sexta-feira, 6 de março de 2015

O perfil de alguns políticos na lista da PGR

Lava Jato: veja perfil de alguns políticos na lista da PGR


O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Superior Tribunal Federal (STF), quebrou o sigilo judicial dos processos relativos à operação. Com isso, a lista elaborada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com os nomes dos políticos que agora serão investigados, veio à tona e entre eles estão os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Romero Jucá (PMDB-PR), Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTN-AL). 
Confira o perfil de alguns dos que estão na lista do procurador Rodrigo Janot e que agora serão investigados pelo STF.
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
José Renan Vasconcelos Calheiros é o atual presidente do Senado, cargo que já havia ocupado entre 2005 e 2007, quando renunciou após denúncias de corrupção. Natural de Murici, Alagoas, o senador tem 60 anos e iniciou a carreira política como deputado estadual em 1978, pelo MDB, tornando-se deputado federal em 1982. Em 1989, fazia parte do PRN. Tornou-se assessor do então presidente Fernando Collor de Melo, no ano seguinte. Está em seu terceiro mandato como senador. Foi investigado pelo caso de corrupção conhecido como Renangate, sendo absolvido por votação no Senado.
Renan Calheiros Foto: Reuters
Renan Calheiros
Foto: Reuters
Deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Eduardo Cosentino da Cunha, 56 anos, atualmente é deputado federal pelo PMBD do Rio de Janeiro e presidente da Câmara dos Deputados desde 1 de fevereiro de 2015. Nascido na cidade do Rio de Janeiro, filiou-se ao PRN e foi presidente da Telerj durante o governo Collor. Passou ainda pelo PPB antes de filiar-se ao PMDB. É deputado federal desde 2003.
Eduardo Cunha Foto: Reuters
Eduardo Cunha
Foto: Reuters
Senador Fernando Collor (PTB-AL)
Fernando Affonso Collor de Mello, 65 anos, é senador por Alagoas desde 2007. Natural do Rio de Janeiro, Collor iniciou a carreira política em 1979, na Arena, quando foi nomeado prefeito de Maceió pelo então governador Guilherme Palmeira. Foi ainda deputado federal pelo PDS em 1982 e governador de Alagoas pelo PMDB em 1986. Em 1989, foi eleito presidente da República na primeira eleição por voto direto após o Regime Militar (1964/1985), sendo o mais jovem presidente da história do País. Em 27 de maio de 1992, foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a responsabilidade de Collor sobre diversas denúncias de corrupção. O processo de impeachment foi aberto na Câmara dos Deputados em outubro daquele ano, impulsionado pela presença do povo nas ruas, como no movimento dos Caras-pintadas. Em 29 de setembro de 1992, por 441 a 38 votos, a Câmara votou pelo impeachment do presidente, que renunciou antes de ser condenado. Perdeu os direitos políticos por 8 anos.
Fernando Collor de Melo Foto: Murilo Resende / Futura Press
Fernando Collor de Melo
Foto: Murilo Resende / Futura Press
Senador Edison Lobão (PMDB-MA)
Edison Lobão, 78 anos, atualmente é senador pelo Maranhão, Estado pelo qual foi governador entre 1991 e 1994. Foi eleito senador pela primeira vez em 1986, repetindo o feito em 2002. Passou pelo extinto PFL e pelo DEM antes de se filiar ao PMDB. Foi Ministro de Minas e Energia de 21 de janeiro de 2008 a 31 de março de 2010, no governo Lula, e durante todo o primeiro mandato de Dilma Rousseff. É natural de Mirador (MA).
Edison Lobão Foto: Reuters
Edison Lobão
Foto: Reuters
Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Natural de Curitiba, Gleisi Hoffman, 49 anos, foi eleita senadora em 2010. Com a saída de Antonio Palocci, em 7 de junho de 2007, foi indicada Ministra-chefe da Casa Civil, deixando o cargo em fevereiro de 2014. Passou pelo PC do B, antes de se filiar ao PT em 1989. Foi citada pelo doleiro Alberto Youssef em delação premiada, que afirmou que a campanha política de Gleisi Hoffmann nas eleições de 2010 recebeu R$ 1 milhão.
Gleisi Hoffman Foto: Pedro Sarapio/Gazeta do Povo / Futura Press
Gleisi Hoffman
Foto: Pedro Sarapio/Gazeta do Povo / Futura Press
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
Luiz Lindbergh Farias Filho, 45 anos, é natural de João Pessoa (PB) e atualmente senador pelo Estado do Rio de Janeiro. Destacou-se pela primeira vez no cenário político em 1992 na condição de presidente da União Nacional dos Estudantes, sendo um dos líderes do movimento caras-pintadas. Foi duas vezes prefeito de Nova Iguaçu e duas vezes deputado federal antes de ser eleito senador. Passou por PC do B e PSTU antes de entrar para o PT.
 
Lindbergh Farias Foto: Daniel Ramalho / Terra
Lindbergh Farias
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Senador Romero Jucá (PMDB-RR)
Nascido no Recife, Romero Jucá, 60 anos, está, atualmente, em seu terceiro mandato consecutivo como senador por Roraima, Estado pelo qual foi governador entre 15 de setembro de 1988 e 31 de dezembro de 1990. Passou pelo PSDB, onde foi vice-líder do governo Fernando Henrique Cardoso, antes de filiar-se ao PMDB. Entre março e julho de 2005, foi Ministro da Previdência Social, mas, por conduta suspeita de corrupção com empréstimos bancários irregulares, foi exonerado poucos dias depois. Em 2006, foi escolhido líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cargo que também ocupou na gestão da presidente Dilma Rousseff.
Romero Jucá Foto: Pedro França / Futura Press
Romero Jucá
Foto: Pedro França / Futura Press
Nelson Meurer (PP-PR)
Aos 72 anos, Nelson Meurer é, atualmente, deputado federal pelo Paraná, cargo que ocupa desde 1 de fevereiro de 1995. Natural de Bom Retiro (SC), iniciou a carreira em 1981 pelo PDS, passando ainda por PPB e duas vezes pelo PP. É acusado pela Polícia Federal de receber R$ 159 mil de empresas ligadas a Operação Lava Jato.
Ex-ministro Paulo Bernardo
Natural de São Paulo, Paulo Bernardo Silva, 62 anos, é marido da senadora Gleisi Hoffman. Entrou para a política pelo sindicalismo como membro da diretoria do Sindicato dos Bancários do Paraná. Sempre pelo PT, foi eleito deputado federal por três mandatos (1991-1995, 1995-1999 e 2003 e 2005). Em março de 2005 licenciou-se do mandato de deputado para assumir o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no governo Lula. Desde 2011 pe Ministro das Comunicações.
Paulo Bernardo Foto: Reuters
Paulo Bernardo
Foto: Reuters
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