sexta-feira, 13 de março de 2015

FOMENTO NA MASSA PARA REPETIR ERROS...

A marcha dos insensatos do dia 15 que, midiaticamente alienados, desconhecem a História recente e são formados por uma mídia comprometida

 " Segundo os chamamentos que estão sendo feitos nesse momento, no WhatsApp e nas redes sociais, pessoas irão sair às ruas, no domingo, porque acusam o governo de ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país.

   "Se estes brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para fazer tomar suas decisões, como o FMI - Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, veriam que a história é bem diferente, e que o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso."



Segue artigo de Mauro Santayana, extraído do Contexto Livre:

Segundo os chamamentos que estão sendo feitos nesse momento, no WhatsApp e nas redes sociais, pessoas irão sair às ruas, no domingo, porque acusam o governo de ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país.


Se estes brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para fazer tomar suas decisões, como o FMI - Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, veriam que a história é bem diferente, e que o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso.


Segundo o Banco Mundial, (http://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD) o PIB do Brasil, que era de 534 bilhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois.


Para subir, extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 300 bilhões de dólares, em 2013, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.


E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do país.


Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial — (http://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.CD?page=2) — caiu de 3.426 dólares, em 1994, no início do governo, para 2.810 dólares, no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. E aumentou, também, em mais de 400%, de 2.810 dólares, para 11.208 dólares, também segundo o World Bankm, depois que o PT chegou ao poder.


O salário mínimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia 108 dólares, caiu 23%, para 81 dólares, no final do governo FHC e aumentou em três vezes, para mais de 250 dólares, hoje, também depois que o PT chegou ao poder.


As reservas monetárias internacionais — o dinheiro que o país possui em moeda forte — que eram de 31,746 bilhões de dólares, no final do governo Itamar Franco, cresceram em apenas algumas centenas de milhões de dólares por ano, para 37.832 bilhões de dólares — (http://data.worldbank.org/indicator/FI.RES.TOTL.CD?page=2) nos oito anos do governo FHC.


Nessa época, elas eram de fato, negativas, já que o Brasil, para chegar a esse montante, teve que fazer uma dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI.


Depois, elas se multiplicaram para 358,816 bilhões de dólares em 2013, e para 369,803 bilhões de dólares, em dados de ontem, transformando o Brasil de devedor em credor, (http://data.worldbank.org/indicator/FI.RES.TOTL.CD), depois do pagamento da dívida com o FMI em 2005, e de emprestarmos dinheiro para a instituição, quando do pacote de ajuda à Grecia em 2008.


E, também, no quarto maior credor individual externo dos EUA, segundo consta, para quem quiser conferir, do próprio site oficial do tesouro norte-americano — (http://www.treasury.gov/ticdata/Publish/mfh.txt).


O IED - Investimento Estrangeiro Direto, que foi de 16,590 bilhões de dólares, em 2002, no último ano do Governo Fernando Henrique Cardoso, também subiu mais de quase 400%, para 80,842 bilhões de dólares, em 2013, depois que o PT chegou ao poder, ainda segundo dados do Banco Mundial: (http://data.worldbank.org/indicator/BX.KLT.DINV.CD.WD), passando de aproximadamente 175 bilhões de dólares nos anos FHC (mais ou menos 100 bilhões em venda de empresas nacionais) para 440 bilhões de dólares depois que o PT chegou ao poder.


A dívida pública líquida (o que o país deve, fora o que tem guardado no banco), que, apesar das privatizações, dobrou no Governo Fernando Henrique, para quase 60%, caiu para 35%, agora, 11 anos depois do PT chegar ao poder.


Quanto à questão fiscal, não custa nada lembrar que a média de déficit público, sem desvalorização cambial, dos anos FHC, foi de 5,53%, e com desvalorização cambial, de 6,59%, bem maior que os 3,13% da média dos anos que se seguiram à sua saída do poder; e que o superavit primário entre 1995 e 2002 foi de 1,5%, muito menor que os 2,98% da média de 2003 e 2013 — segundo Ipeadata e o Banco Central — nos governos do PT.


E, ao contrário do que muita gente pensa, o Brasil ocupa, hoje, apenas o quinquagésimo lugar do mundo, em dívida pública, em situação muito melhor do que os EUA, o Japão, a Zona do Euro, ou países como a Alemanha, a França, a Grã Bretanha — cujos jornais adoram ficar nos ditando regras e “conselhos” — ou o Canadá (http://www.economicshelp.org/blog/774/economics/list-of-national-debt-by-country/).


Também ao contrário do que muita gente pensa, a carga tributária no Brasil caiu ligeiramente, segundo Banco Mundial, de 2002, no final do governo FHC, para o último dado disponível, de dez anos depois (http://data.worldbank.org/indicator/GC.TAX.TOTL.GD.ZS), e não está entre a primeiras do mundo, assim como a dívida externa, que caiu mais de 10 pontos percentuais nos últimos dez anos, e é a segunda mais baixa, depois da China, entre os países do G20 (https://www.quandl.com/c/economics/external-debt-as-share-of-gdp-by-country).


Não dá, para, em perfeito juízo, acreditar que os advogados, economistas, empresários, jornalistas, empreendedores, funcionários públicos, majoritariamente formados na universidade, que bateram panelas contra Dilma em suas varandas, há poucos dias, acreditem mais nos boatos das redes sociais, do que no FMI e no Banco Mundial, organizações que podem ser taxadas de tudo, menos de terem sido “aparelhadas” pelo governo brasileiro e seus seguidores.


Considerando-se estas informações, que estão, há muito tempo, publicamente disponíveis na internet, o grande mistério da economia brasileira, nos últimos 12 anos, é saber em que dados tantos jornalistas, economistas, e “analistas”, ouvidos a todo momento, por jornais, emissoras de rádio e televisão, se basearam, antes e agora, para tirar, como se extrai um coelho da cartola — ou da "cachola" — o absurdo paradigma, que vêm defendendo há anos, de que o Governo Fernando Henrique foi um tremendo sucesso econômico, e de que deixou “de presente” para a administração seguinte, um país economica e financeiramente bem sucedido.


Nefasto paradigma, este, que abriu caminho, pela repetição, para outra teoria tão frágil quanto mentirosa, na qual acreditam piamente muitos dos cidadãos que vão sair às ruas no próximo domingo: a de que o PT estaria, agora, jogando pela janela, essa — supostamente maravilhosa — “herança” de Fernando Henrique Cardoso, colocando em risco as conquistas de seu governo.


O pior cego é o que não quer ver, o pior surdo, o que não quer ouvir.


Está certo que não podemos ficar apenas olhando para o passado, que temos de enfrentar os desafios do presente, fruto de uma crise que é internacional, que faz com que estejamos crescendo pouco, embora haja diversos países ditos “desenvolvidos” que estejam muito mais endividados e crescendo menos do que nós.


Assim como também é verdade que esse governo não é perfeito, e que se cometeram vários erros na economia, que poderiam ter sido evitados, principalmente nos últimos anos.


Mas, pelo amor de Deus, não venham nos impingir nenhuma dessas duas fantasias, que estão empurrando muita gente a sair às ruas para se manifestar: nem Fernando Henrique salvou o Brasil, nem o PT está quebrando um país que em 2002, era a décima-quarta maior economia do mundo, e que hoje já ocupa o sétimo lugar.





Não e' so' na Síria...

A tragédia de uma era: guerra na Síria é a 'maior crise humanitária', segundo ONU

Já são mais de 220 mil mortos, 11 milhões de desalojados e 3,9 milhões de refugiados

por

O que não faltam são rótulos

Populismo “gourmet”

http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=237959Adilson Luiz Gonçalves
Na política não faltam rótulos, normalmente pejorativos, atribuídos a desafetos. Existem os rótulos zoológicos: raposa, hiena, abutre, porco chauvinista, verme, sanguessuga, gafanhoto, etc; os teratológicos: monstro, aberração, ogro, etc; os escatológicos... Bem, deixa esses pra lá. Mais recentemente, introduziram os rótulos gastronômicos: um deles é coxinha, se bem que, desde tempos imemoriáveis e de uso geral, já existiam os pamonhas e os antropofágicos “comedores de criancinhas”.

Um que vem caindo em desuso é o rótulo botânico, pois os “caras-de-pau” até gostam da denominação. Devem crer que isso os protege do risco de “desmatamento”.

Quem cria esses rótulos e os dissemina provavelmente mexe com publicidade, com viés político-partidário-ideológico. Mas também existem estereótipos nos meios acadêmicos. Não faz muito tempo cunharam a expressão “nova classe média”, diferenciando os recentemente saídos da faixa menos favorecida da “abjeta” classe média “tradicional”. Tem “intelectual” que odeia tanto a classe média, que nem aceitou que esse nome fosse parcialmente utilizado para o novo rótulo. Preferiu criar a “nova classe trabalhadora”.

Assim, entre carimbos “fordistas”, políticos, marqueteiros e “intelectuais” de todas as linhas ideológicas vão travando sua contenta verbal, doutrinando e exortando seus sequazes a aplaudir e disseminar suas “pérolas”, neologismos e preconceitos, sem medir consequências ou com objetivos muito bem definidos.

Ah, os discurso inflamados em palanques, congressos e salas de aula!

Quanta verve e eloquência fascinando e tolhendo a capacidade de raciocínio dos ouvintes, sobretudo dos menos afortunados e jovens! Quanta teoria repleta de idealismo humanista apaixonante! Quanto “heroísmo estóico”, mais lendário do que real! E quanta prática que nega sistematicamente o que se prega!

É curioso ver “intelectuais”, políticos e militantes de “elites” partidárias discursarem pela distribuição de renda e “democracia” de um partido só - desde que ninguém mexa em seus salários, ascendência e “direitos adquiridos” pela sua “história de lutas” -, para depois vê-los reunidos em restaurantes e hotéis luxuosos, gastando dinheiro público ou de “outras fontes” em hospedagens e refeições “gourmets”; ou viajando para países que apontam com maus exemplos, para fazer turismo gastronômico-etílico; ou apoiando discursos populistas enquanto tomam café com croissants às margens do Rio Sena.

Qualquer que seja a ideologia, o exercício ou a proximidade do poder inebria, mas parece nunca enfastiar. Parece que ninguém se cansa do poder ou de ansiar por ele, não necessariamente para “o bem de todos e felicidade geral da nação”.

E esse exercício ou desejo de poder quase sempre se traduz em megalomania, arrogância e hipocrisia que criam uma dupla personalidade, uma desdizendo a outra de tal forma, que só os fanáticos e parvos não as percebem, mas que convivem sem a menor contradição, nos que usam o populismo ou a “intelectualidade” como “verniz”.

Não é à toa que estes são capazes de organizar manifestações “heróicas”, cheias de proselitismo para, depois, irem, elitistas, comemorá-las, avaliá-las ou planejar novas em restaurantes sofisticados, sem suas massas de manobra. Da mesma forma, não terão nenhum problema em preparar discursos libertários e socialmente engajados entre charutos cubanos, vinhos importados, “jamón” ibérico e outros seletos “prazeres”, degustados longe dos olhos de quem os ouvirá. “Gourmets”? Em verdade, estão mais para pão bolorento...

O autor é escritor, engenheiro
e professor universitário

cão chama amigos para vingança



Jornal O Globo

Compartilhada publicamente 10:15
Após ser chutado por motorista, cão chama amigos para vingança. http://glo.bo/1GMr0dn 

Após ser chutado por motorista, cão chama amigos para vingança

Foto: The Independent

Um cão de rua na China provou vingança é um prato que se come frio.
Ele foi chutado por um motorista, enquanto estava dormindo em um estacionamento. Para se vingar,  o animal voltou com os amigos para morder o carro do homem.
O motorista encontrou o cachorro dormindo perto de sua vaga de carro favorita. Ao sair do veículo, o condutor chutou o animal para que ele saísse de perto do seu carro.
O cão voltou mais tarde para onde estava estacionado o veículo e trouxe reforços. Ele e sua matilha tentaram rasgar a lataria do carro, arrancar o limpador de para-brisa e arranhar a pintura.
O ataque dos cães foi flagrado pela câmera de um vizinho que ficou espantado.

Fotos: The Independent

Feitos do Papa Francisco em 2 anos




Terra

Compartilhada publicamente 08:03

Com dois anos completados de papado nessa sexta-feira, Francisco se destaca pelas ações revolucionárias

  • Ana Lis Soares Ana Lis Soares


Era 13 de março de 2013, a chaminé mais famosa do mundo soltava a fumaça branca e anunciava que “habemus Papa” em frente a uma multidão de fieis e câmeras posicionadas frente a sacada do Vaticano. Após horas de espera, o mundo conhecia o novo líder da Igreja Católica depois de uma conturbada desistência de Bento XVI. E, desde o primeiro minuto, o argentino Jorge Mario Bergoglio revolucionou.

Francisco comemora dois anos de papado nesta sexta-feira, 13 de março Foto: Stefano Rellandini / Reuters
Francisco comemora dois anos de papado nesta sexta-feira, 13 de março
Foto: Stefano Rellandini / Reuters
Primeiro, por ser argentino, tornando-se o primeiro Papa não europeu em mais de 1.200 anos. Segundo, pelo nome adotado “Francisco”, o primeiro entre os líderes religiosos no Vaticano. Terceiro, porque foi o primeiro Papa jesuíta na Igreja Católica. E, por último – e não menos importante – porque ele já mostrou que o nome escolhido era uma homenagem coerente ao santo cristão São Francisco de Assis, que pregava a simplicidade e humildade: apareceu sem ouro ou outros assessórios anteriormente usados por outros papas.

Com dois anos completados nesta sexta-feira, 13 de março, relembramos casos de feitos de Francisco, dentro da Igreja, que foram e são revolucionários. Afinal, ele mesmo pregou a ideia de revolucionar durante a visita ao Brasil, pedindo aos jovens que assim o fossem. Então, amém (que assim seja!).

1- Sem regalias


 Foto: Handout / Reuters
Eleito Papa, Francisco apareceu na sacada do Vaticano com um crucifixo de aço sobre a batina branca - e não de ouro, como de costume. Também não quis usar os múleos, continuando a fazer uso de sapatos totalmente pretos. Francisco ainda recusou a limusine blindada papal para comparecer a um primeiro encontro, na residência de Santa Marta, no dia seguinte de sua eleição, preferindo um veículo comum, e pagando a conta do hotel onde se hospedou para o Conclave, pertencente à própria Igreja Católica.
Até o passaporte não quis trocar pelo documento do Vaticano, que foi dado automaticamente aos outros papas. “Francisco pediu especificamente para não gozar de qualquer privilégio, então sua nova carteira de identidade e passaporte foram processados por meio das vias administrativas habituais”, disse o embaixador do Vaticano na época.  

2- O Papa online

Ele inovou com o uso da internet – e seu perfil no Twitter, o @Pontifex, com 5,6 milhões de seguidores – onde transmite mensagens diretamente para os fieis, se aproximando ainda mais do povo.

3 - Combate à fome na internet


 Foto: YouTube / Reprodução
Em dezembro de 2013, lançou a Campanha Global Contra a Fome. Mas não fez isso da sacada do Vaticano, simplesmente, e sim com um vídeo no Youtube. Ou seja, usou uma plataforma contemporânea para divulgar a ação.

4- Menos hierarquia

Papa Francisco está tentando mudar a estrutura organizacional e sacudiu sua equipe de gestão, restringindo o uso do título honorífico de “Monsenhor”, a fim de reduzir a hierarquia e a distância entre sacerdotes e fiéis.

5- Limpando o Banco do Vaticano


 Foto: Alessandro Bianchi / Reuters
Foi o “Papa Pop” que enfrentou investigações internas das finanças do Banco do Vaticano, substituindo uma série de altos funcionários poderosos por pessoas de fora, como o arcebispo Pietro Parolin, atual Secretário de Estado, ex-núncio na Venezuela.

6 - Opiniões polêmicas 

Francisco falou sobre MUITOS assuntos polêmicos, tais como a Teoria do Big Bang, aborto, homossexualidade, outras religiões, educação das crianças (defendendo castigo), atentado no jornal satírico francês Charlie Hebdo, uso de tecnologia e muitos outros.

7 - Alô? É o Papa!

Ligou para alguns fiéis. Pessoalmente. Anteriormente, nenhum outro Papa fez ligações telefônicas diretamente, sendo sempre realizadas por assessores ou por seu secretário. Por exemplo, dias depois de eleito, surpreendeu o telefonista de uma ordem jesuíta em Roma para falar com um padre amigo. Também na semana seguinte após ser eleito, ligou para a banca da Praça de Maio, em Buenos Aires, onde comprava os seus jornais e revistas, para cumprimentar o jornaleiro, seu amigo de muitos anos, e avisar que dificilmente voltariam a se ver.

8 - Somos todos merecedores

Realizou e abençoou pessoas que eram excluídas anteriormente: como no batizado de um bebê, filho de mãe solteira, em janeiro de 2014, além do casamento de famílias “não tradicionais” – abençoando 20 casais que moravam juntos e já tinham filhos, em setembro do ano passado.  

 Foto: AP

9 - Unindo Cuba e EUA

E ele foi longe, participando da política internacional. Francisco participou das negociações entre EUA e Cuba num acordo histórico no final do ano passado. Os líderes dos dois países, Obama e Raúl Castro, citaram Francisco nos discursos.

10- Paz entre judeus e palestinos


 Foto: LA Times / Reprodução
Foi Francisco quem incentivou um encontro entre os líderes palestino e israelense, Mahmud Abbas e Shimon Peres, respectivamente, em junho de 2014. Em meio ao momento tenso em Gaza, pelos conflitos armados que atingiram a região, conseguiu se reunir com os dois líderes e participar de um evento que incluía cristãos, judeus e muçulmanos. O líder palestino chegou a dizer que “o convite do Papa foi corajoso e que com as orações feitas juntos, eles estavam enviando uma mensagem a todos os crentes que o sonho de paz não estava morto”, disse.
Com informações de agências internacionais e The Huffington Post.

quinta-feira, 12 de março de 2015

jornal O Globo. O Caso Swissleaks - HSBC e o Lava-Jato

Mídia, Imprensa e Escândalos: entre diferentes pesos e medidas.... O Caso Swissleaks - HSBC e o Lava-Jato

   "O cuidado do jornal O Globo com os brasileiros envolvidos no escândalo internacional do HSBC se justifica pelo fato de que nem todos os correntistas são criminosos, mas levanta uma questão de método: por que essa mesma cautela, própria do bom jornalismo, não se aplica com equanimidade a outros escândalos, nos quais a imprensa transforma automaticamente em réus todos os citados?"


 O texto a seguir, de Luciano Martins Costa, foi retirado do Observatório da Imrensa:


IMPRENSA & ESCÂNDALOS

Swissleaks, um iceberg na Suíça

Por Luciano Martins Costa em 12/03/2015 na edição 841
Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 12/3/15 

 Globo inicia na quinta-feira (12/3) uma série de reportagens sobre o caso conhecido como “Swissleaks”, ou seja, o vazamento de informações sobre contas mantidas por 106 mil clientes e 20 mil empresas na filial suíça do banco britânico HSBC. O trabalho do diário carioca vai focalizar parte dos 8.687 brasileiros que aparecem na lista como donos de pelo menos US$ 7 bilhões. Esse montante se refere apenas a um pacote de documentos revelado pelo engenheiro de software Hervé Falciani, que coletou os dados de 2006 e 2007.
Não é crime possuir uma conta no exterior, mas o caráter sigiloso desses contratos chama a atenção da Polícia Federal, conforme explica o jornal.Esse cuidado em não criminalizar a priori os proprietários do dinheiro se destaca na primeira reportagem, e nenhum dos que foram localizados pelos jornalistas admitiu ser titular das contas. No entanto, o jornal relacionou 23 deles a casos de corrupção, fraude e outros crimes investigados ou julgados nos últimos anos, o que significa que o que veio à tona pode ser apenas a ponta de um imenso iceberg.
Globo vincula esses nomes, entre outros, ao caso das licitações superfaturadas no sistema de trens e metrô de São Paulo, à “máfia da Previdência”, à falência fraudulenta do Banco Econômico, a dois esquemas ligados a compras de medicamentos no Ministério da Saúde, e a pelo menos um dos envolvidos na operação Lava Jato.
Não há como deixar de relacionar essas fortunas suspeitas também a casos ainda não citados pelo jornal, como o escândalo do Banestado, considerado por policiais e procuradores como a matriz dos esquemas de evasão de divisas no Brasil.
O cuidado do jornal se justifica pelo fato de que nem todos os correntistas são criminosos, mas levanta uma questão de método: por que essa mesma cautela, própria do bom jornalismo, não se aplica com equanimidade a outros escândalos, nos quais a imprensa transforma automaticamente em réus todos os citados?
No caso das contas suspeitas na Suíça, a primeira amostra da investigação jornalística pode impulsionar a ação policial, como observa o Globo, e daí pode nascer uma parceria capaz de fazer revelações importantes.
A questão das fontes
Qual a diferença entre o “Swissleaks” e os demais escândalos que pululam diariamente na imprensa brasileira? Basicamente, a diferença está na fonte das informações: o escândalo que nasce no banco britânico por iniciativa de um ex-funcionário está sendo destrinchado por um consórcio de centenas de jornalistas de várias nacionalidades, o que dificulta a manipulação seletiva dos dados. Uma “versão nacional” que viesse a destoar das publicações em outros países colocaria sob risco a reputação do jornal.
Nos casos de corrupção e fraudes investigados no Brasil, pode-se construir qualquer narrativa, ao sabor da vontade dos editores, porque as fontes são em geral vazamentos clandestinos de inquéritos que se desenvolvem sob sigilo oficial, mas que servem a propósitos políticos. E é isso exatamente que tem acontecido nos últimos anos, principalmente após as primeiras revelações do esquema de financiamento de campanha que resultou na Ação Penal 470.
Observe-se que, ao contrário dos períodos anteriores, os órgãos públicos de investigação e o sistema judiciário brasileiros têm atuado na última década com plena desenvoltura e sem interferências dos demais poderes. A Polícia Federal tem autonomia para conduzir seus inquéritos, a Procuradoria Geral da República simplesmente dá curso às denúncias que lhe compete conduzir e ninguém ouve falar, desde 2002, de manobras para ocultar, obstruir ou engavetar processos. Pelo contrário, é em certo gabinete do Supremo Tribunal Federal que se localiza o “triângulo das Bermudas” de alguns casos recolhidos para vistas e que em seguida desaparecem do noticiário.
Na quinta-feira (12), alguns comentaristas começam timidamente a alertar para o risco de confrontos nas manifestações marcadas para o próximo domingo, onde estarão misturadas expressões legítimas de insatisfação com o governo federal, oportunistas de todo tipo e aventureiros que defendem a volta da ditadura militar. O clima beligerante foi criado pela imprensa brasileira, ao convencer os midiotas de que a corrupção foi uma invenção do século 21.
A série de reportagens iniciada pelo Globo é o modelo que foi esquecido.
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Dizer aos filhos o quanto são especiais, provavelmente estão criando um futuro narcisista


Quando pais dizem aos filhos o quanto são especiais, provavelmente estão criando um futuro narcisista, alerta um estudo divulgado nesta segunda-feira (9), que busca analisar a origem do egoísmo extremo.

 A pesquisa, publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences, uma revista científica revista por pares, se baseia em 565 crianças holandesas entrevistadas ao lado dos pais durante um ano e meio.

Dizer às crianças que são especiais alimenta narcisismo, diz estudo


Quando pais dizem aos filhos o quanto são especiais, provavelmente estão criando um futuro narcisista, alerta um estudo divulgado nesta segunda-feira (9), que busca analisar a origem do egoísmo extremo.
 A pesquisa, publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences, uma revista científica revista por pares, se baseia em 565 crianças holandesas entrevistadas ao lado dos pais durante um ano e meio.
 As crianças que eram descritas por seus pais como "mais especiais do que as outras crianças" ou que "merecem algo extraordinário na vida" tinham mais possibilidades de registrar altas pontuações nos exames de narcisismo que os pequenos que não recebiam este tipo de elogio.
 Os pesquisadores também mediram a forma como os pais valorizavam seus filhos ao perguntarem se faziam declarações como: "Meu filho é um grande exemplo a ser seguido pelas outras crianças".


 As crianças tinham entre sete e 11 anos quando começaram a fazer parte do estudo. Elas e seus pais foram entrevistados em quatro ocasiões diferentes, a cada seis meses.
 "As crianças acreditam nos pais quando eles lhes dizem que são mais especiais que os outros", disse Brad Bushman, co-autor do estudo e professor de comunicação e psicologia da Universidade Estadual de Ohio.
 "Isso talvez não seja positivo nem para eles nem para a sociedade", acrescentou.
 O apoio e o carinho dos pais poderia ser uma estratégia melhor que a de inflar o ego das crianças, descobriu o estudo.
 As crianças que disseram que seus pais diziam muito o quanto as amavam, tinham mais probabilidade de registrar uma auto-estima elevada, mas não narcisismo.
 As crianças com auto-estima elevada não viam a si mesmas como mais especias que as demais, mas se diziam felizes consigo mesmas e contentes com sua própria maneira de ser.
 "As pessoas com boa auto-estima não acreditam ser melhores que as demais, enquanto os narcisistas pensam que são", disse Bushman. 
O líder do estudo, Eddie Brummelman, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Amsterdã, na Holanda, disse que os pais provavelmente têm boas intenções quando dizem aos filhos que são especiais.
Os resultados da investigação mostram, contudo, que o resultado é o fomento do narcisismo, não da auto-estima. "Em vez de elevar a auto-estima, as práticas de supervalorização inadvertidamente aumentam os níveis de narcisismo", disse Brummelman.
 Mas os pais não são os únicos culpados. Como outros traços da personalidade, a genética e o temperamento próprio da criança também contribuem para este fator, segundo a pesquisa.
 Mas Bushman, pai de três, disse que seu estudo o tornou mais consciente das palavras que usa com eles. "Quando comecei a fazer esta pesquisa nos anos 1990, achava que meus filhos deviam ser tratados como se fossem super especiais.
Agora tenho cuidado para não fazer isso", contou.
Fonte: UOL NOTÍCIAS

PROFESSOR

Grandes professores: talento natural ou treinamento?

Debate no SXSWEdu, nos EUA, questiona se ensinar é algo que se aprende ou deve ser feito por quem tem habilidade natural
Um bom professor é aquele que nasceu com dom para lecionar ou para exercer a profissão com louvor é preciso aprender a ensinar? Essas duas visões dividiram o palco principal do evento sobre inovações educacionais SXSWEdu, em Austin, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (10) na sessão “Great Instructors: Are They Born or Built?” (“Grandes Professores: eles já nascem sabendo ou são construídos?”, em livre tradução). Para apimentar o debate que mobiliza educadores e tomadores de decisão naquele país, uma dupla com casamento marcado – mas visões bem distintas – expôs suas convicções, como se tivessem tendo uma conversa na cozinha de casa, cada um tentando convencer não apenas o outro, mas toda a audiência do seu ponto de vista.
Elizabeth Green, cofundadora da Chalkbeat, uma ONG americana de jornalismo que trata de mudanças educacionais e autora do best-seller “Building a Better Teacher” (“Construindo um professor melhor”, em livre tradução), acredita que ninguém nasce sabendo ser um grande professor. Para ela, bons educadores dominam a ciência da empatia, uma vez que além da resposta correta, devem saber o que faz o aluno errar. “Professores são como médicos, que diagnosticam erros, mas eles não têm apenas um aluno por vez. Achar que eles nascem sabendo isso não é apenas um erro, mas uma temeridade, porque os deixa solitários nessa tarefa”, afirmou.
SXSWEdu Professorescrédito kbuntu / Fotolia.com

De outro lado, o seu namorado, David Epstein, repórter da ProPublica e também autor de um best-seller, o “The Sports Gene” (“O gene do esporte”), defende que pessoas com facilidade nata para tarefas difíceis, como ensinar, naturalmente melhoram suas habilidades mais rapidamente. Sua teoria ficou famosa aplicada ao esporte a partir de seu livro, em que ele questiona a “regra das 10.000 horas”, segundo a qual qualquer pessoa que praticar uma habilidade por todo esse tempo vai se tornar uma especialista. Para o jornalista, algumas pessoas aprendem mais em menos horas. “O seu hardware não faz nada sem o software certo, mas se você tem esse software, o seu hardware faz uma diferença enorme”, afirmou.
Leia também: Vaquinha virtual muda a vida de alunos e professores
O debate bem humorado teve alguns momentos propositalmente combativos, passou por questões filosóficas, econômicas, educacionais e relacionadas a políticas públicas dos Estados Unidos, sugerindo bons pontos de reflexão para o desafio de qualificar professores brasileiros. Enquanto Epstein diz que “professores mais inteligentes formam alunos mais inteligentes”, Green, que é mais ligada à área da educação, tentou conquistar a simpatia da plateia composta em maioria por educadores explicando que nem sempre um matemático ensina melhor que um professor que conhece menos da ciência dos números, mas mais da ciência de ensinar. Também defendeu que do ponto de vista de políticas públicas essa tese não se sustenta.
Segundo ela, existem 3,8 milhões de professores nos EUA, número superior ao de advogados, jornalistas, médicos e engenheiros, por exemplo.  “Abrir mão dos piores professores não resolve o problema dos que estão na média e dos que vão entrar no mercado”, afirmou. Ela ainda acrescentou que uma experiência do programa Teach for America, que buscou recrutar há 20 anos os melhores alunos do ensino médio para se tornarem professores, não surtiu resultados significativos. “Eles não se tornaram melhores professores”, afirmou.
“O que importa não é quem é o professor, mas o que acontece quando ele chega na sala de aula”
No Brasil, a baixa atratividade da carreira faz com que muitos jovens que procuram a profissão sejam oriundos de classes baixas com defasagem em sua formação, o que preocupa gestores da área, que assim como David Epstein acreditam que para melhorar a qualidade da educação é preciso contratar os profissionais com melhor formação cognitiva e melhores condições de ensinar, como ocorre em países como a Finlândia e a Coreia do Sul, cujos alunos se saem bem em testes de aprendizado. Ele também apoiou o uso da tecnologia para que bons professores impactem mais alunos.
Contra esse argumento, Green lamenta que a educação utilize inspirações equivocadas de outras áreas, como esporte. Para ela, os educadores não precisam se tornar heróis como são os grandes esportistas, mas é preciso dar a mesmo suporte para a inovação que é fornecido aos atletas. Para ilustrar, usou o exemplo do Japão, onde “o que importa não é quem é o professor, mas o que acontece quando ele chega na sala de aula”. “Ao contrário daqui [EUA], em que ensinar é um ato privado, lá é público. Professores são observados por mentores e colegas, e boas práticas são compartilhadas e melhoradas constantemente”, contou, após uma hora de troca de opiniões, que se não serviram para convencer ou mudar a ideia dos presentes, pelo menos ajudaram a reforçar convicções com bons dados. Uma última pergunta da plateia ao casal ainda mostrou que talvez nem eles não estejam em lados tão opostos: “Não seria o caso de contratar os melhores e dar o melhor treinamento a eles?”.
A editora do Porvir, Tatiana Klix, acompanha o SXSWedu de Austin.
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LIVRE-ARBÍTRIO - MITO

O MITO DO LIVRE-ARBÍTRIO - O livre-arbítrio - Sam Harris

O livre-arbítrio - Sam Harris
Estamos cheios de vontades, desejos, pensamentos, emoções e assim por diante. Mas não podemos querer o nosso querer, desejar os nossos desejos, e acho que não podemos escolher os nossos pensamentos, fotografar as nossas emoções, ou escolher livremente qualquer coisa .
Esta é a mensagem central de Sam Harris no seu livro " Livre Arbítrio ".
A ilusão do livre-arbítrio é tão forte que, a maioria das pessoas resiste à conclusão cientificamente defensável de que ele não existe. Victor Frankl em seu livro “Man's Search for Meaning” argumenta que nós temos a liberdade de escolher nossas reações psicológicas à situações, mesmo aquelas tão extremas como estar em um campo de concentração.
Não é verdade, diz Sam Harris. Ele escreve:
Uma das idéias mais revigorantes para sair do existencialismo (talvez a única) é a de que somos livres para interpretar e reinterpretar o significado de nossas vidas. Você pode considerar o seu primeiro casamento, que terminou em divórcio, como sendo um "fracasso", ou você pode vê-lo como uma circunstância que lhe proporcionou formas de crescimento cruciais para a sua felicidade futura. Será que esta liberdade de interpretação exige o livre-arbítrio? Não. Ela simplesmente sugere que diferentes formas de pensar pode ter diferentes consequências. Alguns pensamentos são deprimentes e incapacitantes; outros nos inspiram. Podemos recorrer a qualquer linha de pensamento que quisermos - mas a nossa escolha é o produto de eventos anteriores que nós não trazemos à existência.
Tome um momento para pensar sobre o contexto em que a sua próxima decisão irá ocorrer: Você não escolheu os seus pais ou a hora e o local de seu nascimento. Você não escolheu o seu sexo ou a maioria de suas experiências de vida. Você não tinha controle algum sobre o seu genoma ou sobre o desenvolvimento de seu cérebro.
E agora o seu cérebro está fazendo escolhas com base em preferências e crenças que foram marteladas dentro dele ao longo da sua vida - por seus genes, pelo seu desenvolvimento físico desde o momento em que você foi concebido, e pelas interações que você teve com outras pessoas, eventos e idéias.
Onde está a liberdade nisto? Sim, você é livre para fazer o que quiser agora mesmo. Mas de onde vêm os seus desejos?
... O que vou fazer a seguir, e por que, continua a ser, no fundo, um mistério - que está totalmente determinado pelo anterior estado do universo e pelas leis da natureza… Declarar que sou “livre” é o mesmo que dizer: "Eu não sei por que eu fiz isso, mas é o tipo de coisa que eu tenho a tendência em fazer, e eu não me importo de fazer isso."
Considere o que seria necessário para realmente existir o livre arbítrio. Você precisa estar ciente sobre todos os fatores que determinam os seus pensamentos e ações, e você precisaria ter um completo controle sobre esses fatores.
Mas há aqui um paradoxo que vicia a própria noção de liberdade - o que poderia ter influenciado a influência? Mais influências? Nenhum desses estados mentais acidentais são o verdadeiro você.
Você não está controlando a tempestade, e você não está perdido nela. Você é a tempestade.
Tradução: Ana Burke.
FONTE:
http://hinessight.blogs.com/…/the-dizzying-joy-of-being-fre…