quarta-feira, 7 de maio de 2014

Cartilhas de Educação Sexual para crianças


Polêmica - Cartilhas de Educação Sexual para estudantes a partir de 06 anos de idade.



Desde 2013 o MEC tem gerado muita discussão e revolta devido às cartilhas de Educação Sexual  distribuídas nas escolas para crianças a partir de 06 anos de idade. 

As imagens, como podem ver abaixo, aguçam a curiosidade da criançada e estimulam para a prática precoce do sexo. Não temos informações se as cartilhas ainda estão sendo distribuídas, mas segundo informações na internet, ela foi distribuída para crianças de 06 a 11 anos com o aval de psicólogos e educadores. Temos que convir que as crianças são curiosas e precisam aprender sobre o sexo mas, seria essa forma imposta no meio escolar a mais viável ? ou  de forma natural e espontânea, preferencialmente em família? 

 Vejam algumas imagens da cartilha e comente o que pensa sobre o assunto.











A seguir, trechos do livro "Mamãe, como eu nasci?", de Marcos Ribeiro (Editora Salamandra, 2ª edição), para crianças de 7 a 10 anos:





Olha, ele fica duro!

Certo! Isso acontece de vez em quando.

O pênis do papai fica duro também?

Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro.

página 16


Aí os espermatozóides se misturam com um líquido que se chama sêmen. Esse líquido, que é grosso e pegajoso, sai da ponta do pênis do homem. É uma sensação muito boa.

páginas 18 e 19

Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho, vai ver bem melhor.

Aqui em cima está o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso.

página 22

Agora que você já sabe o que é o pênis e a vulva, vale dizer mais uma coisa.

Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a sua vulva, porque é gostoso.

As pessoas grandes dizem que isso vicia ou "tira a mão daí que isso é feio". Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema. Você só tem que tomar cuidado para não sujar ou machucar, porque é um lugar muito sensível.

Mas não esqueça: essa brincadeira, que dá uma cosquinha muito boa, não é para ser feita em qualquer lugar. É bom que você esteja num canto, sem ninguém por perto.

página 26

Já nesse momento o pênis está duro (ereto), bem maior do que é normalmente. E a vulva também fica um pouco molhadinha.

Eles ficam bem juntinhos, bem abraçados, e, então, o homem coloca o pênis dentro da vagina da mulher. A mulher gosta muito e o homem também. O homem movimenta o pênis para dentro e para fora da vagina várias vezes com a ajuda da mulher.


Livro didático provoca polêmica entre os pais



Existe uma idade certa para falar sobre sexo com os filhos? Um livro paradidático colocado à disposição de diretores e professores da rede pública e privada de ensino tem causado polêmica no Distrito Federal. A reclamação parte de pais que se escandalizaram com o conteúdo da publicação Aparelho Sexual e Cia., da Editora Companhia das Letras. A obra é alvo de abaixo-assinado,  com o objetivo de retirá-la de circulação. Alguns pais falam que o conteúdo incentiva a homossexualidade e o sexo precoce.

Com o uso de muitos recursos gráficos, o material é de fácil leitura e se assemelha a um gibi, o que chama a atenção das crianças. Em forma de pergunta e resposta, trata de temas como namoro, paixão, puberdade, relações sexuais e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. O conteúdo, segundo a editora, é recomendado para crianças a partir dos dez anos.

De acordo com o texto da autora francesa Héléne Bruller, por volta dos dez anos as crianças começam a pensar neste assunto. Entretanto, ela faz uma ressalva, afirmando que nesta faixa etária o corpo não está pronto. E completa dizendo que há pessoas que transam pela primeira vez bem cedo, outras mais tarde. E faz um resumo: “Não há idade certa”. 

Os leitores têm acesso a um passo a passo de como é uma relação sexual. Na ilustração há crianças fazendo gestos obscenos, outras em posições sexuais. A fim de sanar a curiosidade, a autora diz que a sensação é boa e dá dicas, por exemplo, da duração de um ato sexual.

Baseado nestes e em outros pontos polêmicos, o servidor público Rodrigo Delmasso, 32 anos, conta que comprou o livro como uma leitura complementar na lista de material escolar da filha de 5 anos. Porém, tomou um susto ao folhear o material.   “Eu, como pai, não posso admitir que minha filha vá para a escola aprender algo deste tipo. Ela não tem idade para isso. Considero um absurdo”, protesta.


CHOQUE DE REALIDADE



Carmita Abdo

De acordo com a coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP), Carmita Abdo, uma das maiores especialistas em sexualidade do país que analisou a revista e suas ilustrações, o conteúdo textual exposto no material está correto, mas as ilustrações comprometem a aceitação das crianças para a matéria sexualidade.

Apesar de haver uma grande quantidade de crianças que já estão familiarizadas com o tema e tiram dúvidas diretamente com os pais, o livro, segundo a especialista, contém imagens fora do contexto, acarretando confusão no entender das crianças.
“É um trabalho que pode levar a não aceitar a educação sexual, que é tão importante” disse Carmita Abdo. Segundo a especialista a idéia é ótima, a linguagem adotada é objetiva e clara, mas as ilustrações poderiam ser mais discretas.


NOTA:

O  Blog "Muito Além das Palavras e Sentidos" não apoia homofobia ou preconceito de qualquer gênero, apenas colocamos em pauta assuntos que geram polêmica e questionamento para debate aberto! Portanto , convidamos à todos os leitores para comentarem  o que pensam sobre o assunto!


ALGUNS VÍDEOS EM RESPOSTA  À "POLÊMICA" CARTILHA 

No vídeo logo abaixo, depois  da polêmica envolvendo pais, alunos, e professores, a Prefeitura do Recife decidiu recolher o livro paradidático Mamãe, como eu nasci?, voltado para a educação sexual de crianças entre 8 e 10 anos. Após receber uma comitiva de quatro vereadores, ontem, o secretário de Educação, Cláudio Duarte, enviou às 208 escolas um pedido para que a obra seja retirada de circulação, no mesmo mês em que foi distribuída. Temos que encarar a questão de modo científico, mas como é um tema complexo e está relacionado a fatores culturais, como religião e renda, orientamos que os livros sejam recolhidos, disse ele.






Reportagem do SPTV 2° edição, sobre a cartilha polêmica para educação sexual de crianças do município de Embu das Artes.



CRÉDITOS: ESCOLA SEM PARTIDO