Conquistas Individuais
“Os que fazem greve são os funcionários
ineptos.
Os
competentes trocam de emprego por um salário mais alto.” [Walmir Koppe]
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Claro que não sou contra greves, elas foram muito
importantes no passado quando as legislações trabalhistas estavam em desenvolvimento.
Hoje, principalmente você que esta iniciando
sua vida profissional, deve questionar a real utilidade delas em sua vida.
Por vezes
participar de uma greve queima suas chances de promoção dentro da empresa, se
você não é sindicalista ou funcionário público pode até ser demitido no próximo
“facão”.
Meu primeiro emprego registrado foi em uma metalúrgica,
trabalhava inspecionando peças e fazia algumas operações como rosca em
parafusos.
Tive aumentos
coletivos conseguidos pela categoria, mas como ganhava pouco minha vida econômica
não mudava nada.
Em casa eramos eu minha mãe e mais 4 irmãos, o dinheiro mal dava para colocar comida na mesa o
mês todo.
Com 16
anos, cabacinho profissionalmente, a empresa precisava mudar meu horário, mas o
sindicato disse que eu não era obrigado a aceitar a mudança, a “lei” me
protegia.
É,
realmente a empresa não podia me obrigar a mudar de horário, mas podia me
demitir e foi o que fez.
Quando eu
fui encarregado nunca demiti um empregado sem apontar em que ele estava me
desagradando. Eu dava chances para a pessoa se explicar ou se corrigir e
deixava bem claro que a demissão era uma possibilidade.
Claro que
não era obrigação do RH ou encarregado da empresa metalúrgica ter uma conversa séria
comigo, mas é o que eu faria.
Eu e minha família
precisávamos muito daquele emprego eu trabalhava bem... só sei que a demissão
foi tão rápida que parecia um pesadelo.
“Há uma
divergência de horários e você esta demitido.”
Qual apoio
eu recebi do Sindicato?
Se tivesse
faltando algum dinheiro na rescisão de contrato eles me forneceriam um
advogado.
A empresa
pagou tudo que tinha que pagar e eu fiquei desempregado bem na fase do serviço
militar, comecei a fazer bicos até de vendedor de porta em porta.
O tempo
passou e minha vida só fez piorar quando fui convocado para o exército, não
lembro bem, mas acho que o soldo era de meio salário mínimo.
Cumpri meu
tempo de alistamento, saí do exército e minha vida só fez piorar, não conseguia
arranjar emprego de jeito nenhum.
Sem
dinheiro para condução andava incontáveis quilômetros atrás de alguma
oportunidade; como passar pelo centro da cidade era quase obrigatório parava na
biblioteca para ler algum livro e tomar folego para voltar para casa com fome e
exausto.
Ainda bem
que o Bairro São Bernardo onde eu morava fica perto do centro.
Graças a um
namorado da minha mãe consegui emprego em uma fábrica de óculos.
Claro que
trabalhando minha vida ficou melhor do que quando estava desempregado, mas
ganhava salário mínimo, depois de alguns meses passei a ganhar 1 salário e
meio... não dava para fazer muita coisa além de colocar comida em casa.
Lá pelo
terceiro ou quarto ano de empresa consegui uma promoção para encarregado de
produção foi uma grande CONQUISTA INDIVIDUAL que melhorou bem minha qualidade de vida passei a ganhar uns 3 salários,
pelo menos comida não faltava mais em casa.
Houve uma
mudança societária na empresa e ela passou a funcionar em Indaiatuba, depois de
muito trabalho, muito esforço cheguei a ganhar 5 ou 6 salários, foi meu apogeu
onde com muito juízo consegui quitar meu apartamento e ter um carro não muito
usado... não, não chegou a ser um "seminovo".
Quando
acreditei que estava estabilizado a empresa passou por um processo de fusão e
mais uma vez eu conheci o desemprego, dessa vez não foi por muito tempo, afinal
eu era um trabalhador experiente, mas os trabalhos eram muitos e o salário bem
pouco.
Nessa época
minha vida só não ficou pior graças as CONQUISTAS INDIVIDUAIS de minha esposa, ela fez curso de Técnica de Enfermagem e se destacou
em uma grande empresa.
Depois de
muito estudar, em casa mesmo, e prestar concursos públicos consegui ser chamado
em um que não é lá essas coisas, mas é bem melhor do que a situação em que me
encontrava.
Quando
parecia que finalmente minha vida iria dar um salto econômico importante, foi
minha esposa que perdeu o emprego...o osso!
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Mas tudo
isso é para mostrar que o que faz diferença são suas conquistas individuais...não quero falar dos "azares" profissionais.
As conquistas individuais
de seu pai, mãe ou cônjuge também podem fazer a diferença.
É, ter um
filho como o Neymar é um prêmio de loteria...HAHAHAHAHAHHAHAH!
O que faz diferença em sua vida profissional
não é participar ou não participar de greves, fazer passeatas e quebra-quebra na
rua ou não.
Se você não
é um líder sindical [que também é uma conquista individual] o que faz diferença é você se
dedicar em algum emprego e conseguir alguma promoção, algum destaque.
É estudar,
buscar alguma especialização profissional.
Entenda que
se você trabalhar 20 anos como carteiro [só um
exemplo] é o padrão de vida de um carteiro que você irá ter.
Se você
conseguir um posto de supervisão nos Correios sua melhora econômica será de
acordo com os vencimentos dessa nova posição.
Suponhamos
que trabalhando como carteiro você conseguiu se formar em direito.
Parabéns!
Mas entenda
que se formar em alguma faculdade o torna mais competitivo no entanto não é
garantia de melhora de vida.
Exercer a profissão de advogado é o que pode mudar alguma coisa.
Há
advogados que ganham 1500 por mês e os que ganham 150 mil, uma grande conquista
individual.
Concluindo,
você que é novo no mercado de trabalho...estude, seja dedicado/produtivo,
cuidado para não ter filhos muito cedo e nunca gaste mais do que ganha. Clique Aqui
Meu amigo
Maquiavel, o qual encontrei muitas vezes no oásis da biblioteca, quer terminar
esse texto, é sempre uma honra:
“Julgo poder ser verdadeiro o fato de a sorte
ser árbitro de metade das nossas ações, mas que, mesmo assim, ela permite-nos
governar a outra metade ou parte dela.” [Maquiavel]
Faça bom
governo da metade de sua vida e na outra metade tenha meus sinceros desejos de BOA
SORTE!
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