4 de fev de 2015
Chegamos ao fim da Educação
Por: Eliana Rezende
Aqui uma interessante perspectiva é que a que defendo. O modelo de escola que temos está falido!
E não creio que tenha que ver com dinheiro e subsídios em primeiro lugar, antes sim tem que ver com motivação, objetos e objetivos. Neste modelo que conhecemos a educação não serve nem como elemento formador, inovador, nem criador. Há tempos este modelo deixou de tomar o individuo como um todo holístico inserido e integrado ao seu mundo e a seus tempo. Isto é, inserido em um contexto social, cultural, politico, econômico, produtivo.
Desde que a escola e seus sistemas supostamente inciaram a compartimentação, e pretensa especialização, os indivíduos começaram a atrofiar-se enquanto pessoas capazes de entender e propor alternativas ao seu tempo. E aí que todos os problemas surgiram.
A escola começou a ser vista, e funcionar, como um local onde conteúdos são dispostos e perfilados...apresentados um a um sem relação ou conexões. Tudo parece nada e nada precisa ser pensado, interpelado, questionado. O espirito crítico, criativo e elucubrador não é mais incentivado e cada vez mais, programas e conteúdos, são apenas dispostos como uma amassa amorfa a ser decorada. E aí que entram os elementos de desencanto, desinteresse e desmotivação não apenas de alunos, mas também de professores. Ninguém sabe ao certo porquê mesmo é que está ali, nem para quê.
A escola transformou-se em um local de metas e obrigações a cumprir e não um espaço criativo de vivências e oportunidades de convívio com o que é novo, diferente, instigante... infelizmente.
Daí que para este modelo, não há recursos que possam dar conta do esgotamento, desencanto e desmotivação.
O professor teria que ser apenas e tão somente um mentor a instigar e não um conteudista regurgitando conteúdos, números, dados, gráficos, tabelas, textos, poemas....precisaria ser capaz de transformar isso tudo em algo que estivesse conectado com o mundo em que estamos com a vida que tais discentes têm, rodeados de estímulos visuais, sonoros e, de que forma levá-los ao mesmo tempo a ver-se inseridos em uma sociedade que age e se reproduz desta ou daquela forma. Enquanto isso não ocorrer, não há reformas de currículos e verbas que darão conta de todo o sistema falido em que se pensa a Educação.
Vejo como única possibilidade de salvar a Educação o professor voltar a ser um iniciador!
Aquele que mostrará as ferramentas para que o discente descubra o mundo à sua volta. Só que mentores não são formados em escolas! Ser um mentor exige Sabedoria interior, visão holística aguçada, sensibilidade, perspicácia, generosidade intelectual. Todas características e qualidades que exigem cultivo, dedicação, disciplina. E aquí a minha pergunta: "quantos docentes tem estas qualidades?"
De novo insisto: estas qualidades não estão nos currículos de formação e não se adquirem por incentivos financeiros governamentais. Aí as "desculpas" cessam, já que precisam ser de inciativa individual daquele que chama para si a responsabilidade de ser um mentor intelectual.
Quantos agentes teríamos?
Boa pergunta!
A Educação precisa, e deve, ser pensada holisticamente. Sem este olhar terá chegado ao seu fim!
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“A escola acabou. É preciso encontrar outro lugar.”
(Michel Maffesoli)
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E não creio que tenha que ver com dinheiro e subsídios em primeiro lugar, antes sim tem que ver com motivação, objetos e objetivos. Neste modelo que conhecemos a educação não serve nem como elemento formador, inovador, nem criador. Há tempos este modelo deixou de tomar o individuo como um todo holístico inserido e integrado ao seu mundo e a seus tempo. Isto é, inserido em um contexto social, cultural, politico, econômico, produtivo.
Desde que a escola e seus sistemas supostamente inciaram a compartimentação, e pretensa especialização, os indivíduos começaram a atrofiar-se enquanto pessoas capazes de entender e propor alternativas ao seu tempo. E aí que todos os problemas surgiram.
A escola começou a ser vista, e funcionar, como um local onde conteúdos são dispostos e perfilados...apresentados um a um sem relação ou conexões. Tudo parece nada e nada precisa ser pensado, interpelado, questionado. O espirito crítico, criativo e elucubrador não é mais incentivado e cada vez mais, programas e conteúdos, são apenas dispostos como uma amassa amorfa a ser decorada. E aí que entram os elementos de desencanto, desinteresse e desmotivação não apenas de alunos, mas também de professores. Ninguém sabe ao certo porquê mesmo é que está ali, nem para quê.
A escola transformou-se em um local de metas e obrigações a cumprir e não um espaço criativo de vivências e oportunidades de convívio com o que é novo, diferente, instigante... infelizmente.
Daí que para este modelo, não há recursos que possam dar conta do esgotamento, desencanto e desmotivação.
O professor teria que ser apenas e tão somente um mentor a instigar e não um conteudista regurgitando conteúdos, números, dados, gráficos, tabelas, textos, poemas....precisaria ser capaz de transformar isso tudo em algo que estivesse conectado com o mundo em que estamos com a vida que tais discentes têm, rodeados de estímulos visuais, sonoros e, de que forma levá-los ao mesmo tempo a ver-se inseridos em uma sociedade que age e se reproduz desta ou daquela forma. Enquanto isso não ocorrer, não há reformas de currículos e verbas que darão conta de todo o sistema falido em que se pensa a Educação.
Vejo como única possibilidade de salvar a Educação o professor voltar a ser um iniciador!
Aquele que mostrará as ferramentas para que o discente descubra o mundo à sua volta. Só que mentores não são formados em escolas! Ser um mentor exige Sabedoria interior, visão holística aguçada, sensibilidade, perspicácia, generosidade intelectual. Todas características e qualidades que exigem cultivo, dedicação, disciplina. E aquí a minha pergunta: "quantos docentes tem estas qualidades?"
De novo insisto: estas qualidades não estão nos currículos de formação e não se adquirem por incentivos financeiros governamentais. Aí as "desculpas" cessam, já que precisam ser de inciativa individual daquele que chama para si a responsabilidade de ser um mentor intelectual.
Quantos agentes teríamos?
Boa pergunta!
A Educação precisa, e deve, ser pensada holisticamente. Sem este olhar terá chegado ao seu fim!
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3 comentários:
- Samuel Alencar5 de fev de 2015 21:40:00Visão holística não concebe os fatos isoladamente; sim, integralmente.Responder
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Eliana, muito interessante o texto. Realmente parece que estamos formando robos. Só recebemos conteúdos e não questionamos como no tempo dos pensadores gregos. Temos que mudar e formar pessoas questionadoras e curiosas...Responder
- Eliana, só me responde, onde vão parar os professores rebeldes? Qual a punição por eles quererem uma educação diferente, de dar um passo a mais e novamente, de reconstruir a escola a partir da sociedade do conhecimento coletivo. São muito boas perguntas.Responder