uma revolta popular ocorrida na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. Ocorreram vários conflitos urbanos violentos entre populares e forças do governo (policiais e militares).

Causas principais

- A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. A grande maioria da população, formada por pessoas pobres e desinformadas, não conheciam o funcionamento de uma vacina e seus efeitos positivos. Logo, não queriam tomar a vacina.

- O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres. Entre estas medidas, podemos destacar a reforma urbana da cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil), que desalojou milhares de pessoas para que cortiços e habitações populares fossem colocados abaixo para a construção de avenidas, jardins e edifícios mais modernos.

O que aconteceu durante a revolta 

-  Muitas pessoas se negavam a receber a visita dos agentes públicos que deviam aplicar a vacina, reagindo, muitas vezes, com violência.

- Prédios públicos e lojas foram atacados e depredados;

- Trilhos foram retirados e bondes (principal sistema de transporte da época) foram virados.

Reação do governo e consequências

- O governo federal suspendeu temporariamente a vacinação obrigatória.

- O governo federal decretou estado de sítio na cidade (suspensão temporária de direitos e garantias constitucionais).

- Com força policial, a revolta foi controlada com várias pessoas presas e deportadas para o estado do Acre. Houve também cerca de 30 mortes e 100 feridos durante os conflitos entre populares e forças do governo.

- Controlada a situação, a campanha de vacinação obrigatória teve prosseguimento. Em pouco tempo, a epidemia de varíola foi erradicada da cidade do Rio de Janeiro. 

Bibliografia indicada:

- A Revolta da Vacina
  Autor: Sevcenko, Nicolau
  Editora: Cosac Naify
  Tema: História do Brasil, Revoltas Populares

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Comentário:
Essa sempre foi a versão dos que estiveram por trás das manipulações `as populações desinformadas cultural e escolarmente `a época, antes…, agora e, possivelmente, por muito tempo ainda

Na verdade, políticos, empresários, comerciantes… sentindo-se prejudicados em seus interesses [a partir dos pessoais] aproveita-se de circunstâncias… para manipular de modo favorável aos seus interesses.
[Professor Negreiros]