terça-feira, 21 de maio de 2024

SER EMPIRISTA

SER EMPIRISTA. SER NATURALISTA
Por Professor Negreiros
19 e 21 de maio de 2024


A mim, geralmente, cobram para que eu cite referências bibliográficas para que “fundamentem” e “validem” meus escritos... Não preciso... Pois sou um observador empirista; naturalista; fenomenologista. Minhas conclusões derivam de observações diretas que as faço e experiências pessoais,

Você, academista, pode não entender minha perspectiva empirista... Deixe que entendo eu, minha perspectiva como um empirista, daí, um observador empirista, naturalista e fenomenologista, onde a experiência direta e a observação do fenômeno têm um papel central na construção do conhecimento. No entanto, no contexto acadêmico e científico, ao escrever para um público acadêmico ou profissional, a utilização de referências bibliográficas, sei, é um ‘padrão tradicional’ estabelecido para ‘validar’ argumentos e mostrar a fundamentação ‘teórica’ do trabalho. Por isso, a rigidez à citação de referências bibliográficas por desempenhar esse papel fundamental na ‘validação’ e ‘fundamentação’ de argumentos e descobertas. Aqui está um texto que pode ajudar a expressar esta minha posição e também a importância das referências no campo acadêmico. Para isso, abaixo vos apresento uma breve explicação sobre cada uma dessas abordagens, e como elas podem complementar a necessidade de referências bibliográficas, mesmo para alguém que, como eu, defende e valoriza a observação direta e a experiência vivenciada no:

I. Empirismo

O empirismo enfatiza que o conhecimento deriva da experiência sensorial e observação direta. No contexto acadêmico, referências bibliográficas podem complementar observações empíricas, oferecendo uma base teórica e comparativa para os achados empíricos.

II. Naturalismo

O naturalismo sugere que tudo pode ser explicado em termos de causas e efeitos naturais e leis da natureza, sem recurso ao sobrenatural. Referências bibliográficas em trabalhos naturalistas servem para situar as observações dentro de um contexto mais amplo de estudos e teorias que abordam as mesmas leis e fenômenos naturais.

III. Fenomenologia

A fenomenologia se concentra na descrição direta das experiências e fenômenos como eles são percebidos. Embora a ênfase esteja na experiência direta, as referências bibliográficas ajudam a conectar essas descrições às teorias filosóficas e às discussões acadêmicas que exploram a natureza da percepção e da experiência.


Da Validação Acadêmica e a Empiricidade Naturalista

Na academia, é comum que se exija a citação de referências bibliográficas para fundamentar e validar os escritos. No entanto, minha abordagem é enraizada no empirismo, na observação naturalista e na fenomenologia. Este método, embora distinto das práticas acadêmicas convencionais, tem suas próprias formas de validade e rigor.


O Empirismo e a Observação Naturalista

Como empirista e observador naturalista, minha prática se baseia na observação direta e na experiência vivida. A fenomenologia, por sua vez, foca na descrição das experiências e percepções do fenômeno como ele se apresenta. Estes métodos oferecem uma perspectiva única e valiosa, que, embora possa não seguir o tradicional modelo de citação acadêmica, traz consigo uma profundidade de entendimento e autenticidade.


Da Importância das Referências Acadêmicas

Reconheço, contudo, que na academia, a citação de referências é vital por várias razões:

1. Validação e Credibilidade:
Referências fornecem um respaldo teórico e empírico que valida os argumentos apresentados.

2. Reconhecimento de Contribuições:
Citando outros autores, reconhecemos suas contribuições e situamos nosso trabalho dentro de um diálogo mais amplo.

3. Transparência e Replicabilidade:
Referências permitem que outros pesquisadores verifiquem e repliquem estudos, promovendo a transparência e a confiabilidade da pesquisa.


A Justificativa Academista para Referências Bibliográficas

Apesar da importância de observações diretas e experiências individuais, as referências bibliográficas desempenham várias funções cruciais para o academicismo na:

1. Contextualização:
Situa o seu trabalho dentro de uma ‘tradição’ de pesquisa, mostrando como ele se relaciona com estudos anteriores.

2. Validação:
Demonstra que suas observações e conclusões são consistentes ou contrastantes com outras pesquisas, adicionando ‘credibilidade’ ao seu trabalho.

3. Profundidade e Rigor:
Aprofunda a análise ao incluir diferentes perspectivas e ‘teorias’ que possam enriquecer a compreensão do fenômeno estudado.

4. Transparência e Reprodutibilidade:
Permite que outros pesquisadores ‘entendam’ a base do seu trabalho e possam replicar ou expandir suas observações, contribuindo para o avanço do conhecimento.


Integração de Métodos

Embora minha abordagem seja predominantemente empirista, compreendo a importância de integrar métodos. Sempre que possível, procuro complementar minhas observações e análises fenomenológicas com referências acadêmicas. Essa integração enriquece o trabalho, proporcionando uma base sólida e reconhecível na academia, ao mesmo tempo que mantém a integridade e a autenticidade da experiência empírica.


Conclusão

Como observador empirista, naturalista e fenomenologista, minha abordagem e experiências diretas são valiosas. Sei. No entanto, ao combinar essas observações com referências bibliográficas, posso fortalecer meus escritos, mostrando como minhas observações se inserem no contexto maior da pesquisa acadêmica. Isso não apenas valida minhas conclusões, mas também contribui para a construção de um conhecimento mais robusto e compartilhável. A questão, em mim, é: permanecer empirista. E chamar a atenção de que, mesmo o academismo negando, ainda somos empiristas!! Estamos ainda na fase empirista: sabemos O QUE acontece pela observação. Mas não sabemos ainda COMO acontece... Observemos a quantidade imensa que há de pessoas com certificados/diplomas academicamente adquiridos em IES/Instituições de Ensino Superior negando a ciência, além dos outros que não sabem ainda COMO acontece... em seu meio, por exemplo, o negacionista... isso, porque nos encontramos ainda sob o signo do obscurantismo. Daí, a ignorância ser pandêmica.

Observo que a citação de referências não diminui a validade do empirismo ou da observação naturalista. Pelo contrário, pode amplificar a credibilidade e o impacto das descobertas. Ao harmonizar ambos os métodos, é possível produzir um trabalho robusto, respeitado tanto pelos observadores naturalistas quanto pelos acadêmicos tradicionais.

Caso deseje eu continuar escrevendo sem referências, uma possibilidade é eu enfatizar claramente a natureza empírica e fenomenológica do meu trabalho, deixando explícito que minhas conclusões derivam de observações diretas e experiências pessoais, e explicando a validade dessa abordagem em termos metodológicos.

Quanto a você, leitor, se precisar elaborar um projeto, plano ou argumento sem depender de referências bibliográficas, é só fazer uso do que acima é grafado.

Esta abordagem que as faço demonstra respeito que se deve ter pela prática acadêmica enquanto valoriza a metodologia pessoal. A qual assumo fazer uso. É um equilíbrio que gostaria que pudesse satisfazer as expectativas de ambos os mundos. Mas no mundo do academista-cientificista raramente tem quem as aceita...

Tenho afirmado desde sempre que o saber d’o conhecimento empirista/popular, d’o naturalista e fenomenologista, a ciência, com seu labor-academicismo, se origina, é fruto. Pois a causa-raiz de haver conhecimento científico, acadêmico se deve ao empirista, naturalista e fenomenologista. Minhas convicções conclusivas, derivadas de minha observações diretas e experiencia pessoais me levam a isso afirmar.


Em 19 e 21 de maio de 2024

– Por Professor Negreiros, Deuzimar Menezes – Consultor

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Fonte para a fundamentação: de minhas conclusões que derivam de interpretações e entendimento de observações diretas e experiências pessoais... e seleção, elaboração, adaptação, produção, organização e conclusão dos conhecimentos apreendidos obtidos de leituras, estudos em consultas/pesquisas em fontes diversas..., feitas por mim, PROF. Negreiros Deuzimar Menezes, em meu acervo-biblioteca que fundamentam minhas conclusões e o escrevê-las... No dia de hoje, aos 67a, 6m e 21d.

E. Quem é Professor Negreiros, Deuzimar Menezes:
― Professor* (de Professo...) Transdisciplinar; Pós-Graduado em Docência da Educação Superior; Gestão e Educação Ambiental; Gestão em Auditoria e Pericia Ambiental; Gestão de Sistema Prisional. Graduado em Pedagogia e Filosofia; Radio-jornalista–DRT nº 0772/91-MA. Diretor-Presidente e Fundador em 1997, da Fundação Brasil de Fomento a Educação Ambiental e Humanística. Filo-Empirista; Ambientalista praticante da Teologia Ecológica Regenerativa; Consultor; Radical* Livre Educador Filo-eco-poli-social Transdisciplinar; Ativista Ambiental Independente; Livre Pensador Subversivo. Não-Materialista. Sem emprego; sem aposentadoria; Sem renda!! E que aqui me encontro, em 21 de maio de 2024, aos 67a, 6m e 21d, autoexilado num canto, na floresta da RPPN, minha propriedade desde 1980, em um lugar qualquer deste vasto planeta que se encontra agonizando, sendo assassinado por... Antiflorestas... Antinatureza... Pró-acumulador-capitalista.
― Yo Soy Prof. Negreiros Deuzimar Menezes
― Muy Gracias por leernos
prof.negreiros@gmail.com
institutouniversidadepanameria@gmail.com
55 99 98154 0899 – Whatzapp
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(*) Professor não “dá aula/s”. Portanto, Professor não é quem “dá aula/s”, quem ministra aulas. Morfológica e Etimologicamente, Professor (de Professo...), é quem Professa, Profetiza, Profere... e Proclama Conhecimento, Saber/doria!! Significa Historiador e Profeta porque uma profecia que profere e se realiza transforma-se em História!!
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domingo, 5 de maio de 2024

LULA PRISIONEIRO...

GOLPE SEMIPRESIDENCIALISTA

PARLAMENTARISTA NEOLIBERAL

SOB CONTROLE DIGITAL GLOBAL

 

CÉSAR FONSECA - Foto Agência Brasil

 

É o melhor dos mundos, para os financistas neoliberais que tocam a financeirização geral da economia brasileira, a proposta do ex-presidente golpista Michel Temer, que se generaliza no Congresso com o semipresidencialismo ou neoparlamentarismo, comandado pelo líder do Centrão, deputado Arthur Lira(PP-AL), presidente da Câmara.

Com ele, o presidente da República vira a tal da Rainha (Rei) da Inglaterra, figura decorativa, controlada por algoritmos, enquanto os parlamentares de direita e ultradireita – maioria esmagadora no parlamento – (des)organizam o governo ao seu bel prazer por meio de emendas parlamentares que não têm sintonia nem compromisso com o interesse coletivo, mas com o privado etc.

Elon Musk e os demais donos de plataformas digitais no cenário global, sintonizados com o poder neoliberal, já governam, com as suas programações algorítmicas, mediante programas do absoluto interesse privado.

Proclamam a total independência e total liberdade de expressão, desde que não haja expressão contrária aos interesses dos que comandam as palavras de ordens ditadas pelas programações totalizantes controladas pelos algoritmos.

Tudo que diz respeito ao interesse público em termos de vocabulário, para ser consultado nas redes, é programado para ser excluído.

Nesse caso, é, completamente, anulado o governo presidencialista, como o do presidente Lula, cujo propósito é o social e não individual, como proclama o modelo neoliberal.

 

DITADURA DO ALGORRITMO

 

O governo presidencialista lulista, nesse cenário, não é, propositalmente, retratado nas redes sociais, porque o vocabulário político que a ele corresponderia, para ser identificado pela população, é, simplesmente, desprogramado pela ditadura do algoritmo.

De que adiantaria, como defendem ingênuos governistas, a regulamentação das redes sociais, se as palavras programadas pelos algorítmicos repelem o seu apelo, ao excluí-las da programação conduzida, ideologicamente, por quem comanda as plataformas digitais?

Os programadores digitais, a soldo de Elon Musk e seus assemelhados, descolam Lula da população, cortando a identificação do seu vocabulário político com as massas.

Expressões e palavras como bem-estar, justiça social, desconcentração da renda, distribuição da riqueza, socialismo etc. são eliminadas, se se tenta identificá-las com o propósito social-democrata defendido por Lula.

Os algorítmicos entram em ação, freneticamente, para excluir qualquer identificação de tais palavras de ordens associadas às proposições governistas econômicas, socialmente, includentes.

O que fazer? Regulamentar? Como, se quem determina o que sai nas redes não é o governo, mas os adversários dele, como Elon Musk?

 

REDE SOCIAL NACIONALISTA

 

Resta, portanto, a alternativa da social-democracia lulista, prisioneira do semipresidencialismo ou do parlamentarismo tupiniquim neoliberal, construir a sua própria rede, como fizeram os governos nacionalistas chinês e russo, dono de suas próprias plataformas.

É, apenas, risível que a estratégia de comunicação governamental fale em defesa da liberdade de expressão, para divulgar seu pensamento na Rede X de Elon Musk, ou pela Rede Globo, ambas porta-vozes de Washington.

A política de comunicação governamental, para ser eficaz e produzir resultados condizentes, com propósito governamental social-democrata de fazer justiça social, teria, dessa forma, que falar pela sua própria boca - sua rede - e não pela rede dos outros, seus adversários.

 

NA COVA DOS LEÕES

 

Lula, portanto, em matéria de comunicação, está, como Daniel, na Bíblia, na cova - ou na boca - dos leões, enquanto, ingenuamente, os petistas falam em regulamentação da mídia eletrônica.

Regular a Globo? Regular Elon Musk?

Tais forças, associadas ao mercado financeiro especulativo, no cenário da financeirização econômica global, que, apenas, promovem os trustes, monopólios e oligopólios, atuantes em escala global, são as que conduzem o parlamentarismo neoliberal ou o semipresidencialismo tupiniquim, tendo como representação Arthur Lira.

Elas são organizadas e impulsionadas de fora para dentro, independentemente da vontade governamental, manipulada pelo neoliberalismo.

São as regras ditadas pelos neoliberais, desde o golpe de 2016, difundidas e ampliadas, ad infinitum, pelas plataformas digitais, sem controle governamental, que comandam a economia.

Seus propósitos essenciais não são o bem-estar social, a melhor distribuição de renda e muito menos combate à desigualdade econômica, mas o seu oposto: a concentração de capital e a resistência total às reformas necessárias à modernização e ao progresso com soberania nacional.

 

https://oglobo.globo.com/blogs/merval-pereira/coluna/2024/05/regimes-abrasileirados.ghtml

sábado, 27 de abril de 2024

PARLAMENTO SEQUESTROU LULA

DESAFIO DO STF: AMENIZAR

LUTA DE CLASSE ENTRE

PARLAMENTARISMO NEOLIBERAL

FASCISTA X PRESIDENCIALISMO

SOCIAL-DEMOCRATA LULISTA

 

CÉSAR FONSECA - Foto Agência Brasil EBC

 

 

A aliança Executivo – Judiciário contra Legislativo expôs, durante a semana, a luta de classes cada vez mais acirrada na sociedade brasileira, expressa no debate sobre a desoneração da folha de pagamento das empresas.

Os empresários, que pagam, hoje, alíquota de 1% a 4% sobre 17 setores específicos, para empregar trabalhadores, voltam a pagar, com o fim de desoneração, alíquota de 20%.

Estão revoltados porque terão sua lucratividade reduzida, enquanto o governo poderia aumentar sua arrecadação.

As vantagens que os empresários auferiram com a reforma trabalhista, nos governos Temer e Bolsonaro, serão revertidas.

Ameaçam com demissões.

O Executivo poderia cumprir o ajuste fiscal que lhe é imposto pelo parlamentarismo neoliberal, apoiado pelo mercado financeiro e Banco Central Independente, responsáveis por frear o desenvolvimentismo social-democrata presidencialista lulista.

O neoliberalismo parlamentarista, dominado pela direita e ultradireita fascista, que dispõem de ampla maioria parlamentar, demonstra toda a sua incompatibilidade-inconformidade com a social-democracia professada pelo centro-esquerda, que sustenta Lula, em termos minoritários. 

As consequências são o aprofundamento da luta de classes no país. 

Para a ultradireita e direita, não está em causa o interesse público, desenvolvimentista, mas, unicamente, o interesse privado, cujo objetivo é a permanente concentração da renda, que amplia a desigualdade social. 

Público e privado, portanto, travam, no Congresso, luta encarniçada pela renda nacional, que, certamente, será desdobrada na regulamentação da reforma tributária no contexto da disputa capital-trabalho. 

Em ano eleitoral, a conciliação política vai se tornando escassa no cenário neoliberal, que polariza ideologicamente as classes sociais antagônicas.

A luta de classe, que a direita e a ultradireita dizem ter sido superada no capitalismo tupiniquim, avança dividindo a sociedade em doses políticas cada vez mais elevadas. 

Sem apoio no Congresso, o governo Lula apela ao Supremo Tribunal Federal pela judicialização da política econômica, de modo a evitar os estragos sociais produzidos pelo modelo neoliberal concentrador de capital, de um lado, e produtor de injustiça e desigualdade social, de outro.

 

GOLPE PARLAMENTARISTA  

NEOLIBERAL EM CENA

 

Governo Lula 3, ao contrário dos governos Lula 1(2003-2006) e Lula 2(2007-2010), que puderam lançar mão das finanças públicas, do endividamento público, para dinamizar gastos sociais, sob presidencialismo social-democrata, para ultrapassar o crash de 2008, agora, está submetido a outras circunstâncias, a outro momento histórico.

O presidente vive consequências agressivas impostas pelo neoliberalismo parlamentar, que anula, graças à maioria conservadora esmagadora, as armas presidencialistas, na fase pós fascista Temer-Bolsonaro do golpe neoliberal de 2016.

Os neoliberais impuseram novo status quo: derrubaram Dilma Rousseff por meio de impeachment sem crime de responsabilidade para justificá-lo, promovendo privatizações e sequestros fiscais ao presidencialismo sem força política.

Lula 3 está, portanto, sob o tacão do golpismo neoliberal; embora os fascistas tenham sido derrotados por ele 2022, herdou deles reformas trabalhista e previdenciária que levam os capitalistas, com maioria no Congresso, dominado pelo capital financeiro especulativo, a resistirem à tentativa restauradora lulista da oneração dos impostos sobre a folha de pagamentos dos salários dos trabalhadores.

Desonerar é a palavra de ordem do capital, para manter elevada sua taxa de lucro, para compensar redução dos salários que diminui consumo e, consequentemente, arrecadação tributária, bem como mantém baixa inflação sob juro Selic extorsivo.

Contra esse cerco neoliberal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, intensificou o diálogo com o Congresso, reclamado pelo presidente Lula, porém, ao lado dessa iniciativa dobrou a aposta em sustentar oneração tributária por meio de judicialização da desoneração.

 

REVERSÃO DE POSIÇÕES

 

O STF, diante desse apelo de socorro presidencialista antineoliberal de Lula, é chamado a contrariar o capital produtivo, que, contraditoriamente, está em choque com o capital especulativo ultra neoliberal.

Depois de apoiar o golpe neoliberal de 2016, que, com Bolsonaro, esfrangalhou a economia, via neoliberalismo radical imposto pelo ex-ministro Paulo Guedes, então, apoiado pelo STF, favorável às privatizações das estatais, a alta corte, sob apelo dramático de Lula, é chamada a reverter suas posições.

Sob ataque da direita fascista bolsonarista golpista, o STF, que cuida de processar demandas contra os golpistas, para fortalecer a democracia, está, agora, diante do desafio de contradizer a maioria conservadora que impede a governabilidade constitucional presidencialista lulista, acossada pelo parlamentarismo neoliberal inconstitucional bolsonarista.

Eis o perfil pronto e acabado da luta de classes em andamento: presidencialismo constitucional lulista x parlamentarismo inconstitucional fascista, apoiado pela Faria Lima.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

EEUU ALIMENTA O FASCISMO GLOBAL

EUA BOMBEIA GUERRAS,

FORTALECE DIREITA

FASCISTA GLOBAL E AMEAÇA

DEMOCRACIA BRASILEIRA

 

CÉSAR FONSECA - Foto Reuters

 

 

O pacote de 95 bilhões de dólares aprovado pelo Congresso americano, nesta terça-feira, para a Ucrânia, Israel e Taiwan visa abastecer a indústria de guerra dos Estados Unidos para sustentar o colosso capitalista financeiro especulativo do império como oxigênio essencial.

Fica, portanto, mais longe a expectativa de paz mundial, visto que esses recursos aprovados pelos congressistas, servirão, inquestionavelmente, para movimentar a economia de guerra capitalista que, ao fim e ao cabo, impedem o avanço democrático e alimentam o avanço da direita fascista mundial, que se alimenta do medo produzido pela guerra.

Ucrânia, Israel e Taiwan se transformam nos peões do fascismo, alimentados pelos recursos do império americano, que se multiplicam mediante endividamento público dos Estados Unidos, elevando a dívida pública imperialista para além de 30 trilhões de dólares.

Essa é a razão principal do temor dos maiores fundos financeiros especulativos do mundo, nesse momento, como destacam os diretores do maior deles, o Black Block.

Eles dão razão às declarações, feitas nessa semana, do presidente do Banco Central Independente (BCI), do Brasil, Roberto Campos, em seu alerta de que a economia mundial entrou em fase de turbulência financeira.

O capitalismo periférico, aliado de Washington, é candidato a pagar o pato.

O Banco Central americano (FED), diante do aumento da dívida pública, para sustentar guerra na Ucrânia, Israel e Taiwan, que ameaçam, diretamente, Rússia, China e a Palestina, sob genocídio judeu, será obrigado a manter juro elevado para continuar atraindo compradores dos títulos de guerra de Tio Sam.

Consequentemente, a instabilidade gerada pelo estado de guerra, que bombeia o fascismo global, com elevação do custo da moeda americana, obriga o BCI brasileiro a remover expectativas de redução dos juros Selic, o que afeta a política econômica desenvolvimentista do presidente Lula.

 

ROLO COMPRESSOR IMPERIALISTA

 

Portanto, a economia de guerra americana, que fomenta o imperialismo fascista de Tio Sam, com reflexos globais, abalando as bases da democracia na periferia capitalista, como está acontecendo no Brasil, sob parlamentarismo neoliberal, é um mecanismo dialético que fomenta a terceira guerra mundial.

Trata-se de processo de adensamento acelerado pelo império, frente às provocações do unilateralismo mantido por Washington, de modo a barrar os avanços do multilateralismo anti-guerra.

A ONU, nesse contexto, perdeu capacidade de defender, eficazmente, a paz.

Washinton, nesta terça-feira, colocou, mais uma vez, em marcha a dialética da guerra, que se alimenta de si mesma, quanto mais o império vê ameaçada sua hegemonia.

O mecanismo multiplicador de guerra, dessa forma, foi impulsionado, mais uma vez, pela expansão da dívida pública dos Estados Unidos: o dinheiro dos bancos que financiam os empréstimos a Israel, à Ucrânia e a Taiwan, com apoio dos aliados do império, sai dos Estados Unidos em forma de mercadorias de guerra(bombas, tanques, equipamentos, partes e peças, produtos bélicos e espaciais, destinados à simples destruição) para os três países, a serem pagas às indústrias armamentistas.

Mutatis mutantis, é o mesmo que aconteceu quando a ditadura militar brasileira, no golpe de 1973, que derrubou Allende, emprestou 500 milhões de dólares para que o ditador Pinochet, apoiado por Washington, comprasse armas para garantir o poder ditatorial militar no Chile, eliminando perigo de avanço do socialismo.

Tratou-se, segundo admitiu, na ocasião, o ex-czar da economia brasileira, Delfim Netto, de financiar exportações de mercadorias, que favoreceram a balança comercial Brasil-Chile, conta paga pelo ditador chileno mediante empréstimos feitos por bancos americanos, na montagem do que ficaria conhecida Operação Condor.

O esforço do Congresso dos Estados Unidos, que apoiou empréstimos americanos para Pinochet, é o mesmo que, agora, faz para apoiar governos aliados de Washington, de Israel, Ucrânia e Taiwan.

São sempre os mesmos beneficiados com essa corrida armamentista: os bancos que emprestam para as indústrias de armas, remunerados pelas emissões do tesouro americano em forma de expansão da dívida pública.

Eis a economia de guerra, bancada por déficit orçamentário, o modelo econômico essencial do império para dominar o mundo à sua maneira.

Garante a democracia ocidental na base da bala.

A democracia americana é, essencialmente, democracia de guerra.

O resto é conversa.

A salvação do mundo depende do despertar da população americana contra a cilada da democracia de guerra, enfrentada com valentia, nos Estados Unidos, nesse momento, pelos estudantes em palavras de ordem de apoio à Palestina massacrada pelo genocídio israelense, financiado pela Casa Branca. 

https://www.clarin.com/.../congreso-unidos-aprobo...

terça-feira, 23 de abril de 2024

LULA X BRIZOLA

RECEITA DE BRIZOLA 

GARANTE POPULARIDADE 

DE LULA DIANTE DE 

CONGRESSO NEOLIBERAL

 

 

CÉSAR FONSECA - Foto Brasil 247

 

 

Lula mostrou hoje irritação com seu próprio governo, acossado pelo neoliberalismo financeiro especulativo, que aprofunda choque com o Congresso dominado pelo modelo neoliberal parlamentarista inconstitucional, submetido à financeirização econômica especulativa que não deixa presidencialismo constitucional governar.

Durante lançamento de programa popular de renegociação de dívidas para as micro e pequenas empresas, que ainda sofrem as heranças malditas da pandemia e do desastre econômico bolsonarista, distribuiu cobranças para todos os lados, dado que se vê acossado por pesquisas de opinião pública que deixam seu governo a desejar.

O único consolo do presidente, apurado por pesquisa popular Quaest, da semana passada, é que a educação salva o presidente Lula da impopularidade total sob modelo neoliberal.

Inflação de alimentos, arrocho salarial, baixo poder aquisitivo decorrente da reforma bolsonarista trabalhista e previdenciária, herança maldita do bolsonarismo neoliberal etc., trabalham contra a popularidade do presidente.

Conclusão: ao lado dos gastos sociais, a educação e os trabalhadores do setor são os sustentáculos políticos do governo Lula, que, em contrapartida, contraditoriamente, está jogando duro contra a categoria, arrochando gastos e salários em nome do ajuste fiscal neoliberal.

A educação em escola integral que o presidente Lula coloca em prática no seu terceiro mandato é lição politicamente eficaz do trabalhismo nacionalista brizolista getulista; garante ao governo apoio popular e maior participação e integração nacional soberana, mas exige, em contrapartida, prioridade financeira. 

Por isso, o presidente vive grande contradição: os trabalhadores que foram à luta para garantir o mandato do presidente, livrando-o da prisão e garantindo-o institucionalmente com vitória eleitoral em 2022, ameaçam, agora, greve por melhores salários e condições melhores de trabalho nas escolas e universidades em processo de sucateamento.

Eis o calcanhar de Aquiles de Lula.

O modelo neoliberal da financeirização econômica em curso permanente o separa dos professores e o leva, a contragosto, a se distanciar-se, politicamente, de Brizola.

 

RECEITA BRIZOLISTA: NÃO AO

NEOLIBERALISMO EDUCACIONAL

 

Brizola, sempre que questionado sobre de onde sairia o dinheiro para a educação ao molde do CIEPs nacionalizado, dizia que educação das crianças e dos jovens é a prioridade das prioridades econômicas e políticas do governo.

Dessa forma, determinou as regras políticas para cumprir sua principal prioridade e, consequentemente, ganhou a base política forte no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, onde foi governador ideologicamente vinculado à educação, ao trabalhismo nacionalista getulista.

Os professores, dizia Brizola, eram o principal esteio político de resistência contra a burguesia contrária ao CIEPs.

Brizola brigava contra o neoliberalismo na educação e fazia dessa briga discurso de união nacional.

Os professores, os alunos e seus pais, enfim, a sociedade, o apoiavam, apaixonadamente.

Lula, neste momento, está sendo salvo politicamente, justamente, porque resiste, até o momento, ao discurso neoliberal na educação, que prega cortes de gastos, para para fazer ajuste fiscal e, consequentemente, favorecer a privatização.

Promete ampliar gastos com a educação de tempo integral para as crianças e para o ensino técnico para os jovens garantirem empregos de qualidade, mas o modelo neoliberal o acossa.

Essas duas prioridades educacionais – criança e jovem – educacionais aproximam-se Lula de Brizola na luta contra o neoliberalismo, porém, as circunstâncias estão, estruturalmente, desfavoráveis, para Lula sob Congresso neoliberal direitista e ultradireitista fascista; chega aos extremos da resistência, depois do desastre neoliberal bolsonarista.

 

FINANCEIRIZAÇÃO EDUCACIONAL

FORTALECE DIREITA-ULTRADIREITA

 

Grande contradição cerca Lula, destacou Breno Altman, do Ópera Mundi, hoje, na TV 247: se Lula não fortalecer, agora, os professores, que seguraram e garantiram o mandato lulista, fortalecerá a direita e a ultradireita que quer o caos na educação para justificar privatização e total mercantilização educacional.

A educação neoliberal de direita e ultradireita, na linha privatista de Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro e dos empresários do setor de educação, é movida pela financeirização econômica geral, que está destruindo o ensino público brasileiro, na atualidade, depois das reformas neoliberais bolsonaristas entre 2028-2022.

Brizola resistiu ao neoliberalismo na educação por meio do CIEPs, impondo sua vontade política em guerra contra Rede Globo, porta-voz da privatização.

Lula, sem maioria no Congresso, não tem força política suficiente para dizer não ao modelo neoliberal, na educação, como fez Brizola.

Teria que disputar queda de braço com o neoliberalismo, elevando gastos sociais na educação; reajustaria salários e investimentos que abririam novo horizonte ao setor, para arregimentar força política popular.

 

TIRANIA FINANCEIRA NEOLIBERAL

ANULA GOVERNO DESENVOLVIMENTISTA

 

O sucateamento da educação, pelo processo de financeirização econômica, transforma todos os ativos públicos educacionais em fundos públicos de investimentos para serem adquiridos pelo setor privado em negociações na bolsa, mediante cotação de ações ao preço do dia etc.

O neoliberalismo é a mercantilização total da educação e, consequentemente, a sujeição dos trabalhadores/professores ao arrocho salarial constante como é a lógica neoliberal.

A financeirização econômica é a anti-Brizola-Lula que objetiva o oposto: projeto nacional de educação de libertação democrática soberana.

Os grandes grupos econômicos privados da educação, que atuam como trustes, monopólios e oligopólios, na tarefa incessante de sobre acumulação de capital financeiro especulativo, são os que comprarão as ações dos ativos das fundações estatais.

Arrrasa quarteirão!

Vai se tratar, apenas, de mudança de titular de ações – do público para o privado, como é o desejo neoliberal de precarizar os salários dos professores como ordem das coisas na economia de mercado etc.

 

QUE FAZER?

 

Lula somente conseguiria o apoio constante dos trabalhadores assalariados da educação se realizasse investimentos nas universidades públicas em processo de sucateamento.

Altman destaca que está viajando pelo Brasil para divulgar nas escolas e universidades seu livro “Contra o Sionismo”, e a reclamação geral é uma só: sucateamento.

Os salários acumulam defasagens superiores a 30% e a propensão neoliberal é de congelar os reajustes em nome da restrição de gastos, na doce ilusão de que o rígido monetarismo comandado pelo Banco Central Independente conduzirá ao aumento de arrecadação!

Em nome do ajuste, portanto, os trabalhadores professores não teriam nenhum reajuste real durante o governo Lula; reajuste ZERO, só reposição pela inflação, para que se possa realizar a ordem neoliberal financeira: priorizar gasto financeiro especulativo sobre gasto não-financeiro desenvolvimentista.

O neoliberalismo está afastando Lula de Brizola, que tinha a educação como fator inegociável?

O arcabouço fiscal neoliberal que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negocia com o Congresso deixa a educação órfã, sem chão, pois as ameaças de cortes jogam o setor em terreno pantanoso.

Lula deixaria de priorizar a educação “sobre todo lo más”, como dizem os Hermanos argentinos?

O gargalo do governo, portanto, é o ajuste fiscal neoliberal que o separa dos professores, podendo levar à ruptura, desejo nada secreto do bolsonarismo, para acelerar o sucateamento do ensino público no cenário da financeirização econômica especulativa.

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O QUE É SER DE ESQUERDA? Por Alysson Mascaro Ser de esquerda é estar do lado de quem apanha e não de quem bate; estar ao lado de quem sofre ...