sexta-feira, 12 de outubro de 2018

QUE EDUCAÇÃO NÓS PRECISAMOS?


Þ   Que educação precisa o povo brasileiro?
Þ   Que educação precisa o Brasil?
Þ   Que educação eu quero?

Pessoalmente, quero uma educação LIVRE...!!!
*–Educação Paidéia!!
*–Educação Filosófica
*Educação é originariamente filosofia, é filosófica. Filosofia é essencialmente educação, é educacional. Não tem sentido algum tratar de educação, plano de educação, de projeto de educação sem antes tratar da Filosofia da Educação. O que dar longevidade à Educação de um povo, de uma nação é sua Filosofia. O que tem faltado, sempre, ao Brasil, ao seu povo.

Se a Escola//Educação que eu tanto quero não é a escola//educação que você quer e, a escola//educação que você quer não é a Escola//Educação que eu tanto quero, dialeticamente não vamos ter a escola//educação que queremos, é óbvio!! Mas teremos a “escola//educação” sob a concessão que o estado quer que tenhamos. Isso também é óbvio!! E é o que temos!! Isso é fato!!

Quem “educa”, “educa” para um fim específico.
A educação escolar (em todos os níveis) estatal brasileira (concessão do estado) “dada” nas escolas é corrupta*!! Pois quem as concede e as tem concedido em nome do estado é e sempre foi naturalmente corrupto. Isso, porque são e sempre foram corruptos seus mandatários, seus dirigentes, quem sempre mandou no estado, conforme seus interesses, vontades e ganhos. E se sentem donos do país. Donos das pessoas. Imagine do resto...!!!

Portanto, quem “educa”, “educa” para um fim específico, no caso brasileiro, educa para a deslealdade, para a desonestidade, para a corrupção como algo natural, algo normal, algo cultural!! Ético!!

Queres saber em que me fundamento para afirmar o que afirmo a partir da expressão:
Quem educa, educa para um determinado fim

* corrupta, corrupto, corrupção... Primeiro procure estudar para compreender a dimensão do conceito das palavras em epígrafe e não ficar tão raivoso com quem as afirma.

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Respondendo ao Padre Raimundo Pinto que pergunta: “nesse caso as professores são agentes da corrupção?”

O homem das rodas do trem

Tein... Tein... Tein... Tein... O trem havia chegado à estação e o homem vinha batendo com um enorme martelo nas rodas, para saber se estavam fortes. Perguntamos ao operário: – Essas rodas estão boas? – “Estão, sim senhor, respondeu o homem, eu conheço pelo som”. – “E que significa esse som?” – “Bem, moço, isso eu não sei, que eu não entendo de coisas complicadas, só sei que as rodas “cantando” assim estão boas!” E lá se foi com o enorme martelo a bater nas outras rodas.

Padre Raimundo Pinto, lembrando-me de seu programa “Criatura”. Há muitas criaturas que age da mesma forma, neste mundo de Deus e do Deus de Israel, Deus do povo de Israel: fazem as coisas certas, mas não sabemo porquênemo para quefazem. Executa, simplesmente, o que lhes mandam executar, tal como o homem das rodas do trem.

Ora Padre, não é possível que o professor se inclua no rol dessas criaturas que trabalham automaticamente e ensinem o “para que” desse ensino. Todo professor consciente de sua missão sente que não está lidando apenas com “o programa de ensino”, mas com criaturas humanas, com almas em flor, que lhe cumpre orientar, ajudar, esclarecer. Formar pessoas em seu/s sonho/s é a Filosofia do ensino escolar. Creio...!!!

O ensino não é, não pode ser, um ato automático.

Professor Negreiros


Aqui faço as seguintes indagações...
E adianto em algumas minhas respostas...

1.     Pode o professor educar a juventude apenas conhecendo bem a matéria que leciona e a Didática que utiliza? Ou são-lhe imprescindíveis outras qualidades? Quais?

2.     Pode o professor ser como o homem que bate nas rodas do trem: Ensina sem saber “o porquê” e “o para quê” da Educação? – Não, positivamente, didática e pedagogicamente, nós nos recusamos sequer a admitir tal hipótese!
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Quem quer realmente entender para poder compreender a ação educativa que ocorre nas escolas brasileiras deve, partindo do princípio de que “quem educa, educa para um fim”, passar em revista ao menos as principais doutrinas ou correntes filosóficas do “mundo moderno” e estudar a influência de cada uma delas nas doutrinas educacionais, mostrando que aquelas geram estas que, por sua vez, geram a organização, os sistemas e os fatos educacionais presentes no estado e no povo brasileiro.

Estudar minuciosamente buscando compreender não só a conceituação de filosofia e de educação, mas sua definição, seu étymo; as várias concepções de vida e suas conseqüências na educação; o estudo filosófico das categorias da educação, a filosofia da “Educação Nova” e a renovação educacional no “mundo moderno”, comparando-o com a “educação” que ocorre no Brasil desde seu “descobrimento” pelos portugueses.

A filosofia, a didática e a técnica educacional por mais apurada que sejam não atingem seus objetivos se não completadas e revigoradas com o amor: amor do professor pelo magistério, amor pela sua escola, amor pelo conhecimento universal acumulado, pela cultura, e, acima de tudo, amor do mestre pela criança, pela juventude, pelo conhecimento universal acumulado. Pelas culturas...!!! Daí a enorme importância da vocação. Isso é fato na linha do tempo educacional da humanidade. O melhor curso de Pedagogia não fará do indivíduo um educador se ele não tiver capacidade de dar-se ao conhecimento universal acumulado, a cultura e aos seus alunos e, vice-versa.

Educação sem Religião (filosófica teológica) e Política (ciência filosófica) é puro mecanicismo, é reduzir o homem a uma máquina rudimentar; Religião e Política sem Educação, isto é, sem esclarecimento e compreensão dialética, reflexiva e crítica desses temas, leva o indivíduo ao fanatismo extremo, irresponsável, inconseqüente. A educação religiosa e política fazem parte integrante e essencial da formação da personalidade humana. Portanto, escola sem religião e sem política é escola-fábrica de pessoas-máquinas a serviço de outras pessoas desonestas, irresponsáveis, corruptas, criminosas.

A escola brasileira e seus conteúdos disciplinar sempre estiveram dissociados do momento da vida social, política, econômica, cultural... do aluno, do povo, da sociedade. De um lado, a escola, de todos os níveis//graus, enche a cabeça do aluno com conhecimentos generalísticos teóricos e verbalísticos, que não têm nenhum sentido útil na vida cotidiana do aluno. Um exemplo clássico é o da matemática; de outro lado, não leva em conta necessidades, problemas factuais sociais, econômicos, políticos, morais e éticos, culturais da vida diária vivenciados, desconhecendo//escondendo propositalmente a mudança social como um processo natural na linha do tempo da vida humana. Vivemos cada século, desde o “descobrimento”, com uma estrutura escolar e um pensamento educacional “adequado”, em média, ao do século 17 para o século 18, dois séculos de atraso em relação ao século vivenciado.

Precisamos, urgentemente, mesmo que tardiamente, transformar esta escola estática, onde o aluno nada tem a fazer além de ficar quieto e tomar apontamentos (copiar) para só decorar, não para memorizar, em uma escola dinâmica, na qual o aluno participe em todos os momentos, tendo atividades associadas a fatos com sua vida, discuta necessidades e problemas presentes, vibre com isso, trabalhe motivado e com prazer, viva sua vida na escola. Isso não é difícil, é muito fácil. Mas não é do interesse de quem educa, que é o estado.

Na escola que temos e que é chamado erroneamente//mentirosamente de tradicional, o aluno assiste as aulas; mas precisamos urgentemente que o aluno se integre às aulas, ou, mais ainda, faça as aulas, junto com o professor, fundamentado-as no conhecimento das ciências humanas e exatas, sem abandonar esses conhecimentos, mas saindo da apatia assistida.

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3.     O indígena brasileiro precisa de “nossa educação”? De “nossa cultura”? Ou é o contrario?

4.     Qual a causa de “nossa educação”? Ela tem uma causa?! Qual?! De que natureza? É útil e ética à “nossa vida”?
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Quando quase todos mentem, quase todos roubam, há preconceitos e desconfianças a quem é honesto, fala/diz a verdade. Sofre exclusão em todos os níveis e sentidos.
Quando quase todos mentem, quase todos roubam, não é só uma rebelião ser honesto, falar/dizer a verdade, é um ato de Revolução. De Subversão...!!!
No Brasil, pense bem antes de ser honesto, de falar/dizer a verdade.
A verdade, a honestidade são armas...!!! Elas ferem...!!! Elas matam...!!!
A minha verdade, enquanto eu não for convencido do contrario, é minha verdade...!!!
A minha verdade pode não ser a tua verdade, mas tem o outro...!!! E os outros...!!!
A minha honestidade pode não ser a tua honestidade, mas tem o outro...!!! E os outros...!!!
Pense nisso...!!! Reflita sobre...!
E tome muito cuidado...!
Tome uma nova atitude...!
Se achares/for necessário...!

Professor Negreiros

Um Livre Pensador subversivo