terça-feira, 17 de junho de 2014

mitologia grega


sheila Fortes:
Se havia fofoca no Olimpo? Sim e seu nome era Momus, o rei da maledicência.

Alguns consideram Momus como deusa.
Na mitologia grega, Momo (em grego Μωμος, Mômos, "burla", "crítica" ou "zombaria" e em latim Momus) é a personificação do sarcasmo, das burlas e de grande ironia, sendo a deusa dos escritores e poetas.


Momus era um daimon filho de Nix, que tornou-se a personificação do sarcasmo, do delírio, do ridículo, do deboche, da paródia, do desprezo, da censura, da culpa e da crítica cortante. Ele morava...
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Copa para quem?

Copa pra quem?

PCB FOZ 15 DE JUNHO DE 2014 1 COMENTÁRIOS
Um ano após as manifestações de junho, mês que escancarou a porta para a participação popular com grandes manifestações, lutas sociais, atos pela redução da tarifa do transporte coletivo, gritos contra a corrupção e o brado por mais saúde e educação ecoaram nas ruas, praças e avenidas de todo o país como o mais expressivo mecanismo de questionamento desse sistema que não prioriza o povo, e chegado o momento de dar um norte as mobilizações. O Brasil está realizando o maior evento de futebol, a Copa do Mundo, que traz com sua grande estrutura e espetáculo um rastro de sangue e repressão.
O megaevento se consagra como a Copa das empreiteiras, da mídia burguesa, grandes corporações e bancos. Um evento formatado para que essas empresas ampliem seus lucros, como se não bastasse a influencia desse setor que representa o maior financiador da política tradicional que tanto questionamos nas insurreições de 2013, essa Copa não é para o povo brasileiro, basta relembrar das remoções feitas nas cidades sedes dos jogos que retiraram 250 mil famílias de seus lares para a realização do megaevento, lembrar os 9 trabalhadores que morreram em condições degradantes na construção dos Estádios e pensar nos problemas sociais que assolam nosso país. Questionar a Copa é questionar a falta de investimento no ensino, é questionar a criminalização dos movimentos sociais, é questionar os altos gastos com o megaevento, é questionar os desvios da verba pública.
A FIFA irá lucrar R$: 9 bilhões de reais, onde um país a educação, a saúde, a habitação, transporte público, saneamento básico, estradas mal construídas, e a falta de segurança é precário ou inexistente. No caso do Paraná, devido a Copa as Instituições de Ensino Superior, Educação Básica e a Saúde passam por um processo de sucateamento e de privatização para garantir a construção do Estádio Arena da Baixada que custou R$: 326 milhões, muitas obras anunciadas pelo governo Federal e Estaduais de mobilidade urbana, lazer não estarão, prontas até o mundial e não tem garantias que serão concluídas e realizadas depois da copa, para mais além os ingressos que serão disponibilizados a venda está entre os valores de R$: 60,00 na primeira fase no pior espaço da arena a R$: 1.980,00 na fase de mata-mata. Por isso nós perguntamos: ESSA COPA É PRA QUEM?
A juventude de luta e os movimentos sociais de Foz do Iguaçu e da região Oeste do Paraná, ressaltam a importância do combate ao Estado de Exceção implementado pela ‘‘Lei geral da Copa”. Combater o estado repressor que perpetua a mesma base jurídico-filosófica de caça ao inimigo interno incorporada pela ditadura militar, continuar a luta para avançar nas conquistas sociais e não retroceder, denunciar os abusos da Copa e sua implicação nos problemas já existentes, é compromisso dos movimentos combatíveis da juventude resistente para a construção do poder popular.
Coletivo Negro MINERVINO DE OLIVEIRA                                                    
Coletivo Feminista ANA MONTENEGRO
Coletivo RUA Juventude Anti Capitalista
Movimento Universidade Popular
Unidade Classista 
UJC (União da Juventude Comunista)

ONDE COMEÇA O PERIGO

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Verde: a cor nova do COMUNISMO

Verde: a cor nova do comunismo: O Brasil super-rico de potencialidade energética tornar-se-á um “sem-energia”?


Posted: 15 Jun 2014 01:30 AM PDT
Manifestação em New York contra Belo Monte. Ambientalismo pode inviabilizar o futuro energético do Brasil
Manifestação em New York contra Belo Monte.
Ambientalismo pode inviabilizar o futuro energético do Brasil
A seca que atinge a região centro-leste do País atraiu a atenção para a eventualidade de apagões e racionamento de energia. Será isso possível?

O Brasil é super-rico em água doce. Nenhum outro país se lhe compara: temos 12% da água doce superficial do planeta!

Além do mais, temos território mais do que suficiente para construir hidroelétricas que garantam o presente e o bem-estar das gerações futuras de brasileiros, nossos descendentes.

Porém, eis que, apesar de todos esses recursos, teme-se seriamente no exterior pela miséria energética em que o País pode cair.

O problema não está na natureza brasileira, escreveu o “Chicago Tribune”, mas na política. E nós acrescentamos: na política que dá asas ao ambientalismo radical, inimigo visceral do progresso e da civilização, em nome de uma utopia anarco-tribalista.

Essa política já está influenciando as perspectivas de investimento internacional e rebaixando a confiança no Brasil.

O “Chicago Tribune” exemplifica com a declaração do governo de que em 2014 serão consumidos R$ 12 bilhões ($5,2 bilhões de dólares) para substituir a energia hidrelétrica, que é barata, por energia mais cara, gerada em plantas de gás natural, carvão e petróleo.

O Brasil é super-rico em água doce:
tem 12% da água doce superficial do planeta!
Confluência dos rios Negro e Solimões na Amazônia
Um efeito dessa despesa seria, segundo o jornal americano, diminuir o crescimento do PIB brasileiro de 1,7% previsto a 1% ou menos. O jornal cita como fonte o banco BTG Pactual SA. Segundo este banco, os altos preços da energia podem estimular o racionamento.

A culpa não é de São Pedro. “A chuva é um fator, mas não é o único”, disse João Carlos Mello, presidente da Thymos Energia, empresa de consultoria e gestão de energia de São Paulo, citado pelo jornal. “Também é devida a políticas fracassadas e uma má gestão”.

Em 2001-2002, os apagões forçaram os cidadãos a reduzir por volta de 20% o consumo.

Agora a presidente Dilma Rousseff quer evitar um impopular racionamento em ano eleitoral. Também almeja reduzir em 20% as despesas dos lares, impondo reduções de preços aos operadores de hidroelétricas

Mas, observa o “Chicago Tribune”, desde 2002 não foi inaugurada nenhuma nova geradora importante de energia movida a gás, carvão ou petróleo, e por isso o Brasil deve se preparar para ir apagando as luzes.

De projetos como Belo Monte depende a civilização brasileira.
Mas o ambientalismo semeia perigosos obstáculos
E aqui apalpamos o peso da ideologia verde no rebaixamento induzido do Brasil.

Como pode se chegar a essa perspectiva, com todo esse território e toda essa água prestes a fornecer energia abundante e barata?

O jornalista e consultor legislativo do Senado, Omar Abbud, fornece uma detalhada explicação no artigo “Por que o Brasil está correndo risco de racionamento de energia elétrica?”

O autor aponta como uma das causas da próxima falta de energia a construção de usinas hidrelétricas desprovidas de reservatórios, em descumprimento, inclusive, da legislação vigente.

Confesso que caí de costas lendo isso. Pois sempre achei que não existe hidroelétrica sem um lago artificial criado por ela, previsto em função de períodos de seca normais.

Mas os nossos inefáveis ambientalistas já pensaram nisso!

O jornalista denuncia “uma política pública ‘de fato’, que vem sendo posta em prática há anos, em razão das pressões contra as usinas hidrelétricas.
Belo Monte: andamento das obras é continuamente prejudicado
Belo Monte: andamento das obras é continuamente prejudicado
“Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 42 empreendimentos leiloados de 2000 a 2012, que somam 28.834,74 MW de potência, apenas dez constituem usinas com reservatórios.

“Essas dez usinas agregam somente 1.940,6 MW de potência instalada ao sistema elétrico.

“Os outros 32 empreendimentos, num total de 26.894,14 MW, são de usinas a fio d’água, ou seja, sem qualquer capacidade de guardar água para geração de eletricidade nos períodos secos.

“O resultado é que a capacidade de reservação de água para o período seco nas usinas hidrelétricas brasileiras vem caindo em face do aumento da demanda.

Tentáculos da CNBB e ONGs verdes tentam frustrar o porvir das gerações vindouras de brasileiros
Tentáculos da CNBB e ONGs verdes tentam frustrar
o porvir das gerações vindouras de brasileiros
Essa capacidade, que já foi plurianual, no passado, e era de 5,6 meses, em 2012, cairá para cinco meses, em 2016, e para 3,24 meses, em 2022, de acordo com o Plano Decenal do Ministério de Minas e Energia.

“Além de diminuir a segurança energética do País, a construção de usinas sem reservatórios, segundo a técnica recomendável, tem preço alto para o consumidor.

“Os reservatórios não construídos são necessariamente substituídos por térmicas, mais caras e poluentes, visto ser esta a única modalidade de geração em nossa matriz que compensa a falta de geração hidrelétrica de maneira segura.

“As demais – eólica e solar – são apenas complementares, por dependerem da natureza. A geração nuclear, apesar de bastante segura, sofre as restrições conhecidas, inclusive as que servem apenas a fins demagógicos”.

Abbud exemplifica com a usina de Belo Monte, onde se eliminou o reservatório para reduzir a área de alagamento em virtude de exigências ambientalistas.

Movimento Pare Belo Monte. Sabotagens frequentes, matreiricies juridicas e ideologia neocomunista verde
Movimento Pare Belo Monte. Sabotagens frequentes,
matreiricies juridicas e ideologia neocomunista verde
Perdeu-se assim a geração de 5 mil MW médios, produzidos com um custo de R$ 3,37 bilhões/ano, e que gerados por térmicas a gás custariam R$ 15,3 bilhões/ano, praticamente o triplo.

Entre as causas da insegurança energética, Abbud menciona o atraso na construção de novas usinas e linhas de transmissão, provocado por dificuldades de licenciamento ambiental.

“O licenciamento ambiental de longa data dificulta o cumprimento de prazos de obras de hidrelétricas e de linhas de transmissão.

“As usinas termelétricas a combustível fóssil são facilmente licenciadas. Não há pressões, nem campanhas contra essa modalidade de geração, de característica notoriamente poluente.”

Neste ponto aparece a ideologia anticivilizadora “verde”. Um bom ambientalismo só pode ser contrário à poluição. Mas o ambientalismo imperante, não! Ele é contra a energia barata não poluidora!
“Há, atualmente, na Aneel, algo entre seis e sete mil MW de outorgas de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) que não podem ser expedidas pela Agência sem a emissão da Licença Ambiental Prévia. PCHs ... demoram, às vezes, nove anos para obter sua Licença de Instalação, como aconteceu com uma PCH de Mato Grosso, que só recentemente foi licenciada”, concluiu Abbud.

MISTÉRIOS

10 mistérios estelares da nossa galáxia ainda não resolvidos

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Posted: 15 Jun 2014 12:00 PM PDT

É só olhar para o céu limpo para ficarmos deslumbrados pelo número de estrelas brilhando lá em cima. Observando tamanha imensidão, é fácil se perder imaginando que segredos estes corpos celestes guardam Continua...
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Posted: 15 Jun 2014 11:00 AM PDT

A mecânica quântica é uma teoria que cria enormes problemas por entrar em contradição com coisas que sabemos que são verdadeiras. Um famoso físico que não se dava bem com ela era Einstein - mas hoje ele teria que se contentar com o fato de que o mundo quântico é assim mesmo, estranho Continua...
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Posted: 15 Jun 2014 10:00 AM PDT

Todos os benefícios da atividade física você provavelmente já conhece ou ouviu falar. Mas a questão que fica é: quanto você precisa se exercitar para começar a colher esses benefícios?
Continua...
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Posted: 15 Jun 2014 09:00 AM PDT
Posted: 15 Jun 2014 09:00 AM PDT
Posted: 15 Jun 2014 08:00 AM PDT

Cientistas descobriram que pequenos corpos celestes podem estar orbitando um planeta gigante desconhecido - e este "Planeta X" estaria orbitando outro mundo, ainda maior Continua...
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DEPRESSÃO

COMO A FAMÍLIA PODE AJUDAR UM PARENTE EM DEPRESSÃO?

É difícil muitas vezes, a compreensão da tristeza de não entender o que é triste.

Muitos estudos são produzidos a respeito do sofrimento que um quadro depressivo causa a uma pessoa, mas é raro encontrar informações sobre como aliviar a dor de familiares e outras pessoas que acompanham este processo.

Nos atendimentos que realizei  e realizo, percebo muitos do que a família apresenta frente a quadros de depressão de um ente querido. É realmente difícil, para uma pessoa que nunca teve depressão, entender aquela tristeza profunda que aparentemente não tem razão para existir. Neste caso, a sensação de incapacidade toma conta da pessoa e com ela, é claro, fragilidades e pensamentos perturbadores são estimulados.

Não é raro, por exemplo, que  quem cuida, em determinado momento, se culpe pela tristeza do outro. Afinal, ele faz parte da vida do depressivo e, de várias formas, compartilhe momentos infelizes ao seu lado. Este sentimento gera muita tristeza e acaba por diminuir a força que ele teria para ajudar nesta fase tão complicada.

Outra fase, não menos sofrida, é a da irritação. A pessoa acredita que aquilo pode ser frescura ou preguiça e que nada do que ela faça pode ajudar o doente a melhorar. Este pensamento desencadeia conflitos que são difíceis de amenizar. Conflitos para quem cuida e para quem esta doente.

Existem também outros sentimentos e eles se manifestam de maneira diferente em cada pessoa, ja que cada caso é um caso. Mas os citados acima são os mais comuns.

De qualquer maneira, o importante é que  quem cuida de um parente depressivo, entenda que a depressão é uma doença e a tristeza profunda e o desânimo são sintomas desta doença, e  que não estão necessariamente relacionados com as pessoas à sua volta. Aceitar esse fato vai tornar o processo menos complicado.

Por isso é importante, quando seja possível, buscar apoio psicoterapêutico também para a família. Isso vai ajudar a todos a enfrentar o problema de maneira menos dolorosa e, consequentemente com mais força e entrosamento, e vai refletir positivamente no tratamento do depressivo, que além do apoio profissional, contará com o afeto de familiares e amigos esclarecidos sobre a situação.

Seguindo essas orientações,  o quadro depressivo pode ter melhora significativa e a vida retoma seu curso natura. Em muitos casos, com uma família mais fortalecida e feliz.

TEMPO


Escritor Leandro Campos Alves:
TEMPO.

Gostaria de ter o poder sobre o tempo,
tempo saudoso,
tempo virtuoso,
mas cruelmente maldoso.

Ah passado distante da vida real,
presente indiscreto,
e futuro incerto.

Juventude perdida,
num laço da vida,
que me lembro da sua partida.

Ah tempo, Tempo, tempo...
Que na cronologia passa rápido demais,
e nos deixa apenas as lembranças,
nelas as antigas esperanças.

Hoje homem, mulher ou criança,
para nós ontem o tempo passou,
em seu rastro ele nem nos saudou.
Deixando um gosto da vida,
vivida,
porém...
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NÃO NÃO!!
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Vrs. sobre Vrs.

FHC sobre Lula: “Não era preciso vestir a carapuça”

Fernando Rodrigues
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Tucano rebate petista a respeito de acusações mútuas de corrupção em seus governos
Folhapress - 29.out.2002
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) divulgou nota em seu perfil numa rede social na qual responde ao também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos. Na convenção do PSDB não acusei ninguém; disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça”, diz FHC em seu post.
A altercação começou no sábado (14.jun.2014), quando, no fim do dia, Lula comentou o discurso que FHC havia feito um pouco mais cedo: “Vi o ex-presidente falar com a maior desfaçatez: 'É preciso acabar com a corrupção'. Ele devia dizer quem é que estabeleceu a maior promiscuidade entre Executivo e Congresso quando ele começou a comprar voto para ser aprovada a reeleição”.
FHC continua em seu post: “Não é verdade que a oposição pretendesse derrubar o presidente Lula em 2005 [época do mensalão]. Na ocasião, pedimos justiça para quem havia usado recursos públicos e privados na compra de apoios no Congresso, o que foi feito pelo Supremo Tribunal Federal”.




Arquivo: compra de votos da reeleição

Conheça a história da compra de votos a favor da emenda da reeleição

Fernando Rodrigues

O mais importante a respeito desse episódio de 1997 é que nada foi investigado como deveria. Dessa forma, restam apenas os fatos em torno da revelação do fato –trata-se de fato, pois houve provas materiais periciadas a respeito.
Tento evitar escrever sobre assunto tão antigo porque agora é ocioso especular sobre certos detalhes do episódio. Mas como FHC e Lula trocaram chumbo a respeito, é útil fazer aqui, sem juízo de valor, uma cronologia dos acontecimentos:
1) 28.janeiro.1997 – a Câmara aprova a emenda constitucional da reeleição: dispositivo passa a permitir que prefeitos, governadores e presidente disputem um segundo mandato consecutivo.
2) 13.maio.1997: Folha publica reportagem da compra de votos para aprovação da emenda da reeleição. Manchete no alto da primeira página, em duas linhas: “Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil” (clique na imagem para ampliar):
Folha-13maio1997
3) O que disse FHC, então presidente da República: sempre negou o esquema. Dez anos depois, em sabatina na Folha, em 2007, o tucano não negou que tenha ocorrido a compra de votos. Alegou que a operação não foi comandada pelo governo federal nem pelo PSDB: “O Senado votou [a reeleição] em junho [de 1997] e 80% aprovou. Que compra de voto? (…) Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos”.
4) Provas: confissão gravada de 2 deputados federais do Acre que diziam ter votado a favor da emenda da reeleição em troca de R$ 200 mil recebidos em dinheiro. Outros três deputados eram citados de maneira explícita e dezenas de congressistas teriam participado do esquema. Nenhum foi investigado pelo Congresso nem punido.
5) CPI: PT e partidos de oposição tentam aprovar requerimento de CPI. Sem sucesso
6) Operação abafa 1: em 21.maio.1997, apenas 8 dias depois de o caso ter sido publicado pela Folha, os dois deputados gravados renunciam ao mandato (Ronivon Santiago e João Maia, ambos eleitos pelo PFL –hoje DEM– do Acre). Eles enviaram ofícios idênticos ao então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Ambos alegaram “motivos de foro íntimo’”. Em comentário irônico à época, o então deputado federal Delfim Netto disse: “Nunca vi ganhar um boi para entrar e uma boiada para sair”.
Reportagem de 21.maio.1997 relata procedimentos utilizados na reportagem sobre a compra de votos.
7) Operação abafa 2: em 22.maio.1997, só 9 dias depois de a Folha ter revelado o caso, tomam posse como ministros Eliseu Padilha (Transportes) e Iris Rezende (Justiça). Ambos eram do PMDB, partido que mais ajudou a impedir a instalação da CPI para apurar a compra de votos.
8) Operação abafa 3: apesar da fartura de provas documentais, o então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, não acolhe nenhuma representação que pedia a ele o envio de uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal.
Em 27.junho.1997, indicado por FHC, Geraldo Brindeiro toma posse para iniciar o seu segundo mandato como procurador-geral da República. Sempre reconduzido por FHC, Brindeiro ficou oito anos na função, de julho de 1995 a junho de 2003.
9) Fim do caso: em junho de 1997, o Senado aprova, em segundo turno, a emenda da reeleição, que é promulgada. No ano seguinte, FHC se candidata a mais um mandato e é reeleito.
A Polícia Federal não investigou? De maneira quase surrealista, sim. O repórter responsável pela reportagem foi intimado a dizer o que sabia a respeito do caso em… 4 de junho de 2001. O inquérito era apenas protocolar. Não deu em absolutamente nada.
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DECLÍNIO DO IMPÉRIO

EUA: Quando um império declina

Por Manuel E. Yepe, no site Vermelho:


Nunca é fácil para um império administrar o declínio de sua presença global. Não foi para o Reino Unido, nem para a França após a 2ª Guerra Mundial, tampouco para a Rússia com a desaparição da União Soviética. A nova estratégia militar de Washington reflete uma sombria situação interna e externa nos Estados Unidos.

É o que pensa Michael Klare, professor do New Hampshire College, em Amherst (Massachusetts), e assim manifesta em seu ensaio intitulado “Nova estratégia militar norte-americana”, publicado em março de 2014 pelo Le Monde Diplomatique.

Há dois anos, Barack Obama anunciou uma nova estratégia de defesa para os Estados Unidos que incluía uma redução das dimensões de seu exército, o incremento dos preparativos para a guerra cibernética, as operações especiais e o controle marítimo. Anunciou igualmente a redução das missões terrestres de combate na Europa e as operações contrainsurgentes no Afeganistão e no Paquistão, assim como concentrar a atenção de sua defesa na Ásia e no Pacífico, observando a China.

O secretário de Defesa, Leon Panetta, anunciou então que a força interaliada estadunidense seria refinada e aperfeiçoada tecnologicamente para ser mais ágil, flexível, inovadora e capaz de se deslocar rapidamente.

Segundo Michael Klare, na verdade isso mostra que a crise econômica e a dívida pública se debilitaram a ponto de que os Estados Unidos as fizesse explodir. De acordo com a Lei de Controle de Orçamento de 2011, o orçamento do Departamento de Defesa será cortado por US$ 487 bilhões ao longo dos próximos dez anos.

E pode haver cortes ainda mais significativos, se republicanos e democratas não entrarem em um acordo sobre outras medidas econômicas. Esta política, que visa criar uma força militar mais restrita, mas melhor adaptada para futuros riscos potenciais, pode ser vista como uma resposta pragmática ao contexto econômico e geopolítico em transformação.

Klare acredita que os Estados Unidos, antes do surgimento de rivais ambiciosos e com o desgaste inevitável do seu status de superpotência única, quer perpetuar a sua supremacia global mantendo a superioridade nos conflitos decisivos e em áreas-chave do planeta (segundo seu critério, na periferia marítima da Ásia, de acordo com um arco que se estende desde o Golfo Pérsico ao Oceano Índico, o Mar da China e do noroeste do Pacífico).

Para isso, o Pentágono se dedicará a manter a sua superioridade no ar e no mar, bem como no domínio da guerra cibernética e tecnologia espacial.

O contraterrorismo, que é um aspecto central da política de defesa dos EUA, vai ser delegado, em grande parte, para as forças de elite, equipadas com drones de combate e material ultramoderno.

Mas não por isso o Pentágono pretende abandonar todos os "compromissos" militares no exterior. Sua nova política de defesa elege, segundo Klare, o caminho para reduzir o seu envolvimento em algumas regiões, particularmente na Europa, e reforçar a sua presença em outras.

Durante um discurso em Washington, em novembro de 2011, o secretário adjunto de Estado William J. Burns observou que "no transcurso das próximas décadas, o Pacífico vai se tornar a parte mais dinâmica e importante de interesses de Washington. Para responder às mudanças profundas na Ásia, devemos desenvolver uma arquitetura diplomática, econômica e de segurança que possa estar de acordo com essas mudanças".

Como parte dessa estratégia, que tem implícito o objetivo de contrariar a ascensão e a influência da China no Sudeste Asiático, a Casa Branca intensifica a promoção do comércio com a Ásia e milita fortemente a favor de um Acordo Estratégico Transpacífico de Associação Econômica (TPP) que exclua a China.

De acordo com os Estados Unidos, a prosperidade de seus aliados na Ásia depende da liberdade de acesso que Washington tenha ao Pacífico e ao Oceano Índico, condição indispensável para importar suas matérias-primas (especialmente petróleo) e exportar seus produtos manufaturados.

O Pentágono espera, com este grande projeto geopolítico, uma transformação do exército estadunidense, que aumentará o seu peso institucional e concentrará a sua presença, a projeção de seu poder e sua força "dissuasão" na Ásia-Pacífico.

Os Estados Unidos também planejam investir quantias consideráveis em armas destinadas a lutar contra estratégias irregulares de inimigos potenciais que utilizem "meios assimétricos" para derrotar ou imobilizar as tropas norte-americanas.

São ações peculiares de um império em decadência que, em um esforço cruel para manter a sua vigência como única superpotência do mundo, não se submete a encontrar diferentes soluções para a violência que sejam compatíveis com as regras do direito internacional garantindo a igualdade soberana dos Estados.

* Por Manuel E. Yepe é jornalista cubano, especializado em temas internacionais. Tradução de Théa Rodrigues.